LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL
SUBLUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL
DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL
DISPLASIA EVOLUTIVA DO QUADRIL
DISPALSIA DE DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL
Um itinerário perfeitamente banalizado
Dimeglio (1990)
CLASSIFICAÇÃO:
- Teratológica (grave e rara)
- múltiplas alterações congênitas
- deslocamento articular na fase IU
- Típica
- tendência a luxação
- frouxidão da cápsula articular
- alterações esqueléticas mínimas ou inexistentes
- luxação após ao nascimento ação muscular
ETIOLOGIA:
Levando-se em conta a acentuada plasticidade do esqueleto pélvico infantil o aparecimento do conceito de que a LCQ seria resultado da ação mecânica pela
- posição IU
- apresentações pélvicas com incidência da LCQ 5 vezes mais elevada comparada com apresentação cefálica
- posição do recém-nascido no berço
- clima Povos de clima frio têm hábito cultural de envolver firmemente as criança com cobertores de modo a tolher quase toda a ADM, o membro inferior da criança fica em adução e extensão, se existir a predisposição displásica, em posição antifisiológica condições excepcionais para evoluir no sentido de uma luxação irredutível
Fator hereditário
- hereditariedade
DIAGNÓSTICO NO RECÉM-NASCIDO:
Dificuldade
- espessa camada de músculos
- contornos ósseos não visíveis
- palpação nem sempre fácil
- quadril displásico freqüentemente apenas instável
Manobra de Ortolani (1936): Paciente em decúbito dorsal em uma superfície firma, quadril e joelho flexionados a 90º com as coxas aduzidas. O examinador apóia seu dedo médio sobre o trocânter, a manobra consiste em promover a abdução lenta dos quadris, estando a cabeça femoral deslocada posteriormente, em um momento da abdução ocorre a entrada no acetábulo ( vencido o obstáculo representado pela borda posterior do acetábulo). A manobra baseia-se na sensação tátil, com a cabeça femoral “saltando” para dentro da cavidade e não escuta-se o estalido.
Manobra de Barlow (1936): Trata-se de um complemento da manobra de Ortolani seu objetivo é verificar, de forma ativa, a estabilidade da articulação do quadril no RN. O paciente em decúbito supino, quadril flexionado a 90º joelho flexionado ao máximo. O examinador engloba coxa e perna, as extremidades são mantidas em abdução, testar cada lado separadamente. O polegar no trocânter menor e o dedo médio na face lateral, trocânter maior. Com a outra mão, estabilizar a pelve. Primeiro movimento, pressionar o trocânter maior em direção ventral (se estiver luxado ele será reduzido). Se estiver reduzido realiza-se o segundo movimento: pressão na face medial do trocânter menor (pressão posterior). Havendo frouxidão capsular e ligamentar, a cabeça ira´deslocar-se posteriormente, cessada a pressão a cabeça volta. A diferença é que detecta articulação estável que está reduzida
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO RECÉM-NASCIDO
Exame Radiológico
Ponto positivo
- radiografia do quadril
- diagnóstico de uma displasia congênita
Ponto negativo
- esqueleto cartilaginoso
- exposição das gônadas à radiação
Ultra-sonografia
avaliação exata da forma da cabeça e do acetábulo
- sintopia
- totalmente inócuo
DIAGNÓSTICO A PARTIR DO SEGUNDO MÊS
Alterações anatômicas
- alterações significativas no desenvolvimento ósseo
- estiramento da cápsula articular
- encurtamento muscular
EXAME CLÍNICO - Sinal de Peter-Bade
- assimetria das pregas cutâneas da coxa
- desvio das pregas
- aumento do número das pregas
- prega inguinal e glútea elevadas e assimétricas
EXAME CLÍNICO - Sinal de Hart (paciente em posição de Ortolani)
- limitação da abdução
- retração muscular
obs. se a luxação for unilateral ela é detectada facilmente, já na bilateral a ausência no padrão de comparação vai tornar o exame difícil.
EXAME CLÍNICO - Sinal de Nelaton (paciente em posição de Ortolani)
- encurtamento da extremidade luxada
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM A PARTIR DO QUARTO MÊS
Exame Radiológico pouco contribui para o diagnóstico de displasias sendo útil depois do 6º mês
- presença dos núcleos de ossificação
- presença de luxação
- estado de subluxações
- estado de displasias
DIAGNÓSTICO APÓS O INÍCIO DA MARCHA
Luxação unilateral
- retardo na marcha
- afecção facilmente percebida
LUXAÇÃO BILATERAL
- retardo na marcha
- demora no diagnóstico
DIAGNÓSTICO APÓS O INÍCIO DA MARCHA
Criança que já deambula
- bacia alargada em virtude do deslocamento lateral da epífise proximal do fêmur
- hiperlordose lombar devido a inclinação anterior da pelve
DIAGNÓSTICO APÓS O INÍCIO DA MARCHA
Criança que já deambula
- andar “gingado” – “marcha anserina”
DIAGNÓSTICO APÓS O INÍCIO DA MARCHA
- mobilidade excessiva “quadril solto”
- fenômeno da “telescopagem”
TRATAMENTO: BRUSCHINI, (1998)
Até dois meses
- época ideal para o inicio do tratamento
- “centração dinâmica” (cabeça femoral é centrada no interior do acetábulo, ficando ao mesmo tempo sujeita a movimentação constante)
- posição em rã
- interação mecânica
O tratamento é igual a LCQ não sendo prejudicial ao desenvolvimento da criança
TRATAMENTO: BRUSCHINI, (1998)
Até dois meses
- manutenção da posição por três meses
- fraldas duplas somente nas 4 primeiras semanas
- órteses de abdução após 4 semanas
Obs. exames clínico periódico e radiografias – avaliar a evolução
TRATAMENTO: BRUSCHINI, (1998)
Entre dois e dezoito meses
Redução difícil
- movimentação passiva para a redução não resolve
- encurtamento da musculatura
- alongamento da cápsula articular
- inversão do lábio do acetábulo
- hipertrofia do ligamento redondo
- acetábulo mais raso e menor
TRATAMENTO: BRUSCHINI, (1998)
Entre dois e dezoito meses
- ainda persiste um notável potencial plástico do esqueleto
- aparelho gessado pelvipodálico (6 semanas) posição de rã
- liberação do joelho mais seis semanas com gesso
- comprovada a estabilidade “órtese de abdução”
- quadril abduzido e estável
- não impede que a criança se movimente
- engatinhar
- caminhar
- mantida até que o quadril desenvolva padrão normal de desenvolvimento
TRATAMENTO: BRUSCHINI, (1998)
Entre dezoito meses e seis anos de idade
Alterações anatômicas
- rigidez progressiva das partes moles
- orientação e profundidade do acetábulo
- inclinação do colo do fêmur
- indicação do tratamento cirúrgico
- redução e orientação do acetábulo
TRATAMENTO: BRUSCHINI, (1998)
Acima dos seis anos de idade
- prudência na indicação cirúrgica
- condições anatômicas adversas
- “marcha anserina” em invalidez permanente
TRATAMENTO: MALONE et al., (2000)
Fisioterapia
- treinamento da marcha
- exercícios de mobilização
- atividades que favoreçam o desenvolvimento
Tratamento: Yves Xhardez (2001)
Fisioterapia
1. Durante a tração com gesso
- evitar posição sentada
- cuidado com lesões de pele e o edema
- se necessário:
- exercícios respiratório
- manutenção da mobilidade articular
- manutenção da força dos membros superiores
2. Gesso de abdução com quadris livres
- repetir os itens anteriores
- mobilização passiva prudente e progressiva, indolor
- flexão, extensão, abdução e rotação interna
- decúbito prono uma hora por dia
3. Com a retirada do gesso
- mobilização passiva suave, ativa assistida e ativa
- hidrocinesioterapia
- fortalecimento
- glúteo médio
- glúteo máximo
- psoas
- quadríceps
- tríceps
- isquiotibiais
- pés
- membros superiores
4. Recolocação de carga (1 ano)
- triciclo
- reeducação do equilíbrio em pé
- correção progressiva da marcha
- decomposição da marcha
- tomada de consciência (espelho)
- planos de inclinação (obstáculo)
- fortalecimento
- eretores da coluna
- abdominais
- músculos do quadril
Dr.Lucas Nogueira Mendes Ft. Dip Chiro. Fisioterapeuta Quiropraxista pela Anafiq/Coffito. Especialista em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva.
- Dr. Lucas Nogueira Mendes FT,Dip.Quiro
- Araraquara, São Paulo, Brazil
- Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592
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Se uma criança com PC de 6anos tem LCQ,e é tertraplégica, deficiente visual e auditiva. O seu quadril deve ser mobilizado mesmo estando luxado?
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