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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Treinamento Funcional – O centro corporal: O CORE! (parte I)

Treinamento Funcional – O centro corporal: O CORE! (parte I)
Por admin em 30/12/2009 | Comentários 0

O cento corporal, chamado também de CORE, está localizado no complexo quadril-lombar-pelve, coluna torácica e cervical. É onde se localiza o centro de gravidade do corpo e todos os movimentos se iniciam.

É necessário um Core eficiente para manter o equilíbrio muscular apropriado através de toda cadeia cinética. São 29 músculos que se inserem no complexo quadril-lombar-pelve e são divididos em 2 (duas) categorias: sistema de estabilização e sistema de movimento.


SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO: UNIDADE INTERNA

A Unidade Interna se tornou um termo para descrever a ação conjunta funcional entre o TVA (Transverso Abdominal) e as fibras posteriores dos abdominais oblíquos internos, assoalho pélvico, multífidus, e porções lombares dos longissimus dorsais e iliocostais, assim como o diafragma.

Pesquisas mostraram que a Unidade Interna está sob controle neurológico separado dos outros músculos do CORE. Isto explica o porquê dos exercícios focados em músculos como Reto Abdominal, Oblíquo Externo e Psoas, os mesmos treinados nos programas tradicionais de condicionamento abdominal praticados em academias no mundo todo, eram pouco efetivos em estabilizar a coluna e reduzir a dores nas costas crônicas. (CHECK, 2005)

Para se atingir os níveis de controle reflexo automático da Unidade Interna, é necessário um treinamento específico de isolamento, para se aumentar o controle sensorial-motor. E uma vez estabelecido, a ativação da Unidade Interna deverá ser programada para todos os padrões de movimento usados comumente pelo executante. O não condicionamento da Unidade Interna em um alto nível de especificidade normalmente resulta em lesão na coluna vertebral devido à instabilidade.

Exercitando os grandes músculos (Reto Abdominal e Oblíquo externo), estes não provem o fortalecimento correto para os pequenos músculos, como multifidus, TVA e assoalho pélvico. Já estes, quando trabalhados corretamente, criam o aumento necessário da estabilidade articular, e, conseqüentemente, para a coluna, pélvis e caixa torácica, oferecendo plataforma estável para os grandes músculos.

De certa forma, se os grandes músculos (Unidade Externa) se tornam fortalecidos e encurtados, a delicada relação entre a Unidade Interna e a Unidade Externa se desequilibra. Este quadro pode ser melhor compreendido através do modelo do navio pirata.


O mastro do navio pirata é feito de vértebras que são mantidas unidas (enrijecidas) pelos pequenos cabos que ligam-se entre si, assim como o multifidus (membro da Unidade Interna) faz na coluna vertebral humana. Como os grandes cabos (representando a Unidade Externa) são essenciais para manter o mastro do navio em pé (nossa coluna vertebral), eles nunca seriam capazes de realizar essa tarefa efetivamente se os pequenos estabilizadores segmentais (pequenos cabos = Unidade Interna) falharem em sua função.

Quando a Unidade Interna está funcionando corretamente, as lesões não são freqüentes, mesmo sob altas cargas, como, por exemplo, empurrar um carro, colisão num jogo ou levantamento de pesos pesados na academia.

Por outro lado, quando não está funcionando corretamente, a ativação dos grandes músculos não será diferente de um vento forte batendo contra o mastro de um navio com cabos soltos, concluindo que qualquer sistema só é forte quando a sua parte mais fraca também se tornar forte.

(CONTINUA!)

Referências:

.: CHECK, P “Scientific Core Condition” (2005)





.: Fabiano malheiros , Especialista em Ciência do Treinamento Desportivo (UNICAMP).

.: Certificado pelo C.H.E.K. Institute (CA-EUA) “Scientific CORE Conditioning”

.: Trabalha na aplicação de Treinamento Funcional há mais de 6 anos em atletas amadores e clientes de Personal Trainer.

.: www.fabianomalheiros.com.br

LIBERAÇÃO MIO FASCIAL

LIBERAÇÃO MIO FASCIAL

A Fáscia é um tecido conjuntivo extremamente resistente que se espalha através do corpo, da cabeça aos pés sem interrupção. Desde as células e as artérias, aos músculos, ossos, órgãos, etc., tudo está envolvido pela fáscia.
A Libertação Miofascial é uma técnica especializada de alongamento usada para liberar tensão e realinhar o corpo. A palavra miofascial é derivada da palavra latina “myo”, que significa músculo e “fascia” tecido.
Má postura, inflamação ou um trauma, seja ele físico ou emocional, podem ocasionar um enfraquecimento da fáscia, resultando em uma pressão excessiva sobre os nervos, músculos, vasos sangüíneos, estruturas ósseas e/ou órgãos. Possivelmente uma porcentagem grande de pessoas que sofrem com dor ou restrição de movimentos em alguns membros, possam estar tendo problemas de fáscia, porém, na sua maioria não são diagnosticados dessa forma.

1. Como os tecidos se tornam tensos.

Postura ruim, lesões físicas e várias doenças podem desalinhar o corpo e causar uma complexa teia de fascias do corpo a tornarem-se restringidas. Quando fibras musculares estão lesionadas, a fascia que cerca os músculos torna-se curta e tensa. Esta quantidade desigual de pressão sobre a fascia pode se vincular aos tecidos subjacentes que causam aderência e cicatrizes. Ao longo do tempo, estas aderências podem limitar a variedade de movimento dentro de uma articulação e causar dor e dormência através do corpo.



2. Como liberar a compressão dos tecidos.

O alongamento suave utilizado na libertação miofascial pode fragmentar a cicatriz por suavizar, expandir e realinhar a fascia. Liberar as contraturas do tecido restaurará, por fim, o equilíbrio do corpo aliviando a dor e melhorando a circulação sanguínea.

7 MOTIVOS PARA TREINAR KETTLEBELL

7 MOTIVOS PARA TREINAR KETTLEBELL

1. Gasto Calórico:
O treinamento intervalado, de alta intensidade, com kettlebells propicia um gasto calórico muito maior que qualquer atividade aeróbia realizada no mesmo tempo

2. Aumento da capacidade de se treinar resistência e força:
O treinamento com Kettlebell usa muito o trabalho excêntrico, permitindo, assim, aumentar o volume e a intensidade nos treinamentos convencionais.

3. Estabilidade articular:
Pelo centro de gravidade do Kettlebell estar fora de sua mão, ele exige a ativação dos pequenos músculos responsáveis pela estabilização das articulações, permitindo que se use mais velocidade e inércia, sempre com muita segurança.

4. Resistência a lesões:
A resistência geral aumenta (capacidade de se resistir ao choque), assim como a flexibilidade, absorção ao impacto e a força da musculatura de suporte (incluindo o tronco, os estabilizadores de quadril e ombros, e o pescoço).

5. Melhora postural:
Os exercícios com o Kettlebell fazem com que seu corpo se estabilize com mais eficiência, requisitando uma ativação total dos músculos do core e dos músculos primários ao mesmo tempo. Há a diminuição do risco de lesões causadas por desequilíbrios musculares.

6. Aumento da velocidade no tempo de reação:
O trabalho com Kettlebell exige do sistema nervoso uma resposta rápida para que se controle a inércia de um peso em movimento constante.

7. Melhora da flexibilidade e da amplitude articular, trabalhando também as capacidades aeróbias e anaeróbias:
Os movimentos com o Kettlebell são ilimitados. Esse dinamismo permite um aumento na flexibilidade e na amplitude articular, proporcionando também um trabalho aeróbio e anaeróbio excelentes.





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As 9 melhores modalidades para perder peso

As 9 melhores modalidades para perder peso

Pela Jornalista da Revista Dieta Já - Karine César
Matéria Feita por Lula Nascimento

A menos de um mês do Carnaval, o que nós mais queremos é desfi lar um corpo enxuto na passarela. Para não fazer feio nesta época e durante o ano todo, quatro especialistas apontam as atividades que mais queimam calorias em uma hora de prática e, conseqüentemente, emagrecem e modelam as suas curvas
Corrida


POR QUE QUEIMA: trata-se de um trabalho aeróbico, que utiliza a gordura como fonte de energia. Segundo o professor de Educação Física Lula Nascimento, de São Paulo, nos primeiros 20 minutos depois de iniciada a atividade a pessoa já começa a queimar calorias. Entre 30 e 40 minutos, essa queima se potencializa mais 10% e após 50 minutos, mais 20%.
OUTROS BENEFÍCIOS: aumenta o condicionamento físico e a auto-estima. Diminui a ansiedade, o estresse, o colesterol ruim (LDL) e estimula o bom (HDL). Além disso, evita o risco de desenvolver doenças cardíacas e osteoporose.
INICIANTE: comece alternando três minutos de caminhada com um de trote (corrida leve). Conforme o condicionamento vai melhorando, diminua o tempo da caminhada e aumente o do trote, até chegar à corrida. Faça duas a três vezes por semana, de 20 a 30 minutos.
QUEM JÁ ESTÁ CONDICIONADO: de três a cinco vezes semanais, cerca de uma hora, sempre intercalando treinos com intervalos longos e curtos.
PERFIL DO PRATICANTE: é alguém agitado, competitivo e que deseja mais condicionamento físico, sem o uso de equipamentos. Prefere praticar atividades ao ar livre, sozinho ou em grupo, e está sempre em busca de superar seus limites.
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES: realize um check-up antes, utilize tênis com bom amortecimento, corra sempre com roupas leves e nunca esqueça de se hidratar. Quem possui problemas de joelhos, coluna ou alguma outra patologia deve procurar um médico e saber quais as limitações para avisar o seu professor, que vai adequar o treino para sua condição.
GASTO CALÓRICO: entre 500 e 700 calorias.


Ashtanga Yoga
POR QUE QUEIMA: enquanto os outros tipos de ioga são estáticos, a Ashtanga é dinâmica e as posturas são feitas em seqüências. “O aluno sai de uma posição e já entra em outra sem parar o movimento. A aula é semelhante a uma atividade em circuito, que deixa sempre a freqüência cardíaca lá em cima”, declara o professor de Educação Física Carlos Cintra, de São Paulo. De acordo com ele, se a pessoa fizer tudo direito, o gasto calórico que ela terá será semelhante ao de uma corrida na esteira a 12 km/h.
OUTROS BENEFÍCIOS: aumenta o fl uxo de sangue, oxigênio e nutrientes no corpo, além de elevar o tônus muscular.
INICIANTE: apesar de a aula durar uma hora, o professor comenta que é difícil o iniciante agüentar todo esse tempo por causa do esforço exigido. Por isso, ele recomenda meia hora, três vezes por semana.
QUEM JÁ ESTÁ CONDICIONADO: uma hora, três vezes por semana.
PERFIL DO PRATICANTE: pessoa que já fez várias atividades anteriores e está em busca de unir o lado mecânico do exercício ao zen.
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES: quem possui dores lombares deve evitar alguns movimentos como os de hiperextensão da coluna e, principalmente, ter paciência para ir ganhando amplitude nas posturas.
GASTO CALÓRICO: 1.000 calorias.

Bicicleta ergométrica


POR QUE QUEIMA: o trabalho realizado com diferentes intensidades (ora você está numa carga pesada, ora numa velocidade maior) eleva a queima calórica e, conseqüentemente, a gordura é utilizada como forma de combustível para o corpo.
OUTROS BENEFÍCIOS: você ganha resistência, força nos membros inferiores, boa definição corporal e um sono mais agradável.
INICIANTE: não deve passar de duas aulas semanais, de 30 a 45 minutos. Considera-se o aluno como iniciante até que ele complete 12 aulas.
QUEM JÁ ESTÁ CONDICIONADO: de três a cinco aulas por semana, durante uma hora.
PERFIL DO PRATICANTE: pessoa que prefere se exercitar em grupo, ao som de música, aliando atividade física e diversão em uma só prática. Além disso, gosta do ambiente de academia.
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES: o ideal é usar bermuda de ciclismo para proteger as partes íntimas. Nunca pedale sem carga para não lesionar joelhos, tornozelos e coluna. Olhe sempre para frente, a fim de evitar dores no pescoço. A prática só não é aconselhável para quem sofre de problemas cardíacos ou possui alguma lesão nas articulações.
GASTO CALÓRICO: entre 600 e 800 calorias.


Natação


POR QUE QUEIMA: como é uma atividade cíclica (que se repete da mesma maneira), o indivíduo mantém o ritmo cardíaco adequado e o gasto energético é constante.
OUTROS BENEFÍCIOS: diminui a tensão muscular. Com isso, você ganha alongamento, maior capacidade respiratória e trabalha, especialmente, os músculos das costas, dos ombros e dos tríceps.
INICIANTE: três vezes por semana, por 50 minutos cada uma.
QUEM JÁ ESTÁ CONDICIONADO: cinco vezes por semana, o mesmo tempo dos iniciantes.
PERFIL DO PRATICANTE: alguém que tenha ligação com água ou que sofra de doenças respiratórias como bronquite, asma e rinite.
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES: não é recomendado para pessoas com desvios posturais, que tenham, por exemplo, escoliose, porque o problema pode se agravar.
GASTO CALÓRICO: entre 700 e 800 calorias.


Boxe


POR QUE QUEIMA: ele alia o trabalho aeróbico ao anaeróbico. E isso requer da pessoa um bom condicionamento físico. As variações de intensidade durante a aula aumentam o metabolismo e a queima de gordura.
OUTROS BENEFÍCIOS: eleva a resistência, aprimora a coordenação, alivia o estresse e melhora o tônus muscular, principalmente, dos bíceps, dos tríceps, das panturrilhas, do trapézio e das costas.
INICIANTE: entre duas e três aulas semanais, com uma hora de duração cada uma.
QUEM JÁ ESTÁ CONDICIONADO: a mesma do iniciante, o que vai alterar é a dinâmica das aulas com muitas variações de exercícios.
PERFIL DO PRATICANTE: uma pessoa estressada e ansiosa, que precisa aliviar a tensão e que gosta de atividade física de contato.
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES: utilize protetores para boca, cabeça e mãos. Com as devidas precauções, as contra-indicações são mínimas.
GASTO CALÓRICO: entre 400 e 1.000 calorias.


Musculação


POR QUE QUEIMA: ela aumenta o metabolismo basal e também o gasto calórico. O programa de resistência de força – realizado com cargas leves e muitas repetições – diminui o percentual de gordura no tecido adiposo e deixa o organismo em constante queima.
OUTROS BENEFÍCIOS: ajuda no contorno corporal e na prevenção de doenças como diabetes, hipertensão arterial e osteoporose.
INICIANTE: em torno de três séries com 15 repetições cada uma, entre três a cinco vezes por semana.
QUEM JÁ ESTÁ CONDICIONADO: o mesmo do iniciante, o que difere é o peso.
PERFIL DO PRATICANTE: geralmente é alguém que se preocupa com a estética corporal, o ganho de massa magra e o aumento da capacidade de força.
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES: controle as cargas, a amplitude e a velocidade de execução dos movimentos para não se machucar. Pessoas com lesões articulares devem evitar o trabalho com altas cargas.
GASTO CALÓRICO: 500 a 600 calorias.


Caminhada


POR QUE QUEIMA: para que haja eliminação de gordura, o ideal é que a pessoa caminhe mais de 15 minutos, numa freqüência cardíaca que fique em torno de 55% a 70% da máxima, que é obtida subtraindo a sua idade de 220.
OUTROS BENEFÍCIOS: mobiliza praticamente todos os músculos do corpo, mas não produz a mesma hipertrofia da musculação. Ela ainda melhora a disposição, a auto-estima, a mobilidade das articulações e alivia o estresse.
INICIANTE: em torno de cinco vezes na semana, com duração de 30 minutos a uma hora.
QUEM JÁ ESTÁ CONDICIONADO: todos os dias, uma hora ou mais. PERFIL DO PRATICANTE: idoso e pessoa que possui alguma doença que a impossibilita de realizar atividades de alto impacto.
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES: caminhe em terrenos regulares sem buracos e, de preferência, pela manhã, pois o sol está mais brando. Não há contra-indicações.
GASTO CALÓRICO: de 300 a 400 calorias.

Capoeira
POR QUE QUEIMA: como a luta exige muito dos membros inferiores e superiores ao mesmo tempo e o corpo fica em movimento constante, o gasto calórico é maior.
OUTROS BENEFÍCIOS: a pessoa ganha fl exibilidade, gingado e ainda fortalece os grandes grupos musculares.
INICIANTE: duas a três vezes por semana, com uma hora de aula.
QUEM JÁ ESTÁ CONDICIONADO: uma hora, três vezes por semana.
PERFIL DO PRATICANTE: alguém dinâmico, que curta música e que queira perder a timidez, já que se cria contatos pessoais.
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES: o professor de Educação Física Carlos Augusto da Silva lembra que a pessoa tem que ter em mente que é preciso conhecer um pouco a dança para treinar. Quem tem problemas nas articulações e desvio postural deve evitar essa atividade.
GASTO CALÓRICO: em torno de 800 calorias.

Hidroginástica
POR QUE QUEIMA: é uma atividade sem impacto, da qual não existe ação da gravidade, o que leva o praticante a gastar muitas calorias sem perceber o esforço ou prejudicar as articulações.
OUTROS BENEFÍCIOS: promove hipertrofia (aumento do tamanho dos músculos) e desenvolve a condição cardiorrespiratória.
INICIANTE: 30 minutos, duas vezes por semana.
QUEM JÁ ESTÁ CONDICIONADO: uma hora, três ou mais vezes semanais.
PERFIL DO PRATICANTE: indivíduo em reabilitação, com alguma dificuldade de locomoção, sedentário e idoso.
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES: indica-se o uso de sapatilhas emborrachadas, para evitar o desequilíbrio, além de touca, óculos e traje de banho. Pessoas com problemas de pressão arterial podem se sentir mal, se água estiver muito quente.
GASTO CALÓRICO: 500 calorias.

O que é o Kettlebell ?

O que é o Kettlebell ?

Parece mais uma bala de demolição, um cadeado gigante, já o chamaram de varias coisas assim. Mas, trata-se de uma bola de ferro com alça usado na Rússia desde 1704. Estudada e aprimorada por Pavel Tsatsouline, um “russo” nos Estados Unidos há 10 anos, é a mais moderna arma contra aquela gordura localizada e flacidez indesejável.

O KB pode sim mudar definitivamente seu corpo e fazer você ficar com uma estética invejável. Com ela, você pode treinar desde um exercício aeróbio até um treinamento de força, melhorando seu condicionamento físico, sua força e resistência. O KETTLEBELL trabalha todo seu corpo de maneira integrada, deixando você forte o corpo inteiro, mas sem o aspecto de “inchado” e redondo. E o melhor, você não precisa treinar apenas na academia. Pode treinar no seu condomínio, na sala da sua casa, em praças ou no parque.

Já pensou em treinar ao mesmo tempo aeróbico e força? Ter o melhor do pilates e ficar com coxas e bumbuns lindos e torneados da musculação, gastando MUITAS CALORIAS? Agora pensa na sala de musculação e me diz qual máquina faz isso por você ao mesmo tempo?

Isso é Kettlebell Training, venha treinar conosco.

Padrões fundamentais de movimento

Padrões fundamentais de movimento
O ser humano consegue executar muitos movimentos, esses movimentos foram tabelados em padrões, os chamados padrões fundamentais de movimento.
Quem não se lembra da infância quando brincávamos e nos movimentávamos com muita mobilidade. As crianças conseguem agachar-se e ficar por horas mexendo em seus brinquedinhos.

Os padrões fundamentais de movimento são classificados em 3 tipos:

Manipulativos – envolve precisão de braços e pernas, e controle espacial no contato com objetos. Exemplos: Pegar/Receber , arremessar, chutar

Locomoção – Envolve o deslocamento do corpo. Exemplos: Andar, Correr, Saltar

Equilíbrio – Envolve a estabilização do corpo em diversas situações. Exemplos: Ficar em pé, sentar, equilibrar em um pé.

Infelizmente com a vida atribulada atual, nos movimentamos pouco e esses padrões de movimento vão sendo perdidos. O sedentarismo e o estresse postural são as principais causas dessa perda.

Passamos muitas horas sentadas e isto está associado ao aparecimento de encurtamentos e desequilíbrios musculares, sendo estes os principais desenvolvedores de lesões.

O processo de recuperar os padrões fundamentais de movimento é à base do Treinamento Funcional. Para isso, é necessário detectar quais movimentos estão afetados, e quais encurtamentos e desequilíbrios estão prejudicando-o. Conseguimos isto através de uma avaliação de movimentos.

Além disso, o treinamento deve ser embasado nas respostas dessa avaliação. A liberação miofáscial é fator marcante neste processo, pois ajudará a aliviar os músculos que causam tais desequilíbrios. Isto somado a exercícios de flexibilidade dinâmica caracterizam a primeira parte de uma sessão de Treinamento Funcional, a partir disto o corpo está apto para executar os próximos estímulos, que chamo de Reativação Neuromuscular.

Confira no próximo post.

Abraços
Liberação Miofascial – Pontos de Gatilho


por Gray Cook
(traduzido por Alexandre Ienne, NASM – OPT)

Pontos de gatilho são encurtamentos em certas áreas do músculo. Eles parecem pequenos nós localizados na parte central de um músculo. A compressão destes pontos é quase intolerável e é comum estes pontos referirem dor e serem relacionados com outras partes do corpo.

Pontos gatilho podem interferir no seu programa de treinamento em duas maneiras distintas:

- Músculos que possuem pontos gatilho não responderão bem a alongamentos e flexibilidade, e o músculo logo voltará em seu comprimento original, assim tornando quase ineficaz sua sessão de alongamento e flexibilidade depois de 12-24 horas.

- Pontos de gatilho podem também interferir na coordenação e na força muscular, reduzindo a efetividade de seu treinamento com pesos, treinamento de agilidade ou treinamento cardiovascular.

Pontos de gatilho podem aparecer depois de uma lesão muscular em decorrência do trauma que é causado à fibra muscular. Ou, pontos de gatilho podem ser o resultado de usar a musculatura impropriamente. Muitas vezes nosso corpo usará incorretamente certos músculos decorrente à má postura, mecânica de movimento ruim ou hábitos errados de treinamento, ou seja, focar muito em um grupo muscular e não o bastante em outros.
Uma grande aquisição para atletas e clientes são produtos chamados “stick de liberação miofascial” ou “rolo de espuma para liberação miofascial”. Estes são alguns dos mais seguros e efetivos “remédios” no que diz respeito ao tratamento e avaliação dos pontos gatilho. Eu aprofundo mais nesse assunto no meu livro “Athletic Body in Balance”.

Se você não se sente confortável com esses métodos de liberação miofascial, eu recomendo um massagista, um treinador com experiência nesse tratamento ou um fisioterapeuta.

No entanto, lembre-se, uma vez que o ponto gatilho é tratado você precisa voltar e procurar a causa dele. Se foi devido a uma lesão muscular, você já achou. No entanto, se for por má postura ou treinamento com falhas em exercícios de simetria e equilíbrio, você precisa atacar essas falhas também e ter certeza que o ponto gatilho não retorne.

www.artedaforca.com.br

Gray Cook é um fisioterapeuta. Criou a FMS (Functional Movement Screen, um dos pilares da Reebok Core Training System, desenvolvida em 2000. Autor do livro “Athletic Body in Balance”. Você pode achá-lo no site www.funtionalmovement.com

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Liberação Miofascial (Parte 1)
Posted by admin | Posted in Novidades | Posted on 09-03-2011 0Share14
A Fáscia é um tecido conjuntivo extremamente resistente que se espalha através do corpo, da cabeça aos pés sem interrupção. Desde as células e as artérias, aos músculos, ossos, órgãos, etc., tudo está envolvido pela fáscia.

A Libertação Miofascial é uma técnica especializada de alongamento usada para liberar tensão e realinhar o corpo. A palavra miofascial é derivada da palavra latina “myo”, que significa músculo e “fascia” tecido.

Má postura, inflamação ou um trauma, seja ele físico ou emocional, podem ocasionar um enfraquecimento da fáscia, resultando em uma pressão excessiva sobre os nervos, músculos, vasos sangüíneos, estruturas ósseas e/ou órgãos.

Possivelmente uma porcentagem grande de pessoas que sofrem com dor ou restrição de movimentos em alguns membros, possam estar tendo problemas de fáscia, porém, na sua maioria não são diagnosticados dessa forma.

1. Como os tecidos se tornam tensos.

Postura ruim, lesões físicas e várias doenças podem desalinhar o corpo e causar uma complexa teia de fascias do corpo a tornarem-se restringidas. Quando fibras musculares estão lesionadas, a fascia que cerca os músculos torna-se curta e tensa. Esta quantidade desigual de pressão sobre a fascia pode se vincular aos tecidos subjacentes que causam aderência e cicatrizes. Ao longo do tempo, estas aderências podem limitar a variedade de movimento dentro de uma articulação e causar dor e dormência através do corpo.

2. Como liberar a compressão dos tecidos.

A soltura utilizada na liberação miofascial somada a exercícios pode fragmentar a cicatriz por suavizar, expandir e realinhar a fascia. Liberar as contraturas do tecido restaurará, por fim, o equilíbrio do corpo aliviando a dor e melhorando a circulação sanguínea.

Referência: www.lulanascimento.com.br

Ativação Neuromuscular

Ativação Neuromuscular
Posted by admin | Posted in Novidades | Posted on 05-04-2011 0Share15Os exercícios de ativação neuromuscular, são de estabilização e recrutam os músculos relacionados ao CORE. Preferencialmente devem ser realizados no início da sessão. Os exercícios que mais uso são estes:

Prancha:

Mantenha os cotovelos embaixo do ombro e o tronco com a maior estabilidade possível e na linha do quadril.









Cobra:

Empurre os ombros para baixo, em direção do quadril e longe das orelhas, rodando o braço para fora. Contraia glúteos, lombar e posteriores de coxa simultaneamente.







Ponte:

Eleve o quadril executando uma contração dos glúteos. Mantenha o alinhamento dos joelhos em relação ao quadril e os ombros empurrando para baixo(em direção ao quadril).









Estabilização em 2 apoios:

A idéia do exercício é buscar a estabilidade do tronco em bases cruzadas, mão direita e joelho esquerdo. Mantenha a posição com o menor movimento possível.

Todos esses exercícios podem ter variações, como tirar um pé, elevar o joelho e outras variações.

Abraços

O conceito de Treinamento Funcional (parte I)

O conceito de Treinamento Funcional (parte I)
Por admin em 31/12/2009 | Comentários 1

As últimas décadas foram marcadas por grandes avanços tecnológicos, com descobertas de curas de doenças, acesso ilimitado às informações mundiais em tempo real, estamos literalmente conectados 24h.

Por outro lado, houve uma adaptação do homem a este novo cenário. Ficamos dependentes da nossa evolução, passamos várias horas em frente ao computador, as atividades diárias requerem menos movimentos, e ainda assim nos falta tempo, pois tudo acontece muito rápido e precisamos acompanhar esta velocidade, senão ficamos para trás, defasados… por isso temos pouco tempo para nos alimentar e quando “sobra tempo” tem que ser muito rápido, gerando uma ansiedade enorme, além de precisarmos de comidas rápidas que estão longes de serem saudáveis.

Muitas conseqüências desta adaptação já começam a aparecer e estão relacionadas à saúde do homem, como se a obra se voltasse contra o criador. Não é a toa que as doenças relacionadas ao coração são as que mais matam no mundo todo, assim como a enorme quantidade de crianças obesas e com hipertensão.

Além disso, o sedentarismo tem criado pessoas não-funcionais, incapazes de realizar movimentos básicos e inatos do ser humano, com encurtamentos e desequilíbrios musculares crônicos, levando, assim, a adaptações estruturais físicas em todo corpo. Com este perfil, a sociedade atual precisa de novos treinamentos e visando a carência de movimentos surgiu uma adaptação do treinamento funcional.


O Treinamento Funcional surgiu da reabilitação, onde movimentos eram usados para recuperar lesões e posturas inapropriadas, principalmente de atletas. Posteriormente foi incorporado as suas rotinas de treino, melhorando a eficiência no esporte e como um preventivo a novas lesões. A partir disto, adaptou-se este método a sociedade atual com todas as suas deficiências




Objetivos

O principal objetivo do Treinamento Funcional é tornar o corpo humano uma máquina de locomoção eficiente, sendo o foco de treinamento, a melhora do desempenho dos movimentos.

No corpo humano, a produção de movimento é estruturada na integração dos sistemas: nervoso, esquelético e muscular que, juntos, compõem a cadeia cinética.

De acordo com Boyle (2003), função é essencialmente o propósito. Se a Cadeia Cinética desempenhar da melhor maneira possível sua “Função”, o movimento será mais eficiente.

Todos os sistemas da Cadeia Cinética devem trabalhar em conjunto para produzir movimento e se um sistema não trabalha apropriadamente, irá afetar outros sistemas e, conseqüentemente, o movimento.




A PRODUÇÃO DE MOVIMENTO






Faz-se necessário uma avaliação estruturada da Cadeia Cinética para detectar que sistema está deficiente, além de uma avaliação de movimentos que irá mostrar músculos e articulações desalinhadas. Baseado nisto, deve ser elaborado o treinamento, que deve ser voltado para correções de encurtamentos e fraquezas musculares.

Por isso, o Treinamento Funcional pode ser usado para todos objetivos, pode melhorar o desempenho de movimentos de um atleta, tornando-o mais veloz, forte e equilibrado. Mais ainda, pode melhorar o desempenho de movimentos do cidadão comum, para que ele execute melhor as tarefas da vida diária, assim como sua postura.

(CONTINUA…)


Referências:




.: Fabiano malheiros , Especialista em Ciência do Treinamento Desportivo (UNICAMP).

.: Certificado pelo C.H.E.K. Institute (CA-EUA) “Scientific CORE Conditioning”

.: Trabalha na aplicação de Treinamento Funcional há mais de 6 anos em atletas amadores e clientes de Personal Trainer.

.: www.fabianomalheiros.com.br

Padrões de Movimento

Padrões de Movimento
Por admin em 31/12/2009 | Comentários 0

Para se ensinar uma técnica correta é importante conhecer o padrão de movimento básico do corpo. A técnica correta não favorece nada se o padrão de movimento específico nãofor específico. Treinar padrões específicos de movimento provoca os maiores ganhos para o desempenho competitivo. Muitos prepraradores físicos utilizam exercícios de força no seu programa de treinamento preocupados apenas com ganho de força ou a fadiga muscular que causa a sensação de “queimação” na musculatura. Outros treinadores utilizam os exercícios funcionais que simulam os movimentos específicos do esporte. O treinamento da habilidade técnica do baseball, por exemplo, é de inteira responsabilidade do técnico dentro do campo mas não no ginásio de musculação. Simular habilidades esportivas na sala de musculação com muita sobrecarga pode causa efeitos negativos no desempenho. O trabalho do preparador físico na sala da musculação é treinar padrões de movimento específicos que levam a aumentar o nível de jogo dos atletas. O corpo aprende a desempenhar o movimento com mais potência enquanto conserva energia e diminui o potencial de lesão.
Muitos técnicos tem conhecimento básico de anatomia e cinesiologia, mas quanto desse conhecimento é aplicável para ensinar corretamente a técnica de padrões específicos de movimento? A Anatomia é a ciência capaz de identificar cada músculo, articulação e ossos como estruturas separadas. A Cinesiologia está preocupada como o movimento do corpo através da análise dos movimentos de uma articulação específica e as forças do ponto de vista mecânico. Por exemplo, nós sabemos que a flexão de cotovelo acontece pela contração do bíceps, que puxa sua inserção no ante–braço até sua origem no ombro. Isso é correto, mas a flexão de cotovelo também ocorre quando baixamos nosso corpo para executar o exercício de “flexão de braço”. A força da gravidade faz isso, controlada pelo músculo tríceps.

Meu objetivo é mostrar o conhecimento específico de padrões de movimento que não podem ser aprendidos pela forma tradicional da anatomia e cinesiologia que sabemos. Eu poderia passar um programa de exercícios para vocês aplicarem ao seus atletas. Mas do que adiantaria se você não conhece os princípios básicos de quais exercícios utilizar e pra que servem. Ao longo do ano escrevi vários artigos, onde vocês podem obter esse conhecimento gradualmente e aplicá–los de acordo com as necessidades individuais de cada atleta. Existe uma reação de causa e efeito entre a contração muscular, movimento da articulação e consequentemente o movimento do corpo. Sempre que possível, isso será feito baseado em ciência aplicada. Existem muitas opiniões e teorias de como o corpo funciona. Minhas idéias de treinamento de força evoluem conforme as pesquisas avançam. Minha intenção e fazer você pensar sobre o que está fazendo no condicionamento de força de seus atletas. Se o seu programa não mudar ou evoluir, então você não está aprendendo.

O esqueleto humano é uma série de segmentos unidos que atuam conjuntamente. Os segmentos interagem uns com os outros através das articulações. Os movimentos articulares são controlados pelas ações musculares. O músculo estabiliza e mobiliza o movimento de cada articulação. Os músculos inserem no osso, atravessam a articulação e inserem novamente em outro osso. Abaixo segue um modelo de uma articulação que conecta dois segmentos que representam os ossos. O músculo é representado pela forma em vermelho. Neste modelo, ambos os segmentos possuem a mesma massa e a inserção muscular ocorre na mesma posição em ambos, além disso, os segmentos se movimentam igualmente para a mesma direção. Isso segue a lei de Newton que diz: “Para cada ação existe uma reação de mesma intensedade na direção oposta”. Neste modelo assumimos que os segmentos estão unidos pelos ligamentos da articulação.





O músculo apenas pode “puxar” os segmentos, mas não pode “empurrá–los” de volta a posição original. Portanto um músculo oposto deve ser inserido no outro lado da ariculação para fazer a rotação na direção oposta. Os músculos inseridos no lado oposto da articulação são chamados de pares antagonistas. Músculos antagonistas trabalham para que o movimento sincronizado da articulação ocorra. Quando o músculo (vermelho) contrai e encurta seu comprimento (ação concêntrica) aproximando os segmentos ósseos é chamado de ação primária. O músculo que fica do lado oposto da articulação alonga (ação excêntrica) controlando o movimento. É chamado de músculo antagonista. O antagonista não “relaxa” completamente, ele se alonga e exerce tensão. Essa tensão é o que controla a velocidade da articulação. (Nota: a partir de agora o vermelho significa uma ação concêntrica enquanto que o azul uma ação excentrica!). O pares antagonistas trabalham em conjunto para dar estabilidade á articulação. A força exercida pela ação concêntrica do músculo de um lado da articulação provoca uma enorme tensão na articulação. Com a ação do antagonista essa tensão é diminuída.

Todos os músculos esqueléticos humanos possuem orgãos sensitivos chamados de fibras do fuso que monitoram a tensão do alongamento muscular. Quando alongado até o limite, o fuso reage contraindo e se tornando a ação principal. Simultaneamente envia uma menssagem, através de um reflexo, para a contração do par antagonista para que uma lesão não aconteça. Esse mecanismo é chamado de inibição recíproca.

O modelo abaixo representa melhor o corpo humano. (A) Um dos segmentos é o pé e o outro a extremidade da tíbia. Primeiro vamos analisar o movimento de cadeia cinética fechada onde a extremidade do segmento fica fixa. (B) Na articulação do tornozelo a tíbia pode apenas flexionar para a frente quando o pé está fixado totalmente no solo. A gravidade causa o torque da flexão. Isso é chamado de dorsi–flexão, quando o ângulo entre o pé e a tíbia diminui. (C) Para puxar a tíbia novamente para trás, o músculo sóleo age concentricamente. Isso é chamado de flexão plantar, quando o ângulo entre o pé e a tíbia aumenta. Observa–se que a tíbia rotaciona sobre o pé fixo.





Agora daremos uma olhada no chamado movimento de cadeia cinética aberta, onde a extremidade fica livre (A). Esse é o modo como aprendemos os movientos do pé numa aula de anatomia. Praticamente tudo é o inverso. (B) A planta do pé flexiona devido o torque causado pela gravidade. O músculo tibial anterior na parte da frente da tíbia controla esse movimento. (C) A dorsi–flexão acontece e o tibial anterior contrai concentricamente. Esse modeo assume que a tíbia é fixa permitindo o pé rotacionar sobre ela. Deste modo o pé e a tíbia podem apenas aproximar um do outro.





O modelo abaixo representa um grupo muscular que atavesssa uma articulação. São chamados músculos biarticulares aqueles que atuam em duas articulações. Os isquios tibiais, o reto femoral e o gastrocnemio são exemplos de músculos biarticulares. Abaixo segue uma representação simplificada dos músculos biarticulares do quadril e joelho. Ela consiste em três segmentos com duas articulações sendo o segmento do meio fixo. Dois tendões fixam as extremidades dos segmentos no lado oposto das articulações formando uma sistema fechado. Se um dos tendões que conecta as estruturas é puxado em uma direção, provoca o movimento conjunto das outras estruturas unidas por ele na mesma direção e distância. Se o tendão é movimentado na direção contrária, ocontece a reversão do movimrnto na mesma direção. Os tendões mantém as estruturas unidas através da manutenção do seu comprimento ou, em termos de ação muscular, uma ação isométrica. Isso permite a transferência do trabalho mecânico para outro segmento. Novamente esse modelo assume que o segmento do meio é fixo permitindo movimento dos segmentos das extremidades.





Agora vamos adicionar mais ossos, articulações e músculos. Se o pé estiver fixo no solo e o corpo é abaixado, como quando a gente senta, perceba qua as três articulações rotacionam com a força da gravidade. Cada articulação é controlada por seu próprio grupo muscular.

Sóleo – controla excêntricamente o movimento no sentido horário do tornozelo

Quadríceps – controla excêntricamente o movimento anti–horário do joelho

Glúteos – controla excêntricamente o movimento no sentido horário do quadril



O joelho e o quadril são atravessados por três grupos de musculos biarticulares que são antagonistas mas complementares aos músculos que cruzam uma única articulação (uniarticulares). Note que esses músculos possuem duas cores. Lembre–se que eles não alteram seu comprimento durante a ação articular. Isso acontece através de uma ação pseudo–isométrica (Palmitier, 1991) ou ação simultânea excêntrica e concêntrica. Azul é ação excêntrica e vermelho concêntrica. O importante é lembrar que os músculos biarticulares não alteram o comprimento, como muitos acham, quando fazem um movimento básico como correr.

Isquios–tibiais – no quadril: ação excêntrica para desacelerar a flexão. No joelho: ação concêntrica ocorre para permitir a flexão

Reto femoral – no quadril: ação concêntrica para permitir a flexão. No joelho: ação excêntrica para desacelerar a flexão

Gastrocnemio – no joelho: ação concêntrica para a flexão joelho. No tornozelo: ação excêntrica para controlar a dorsi–flexão.



Para que o corpo retorne a posição inicial, deve haver a reversão da rotação de todas as articulações e ações musculares.



Músculos biarticulares podem fazer ações que não podem ser suportados por músculos uniarticulares, como:

CoordenaÇÃo: Os músculos biarticulares promovem a coodenação entre articulações adjacentes mesmo que estas rotacionem para lados opostos. Quando uma articulação flexiona, todas as outras simultaneamente seguem para a flexam, e vice–versa.

Sinergia: Permite todas as origens e inserções, tanto biarticulares quanto uniarticulares, em ambos os lados da articulação, seguirem conjuntamente para a mesma direção. Com isso, o movimento articular é totalmente estabilizado.

Tensionamento: O termo criado por Buckminister Fuller significa integridade da tensão. A força de um músculo uniarticular pode ser redistribuida através de uma rede tensional dos músculos biarticulares. A carga pode então ser redistribuída de forma igual por todas as articulações, ao invés de ficar concentrada na articulação que possui maior massa muscular. Assim, a potência dos glúteos pode ser transferida para ajudar a provocar a rotação do tornozelo. Isso permite que o maior músculo fique no quadril enquanto a extremidade da perna carregue pequenos grupos musculares, sendo capaz de se movimentar rapidamente.

Conservação: Como os músculos biarticulares não modificam o comprimento e todas as origens e inserções movimentam–se na mesma direção, isso permite gerar uma enorme tensão com mínimo esforço. Um músculo uniarticular não consegue desenvolver tanta tensão como uma ação pseudo–isometrica.

Em resumo, exercícios são padrões de movimeto que você tentar aumentar a força. é importante que esses exercícios fortaleçam movimentos específicos que permitam melhorarr o desempenho esportivo. Eu recomendo lembrar de três princípios quando selecionar um exercício. Primeiro, escolha exercícios que permitam aplicar força contra o solo. Um salto não é possível sem aplicar força no chão. Segundo, escolha exercícios que utilizem múltiplas articulações simultaneamente. A distribuição de força pelas articulações deve ser treinada com o correto padrão de recrutamento neuromuscular. Terceiro, escolha exercícios que permitam sinergia. Equipamentos de musculação ou aparelhos que você senta ou deita restrigem a estabilização do corpo. O corpo humano necessita de ajustes de tensão de todo o sistema musculo–esquelético para exercutar corretamente uma tarefa. Não deveria o treinamento de força utilizar padrões que reflitam esse sinergismo? Não cause desequilíbrios usando padrões de movimento que isolam um único músculo em um lado da articulação. A repetição deste tipo de padrão irá afetar a integridade funcional do corpo.

Exercícios que atendem os três princípios incluem: agachamentos, afundos, puxadas, levantamentos olímpico e levantamentos básicos. Faça exercícios uniarticulares como rosca, tríceps e remadas na posição de pé.

Referencias:

Palmitier RA., An KN, Scott SG, Chao EYS. Kinetic Chain Exercise in Knee Rehabilitation. Sports Medicine 11 (6) 402–413 1991
van Ingen Schenau GJ, Bobbert MF, van Soest AJ. The Unique Action of Bi–Articular Muscles in Leg Extensions. Multiple Muscle Systems: Biomechanics and Movement Organization (41) 639–652, 1990
Steindler A, Kinesiology of the Human Body: Under Normal and Pathological Conditions, 1955
Rasch PJ, Burke RK, Kinesiology and Applied Anatomy: The Science of Human Movement, 1971


.: Mike Arthur, (EUA), University of Nebrasca Athletics – Baseball strenght coach

.: U.S. Collegiatte Strenght and Conditioning Coaches Hall of Fame em Julho de 2003

Core training no desporto

Core training no desporto
Por admin em 15/02/2010 | Comentários 0

O treinamento da região “central” do corpo tem sido um assunto de grande e crescente interesse no meio desportivo, sendo atualmente um ponto comum entre todas as propostas de treinamento que têm por base a funcionalidade (treinamento funcional).

Entende-se que seja necessário, em primeiro lugar, fortalecer o centro para depois mobilizar as extremidades. Sendo o tronco a região central que faz a conexão entre os membros (extremidades), é cabível afirmar que uma região central fortalecida e estabilizada serve como base de suporte para a execução de movimentos mais eficientes dos membros (Bompa e Cornacchia, 2000).
Anderson e Behm (2005) salientam que a estabilidade do tronco é algo identificado como sendo crucial para o equilíbrio dinâmico de todo o corpo.

Em contrapartida, um pobre desenvolvimento da região pode representar um sistema de suporte deficiente para o trabalho intenso de braços e pernas (Bompa e Cornacchia, 2000).

Pensando nisso, desenvolveu-se uma metodologia de treinamento denominada core training ou treinamento do centro ou núcleo. Entende-se por core toda a região central do corpo, compreendendo as regiões lombar, pélvica e quadril.

A estabilidade do core ou core stability é compreendida na literatura de medicina do esporte como a capacidade de controle motor e produção muscular do complexo lombo-pelvico-quadril (Leetun et al., 2004).

Os músculos do core são os principais responsáveis pela manutenção de uma postura adequada dessa região, seja ela uma postura estática ou dinâmica, sendo que ambas as posturas são vivenciadas nas atividades cotidianas e esportivas. Portanto, seu treinamento se faz necessário para manutenção da saúde postural, evitando possíveis lesões e auxiliando no desempenho nas atividades.

Ao contrário do que muitos pensam, o fortalecimento da região do core não é uma tarefa difícil, e pode ser conseguido através de um treinamento simples. Antigos exercícios de musculação, como os levantamentos olímpicos (arranque e arremesso) são muito eficientes para essa finalidade e devem ser resgatados no treinamento desportivo.

Outra ferramenta muito eficiente, que antes era somente utilizada para a reabilitação física e o hoje invade o cenário do treinamento físico, é a instabilidade. Diversos estudos analisaram os efeitos da instabilidade sobre a ativação da musculatura do core e chegaram a conclusões positivas, principalmente quanto à ativação dos músculos profundos (estabilizadores) (Anderson e Behm, 2005; Marshall e Murphy, 2005).

Com base no respaldo que a literatura científica específica nos oferece, cabe a nós, profissionais de educação física atuantes no desporto, implantar essas ferramentas em nossas rotinas de treinamento, a fim de aprimorar o desempenho de nossos atletas.


Referências Bibliográficas


Anderson, K.; Behm, D.G. The Impact of Instability Resistance Training on Balance and Stability. Sports Medicine. 35(1): 43-53, 2005


Bompa, T.O.; Cornacchia, L.J. Treinamento de Força Consciente. São Paulo: Phorte, 2000.


Leetun, D.T.; Ireland, M.L.; Wilson, J.T.; Ballantyne, B.T.; Davis, I.M. Core Stability Measures as Risk Factors for Lower Extremity Injury in Athletes. Medicine & Science in Sports & Exercise. 36(6): 926-934, 2004.


Marshall, P.W.M.; Murphy, B.A. Increase deltoid and abdominal muscle activity during Swiss ball bench press. Journal of Strength and Conditioning Research 20(4): 745–750, 2006.



.: Cauê Vazquez La Scala Teixeira, formado em Educação Física (UNIMES);Pós-graduado em Fisiologia do Exercício (CEFE) e Treinamento de Força (UNISANTA);

.: Autor do livro “Musculação: desenvolvimento corporal global” (Phorte Editora);
.: Professor concursado da seção de avaliação física da Prefeitura Municipal de Santos; Palestrante em eventos da InForma, PRIME eventos, Prefeitura Municipal de Santos e eventos avulsos.

treinamento funcional- Personal Trainer no desporto

Personal Trainer no desporto
Por admin em 23/02/2010 | Comentários 3

É evidente que com o passar dos anos, o rendimento desportivo se tornou mais dependente da preparação física dos atletas.

Há tempos atrás, um nível técnico elevado por parte de algum atleta ou equipe poderia ser considerado um diferencial que provavelmente garantiria um bom desempenho ou uma vitória. Atualmente, devido à evolução da ciência da preparação física, equipes ou atletas que não são tão bons tecnicamente, conseguem obter resultados semelhantes aos obtidos por aqueles que apresentam excelente nível técnico, desde que estejam fisicamente preparados.
Em outras palavras, a preparação física nivelou os adversários, independente do nível técnico, desde que esse último não seja considerado abaixo da média, é claro.

Devido a isso, as sessões de treinamento físico ganharam grande importância, a ponto de alguns treinadores planejarem suas sessões de treinamento técnico e/ou tático somente após a elaboração do calendário de treinamento físico.

No entanto, uma boa preparação física depende muito do profissional que a aplica, especificamente de sua formação/especialização e sua experiência prática. Dessa forma, o ideal seria que cada atleta ou equipe contasse com um profissional ou uma equipe de profissionais cuidando somente dessa questão.

Porém, essa não é a realidade do desporto nacional, principalmente no âmbito amador (não-profissional), que é de onde surgem grandes talentos. Em muitos casos, técnica, tática, preparação física e outros fatores são de responsabilidade de apenas um profissional.

É óbvio que não existe profissional polivalente, ou seja, é impossível ser bom em tudo. Nesses casos, a probabilidade de falhas em algum ponto é muito grande.

É aí que entra o personal trainer (treinador personalizado). Esse profissional, que já é bem aceito na área fitness, poderia contribuir para complementar o trabalho realizado pelos treinadores. Assim, os treinadores ficariam responsáveis pela parte técnica e tática, e o personal trainer, pela questão física.

Além de dividir as responsabilidades, aprimorando o trabalho, o treinamento personalizado atende ao princípio da individualidade biológica, princípio que afirma que nenhum atleta é igual ao seu semelhante. Sendo assim, o treinamento que é eficiente para um indivíduo, pode não ser eficiente para outro, cabendo ao profissional a escolha da melhor metodologia, tendo em vista sua capacitação para tal função.

Devido à falta de investimentos por parte de algumas equipes na contratação de profissionais, o personal trainer se torna uma opção interessante e eficiente para aqueles atletas que querem investir em si, almejando a melhora de seu rendimento.

Para garantir o sucesso, a interação entre os profissionais envolvidos é de fundamental importância. Havendo um bom planejamento e respeito mútuo, todos só terão a ganhar com isso, principalmente o atleta.

Pense nisso. Vale a pena o investimento.

Bons treinos!



.: Cauê Vazquez La Scala Teixeira, formado em Educação Física (UNIMES);Pós-graduado em Fisiologia do Exercício (CEFE) e Treinamento de Força (UNISANTA);

.: Autor do livro “Musculação: desenvolvimento corporal global” (Phorte Editora);
.: Professor concursado da seção de avaliação física da Prefeitura Municipal de Santos; Palestrante em eventos da InForma, PRIME eventos, Prefeitura Municipal de Santos e eventos avulsos

NUTRIÇÃO E AS NECESSIDADES ESPECIAIS DOS JUDOCAS

NUTRIÇÃO E AS NECESSIDADES ESPECIAIS DOS JUDOCAS
Por admin em 01/01/2010 | Comentários 0

Os atletas têm, em geral, necessidades nutricionais diferentes das outras pessoas. Tais necessidades podem variar de acordo com a modalidade, com o regime ou fase de treinamento e com o calendário de competições.

No judô, assim como em outras modalidades de combate, as competições são divididas em categorias de peso, com o objetivo de equilibrar as disputas. Todavia, é muito comum que atletas reduzam significativa quantidade de peso poucos dias antes das competições para lutar em uma categoria mais leve 1 . Os métodos geralmente utilizados para diminuir o peso são: restrição alimentar e hídrica severas, uso de agasalhos durante o treino, aumento do volume do treinamento e até ingestão de diuréticos e laxantes ou indução de vômitos 2 . Apesar dessas práticas serem perigosas à saúde dos atletas, muitos as iniciam de forma bastante precoce, aproximadamente aos 14 anos de idade 3 .

Para manter um estado de nutrição adequado, basta que o atleta consuma uma dieta equilibrada em termos de macronutrientes, ou seja, basta que ele consuma cerca de 60% do total de calorias ingeridas de carboidratos, 15% de proteínas e 25% de gorduras. Os micronutrientes (vitaminas e minerais) também devem ser consumidos de acordo com as recomendações diárias de ingestão.

Os atletas devem, contudo, estar atentos ao peso corporal e à composição corporal durante toda a temporada , de modo que não seja necessário reduzir grande quantidade de peso antes das competições. Para tanto, o total de calorias ingeridas deve ser muito bem controlado.

Em vista disso, é extremamente aconselhável que os atletas procurem a orientação de nutricionistas, pois somente esses profissionais estarão aptos a prescrever uma dieta adequada em termos de quantidade de calorias e micronutrientes, e distribuição dos macronutrientes.

Caso seja realmente necessário reduzir o peso para uma competição, recomenda–se que não se reduza quantidade superior a 2% do peso corporal 4 , e que a redução seja gradual (i.e, máximo de 1 kg por semana) 5 . Durante o período de diminuição do peso, a dieta deve ser muito rica em carboidratos, com o consumo superior a 60% do total de calorias ingeridas 5 , e o consumo de aminoácidos de cadeia ramificada pode evitar a perda de massa magra e auxiliar a perda de gordura 6 . Se houver um lapso de tempo entre a pesagem e o início da competição, o atleta deve consumir apenas carboidratos durante esse período, pois esse procedimento acelera a recuperação do desempenho anaeróbio 7 . A ingestão de 320 g de glicose combinada com 30 g de creatina também pode auxiliar o retorno do desempenho aos valores normais após a pesagem 8 .

É preciso, entretanto, reforçar a idéia de que os atletas devem lutar em categorias que, de fato, condigam com sua estrutura física. Caso contrário, o judoca que quiser manter seu peso próximo ao limite da categoria terá que consumir uma dieta muito aquém de suas necessidades energéticas. Isso pode levar à queda no desempenho e a traços de desnutrição 9,10 . Ou então, caso o atleta decida reduzir o peso a poucos dias da competição, ele terá de utilizar métodos de perda rápida de peso, e estará sujeito aos seguintes problemas: 1) alteração na concentração de alguns hormônios, como aumento do GH e diminuição da testosterona 9 , 2) diminuição do fluxo sangüíneo renal e do volume de filtração sangüínea nos rins 11 , 3) aumento da perda de eletrólitos 12 , 4) diminuição da atividade do sistema imunológico 13 , 5) interrupção temporária do crescimento 14,10 , 6) piora do estado de humor 15 , 7) queda de eficiência do sistema cardiorrespiratório 16 , 08) redução do conteúdo e da taxa de utilização do glicogênio muscular 17,18 , 9) aumento da temperatura corporal e dificuldade de termorregulação 19 , e 10) diminuição significativa de diversos parâmetros do desempenho 17,20,21,22 .

Referências Bibliográficas

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Steen SN, Brownell KD. Patterns of weight loss and regain in wrestlers: has the tradition changed? Med Sci Sports Exerc 1990; 22(6):762–8.

Franchini E, Artioli GG, Silva Neto AM. Weight loss methods of Juvenile judo players. Annals of IV IJF JUDO CONFERENCE . Cairo : International Judo Federation; 2005 (CD–Rom).

Umeda T, Nakaji S, Shimoyama T, Yamamoto Y, Totsuka M, Sugawara K. Adverse effects of energy restriction on myogenic enzymes in judoists. J Sports Sci 2004; 22:329–38.

Fogelholm GM, Koskinen R, Laakso J, Rankinen T, Ruokonen I. Gradual and rapid weight loss: effects on nutrition and performance in male athletes. Med Sci Sports Exerc 1993; 25(3):371–7.

Mourier A, Bigard AX, de Kerviler E, Roger B, Legrand H, Guezennec CY. Combined effects of caloric restriction and branched–chain amino acid supplementation on body composition and exercise performance in elite wrestlers. Int J Sportd Med 1997; 18(1):47–55.

Rankin JW, Ocel JV, Craft LL. Effect of weight loss and refeeding diet composition on anaerobic performance in wrestlers. Med Sci Sports Exerc 1996; 28(10):1292–9.

Ööpik V, Pääsuke M, Timpmann S, Medijainen L, Ereline J, Gapajeva J. Effects of creatine supplementation during recovery from rapid body mass reduction on metabolism and muscle performance capacity in well–trained wrestlers. J Sports Med Phys Fitness 2002; 42:330–9.

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Roemich JN, Sinning WE. Weight loss and wrestling training: effects on nutrition, growth, maturation, body composition and strength. J App Physiol 1997; 82(6):1751–1759.

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Costill DL, Sparks KE. Rapid fluid replacement following thermal dehydration. J Appl Physiol 1973; 34:299–303.

Ohta S, Nakaji S, Suzuki K, Totsuka M, Umeda T, Sugawara M. Depressed humoral immunity after weight reduction in competitive judoists. Luminescence 2002; 17(3):150–7.

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Filaire E, Maso F, Degoutte F, Jouanel P, Lac G. Food restriction, performance, psychological state and lipid values in judo athletes. Int J Sports Med 2001; 22:454–9.

Ribsil PM, Herbert WG. Effect of rapid weight reduction and subsequent rehydration upon the physiological working capacity of wrestlers. Res Quarterly 1970; 41:536–541.

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Klinzing JE, Karpowicz W. The effects of rapid weight loss and rehydration on a wrestling performance test. J Sports Med 1986; 26:149–56.


.: Guilherme Giannini Artioli, Mestrando em Educação Física (USP) e Bacharelando em Ciências para Saúde(ICB-USP)

.: Membro do Laboratório de Nutrição Esportiva – EEFEUSP

.: Faixa preta 1º dan.

.: gui_artioli@yahoo.com.br


.: Sérgio Ricardo de Souza Oliveira, Mestrando em Biodinâmica do Movimento Humano (USP);Especializado em Fisiologia do Exercício (EPM-UNIFESP)

.: Preparador Físico do Esporte Clube Pinheiros

.: Participante das Olimpíadas de Barcelona 92 (titular) e Atlanta 96 (reserva); Bicampeão Panamericano e Tetra Sulamericano

.: sergiooliveirajudo@gmail.com

Treinamento de força no judô

Treinamento de força no judô
Por admin em 01/01/2010 | Comentários 1

Nas competições atuais, o alto nível do judô é resultado do desenvolvimento das habilidades técnicas, táticas e psicológicas apoiadas pelas capacidades motoras condicionadas – resistência cardiovascular–respiratória, força muscular e flexibilidade, principalmente. 1 O rendimento inadequado dessas capacidades pode interferir na organização dos movimentos que dependem de habilidade e capacidade de coordenação.
A força é uma qualidade muscular que se manifesta de maneiras distintas em função das necessidades da ação. A manifestação ativa da força é composta pelas forças: máximas, rápida e resistente. 11

Pulkinen, 3 considera a força como o principal componente do sucesso na execução técnica de um dado movimento, entre as demandas físicas requeridas durante o combate do judô.

A força demonstra a sua importância, durante o combate, nos momentos iniciais de desequilíbrio que antecedem a execução da técnica ( kuzushi ), onde a passagem da contração estática para a dinâmica, em máxima velocidade, é fator tático contra o adversário; ou ainda quando, previamente ao kusushi , é realizado um deslocamento ( shintai ). O aproveitamento do momento de menor resistência do corpo para executar uma puxada com a máxima força e velocidade, 4 caracteriza o princípio da máxima eficiência na utilização energética, prerrogativa conceitual dos princípios do Judô defendido por Jigoro Kano. 5,6

Entretanto, quais programas de treinamento de força contra–resistência potencializariam ações técnicas no judô?

Tomando como ponto de partida os tipos de ações que o músculo realiza, os modelos de treinamento existentes apresentam propostas de ganhos de força através de exercícios contra–resistência de características isométricas, isotônicas e isocinéticas (concêntrico–concêntrico ou concêntrico excêntrico).

Como pôde ser observado, a musculação tradicional passa a servir de referência para a maioria das pesquisas sobre força contra–resistência. Da mesma forma ela tem sido utilizada como meio de treinamento para obtenção da força requerida pelos judocas.

Lembrando que no judô as manifestações e ações musculares agem em uma constante sobreposição e que procedimentos diferentes de treinamento de força – isométrica e isocinética, por exemplo – são caracterizados pela alta especificidade dos efeitos – onde o treinamento isométrico aumenta a força estática enquanto o isocinético aumenta a força dinâmica (17) – poderíamos supor que outros meios poderiam ser empregados no treinamento promovendo, conseqüentemente, melhoras substanciais da força em judocas.

No trabalho apresentado por Baker, 18 com Levantamento de Peso Olímpico, foi avaliado que os movimentos pertinentes à modalidade incrementam mais a altura do salto vertical do que os outros meios de treinamentos de força.

Tendo em vista as características multiarticulares, intra e inter–musculares e de alta velocidade encontradas nos movimentos de arranco e arremesso, poderíamos supor que tal meio pode vir a influenciar na eficácia das técnicas individuais de judocas pelo aumento da ação muscular requerida.

Toda adequação do treinamento físico deve ser realizada em função dos objetivos da modalidade que é praticada e com a fase de treinamento . A maioria dos meios e métodos propostos para judô não respeita as formas específicas de manifestação da força durante um combate e, menos ainda, as fases em que cada uma poderia ser explorada, de tal forma que devemos considerar que, em atletas com nível avançado, o correto emprego metodológico de treinamento contra–resistência poderia resultar na potencialização das técnicas de projeção.

O Judô, enquanto atividade humana de representatividade mundial, ainda apresenta muitas lacunas que, por muitas vezes, só servem pra aguçar nosso desejo em buscar mais conhecimento. As comunidades científicas e práticas têm um vasto campo a ser explorado e, para isso, devem unir–se na criação de mecanismos interativos e, assim, contribuir efetivamente para o desenvolvimento desse esporte.




.: Guilherme Giannini Artioli, Mestrando em Educação Física (USP) e Bacharelando em Ciências para Saúde(ICB-USP)

.: Membro do Laboratório de Nutrição Esportiva – EEFEUSP

.: Faixa preta 1º dan.

.: gui_artioli@yahoo.com.br


.: Sérgio Ricardo de Souza Oliveira, Mestrando em Biodinâmica do Movimento Humano (USP);Especializado em Fisiologia do Exercício (EPM-UNIFESP)

.: Preparador Físico do Esporte Clube Pinheiros

.: Participante das Olimpíadas de Barcelona 92 (titular) e Atlanta 96 (reserva); Bicampeão Panamericano e Tetra Sulamericano

.: sergiooliveirajudo@gmail.com

Levantamento Olímpico e a potência muscular.

Levantamento Olímpico e a potência muscular.
Por admin em 02/01/2010 | Comentários 0

A potência é a característica da força predominante na maioria das modalidades esportivas. Esportes que exijam saltos, sprints curtos, mudanças de direção e agilidade – como tênis, basquete, vôlei e handebol – se beneficiam do treinamento da potência. Estas ações necessitam da coordenação de todo o corpo para serem perfeitamente executadas, portanto o atleta deve condicionar seu corpo a executá–las. Somente os exercícios com pesos livres permitem ao atleta treinar desta forma.
Os exercícios com peso livre, multiarticulares e de cadeia cinética fechada (onde a extremidade do membro fica fixa) são reportados na literatura científica como sendo os que oferecem maiores demandas metabólicas, estabilização e coordenação (1) (2) . Como exemplo desses tipos de exercícios temos os levantamentos olímpico, agachamentos, levantamento terra, entre outros

A utilização de máquinas para se treinar potência em atletas é uma prática bastante comum, porém é preciso levar em consideração que a máquina retira o efeito de estabilização e coordenação do exercício, pois opera em um padrão fixo de movimento. Conseqüentemente a demanda metabólica tende a diminuir. Além disso, o atleta se vê obrigado a se ajustar ao padrão da máquina, ignorando sua própria característica anatômico–funcional. O ponto é que as máquinas foram criadas para treinar músculos e não movimentos. Para o treinamento de atletas o princípio mais importante é o da especificidade, que inclui a mesma ativação bioenergética e mecânica da modalidade praticada no exercício (1)(2) . O atleta deve treinar como ele compete!

Relação Levantamento Olímpico e Potência muscular


Estudos demonstram que os exercícios de levantamento olímpico – o arranco, o arremesso e derivados destes – são os exercícios de peso livre que produzem o maior pico de potencia (1)(4) . Os levantamentos olímpicos utilizam a coordenação de todo o corpo para serem executados. Além disso, fazem à completa extensão das articulações dos membros inferiores (quadril, joelho e tornozelo) num padrão similar ao utilizado no salto vertical e sprints (3) .

MacBride et al (1999) comparou levantadores de peso, levantadores básicos(“ powerlifters” ), velocistas e sujeitos destreinados. A potência produzida foi calculada através de saltos com peso 20kg; 40kg; 30%, 60% e 90% de 1RM normalizado pela massa corporal do sujeito. Os resultados estão apresentados no quadro abaixo:



Os levantadores de peso atingiram o maior pico de potência em todas as cargas analisadas. Estes resultados indicam que o treinamento de LPO influencia diretamente no aumento da potência.

Conclusão

O treinamento de LPO promove o aumento da potência dos levantadores de peso, portanto a inclusão desses exercícios para as demais modalidades esportivas parece ser uma opção a ser considerada. Esta aplicação do LPO em outras modalidades esportivas será explorada num próximo ensaio.

Referências:
(1) Treinamento de força para o esporte. Artemed, 2004.

(2) Fundamentos do treinamento de força. Artemed,2001.

(3) Canavan et al. Kinematic and kinetic relationships between an Olympic–style lift and the vertical jump. Journal of Strength and Conditioning Research 10(2): 127–130, 1996.

(4 ) McBride et al. A Comparison of strength and power characteristics between power lifters, Olympic lifters and sprinters. Journal of Strength and Conditioning Research 13:58–66, 1999.




.: João Coutinho , preparador físico de atletas juvenis e profissionais de tenis.

.: Bacharel em Esporte pela USP, especialista em prep. física de tênis e de Força e Potencia (Argentina).

.: editor@treinamentoesportivo.com

O desenvolvimento da potência com kettlebells

O desenvolvimento da potência com kettlebells
Publicado em: 2011-06-07 14:31:11
A maioria das modalidades esportivas englobam diversas capacidades motoras, tais como potência, velocidade, agilidade, coordenação, força, flexibilidade, entre outras. A especificidade de cada uma das modalidades exige que haja uma combinação que priorizem uma ou outra dessas capacidades.

Diversos estímulos (tipos de treino), quando somados, geram as adaptações específicas necessárias. A vantagem do uso do kettlebell na preparação física, é que ele consegue estimular todas essas capacidades físicas ao mesmo tempo.

Nas modalidades esportivas que exijem potência (ou qualquer modalidade que envolva saltos, arremessos, chutes ou socos!) o foco do trabalho é a geração de energia dinâmica atraves da extensão do quadril.

Essa energia pode ser desenvolvida por dois dos movimentos básicos do treinamento com kettlebells que são balísticos, o swing e o snatch, pois exigem um movimento de extensão potente do quadril, otimizando a integração neuromuscular das cadeias posteriores, fundamentais para esse desenvolvimento da potência.

Uma das maneiras mais utilizadas para se treinar potência é o treinamento com saltos, que apesar de apresentar excelentes resultados, lida com um ponto que pode se tornar lesivo se não for muito bem controlado: a aterrissagem. Porém, diferentemente do treinamento com saltos, o uso do kettlebell permite que se preserve melhor as articulações do atleta, por não ter a aterrissagem no movimento, porém ainda estimulando a absorção da energia elástica e a transferindo para energia cinética. Essa troca basea-se no ciclo alongamento-encurtamento, um mecanismo que seu corpo utiliza que faz com que seus músculos atuem como elásticos (ação excêntrica seguida imediatamente por ação concêntrica explosiva), para gerar mais velocidade durante a execução dos saltos, e consequentemente um ganho maior em distância, altura, e ou consistência desses movimentos.

A técnica de treinamento com kettlebells permite também a adaptação para qualquer uma das outras capacidades citadas, como poderá acompanhar na série de artigos “Kettlebell e Esporte”, publicados no site www.artedaforca.com.br, em parceria com www.treinamentoesportivo.com

terça-feira, 7 de junho de 2011

Principio do treinamento funcional

• Principio do treinamento funcional é o de preparar o organismo de maneira integra , segura e eficiente atravez do centro corporal conhecido neste modulo como CORE ou no Pilates POWER HOUSE .
Volta a utilização dos padrões fundamentais do movimento humano, envolvendo a integração de toda os grupo musculares para gerar um gesto motor específico em diferentes planos de movimento.


TREINAMENTO INTEGRADO

Força: resistência /flexibilidade / velocidade /coordenação/ CORE
Capacidade física de velocidade esta relacionada diretamente com performance motora.

PERIODIZAÇÃO DE TREINAMENTO: organização /planejamento /avaliação de resultados.
Principios da especificidade- tem relação direta com o treinamento funcional.


Sistema de fornecimento de energia:
-Latico – duração intensa e alta
-alatico
-Aeróbio
-anaeróbio

POWER CRIN ( SE FAZ MUITO POUCO AQUI NO BRASIL)

Capacidades físicas

*flexibilidade – flixibilidade ativa
- contração do agonista e alongamento do antagonista.
*estática
*dinâmica

-Coordenação
*Equilibrio
-estatico: ficar em pé
_dinamico; andar, correr, caminhar
_recuperado: saltar e recuperar o equilíbrio após a queda sem cair no chão.

*agilidade:
Troca de direção o mais rápido possível


Meios de treinamento

- Meio é oque vc vais fazer
- método é como você vai fazer

Classificação referente a especificidade
Ex: preparatório geral
8 botar o nadador para fazer bike ou um lutador para nadar.
Ex: preparação especiais* colocar um atleta na bike após cirurgia de LCA

Metodo de treinamento

Ë como você vai realizar determinada atividade


Método Continuo

OBJETIVO DE DESENVOLVER A PARTE CARDIO-RESPIRATÓRIA
(períodos longos e baixa intensidade)

Método intervalado

- Intensidade submáxima porem superior a utilizada no método continuo e a pausa obrigatóriamente tem de ser incompletas tendo abaixado parcialmente a freqüência cardíaca após estimulo.
Ex: tiro de 100m com pausa

Valor para o próximo estimulo variação de 60% a 70% parcial da freqüência de batimentos cardíacos.
Ex: 200 batimentos por minuto , o descanso devera ser até a freqüência chegar a 130/140 batimentos.

O controle da pausa é fundamental na seleção do estimulo escolhido
Se o Objetivo for desenvolver a capacidade aeróbica e se for anaeróbica é só encurtar a pausa.

Método de repetição

Sempre deve ser realizado próximo ao esforço máximo
1. Coordenaçao
2. Velocidade
3. Força explosiva
4. Resistencia anaeróbia
5. Resistência aeróbia.

O sistema nervoso não assimila novas informações corretamente quando esposto ao cansaço.

Método de Circuito

Pausas de recuperação parcial de até 60 seg
A estação pode ser controlada por um numero pré determinado de 08 a 20-30 repetiçoes ou por tempo fixo de 30” a 1 minuto dependendo do objetivo.



Viviane Coutinho representante WWW.terraazul.com.br softwers para avaliação postural e física.

Andréia Catani Representante POLAR


Trabalho Pliométrico
Também chamado de ciclo de alongamento- encurtamento
Resultando numa ação concêntrica poderosa devido a energia elástica armazenada no músculo, tendões e da pré inervação gerada pelo reflexo do fuso muscular.

Método complexo

TREINAR A FORÇA MAXIMA JUNTO COM A FORÇA EXPLOSIVA para desenvolver a força máxima explosiva.
Metodologia: FM+ FE

Ex: Agachamento 4 repetiçxoes com 90% 1RM (2 minutos de pausa) + 5 saltos em profundidade


Carga de treinamento
Volume
Intensidade: grau de força do estimulo, trabalho realizado por unidade de tempo
Densidade: relaçao entre duração do esforço e pausa.

Organização do treinamento Funcional
* Progressção Linear:
voce Muda a carga de tempo em Períodos + longos
Ex. E semanas resistido+6 semanas hipertrofia+6 semanas força máxima

Ou então como mostra estudos realizados pelo Professor Artur monteiro( www.arturmonteiro.com.br )

Que teremos o mesmo efeito se treinarmos tres meses com

Segunda -resistencia
Quarta-Hipertrofia
sexta_ Força Máxima

Neste estudos mostram um ganho de 25% a 40% em termos de volume e Hipertrofiadevido ao fator de variabilidade e adaptação do treino.

Progessão Linear

5-Potencia
4-Força máxima
3-Hipertrofia
2-Força e Resistencia
1 estabilização e resistencia


Treinando o core

1 etapa- Estabilização
2 etapa- Hipertrofia
3 etapa- CORE Potencia


Nivel Exercício Séries Repetiçoes Velocidade pausa

estabilização 1-4 1-4 12-20 Lenta até 90"

Força 0-4 2-4 08-12 Média até 60"

potencia 0-2 2-3 08-12 Rápida até 60"





Balance Training
O equilibrio é a chave que toca o movimento funcional

o equilibrio postural depende da integração entre o equilibrio muscular, estabilização articular dinamica e eficiencia Neuromuscular.



*estabilização- exercícios de equilibrio nas plataformas estáveis

*Força- Exercicios dinamicos sobre plataformas instaveis e em superfícies de equilibrio.

ex: agachamento no aparelho de Funcional da marca Health total

Treinamento Funcional - Articulação por ArticulaçãoPublicado no dia 07/06/2011 com o(s) assunto(s) Treinamento Funcional

Treinamento Funcional - Articulação por ArticulaçãoPublicado no dia 07/06/2011 com o(s) assunto(s) Treinamento Funcional
por Michael Boyle

Meu grande amigo, fisioterapeuta Gray Cook, tem o dom de simplificar tópicos complexos. Sinceramente, eu invejo sua habilidade de sucintamente pegar uma idéia complicada e fazê-la parecer simples como nunca. Em uma recente conversa sobre os efeitos do treinamento no corpo. Cook produziu uma das mais lúcidas idéias que eu ja ouvi em minha carreira.

Gray e eu estavamos discutindo a respeito dos achados da “Functional Moviment Screen”, as necessidades específicas das articulações e como suas funções se relacionam ao treinamento físico. Uma das grandes virtudes da FMS é que a avaliação nos permite distinguir problemas relacionados com estabilidade dos problemas relacionados com mobilidade. Os idéias de Cook eram simples de serem interpretadas e me levaram a concluir que o futuro do treinamento físico deve baseado num conhecimento funcional das articulaçõs ao invés de um embasamento voltado para movimento. A análise corporal que Gray realizou foi muito simples e direta ao ponto. Na sua opinião, o corpo é um montante de articulações. Cada articulação ou série de articulações possui uma função específica dentro do sistema de locomoção, e é esperado que ocorram disfunções. Como resultado, cada articulaçõo tem uma necessidade de treino específica. A quadro seguinte mostra o corpo dividido por suas articulações e suas necessidades.

A primeira que o leitor deve perceber ao ler o quadro acima é que as articulações simplesmente alternam mobilidade e estabilidade. O tornozelo precisa de melhor mobilidade enquanto o joelho precisa de melhor estabilidade. Na sequência, é aparente que o quadril necessita de maior mobilidade. E o processo segue cadeia acima, com uma simples e alternada series de articulações.

Nos últimos 20 anos, nos progredimos de uma antiquada metodologia de treinamento com base em partes do corpo (com todo perdão aos fisiculturistas ou bodybuilders) para uma processo mais inteligente de treinamento baseado em padroes de movimento. De fato, a frase “movimento, e nao músculo” esta quase de tornando fora de moda, e francamente, isso é parte do progresso. Eu acredito que os bons prossionais, especialistas em exercício, ja desistiram da antiguissimo método peito-ombro-tríceps e seguiu em frente passando a se basear em puxar-empurrar-dominante de quadril-dominante de joelho.

Curiosamente, hoje acredito que esse processo “movimento, e nao músculo” deve dar mais um passo adiante. Eu acredito que lesões se tem relaçãoo direto com as funções articulares, ou mais apropriadamente, com as disfunções articulares. Confuso? Nao custa nada esclerecer. Problemas em uma articulacao geralmente surgem como dor na articulação logo acima ou logo abaixo.

A ilustração mais simples é a lombar. Parece ser óbvio, com base nos avanços científicos na última, que precisamos de estabilidade de tronco. Também é evidente que muitas pessoas sofrem de dores nas costas. A parte interessante esta em cima de teoria por traz das dores na lombar. Minha teoria do que causa a dor? Perda de mobilidade no quadril. Perda de funçãoo da articulação logo abaixo (no caso da lombar, o quadril) parece afetar a articulação ou articulações logo acima (coluna lombar). Em outras palavras, se o quadril nao pode se mover, a lombar fara o serviço. O problema é que o quadril foi feito para gerar mobilidade e a lombar para gerar estabilidade. Quando a articulação supostamente mobilizadora perde sua característica, a articulação estabilizadora é acionada para gerar mobilidade compensatória, tornando-se menos instável e subsequentemente desconfortável.

O processo é simples:

Perda de mobilidade no tornozelo, presenca de dor no joelho.
Perda de mobilidade no qaudril, presenca de dor na lombar.
Perda de mobilidade na coluna toracica, presenca de dor no pescoco, ombro ou até mesmo lombar.
Essa analise feita atraves da funcionalidade articular parece fazer muito sentido. Um tornozelo restrito em mobilidade faz com o estresse da queda depois de um salto se transfira para a articulacao logo acima: o joelho. De fato, acredito que exista uma relacao direta entre a rigidez de um tenis de basquete, a quantidade de tape e estabilizadores artificiais (braces) com a anorme incidencia de sindrome patelo-femural em jogadores de basquete. Nosso desejo em proteger um tornozelo instavel tem um custo alto. Nos descobrimos que muitos dos nossos atletas com dores do joelho tem um problemas com mobilidade de tornozelo correspondente.

Uma das excecoes a regra é o quadril. O quadril pode ser restrito em mobilidade e instavel, causando dores no joelho devido a instabilidade (um quadril fragilizado permitira rotacao interna e adducao do femur) ou dores na lombar por restricao em mobilidade. Agora, como uma articulacao pode ser restrita e instavel é uma pergunta interessante.

é percebivel que fragilidade no quadril, em flexao ou extensao, causa acao compensatoria na coluna lombar, enquanto ineficinete abdutores (ou mais precisamente, prevencao de aducao) causa estresse no joelho. Ativacao ineficiente de psoas e iliaco causara padroes compensatorios de flexao lombar em substituicao a flexao de quadril. Ativacao ineficiente de gluteo maximo causara um padrao de extensao compensatoria da lombar que tentara substituir extensao do quadril. Curiosamente, essas compensacoes alimentam um ciclo vicioso. A coluna gera mobilidade para compensar a perda de mobilidade e forca do quadril. Percebe-se que perda de forca no quadril gera perda de mobilidade, e essa perda de mobilidade gera mobilidade compensatoria da coluna. O resultado final é uma interessante xarada: uma articulacao de necessita de estabilidade e mobilidade em planos multiplos..

O que é Treinamento Funcional?Publicado no dia 20/04/2010 com o(s) assunto(s) Treinamento Funcional

O que é Treinamento Funcional?Publicado no dia 20/04/2010 com o(s) assunto(s) Treinamento Funcional


O que é Treinamento Funcional?

Thiago Carneiro

O corpo humano é projetado para funcionar como uma unidade, com os músculos sendo ativados em seqüências especifica para produzir um movimento desejado. Em cada movimento, vários músculos estão envolvidos e todos eles realizam uma função diferente. O sistema nervoso central ( SNC ), além de diferentes funções motora, é responsável pela ativação muscular e programado para organizar esses movimentos. Através de diferentes sinais enviados ao SNC, partindo da pele, das articulações e dos músculos, são detectados detalhes sobre a posição de cada parte do corpo em relação ao ambiente proposto e as outras partes corporais, a velocidade do movimento e o ângulo articular.

Com esse propósito, o Treinamento Funcional foi criado nos Estados Unidos por diferentes autores desconhecidos e, vem sendo muito bem difundido no Brasil, ganhando inúmeros praticantes. Tem como princípio preparar o organismo de maneira íntegra, segura e eficiente através do centro corporal, chamado nesse método por CORE.

Vários dos objetivos desse método de exercício representam uma volta à utilização dos padrões fundamentais do movimento humano ( como empurrar, puxar, agachar, girar, lançar, dentre outros ), envolvendo a integração do corpo todo para gerar um gesto motor específico em diferentes planos de movimento. Um exemplo contrário a esse método, é o trabalho isolado do corpo para gerar um gesto motor específico, como visto na musculação tradicional.

Essa visão abrangente permite que o Treinamento Funcional atinja o objetivo de controlar o sistema músculo-esquelético, sem abrir mão do aperfeiçoamento do sistema sensório-motor e proprioceptivo, geralmente esquecido pelos treinamentos convencionais. Além disso, a postura do corpo humano é controlada diretamente através destes órgãos sensitivo, que tem entre suas principais funções, a regulação do equilíbrio e a orientação do corpo no ambiente. No entanto, esse treinamento visa aprimorar ou resgatar a eficiência do movimento humano para atividades do cotidiano.

Utilizando a periodização proposta pelo NASM ( National American Sports Medicine ) e respeitando a individualidade biológica e a especificidade objetivada de cada um dentro dos princípios do treinamento desportivo, os movimentos que compõem o Treinamento Funcional, realizados sobre uma biomecânica corporal correta, claramente poderão trazer os benefícios desejados pelo praticante, seja este um atleta, um indivíduo fisicamente ativo ou uma pessoa sedentária que deseja ingressar na atividade física.

Utilizando aparelhos alternativos ou acoplados aos aparelhos de musculação, exigirão de maneira mais significativa dos proprioceptores corporais para a execução das atividades. Contudo, os exercícios podem ser realizados com o peso do próprio corpo, cabos, elásticos, pesos livres, base de suporte instável e reduzida, medicine balls, bolas suíças, trazendo benefícios mais significativos à capacidade funcional do corpo. São exercícios bastante motivacionais e desafiadores, onde o indivíduo que segue esse método, acompanhado de um instrutor capacitado, graduado em Educação Física, tem a possibilidade de alcançar a funcionalidade corporal natural de seu organismo, além de “gerar” um corpo saudável e bem condicionado. Porém, para o efetivo resultado do Treinamento Funcional é indispensável o empenho e a dedicação do indivíduo.

O programa de exercícios funcionais traz vários benefícios tanto ao corpo como também à mente. Pensando nisso, elucidamos alguns dos muitos benefícios do método:

Desenvolvimento da consciência sinestésica e controle corporal;
Melhoria da postura;
Melhoria do equilíbrio muscular;
Diminuição da incidência de lesão;
Melhora do desempenho atlético;
Estabilidade articular, principalmente da coluna vertebral;
Aumento da eficiência dos movimentos;
Melhora do equilíbrio estático e dinâmico;
Melhora da força, coordenação motora;
Melhora da resistência central ( cardiovascular ) e periférica ( muscular );
Melhora da lateralidade corporal;
Melhora da flexibilidade e propriocepçao;
Dentre outras qualidades necessárias e indispensáveis para a eficiência diária e esportiva.
Vale a pena lembrar que uma avaliação prévia deve ser realizada para que se possam saber quais destas qualidades e quais os padrões de movimentos necessitarão de mais atenção na prescrição dos programas de exercícios, e assim, serem estimuladas corretamente.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Condromalácia patelar

Condromalácia patelar
Condromalácia patelar (também conhecida como síndrome da dor patelo-femoral, ou "joelho de corredor") consiste em uma patologia crônica degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela e dos côndilos femorais correspondentes, que produz desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. É comum em jovens adultos, especialmente jogadores de futebol, ciclistas, jogadores de tênis e corredores.
A condromalácia patelar refere-se ao joelho que foi estruturalmente danificado, enquanto que o termo mais genérico síndrome da dor patelo-femural se refere aos estágios iniciais dessa condição, na qual os sintomas ainda podem ser completamente revertidos. Porém, eventualmente, mudanças causadas por reações inflamatórias internas da cartilagem produzem um dano estrutural muito mais difícil de ser tratado.
Classificação
Segundo a classificação descrita por Outerbridge (1961), existem 3 níveis de condromalácia patelar, de acordo com o estágio de deterioração da cartilagem.[1]
GRAUS E CARACTERÍSTICAS
• I - amolecimento da cartilagem e edemas
• II - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro < 1,3cm diâmetro
• III - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm
[editar] Sintomas
Os principais sintomas são: dor profunda no joelho ao subir e descer escadas, ao levantar-se de uma cadeira, ao correr, muitas vezes restringindo atividades físicas. Dores atrás ou ao redor da patela do joelho ocorrem principalmente se joelho é forçado quando flexionado - como ao subir escadas ou agachar-se, por exemplo. Uma ardência ou dor ao ficar com o joelho flexionado por longos períodos, mesmo sem forçá-lo, também é um sintoma comum na condromalácia patelar, além de crepitação e estalos, muitas vezes audíveis. É possível também a presença de derrame intra-articular (edema).
[editar] Causas
A causa exata ainda permanece desconhecida, porém segundo a literatura, acredita-se que esteja ligada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos, que resultam no enfraquecimento e amolecimento da cartilagem envolvida.
O fator mais comum é o traumatismo, seja por um trauma crônico por fricção crônica entre a patela e o sulco patelar do fêmur - por onde ela passa durante a flexão do joelho - em razão do uso inadequado de aparelhos de ginástica, exercícios em step, agachamentos ou leg press, bem como pela prática inadequada de esportes, com força excessiva aplicada na patela; ou por um trauma distinto, como uma pancada ou choque do joelho sobre um objeto, e lesão aguda da cartilagem femoropatelar, com impedimento da nutrição ideal dessa estrutura devido às rachaduras originadas.
As anomalias biomecânicas, como a super pronação dos pés, também podem resultar em incongruência entre a direção em que a patela é puxada pelo músculo do quadríceps e o formato do sulco patelo-femural por onde ela se desloca.
[editar] Recomendações
• Excluir exercícios e esportes de alto impacto (futebol, vôlei, basquete, corrida, ciclismo) ou atividades suspeitas de causarem a lesão. Natação é um bom exercício para manter o condicionamento físico sem afetar o joelho.
• Reforçar os músculos fracos, fazendo exercícios leves e de baixo impacto. É especialmente importante reforçar o músculo vasto medial para equilibrar as forças atuantes sobre a patela - fazendo extensão de cada perna separadamente, por exemplo.
• É importante avaliar o limite de extensão e flexão do joelho durante os exercícios, para não agravar o quadro. Peça ao profissional para demonstrar. Evite a sobrecarga.
• Alongar quadríceps, banda iliotibial (lateral), posterior da coxa, tendões e panturrilha regularmente. Não esquecer de alongar bem antes e depois dos exercícios.
• Colocar gelo no joelho após os exercícios.
• Evitar subir e descer escadas.
• Garantir lugar suficiente para a perna no carro ou no seu lugar de trabalho, evitando manter o joelho flexionado mais de 90 graus por muito tempo.
• Manter boa postura e evitar cruzar as pernas por longos períodos.
• Quando estiver deitado, não deixar o peso do corpo pressionar ou mover a patela, usando um travesseiro para manter os joelhos levemente separados e as patelas no lugar.
• Usar sapatos confortáveis, principalmente durante os exercícios.
• Evitar aplicar peso excessivo na articulação afetada, perdendo peso se necessário.
• É imprescindível fazer uma avaliação com um reumatologista, um ortopedista, seguido de um fisioterapia ou professor de educação física para receber o tratamento correto.
[editar] Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico mais detalhado é feito, normalmente, através de um exame de Ressonância Magnética e em vários casos é recomendado o uso de anti-inflamatórios, fisioterapia e até mesmo cirurgia (casos mais graves).
Caso se trate de doença crônica, o tratamento baseia-se apenas na redução da dor. Não há um protocolo rígido de indicação de tratamento. É necessário estudar a forma mais eficaz para cada paciente de acordo com o grau da lesão adquirida, e que, principalmente, não cause dor.
O fortalecimento do quadríceps é primordial, e é preciso também recuperar a potência do membro inferior, executando exercícios com um grau de dificuldade progressiva, evitando uma sobrecarga na articulação fêmoro-patelar.[2]
Referências
1. ↑ MACHADO, F. A. e AMORIM, A. A. - Condromalácia patelar: aspectos estruturais, moleculares, morfológicos e biomecânicos
2. ↑ PRANDO, T.G. - Condromalácia patelar: uma intervenção do educador físico
Introdução

O objetivo do presente trabalho é desenvolver de forma didática, através de revisão de literatura, a patologia da condromálácia em todos os seus aspectos, definindo-a, descrevendo as suas possíveis causa, além de uma revisão anatomofuncional do Joelho, finalizando com as formas de tratamento e diagnóstico.

A condromalácia da patela (antiga rótula) é uma lesão da cartilagem articular deste osso devido ao excesso das forças de cisalhamento ( "atrito" ) entre a patela e a porção distal do fêmur durante ou após esforços repetitivos de flexão do joelho. O sintoma mais comum é a dor atrás da patela, especialmente nas subidas ou durante longos percursos com pedaladas lentas. O cisalhamento se dá devido à ação dos músculos anterior da coxa (o quadríceps) que força a patela contra o fêmur para poder estender a perna no momento da marcha. Tal compressão é maior no início da extensão. A presença de um mau alongamento da musculatura isquiotibial (posterior da coxa) é um agravante do quadro.

Algumas pessoas têm predisposição a apresentar este tipo de lesão devido ao que se chama de desalinhamento da patela, ou seja, ao invés da patela percorrer o "trilho" formado pelos côndilos do fêmur na flexão e extensão, ela tende a deslocar-se para os lados ( geralmente para lateral ), aumentando o atrito entre os dois ossos. As mulheres costumam ser mais susceptíveis a tal lesão pois, em geral, possuem o quadril mais largo.

É uma síndrome dolorosa na rótula, cada vez mais frequente nos jovens a ponto de estatisticamente serem tão numerosas nos jovens quanto as lesões mais simples nos meniscos. Ela é uma espécie de amolecimento da cartilagem da rótula pelo atrito incorreto contra os côndilos do fêmur. O desalinhamento da rótula e a sua posição mais alta que o normal são fatores predisponentes.


Possíveis causas

Encurtamento do mecanismo extensor:

O mecanismo extensor é composto pêlos ísquios tibiais (semitendinoso, semimembranoso e bíceps femoral). Esses músculos quando apresentam-se em tensão devido ao seu uso excessivo levam a uma diminuição do seu comprimento, com isso, o mesmo tracionará o osso ilíaco posteriormente que causará um reflexo de estiramento da musculatura do quadríceps tracionando a patela mais superior. Com a mesma intensidade que o quadríceps traciona a patela superiormente, o tendão patelar a traciona inferiormente, com isso, teremos duas forças de mesma intensidade, porém, em sentidos opostos aluando sobre a patela e aumentando a sua compressão sob o encaixe femoral.

Alterações do ângulo:

O aumento do ângulo Q do joelho, que é formado pelo tendão do quadríceps da coxa e o ligamento patelar, leva a um desvio lateral da patela devido a resultante formada pêlos vetores de força vindos da espinha ilíaca ântero-superior e do terço superior da tíbia. Se eu tiver uma diminuição desse ângulo terei um desvio medial da patela, também como resultado da resultante dos dois vetores já citados aumentando a compressão patelo-femoral.

Os valores considerados como normais, do ângulo Q são de aproximadamente 12° para os homens e de 15° para as mulheres. Essa diferença de valores se dá pela estrutura da bacia feminina. Ângulos superiores a 20° têm uma incidência mais alta de anormalidades da articulação patelo-femoral, tais como a condromalácia patelar que vem a ser uma conseqüência da instabilidade.

Entorse de tornozelo por inversão:

Embora em primeiro momento uma entorse de tornozelo por inversão não aparente ter nenhuma relação direta com uma instabilidade fêmuro-patelar se formos analisar todo o mecanismo desta lesão veremos que a relação realmente existe. Em uma entorse de tornozelo por inversão, devido aos movimentos de flexâo-plantar, supinaçâo e adução teremos como conseqüência a anteriorização do tálus e da tíbia que por sua vez também anteriorizam a fíbula. Com a anteriorização da fíbula teremos o tensionamento do músculo bíceps femoral que tem uma de suas inserções na mesma. Este tensionamento causará um reflexo de estiramento na musculatura anterior da coxa (quadríceps) que irá tracionar a patela superiormente aumentando o contato fêmuro-patelar.

Enfraquecimento do vasto medial oblíquo:

O vasto medial oblíquo é considerado como o estabilizador mediano primário da patela. Uma falta de equilíbrio entre o vasto medial oblíquo e o vasto lateral pode contribuir para a subluxação da patela, A maioria dos autores atribui para este desequilíbrio dinâmico a insuficiência do vasto medial oblíquo.

As fibras do vasto medial oblíquo se inserem dentro da rótula a um ângulo de 50 a 55° desde o plano sagital. O vasto medial oblíquo é ativado através da flexão total do joelho e é o único estabilizador dinâmico medial da patela. A insuficiência do vasto medial oblíquo irá contribuir para o arrastamento lateral da patela.

Estudos eletromiográficos feitos em pacientes sem dor no joelho mostram que a relação do vasto medial oblíquo com o vasto lateral é de 1:1 e que a atividade do vasto medial oblíquo é tónica por natureza. Em joelhos com dor patelo-femoral a relação vasto medial oblíquo / vasto lateral é menor do que 1:1 e a atividade do vasto medial oblíquo adquire uma natureza fásica. Essa mudança na atividade do vasto medial oblíquo pode ser resultante de uma assimetria localizada no músculo quadríceps. São necessários 20 a 30 ml de líquidos para inibir o vasto medial oblíquo enquanto a 50 e 60 ml de fluído são necessários para inibir a atividade do vasto lateral.

Articulação do Joelho

É a maior das junturas sinoviais do corpo humano é também uma das mais complexas e discutidas. A complexidade resulta principalmente das numerosas estruturas que dela fazem parte e as controvérsias giram em torno de uma classificação funcional, pois além de permitir os movimentos de uma articulação do tipo gínglimo (flexão e extensão), ela também permite um certo grau de rotação. A articulação do joelho envolve 3 ossos: fêmur, tíbia e patela. Assim, os conditos femorais articulam-se com os da tíbia e a face patelar recebe a patela quando a perna está fletida. Como em todas as articulações do tipo gínglimo, as partes mais resistentes e reforçadas da cápsula articular situam-se nos lados da articulação para impedir os deslocamentos lateral e medial. Por outro lado, para facilitar a flexão, as porções anterior e posterior da cápsula são mais fracas. São estruturas da articulação do joelho: cápsula articular, estruturas extracapsulares, estruturas intracapsulares e membrana sinovial.

A cápsula articular é delgada e membranosa posteriormente, enquanto que anteriormente, ela é substituída em grande parte pelo tendão do músculo quadríceps, patela e o ligamento patelar. Ela se insere, posteriormente, em torno das margens das superfícies articulares dos côndilos do fêmur e na linha intercondilar. Na tíbia ela fixa-se não só nas bordas dos côndilos tibiais, mas também nas suas faces anteriores ao longo de linhas oblíquas que se estendem até a tuberosidade da tíbia. Entretanto, a cápsula está ausente entre o tendão do quadríceps e a face anterior do fêmur, permitindo que a membrana sinovial forme uma ampla prega nessa região e constitua a bolsa suprapatelar.

Na articulação do joelho, 2 ligamentos são considerados extracapsulares, isto é, estão isolados da cápsula articular. São os ligamentos colaterais tibiais e o fibular. A disposição diferente dos dois ligamentos tem importância nos movimentos de rotação da articulação do joelho.

As estruturas intracapsulares do joelho são: meniscos, ligamento transverso e ligamentos cruzados do joelho. O ligamento transverso do joelho une as porções anteriores dos meniscos lateral e medial. A estabilidade da articulação do joelho deve muito a presença dos ligamentos cruzados que impedem os deslocamentos no sentido ântero-posterior. Os dois ligamentos cruzados do joelho estão relativamente esticados em todos os estágios de movimento da articulação, mas o estiramento máximo é alcançado na extensão completa da perna.

Existem doze músculos que atuam na articulação ao joelho que são classificados com três grupos:

JARRETE > semimembranoso, semitendinoso e bíceps femoral (ISQUIOS TIBIAIS)

QUADRÍCEPS > reto femoral, vasto lateral longo, vasto lateral oblíquo, vasto medial longo; vasto medial oblíquo e vasto intermédio.

Ainda temos o sartório, grácil, poplíteo, gastrocnêmio e plantar.

A patela é um pequeno osso localizado na face anterior do joelho. Ela é composta por uma camada lisa (cartilagem articular) em seu lado inferior que a permite deslizar facilmente. A patela encaixa-se no fêmur num encaixe denominado de encaixe femoral que também é coberto por cartilagem articular. O tendão patelar é uma estrutura grossa que conecta o fundo da patela com o topo da tíbia. Os músculos do quadríceps endireitam o joelho puxando ao tendão patelar pela patela. O vasto medial puxa a patela medialmente e o vasto lateral lateralmente.


Anatomia fisiológica da região anterior do joelho direito, que torna possível a visualização do trilho onde percorre a patela ( entre os côndilos femurais ). A patela foi retirada propositalmente.

Biomecânica do Joelho

A função do mecanismo da articulação patelo-femoral é influenciada vigorosamente por estabilizadores tanto dinâmicos (estruturas contrateis) quanto estáticos (estruturas não contrateis) da articulação. Essa estabilidade se baseia na interação entre a geometria óssea, as contenções ligamentares e retinaculares e os músculos.

Um estabilizador dinâmico, o quadríceps, é constituído por 4 músculos, todos inervados pelo nervo femoral. Os 4 músculos são: o vasto lateral, vasto intermédio, vasto medial e reto femoral. O vasto medial possui 2 cabeças; a cabeça longa mais superior e a cabeça oblíqua mais inferior. O VML é descrito como possuindo fibras com uma orientação vertical, desviando-se medial do eixo longitudinal do fêmur em 18°, ao passo que as fibras do VMO são mais horizontais, com um desvio medial em relação ao eixo longitudinal do fêmur de aproximadamente 55°. As fibras do V. L. se desviam lateralmente do eixo longitudinal do fêmur em aproximadamente 12° para as fibras mais centrais e em aproximadamente 40° para as fibras laterais.

O alinhamento dos músculos determina sua função na articulação do joelho. O V. L., vasto intermédio, VML e o reto femoral, produzem todos um torque em extensão do joelho.

O VMO é incapaz de produzir qualquer extensão do joelho, mas exerce função extrema, importante no sentido de conferir a esta articulação uma contenção dinâmica contra as forças que poderiam deslocar a patela lateralmente.

O grupo muscular da pata de ganso e o bíceps femoral também afeiam dinamicamente a estabilidade patelar, pois controlam a R.l. e R. E. da tíbia, que pode influenciar de maneira significativa o deslocamento patelar.

Os estabilizadores estáticos da articulação patelo-femoral incluem a parte lateral projetada mais anteriormente do sulco femoral; o retináculo extensor (com os ligamentos patelo-femoral e patelotibial associados), o trato iliotibial, o tendão quadríceps e o patelar. O retináculo lateral e os tratos iliotibiais proporcionam estabilidade contra as forças responsáveis pelo deslocamento medial, ao passo que o retináculo medial e a parte lateral do sulco femoral proporcionam estabilidade contra as forças responsáveis pelo deslocamento lateral. As estruturas passivas de tecidos moles que resistem ao deslocamento medial da patela são mais espessas e mais resistentes do que as estruturas passivas de tecido mole que resistem às forças de deslocamento lateral. O tendão patelar controla as forças que causam o deslocamento inferior da patela.

Uma vez que a patela está presa ao tubérculo tibial por intermédio do tendão patelar, a posição no plano transverso (RI e RE) da tíbia parece exercer vigorosa influência sobre o grau de inclinação, de desvio e de rotação da patela. A rotação tibial externa acarreta aumento na inclinação lateral, no desvio lateral e na R. E. da patela, ao passo que ocorre o oposto com a rotação tibial interna.

A contração do quadríceps cria uma força dirigida superiormente que é suportada por uma força dirigida inferiormente oriunda do tendão patelar. A resolução dessas duas forças origina um vetor de força resultante dirigido posteriormente que causa compressão da patela com o fêmur.

A magnitude desse vetor de força resultante, e portanto da força de compressão, é influenciada pelo ângulo de flexão do joelho e pela força de contração do quadríceps.

Para qualquer força constante do quadríceps, à medida que a flexão do joelho aumenta, o mesmo ocorre com o vetor de força resultante, e, portanto, com a força de compressão patelo-femoral. Para qualquer ângulo específico de flexão do joelho superior a 10°, à medida que aumenta a força de contração do quadríceps, o mesmo ocorre com o vetor de força resultante e, juntamente com este, com a força de compressão patelo-femoral. A força de compressão é conhecida como força de Reação da articulação patelo femoral (RAPF). Portanto, a RAPF é influenciada pelo grau de flexão do joelho e pela quantidade de força produzida pela contração do quadríceps.

É importante reconhecer que, para ângulos inferiores a 30°, até forças quadríceps bastante significativas não produzem forças de compressão extremas, pois é pequeno o ângulo entre as forças do quadríceps e do tendão patelar. Isso significa que o vetor de força resultante dirigido posteriormente também será pequeno.

Durante o exercício de extensão do joelho na posição sentada, a medida que a força do quadríceps aumenta, o mesmo ocorre com a RAPF. Enquanto o joelho está sendo estendido, a patela está se movimentando superiormente no sulco femoral. Portanto, a área de contato entre o fêmur e a patela diminui à medida que a extensão progride. A combinação entre a RAPF cada vez maior e uma área de contato cada vez menor gera estresses de contato muito mais altos na articulação patelofemoral.

O estresse de contato máximo alcança um pico com aproximadamente 35° e 40° e, a seguir declina à medida que a extensão prossegue, por causa do ângulo do joelho reduzido. O estresse de contato é influenciado por aumentos ou reações do ângulo Q, que podem produzir uma distribuição irregular da pressão com estresses máximos mais altos em algumas áreas e falta relativa de cargas em outras. O estresse de contato é irrelevante desde aproximadamente 10° até a extensão perna; por causa da perda de contato entre a pateta e o fêmur. Na extensão plena a patela apoia-se sobre o coxim gorduroso supratroclear. Reilly e Marins calcularam a força de compressão criada por uma elevação da perna estendida como sendo 0,5 ver o peso corporal. Essa força de compressão é absorvida entre a patela, o coxim adiposo supratroclear e o fêmur.

Ao ficar de pé com o joelho em extensão plena e o centro de gravidade posicionado adiante de Sz, a linha da força de gravidade cai sobre ou imediatamente adiante de eixo da articulação do joelho. Isso significa que, para manter o joelho nessa posição, será necessária para ou nenhuma força do quadríceps. Ao se realizar um agachamento, a linha de força da gravidade cairá atrás do eixo do joelho, acarretando a sua flexão. O maior momento de flexão criado pela gravidade ocorrerá quando a linha de força da gravidade ficar mais afastada do eixo da articulação do joelho. Isto ocorre especialmente quando o fêmur fica paralelo ao solo. Para controlar a flexão do joelho, a força do quadríceps terá que aumentar com o aumento do momento de flexão da gravidade. Assim sendo, durante essa atividade, a força do quadríceps aumenta, enquanto o ângulo de flexão aumenta. Isso acarreta aumento na RAPF. Entretanto, nessa atividade, a medida que a RAPF está aumentando, a área de contato entre o fêmur e a patela também aumenta. Ocorre o inverso ao ser retomada a posição ereta, à medida que o ângulo de flexão do joelho é reduzido, o movimento de flexão da gravidade diminui ( a linha de força da gravidade está sendo desviada na direção do eixo da articulação do joelho), ocorrendo o mesmo com a força do quadríceps. Isto acarreta uma diminuição na força de reação da articulação patelo-femoral.

As forças no plano frontal que devem ser equilibradas pelo mecanismo extensor também se originam de outras desenvolvidas pelo quadríceps. Como ocorre com as forças no plano sagital, a contração do VL, do vasto intermédio, do reto femural e do VML produz uma força orientada superiormente que é suportada por uma força dirigida inferiormente do tendão patelar. No plano frontal essas duas oponentes não formam uma linha reta, mas, pelo contrário, formam um ângulo semelhante à angulação fisiológica em valgo entre o fêmur e a tíbia. A decomposição dessas duas forças proporciona outra resultante que é dirigida lateralmente designada de vetor em valgo. Assim sendo quando o VL, o vasto intermédio, o reto femural e o VML se contraem simultaneamente a patela exibe certa tendência para desviar-se lateralmente. Essa tendência para a lateralização é equilibrada dinamicamente pelo VMO com a ajuda das contenções estáticas da porção medial do retináculo extensor. Depois que a patela se encaixa o sulco femural, a parede lateral do sulco também ajudará a resistir o vetor de força resultante dirigido lateralmente.

Vários fatores influenciam a magnitude desse vetor em valgo, incluindo a posição do quadril, a extensibilidade das estruturas retinaculares laterais, a competência das estruturas retinaculares mediais, o alinhamento femural e tibial, o derrame da articulação do joelho, a posição e a contração ineficaz ou a fraqueza do VMO. A rotação interna excessiva do quadril durante uma resposta de sobrecarga ( aplanamento do pé) na marcha ou na corrida acarreta um aumento funcional no valgo fisiológico do fêmur e da tíbia. Isso origina um maior vetor em valgo, que faz aumentar a probabilidade de deslocamento lateral da patela. Vários fatores podem contribuir para a rotação interna excessiva do quadril durante a marcha, incluindo a fraqueza do glúteo médio, a resistência do tensor da faseia lata, a fraqueza dos rotadores laterais do quadril e a pronação excessiva do pé.


Teste diagnóstico

O exame ortopédico aliado a exames radiológicos não tem dificuldade para se firmar um diagnóstico. Como sinal básico, estando o joelho levemente fletido e a coxa relaxada, quando se empurra a rótula lateralmente, aparece uma dor aguda (Teste de compressão da Patela).

O exame clínico minucioso é fundamental para um correio diagnóstico e conduta adequada, mais do que qualquer exame complementar a semiologia permiti-nos realizar a maioria dos diagnósticos da vasta patologia do joelho.

A confiança do paciente não se ganha com palavras, mas, sobretudo com o toque cuidadoso do terapeuta.

> Inspeção estática:

Antes de proceder-se o exame regional do joelho devemos avaliar o membro inferior como um todo, iniciando com uma inspeção estática observando o indivíduo de pé e por todos os ângulos.

Nesse momento deve-se avaliar a postura dando especial atenção ao alinhamento dos membros. Observar a altura da crista ilíaca para verificar desnivelamento ou báscula, atitudes viciosas como abdução e adução ou flexão.

Devemos analisar se existe alinhamento em valgo, varo, flexão da articulação ou recurvado.
Ao nível do pé ou tornozelo devemos verificar o apoio plantar observando se existe tendência para pé chato ou cavo, retropé varo ou valgo e o posicionamento do antepé.

Todas essas alterações podem interferir na postura do joelho.

Devemos ainda procurar por marcas ou cicatrizes.


> Inspeção dinâmica:

A análise da marcha é um dos pontos de maior importância na inspeção dinâmica. Devemos inicialmente avaliar o andar do indivíduo, se é natural ou apresenta alterações como piora do alinhamento do membro de apoio, claudicações, dificuldade ou assimetrias.

Uma das principais alterações é o aumento do varismo, também chamado de flambagem, que significa já haver comprometimento dos ligamentos do joelho.


> Inserções ósseas e ligamentos:

São palpados os pólos superior e inferior da patela com suas bordas medial e lateral o que é melhor realizado com o paciente deitado, a procura dos pontos dolorosos.

A seguir são palpados os côndilos medial e lateral e a tuberosidade anterior da fíbula.

Todos os pontos dolorosos são locais de origem e inserção de ligamentos e tendões. São palpados os complexos ligamentares medial e lateral do joelho, os tendões quadriceptal e patelar, os tendões isquiotibiais mediais e pata de ganso (grácil, semimembranoso e sartório) e os laterais.

A palpação da região posterior da articulação permite apenas a abordagem das partes moles do cavo poplíteo e do pulso da artéria poplítea.


> Femuro-patelar:

O exame dessa articulação deve ser sempre dinâmico, pois é nessa situação que as instabilidades manifestam-se.

Uma boa maneira de avalia-la é a partir da posição sentada solicitando ao paciente que realize a extensão contra uma resistência manual e observando a trajetória da patela sobre o fêmur que apresenta apenas ligeira tendência a lateralização ao final da extensão. Caso esse movimento seja excessivo ou reproduza os sintomas deve ser considerada sugestiva de instabilidade. A manobra pode sensibilizada através da rotação externa da perna ao mesmo tempo que se opõe resistência a subluxação lateral. A rotação interna diminui essa tend6encia e os sintomas também, exceto nos casos de instabilidade medial, geralmente de origem iatrogênica.


> Existem outros testes que podem ser realizados:

Condromalácia patelar - Uma das mãos fixadas na superfície inferior da patela e com a outra deslizar os três dedos no centro da patela realizando movimentos circulares.
Crepitação - flexo-extensão passiva do joelho com uma das mãos na interlinha e a outra no pé.

Lachman - gaveta anterior em 15° de flexão.

Mc murray - flexão total de coxofemoral, examinador fixa uma das mãos no joelho e a outra no tornozelo.

Apley - realizada em decúbito ventral com joelho em 90° de flexão, aplica-se a compressão axial à perna e realizando rotações variando o grau de flexão para buscar o local da lesão.

Compressão patelar - paciente em DD, terapeuta inferioriza a patela do mesmo e solicita uma contração lenta do quadríceps enquanto realiza uma compressão da patela sob a maca.



É possível visualizar a lesão cartilaginosa - condromalácia

Tratamento

O tratamento se dá com medicamentos anti-inflamatórios , meios físicos e cinesioterapia e a evolução costuma ser favorável.

Inicialmente, o tratamento é conservado, com fortalecimento do músculo quadríceps, principalmente do vasto medial oblíquo. Perda de peso é recomendada para diminuir o estresse sobre a articulação patelofemural. Órteses podem ser benéficas, bem como o uso de medicações antiinflamatórias.

Em seguida iniciam-se exercícios de hipertrofia do quadríceps através de exercícios isotônicos assistidos. Outra técnica com excelente resultado, é a RPG (Reeducação Postural Global). Na técnica o paciente é mantido em posturas corretoras que se relacionam com a articulação e as estruturas músculo-esqueléticas envolvidas direta e indiretamente.

A reabilitação da disfunção patelo-femoral, após a avaliação abrangente, deverá concentrar-se no recrutamento do vasto medial obliquo, na normalização da mobilidade patelar e no aumento da flexibilidade geral e do controle muscular de toda a extremidade inferior. Não existem exercícios específicos que se tenha revelado capazes de isolas o vasto medial obliquo. A extensão do joelho com rotação tibial interna, a adução do quadril com contração do quadríceps e a rotação externa do quadril com contração do quadríceps foram propostas coma intenção de isolar o VMO, porém não existe nenhuma prova de sua eficácia.

Considerando que a dor patelo-femoral é reproduzida tipicamente com atividades que são associadas com maior força de contato patelo-femoral, parece que um programa de exercício deveria ser projetado para aumentar o fortalecimento do quadríceps. Isto é particularmente importante durante a fase aguda da dor quando os seus sintomas são exacerbados.

Durante exercícios de cadeia cinética aberta a quantidade de força exigida do quadríceps para estender o joelho aumenta com o movimento de extensão do joelho.

Estudos demonstraram que a força do quadríceps aumenta em 60° nos últimos 15° de extensão do joelho, além deste aumento de força também foi constatado que a área de contato patelo-femoral era diminuída. Esta combinação do quadríceps aumentando a força e diminuindo a área de contato durante a extensão do joelho resulta em um maior estresse de contato patelo-femoral comparado com maiores ângulos de flexão do joelho onde a força do quadríceps não é grande mas a área de contato é maior. Já durante exercícios de cadeia cinética fechada a força do quadríceps é relativamente mínima quando o Joelho está estendido.

Com tudo que foi descrito conclui-se que o tratamento da dor patelo-femoral é principalmente direcionado ao fortalecimento da musculatura do quadríceps por este ser o mais importante estabilizador da patela.

Como a insuficiência do vasto medial oblíquo é vista como uma das principais causas de dor patelo-femoral devemos dar ênfase a este músculo no nosso tratamento.

As atividades de fortalecimento em cadeia aberta para o quadríceps são mais seguras de 50° a 90° e de O a 10° ao passo que atividades em cadeia cinética fechada são mais seguras se forem feitas de 0° a 50° porque acima desse valor o contato fêmuro-patelar é muito excessivo.

Somente quando o tratamento conservador não obteve resultado, o tratamento cirúrgico é considerado. Alteração do alinhamento da articulação patelofemural pode ser útil na artralgia patelofemural. Liberação do retináculo lateral seguido de um período de reabilitação pode ser útil. Realinhamento distal pode ser necessário para se ter um alinhamento e redução da dor nos casos em que há anormalidade na angulação do joelho. A persistência da dor ou sua reagudização pode requerer a necessidade de uma cirurgia para realinhamento da rótula. Um dos procedimentos mais comuns é a liberação do retináculo lateral na qual este último é seccionado, assim liberando medialmente a patela. Apesar desta técnica cirúrgica ter sido popular no passado, atualmente o procedimento é realizado somente após um exame muito mais minucioso.


Conclusão

O tratamento fisioterapêutico baseia-se no fortalecimento da musculatura do quadríceps, bem como de todo o membro inferior. A síndrome dolorosa do joelho se desenvolve de forma silenciosa e gradual e é caracterizada por uma dor difusa na área da patela. A dor é um fator significante desde que ela irá alterar as funções e inibir a atividade muscular.

Contudo, os fatores etiológicos necessitam de um maior esclarecimento, já que se demonstram pouco controverso, para que de forma mais segura e eficaz, possa se desenvolver um programa de reabilitação individualizado capaz de reverter o quadro patológico. Entretanto inúmeros estudos já estão em desenvolvimento para tal propósito.



Bibliografia

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* www.fisionet.com.br

* www.fisioterapia.com.br

Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo é de seu autor.
- Publicado em 03/08/05

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INCIDENCIA DE CADA 10 CASOS DE TRRAUMAS DE JOELHO
Condromalácia patelar com 9 casos, 1,62% do total.
Condromalácia patelar: 4 atendidos, correspondendo à 44,44% deste grupo;

Cinesioterapia como método de fortalecimento do VMO, para paciente portador de condromalácia patelar bilateral

INTRODUÇÃO:

Nos dias atuais cresce o número de adolescentes em busca de um corpo “sadio”, corpo bonito, procurando chegar até a uma estética perfeita; Sendo capaz de usar-se das drogas “anabolizantes” para um perfil corporal de fisiculturismo ilusório, pondo a vida em risco. A maioria das academias de ginásticas está cada vez mais lucrando com esse mundo contemporâneo, que de um lado pode melhorar a qualidade de vida e contribuir para uma velhice saudável, dando maior longividade ao ser humano. Segundo o CENSO/ 2000, a população brasileira chegará a apresentar cerca de 70% de idosos no ano 2020. Isto demonstra a responsabilidade do governo sobre esta população, pois como ficará a classe economicamente ativa se o governo não investir nas políticas públicas de saúde neste país?

Cabe a nós profissionais da saúde pensarmos em trabalhos preventivos e não somente curativo, começando pelas academias de ginásticas, de não pensar apenas em fazer “Aviões”, “Homem-Bomba”, porém pensar em exercícios que promovam qualidade de vida, ou seja, atividades físicas que retirem o Stress, que não provoquem lesões osteomioarticulares como: tentidinites, artroses, etc. Já existem algumas academias que utilizam recursos materiais de prevenção de lesões nas atividades aeróbicas como o mini-tremp, ao invés do famoso STEP, que é um dos grandes vilões responsáveis pelos desgastes das articulações do joelho e principalmente da articulação patelofemoral.

Com o avanço das pesquisas em Fisioterapia, Ortopedia e Biomecânica do movimento nas últimas décadas, fica cada vez mais evidente o envolvimento da articulação femuropatelar em grande parte dos problemas de joelho, principalmente nos casos relacionados com o mecanismo extensor.

Este trabalho tem como objetivo geral utilizar-se de técnicas capazes de trazer um melhor equilíbrio do mecanismo extensor do joelho e com objetivo específico através da cinesioterapia, em realizar exercícios de fortalecimento do músculo VMO (Vasto Medial Oblíquo) para pacientes portadores de condromalácea patelar bilateral.


ANATOMIA DO JOELHO

Articulação do Joelho

- As estruturas ósseas que formam articulações no joelho são o fêmur, a tíbia e a patela. Essas três estruturas formam duas articulações distintas: a femoropatelar e a tibiofemoral.Todavia essas articulações não podem ser consideradas separadamente, pois existe relação mecânica entre elas. O aspecto proximal do joelho é constituído pelo fêmur distal; Um ângulo valgo normal é formado entre o fêmur orientado medialmente e a tíbia lateralmente, formando assim a junção do joelho. O aspecto distal do fêmur dilata-se em um par de grandes côndilos, apresentando uma articulação tanto com a patela quanto com a tíbia. Os próprios côndilos articulares são grandes e convexos em ambos os planos divididos por um sulco central que forma a superfície da patela. Este sulco é chamado de “cavidade troclear”. Posteriormente os côndilos são divididos e separados pelos ligamentos cruzados. Os côndilos são cobertos pela cartilagem hialina que bastante espessa para resistir a forças extremas localizadas sobre as superfícies articulares durante descarga de peso. (GOULD III, 1993, p. 324)


Cápsula do joelho

- As superfícies articulares do joelho estão alojadas na mais extensa cápsula do corpo. Essa cápsula obtém suporte tanto estático quanto dinâmico dos ligamentos adjacentes e estruturas musculotentinosas. A inserção da cápsula do joelho segue a superfície articular das articulações femoropatelar e tibiofemoral e insere-se perifericamente nas margens articulares. (GOULD III,1993, p. 326)


Ligamentos meniscopatelares e ligamentos patelofemorais

- Quando a cápsula separa-se do tendão patelar no lado medial ou lateral, obtém suporte da expansão aponeurótica do mecanismo do quadríceps. Na expansão aponeurótica, vários espessamentos têm sido denominados de ligamentos meniscopatelares e patelofemorais.(GOULD III, 1993, p.326)

A porção médio-medial da cápsula é reforçada pelo Ligamento colateral tibial, este ligamento se origina no côndilo femoral medial e se inseri no côndilo da tíbia, estabilizando assim a articulação tibiofemoral contra um estresse em valgo. Todavia o maior grau de tensão é observado na posição de extensão. Na porção látero-lateral da cápsula é reforçada pelo Ligamento colateral fibular que se origina no côndilo femoral lateral e se inseri na cabeça da fíbula, este estabiliza o joelho contra estresse em varo. Estes ligamentos são considerados extracapsulares. (Ibid, p.326)

Duas estruturas do joelho que tem recebido grande atenção são os ligamentos cruzados posterior e anterior. Estas estruturas repousam na cavidade intercondilar do fêmur e são revestidas por suas próprias bainhas sinoviais, separando da cápsula da articulação do joelho. O termo “cruzado” é descritivo, pois os ligamentos formam um padrão entrelaçado quando o joelho se move em seu arco de movimento. (GOULD III, 1993 p.327)


Bursas

- Existem duas dúzias de bursas localizadas na área do joelho humano. Cada uma dessas funciona para reduzir a fricção entre músculo e tendão, entre tendões, ou tendão osso. Quatro dessas bursas são rotineiramente observadas como estando envolvidas em processo inflamatório: pré-patelar, infrapatelar, infrapatelar e da pata de ganso (anserina). As bursas supra, infra e pré-patelar são geralmente lesadas como resultado de trauma direto. Os esportes principalmente o futebol é comum as lesões destas bursas, pois localizam no aspecto anterior do joelho. A bursa da pata anserina está localizada logo distal e medial ao espaço articular medial, é geralmente lesada como um resultado de trauma mecânico repetitivo, como por exemplo um corredor participa de uma corrida de longa duração. A causa mecânica de inflamação para esta bursa específica pode ser resultado de técnica incorreta e/ou uma disfunção biomecânica, como a pronação do pé. (GOULD III,1993, p. 327)


Articulação patelofemoral

- É formada é formada pela superfície anterior do fêmur (cavidade troclear) e as facetas posteriores da patela. A patela é o maior osso sesamóide de forma triangular quando vista no plano frontal e está interposta no mecanismo do quadríceps. Apresenta um vértice superior servindo como sítio de inserção do mecanismo extensor do quadríceps e um vértice posterior, que divide as superfícies articulares nas facetas medial e lateral. A região do vértice inferior da patela à tuberosidade tibial é denominada de tendão patelar ou tendão do quadríceps e/ou ligamento patelar. Posteriormente, a patela é dividida por um sulco vertical em regiões de faceta medial e lateral. Cada lado subdivide em três facetas: superior, medial e inferior, onde essas entram em contato com o fêmur nos diferentes pontos de amplitude do movimento. As facetas patelares são de forma convexa para acomodarem a superfície femoral côncava. A cartilagem articular sobre a superfície posterior da patela é a mais espessa no corpo humano, sendo de aproximadamente 5 mm de densidade. (GOULD III,1993 p.325)


Musculatura do joelho

a)Anterior: quadríceps (reto femoral, vasto lateral, vasto medial longo e vasto medial oblíquo, vasto intermédio;

b)Posterior: jarrete> semimembranoso, semitentinoso e bíceps femoral (Ísquios Tibiais )

c)“Pata de ganso: sartório, grácil e semitentinoso e bíceps femoral contribuem dinamicamente para estabilidade da articulação patelofemoral, pois controlam a rotação interna e rotação externa da tíbia, que pode influenciar de maneira significativa no deslocamento da patela”.


Musculatura lateral e medial:

- Raramente a musculatura lateral e medial é mencionada como sendo importante; Todavia um estudo indica que ambos os grupos têm um importante papel na estabilidade do joelho, afetando-o indiretamente através de sua influência sobre a pélvis. A musculatura lateral fraca pode causar um movimento na direção superior do inominado, resultando em uma diferença funcional no comprimento do membro. O enfraquecimento da musculatura medial pode causar um movimento do púbis que pode gerar dor na extremidade inferior, criando assim um desequilíbrio funcional no comprimento do membro. A musculatura medial também serve para estabilizar o fêmur durante atividade, prevenindo rotação e conseqüentemente a função normal. O encurtamento e tensionamento da banda íliotibial, descritos como síndrome compressiva lateral excessiva, pode estar relacionado com uma subluxação da patela. (BLAIR apud DANIELA et al 2002, p. 328)


Biomecânica

- Os movimentos complexos das articulações tibiofemoral e patelofemoral são coordenados e direcionados pela ação da musculatura e das estruturas ligamentares previamente descritas. A articulação tibiofemoral é melhor descrita como uma articulação em dobradiça rodando, deslizando e rolando. A contribuição de cada uma destas ações é requerida para a articulação funcionar em seu estado normal. O movimento desta articulação é descrito como helicoidal ou espiral. Gould apud (Frankel e Nordin, 1980, p.13), realizaram estudos que indicam que a tíbia é o eixo do centróide que permite rotação ou o ponto do eixo para os movimentos durante flexão e extensão. Isso distribui a tensão de superfície, permitindo um desgaste normal das superfícies articulares. (BLAIR apud DANIELA, et al 2002, p.328)

A mecânica da articulação femoropatelar é significantemente influenciada pelo músculo quadríceps, a forma do sulco troclear, a forma patelar, restrições do tecido mole e biomecânicas do quadril e pé. 23 (Kaufer, 1971)

O papel da patela é de aumentar a distância dos eixos articulares, para prover uma superfície articular plana (preferivelmente permitir que o tendão do quadríceps se articule) e proteger o joelho anterior. (Brattstron, 1964). A função normal da patela é deslizar na cavidade troclear em um padrão rítmico, melhorando o sistema de alavanca do músculo quadríceps. Todavia, para realizar essa atividade, a patela deve resistir ao cisalhamento e forças compressivas localizadas sobre as superfícies articulares. (GOULD III, 1993, p.328)

Na posição de extensão, a patela situa-se acima da cavidade troclear, repousando sobre o panículo adiposo e a membrana sinovial suprapatelar. Essa posição é levemente lateral porque no ponto extremo de extensão a tíbia rodou externamente graças ao valgismo fisiológico do joelho. Mesmo na posição de extensão, pode-se sentir a patela deslizando superiormente em aproximadamente 1 cm com a contração do quadríceps. (OUTERBRIDGE, 1961). 44

A Patela é tensionada distalmente durante a flexão na cavidade troclear. Esse movimento distal permite à patela passar sobre o côndilo medial em virtude do destravamento da articulação tibiofemoral enquanto esta roda internamente. (Op.Cit, p.329). De acordo com Outerbridge, desenvolve-se ocasionalmente uma leve hipertrofia da junção osteocondral. O cisalhamento constante da patela sobre o sulco pode induzir uma tensão degenerativa medial-distal precoce. Nos 20 a 30 graus de flexão, a patela está bem fixada no sulco troclear e direciona-se ao aspecto lateral, colocando forças compressivas através das facetas medial e lateral. A Continuação da flexão permite a uma menor porção do aspecto medial da patela ser contactada com uma pressão resultante maior. Enquanto a flexão continua, a patela desliza através da cavidade troclear com aumento na pressão lateral em virtude da tensão das estruturas laterais. Assim, durante a flexão há uma maior pressão na porção lateral do joelho e durante a extensão ocorre maior pressão medial. A observação clínica dos pacientes que realizam exercícios ativos resistidos progressivos de uma posição flexionada a uma estendida demonstra que as facetas mediais são freqüentemente a fonte de crepitação e também observar-se um deslocamento lateral da patela quando o joelho se aproxima da extensão final. (GOULD III, 1993 p. 329)


Movimentos cinesiológicos e músculos do joelho (KISNER, 1987 ):

A tabela a seguir demonstra a cinesiologia fisiológica da articulação do joelho com seus respectivos músculos como motores principais dos movimentos:

Movimento Músculos
EXTENSÃO Quadríceps
FLEXÃO Isquiotibiais (jarrete)
ROTAÇÃO INTERNA Poplíteo
ROTAÇÃO EXTERNA Bíceps femoral


CONDROMALÁCIA PATELAR BILATERAL

Fisiopatologia:

É um desgaste na cartilagem articular da rótula, por um desequilíbrio de forças entre o vasto lateral e o vasto medial, desviando-o para a lateral. A musculatura extensora do joelho mantém um papel importante sobre a patela, atuando em quatro forças, 2 forças verticais para cima do reto femoral e vasto intermédio, uma força oblíqua esquerda para cima do vasto lateral e uma força oblíqua direita para cima representada pelo vasto medial oblíquo. A tração conjunta destes músculos possibilita que a patela deslize corretamente sobre a fossa intercondilar ou sulco troclear. A condromalácia secundária evolui de acordo com o tempo por trauma, microtraumas em que provocará um desgaste da cartilagem do osso subcondral da rótula. (XAVIER, 2003)

Observando em uma vista anterior a articulação do joelho apresenta um ângulo lateral em torno de 170º. Este ângulo é formado pela posição aduzida da diáfise do fêmur e a direção compensatória que a tíbia assume, para que o peso do corpo seja transmitido perpendicularmente em relação ao pé e ao solo.

Segundo Xavier (2003, p. 454), nos primeiros 30 a 40° de flexão do joelho, a patela adentra o sulco troclear, podendo-se perceber um trajeto sinuoso com recentragem brusca quando em presença de alteração de sua implantação.

De acordo com esta estrutura oblíqua denomina um efeito em arco de corda, onde o tendão do quadríceps e o ligamento patelar forma um Aº (ângulo) em relação ao centro da patela, denominado Aº Q > que 15º é motivo de diagnóstico da condromalácea. O normal para homens é de 13 a 15º; mulheres são de até 20º.


Fatores estruturais:

- Alterações em valgo, varo, recurvato e flexo;
- Tipos de patela e de posicionamento;
- Tipos de troclear femoral (incompatibilidade e displasia);
- Displasia do vasto medial com Aº > que 55º (fibras longitudinais). As fibras oblíquas do vasto medial (VMO), devem se inserir aproximadamente de 50-55º na borda superior da patela para exibir um efeito estabilizador; (XAVIER, p. 481, 2003)
- Aumento da anteversão da cabeça femoral;
- Tipo de pé;

Incidência: mais freqüentes em mulheres, proporção 4:1 (devido as mulheres apresentarem um quadril mais largo, o fêmur roda internamente provocando a lateralização da patela.


Grupos musculares envolvidos:

Vários grupos musculares contribuem para dor patelofemoral. A diminuição da flexibilidade do músculo isquiotibiais pode contribuir para a dor femoropatelar por exigir maior força de contração do quadríceps para estender o joelho contra um isquiotibial inflexível. A diminuição da flexibilidade do Reto femoral pode alterar a mecânica da marcha. Durante a fase de marcha um pé pronado ocorre uma rotação interna da tíbia favorecendo assim uma semiflexão do joelho, e conseqüentemente pode aumentar a pressão da patela sobre a troclear. A retração do retináculo lateral (Trato Íliotibial, Vasto lateral e Tensor da fáscia lata) confirmando através do teste de Ober positivo, tem sido associado com dor femoropatelar. A retração do gastrocnêmio não permite a dorsoflexão necessária para uma marcha normal, pois produz um movimento excessivo na subtalar, aumenta a rotação interna da tíbia e aumenta o vetor de força em valgo. (XAVIER, p.478-9, 2003)

Estágios da condromalácia segundo Outerbridge apud TUREK, 2003:
- Estág:io I : amolecimento e inchaço
- Estágio II: fragmentação e fissuras numa área de 0,5 polegada ou menor
- Estágio III: fragmentação e fissuras numa área de 0,5 polegada ou maior
- Estágio IV: Erosão da cartilagem até chegar ao osso

Classificação. Segundo o índice patelar, Wiberg (1941) classifica em três tipos:
Tipo I: faces interna e externa são praticamente iguais (10%)
Tipo II: face externa é maior que a interna, em uma proporção de 3:2 (65%)
Tipo III: a face interna é quase inexistente (25%)

Tipos de patela
-Tilt patelar : inclinação da patela girando um pouco para fora;
-Glide patelar: desliza sobre uma linha horizontal, olha para frente;
-Patela alta: a patela olha para cima em 30º de flexão após um raio x. Índice for superior a 1,2
-Patela baixa: o índice for inferior a 0,8
-Rotações

Fatores funcionais:
- Déficit de flexibilidade musc. (Ísquios, TFL, TIT, Ileopsoas e Reto femoral)
- Comportamento dinâmico do pé
- Déficit isotônico excêntrico do quadríceps;
- Hipotrofia quadricipital;
- Desequilíbrio entre agonista e antagonista (o quadríceps deve ser 2 vezes mais potente do que os ísquios)

Sinais e sintomas (Turek,1994):
- Dor para desacelerar; Está associada a um aumento de estresse patelar e a degeneração basal da cartilagem;
- Derrame articular;
- Falseios (Giving Way);
-“Movie Sign” (sinal do cinema) muito tempo sentado que se levanta;
- Dor de localização anterior e difusa retropatelar;


Anamnese:

Neste momento da avaliação que o profissional, terá um diagnóstico clínico da patologia como: na Queixa principal? O paciente relata qual o momento que se refere dor, relatando assim os sintomas; Quando? Em que momento relata a dor; Como? Como senti esta dor por trauma, ou é todo momento; Mecanismo de trauma ou que provoca dor? A dor surgiu após um trauma; Dor espontânea? Sem esforço ou a dor surge após subir e descer escadas; Intensidade e freqüência da dor? Esta dor tem intensidade leve, moderada ou grave, é freqüente; Localização da dor? Em que ponto do joelho apresenta dolorido; Outra dor? Existe uma dor reflexa fora do joelho; Insegurança? O paciente sente sensação de fraqueza quando força o movimento de extensão do joelho na marcha; Movie Sign? È o momento em que o paciente permanece sentado por muito tempo;

1-Queixa Principal
2-Quando?
3-Como? (Trauma, Sintomas progressivos)
4- Mecanismo de trauma ou que provoca dor?
5-Dor espontânea ou provocada após subir /descer escadas; STEP de academia?
6-Intensidade e freqüência da dor (moderada a alta; quando exacerba?)
7- Localização da dor?
8-Outra dor?
9-Insegurança a falseio para desacelerar?
10- “Movie Sign” sinal do cinema


Exame Físico:

Avaliação Postural estática do membro inferior (valgo, varo, recurvato e flexo)
1- Análise da marcha
2- Posicionamento patelar
3- Derrame articular
4-Trofismo quadricipital (especialmente o VMO)
5- Flexibilidade muscular (TFL, TIT, Isquiostibiais)
6-Palpação do ápice, faceta medial, retináculo patelar lateral a inserção do Trato íleo tibial (TIT)
7-Teste de Clarck (Sinal de Rabot, consiste na compressão da patela contra a tróclea, com o joelho em extensão, com movimentos de vaivém de alto e baixo. Pode-se sentir a crepitação quando houver alterações cartilaginosas na patela ou na tróclea e o paciente sentir dor). (Xavier, p. 454-5, 2003)
8-Mobilidade fêmuro-patelar passiva acessória e fisiológica
9- Controle quadricipital excêntrico

As forças entre o tendão patelar e o músculo quadríceps não são iguais em toda a ADM (amplitude de movimento articular) do joelho. Essas forças são iguais em aproximadamente 45° de flexão. Durante o movimento de extensão final do joelho, a força desenvolvida no tendão patelar é maior do que a do quadríceps devido à vantagem mecânica do quadríceps; assim, esses exercícios podem causar irritação do tendão patelar. É necessário que o paciente evite exercícios nessa amplitude durante certos estágios da reabilitação femoropatelar. (XAVIER,p.474,2003)


TRATAMENTO:

Fase Aguda:

Alongamento do retináculo lateral: ísquios, tensor da fáscia lata, trato íliotibial, íleopsoas e o reto femoral. Exercícios de SLR (Striting Lag Rease) em cochonetes com travesseiro em forma de triângulo de apoio nas costas do paciente, são exercícios de Flexão do quadril com o membro contra-lateral flexionado de apoio no solo, com o paciente em decúbito dorsal (cadeia cinética aberta), com séries iniciais de 1série de 20 repetições; Exercícios isométricos com a mesma posição anterior, sendo 10 repetições de 10s; Exercícios de ABDUÇÃO, ADUÇÃO, EXTENSÃO do quadril; Esses exercícios serão progredidos com caneleiras (cargas de 1kg, 2kg, 3kg, até 6kg, suficientes para o paciente iniciar exercícios nas máquinas de musculação. Nesta fase, pode-se acrescentar o tratamento da crioterapia durante 20 minutos para fins analgésicos e anti-inflamatórios após os exercícios. Trabalhamos também com o uso de tubos elásticos em cadeia cinética fechada, paciente de pé mantendo os mesmos exercícios anteriores;
Para o VMO, propriamente dito realizaremos exercícios da seguinte forma (Xavier, 2003 apud Delgado, 1987)):

Exercícios de flexão do joelho até 20º; Exercícios isométricos de rotação externa do quadril em 10rep. De 10s. Repeti a técnica em 3 séries de 10 repetições


Fase Subaguda:

Exercícios de extensão do quadríceps de 20 a 45º;Exercícios de flexão do joelho nos primeiros 30°;Repete a técnica em 3 séries de 10 repetições


Sugestões para o tratamento:

- Palmilhamento adaptativo
- Mobilização passiva patelar e dissociação do aprelho extensor
- Alongamento do retináculo lateral patelar
- Correção patelar transcutânea (“tape patelar” uso de esparadrapo)
- Exercícios de reeducação proprioceptiva
- Hidroterapia


Radiologia:

As radiografias patelofemorais na forma de incidências axiais em diferentes graus de extensão mostram que a patela não está deslocada lateralmente. Acredita-se que a dor seja resultante de uma excessiva carga lateral sobre a crista patelar. Uma excessiva tensão ligamentar lateral, também pode contribuir para a síndrome. (TUREK, p. 591, 1994)


Ressonância Magnética e Ultra-sonografia:

Exames complementares de essencial importância para visibilidade das partes moles principalmente do VMO (vasto medial oblíquo), antes e após seu fortalecimento específico, pois é de fundamental importância para o acompanhamento da recuperação da condromalácia, uma vez que o trofismo deste músculo trará tanto estabilidade da articulação fêmoropatelar, além de alinhar a patela no sulco troclear, diminuindo seu desgaste, quanto de estabilizar a articulação do joelho como um todo. (TUREK, p.591, 1994)


IMAGENS: Condromalácia patelar




De acordo com a figura1 acima podemos observar a imagem de um joelho com incidência oblíqua, apresentando uma rótula com desgaste de sua cartilagem, além do desgaste da cartilagem do fêmur. Diagnóstico visível da condromalácia. Na figura2 abaixo o joelho se encontra em perfil, com imagem de uma patela alta, com sinais de desgaste articular.





CONCLUSÃO

A condromalácia patelar atualmente está sendo muito comum, como vimos anteriormente, em jovens adolescentes em busca da boa forma, em que se dedicam nas atividades de musculação com exercícios de agachamento com cargas excessivas, além de atividades aeróbicas de movimentos repetitivos de subida e descida do “step”, nas academias de ginásticas, sobrecarregando assim a articulação patelofemoral especialmente a cartilagem da rótula propriamente dita. Nosso trabalho foi baseado nos tipos de exercícios específicos de fortalecimento do VMO (vasto medial oblíquo), utilizando recursos crioterápicos, para fins analgésicos e antiinflamatórios pós-exercícios, além do trabalho de fortalecimento da musculatura da coxa com técnicas de exercícios SLR, de cadeia cinética aberta e fechada com a utilização do tubo elástico para melhor reforço da potência muscular, como também associamos ao trabalho da hidroterapia como meio de melhorar a performance dentro das qualidades físicas, nas quais a água oferece ao indivíduo, além do mecanismo proprioceptivo oferecendo ao paciente maior segurança, equilíbrio e coordenação.


REFERÊNCIAS

DELGADO, Claudionor- Cinesioterapia nos problemas causados nos fatores extrínsecos. Exercícios de Fortalecimento para o Vasto Medial Oblíquo. Ed. 6. V 2. R. de Janeiro, Abril/Junho 1987, p. 106-8.

FRANKEL, VH e NORDIN M. Biomecânica básica do sistema esquelético. Filadélfia, 1980

GOULD, James A. Fisioterapia Ortopedia na Medicina Esportiva. Ed.2. Ed. Manole. São Paulo, 1993, cap.15, p.324-29

KISNER, Carolyn, M.S. Exercício Terapêutico. Fundamentos e Técnicas. Ed. Manole, 1987.

KAUFER H. Mecânica funcional da patela.53:1153, 1971

SIZÍNIO H. & XAVIER R. Ortopedia e Traumatologia. Princípios e Prática.3ªEd. Ed. Artmed. Poto Alegre, cap.18; p.454-5;p. 474,p.478-9, 2003

TUREK. Ortopedia.5ª ed. Ed. Manole. p.591, 1994