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Dr.Lucas Nogueira Mendes Ft. Dip Chiro. Fisioterapeuta Quiropraxista pela Anafiq/Coffito. Especialista em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva.
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O nervo vago, um dos mais importantes senão o mais importante do corpo humano.
Um índice de tônus vagal alto está ligado ao bem-estar físico e psicológico. Por outro lado, um índice baixo do tônus vagal está associado a inflamação, depressão, mau humor, solidão, ataques cardíacos e AVC. Recentemente, estudos estão direcionando o tratamento de várias condições clínicas por meio da estimulação do nervo vago. Para iniciar esta série de posts, vou começar por um estudo (Kentish, Page. J Physiol 2015; 593.4:775–786) mostrando que em obesos, os sinais aferentes vagal gastrointestinal (GI) estão muito perturbados onde, há um aumento dos sinais orexigênico e diminuição dos sinais anorexigênicos, dificultando assim, o bom controle da saciedade e consequentemente o peso.
A estimulação dos sinais vagal GI se dão por meio da estimulação tanto química quanto mecânica na qual sinalizará a saciedade, que se projeta do trato GI para ativar neurônios dentro dos núcleos do cérebro responsáveis pela regulação do consumo de comida. Peptídeos, tais como leptina e grelina podem ser libertados e modular a resposta de aferentes vagais GI via estímulos mecânicos diretamente sobre as terminações nervosas locais (mecanorreceptores) modulando processos, tais como função motora, a saciedade e a ingestão de alimentos. Assim, uma dieta rica em gordura pode comprometer a sinalização vagal e levar ao ganho contínuo de peso e hiperfagia e, uma vez na ausência deste tipo de dieta, o estado de ganho e manutenção de peso pode perpetuar. Contudo, por sabermos que é mais provável que a obesidade seja caracterizada por alterações tanto por mudanças de detecção sensorial a nível local, por terminação aferente vagal periférico quanto em nível de integração de informações dentro do CNS, juntos, criarão a condição persistente de obesidade.
Portanto, creio que podemos regular a estes sinais por meio das técnicas de saturação neural por meio da PNS ou via trajeto proximal do nervo vago ou diretamente na víscera, dependendo do que o teste me indicar.
Nervo Vago 2
O nervo vago é o componente principal do sistema nervoso parassimpático, que regula o "descansar e digerir" e, para manter a homeostase, o sistema nervoso simpático impulsiona a resposta "luta ou fuga". Na grande maioria das vezes, por causa do nosso dia-a-dia, não conseguimos gerenciar este nosso estado de estresse, levando assim a grandes problemas de saúde tanto corporal quanto mental. Dois estudos mostraram os efeitos positivos da estimulação do nervo vago, um mostrou os efeitos na redução a severidade da depressão e o outro estudo demonstrou que a meditação otimizou a conectividade funcional da rede neural em modo padrão (default mode network – DMN) diminuindo o do processo inflamatório e melhorando a habilidade do cérebro em gerir o estresse e a ansiedade.
No primeiro estudo (Fang et al. Biol Psychiatry 2016; 79:266-273) os pesquisadores estimularam o nervo vago por meio de um aparelho do tipo TENS em pessoas com depressão e compararam com um grupo placebo. Avaliaram por meio da RNM funcional antes e após um mês de tratamento. Relataram que o grupo TENS mostrou resultados significativos nos sintomas da depressão por meio da melhora da conectividade funcional da DMN e o córtex precuneo e o córtex pré-frontal. No segundo estudo (Creswell et al. Biol Psychiatry 2016; 80:53-61) os pesquisadores identificaram que a prática da meditação melhora a conectividade funcional da DMN fazendo com que a pessoa tenha um bom controle de execução e atenção além de melhorar a resiliência e do estresse. Neste segundo estudo podemos fazer um paralelo com outra pesquisa onde os pesquisadores (Klarer et al. J Neurosci 2014; 34:7067-7076) mostraram que a ansiedade e o medo são ambos sujeitos a modulação visceral através de aferentes vagal abdominal pro meio da alteração do sistema de neurotransmissores do sistema límbico e não do eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal, visto por meio da secção do nervo vago diafragmático de ratos.
Portanto, há uma ligação intrínseca entre alterações emocionais-visceral-inflamatório-vago, que podemos agir modulando a estimulação dos aferentes do nervo vago visceral, de acordo com a avaliação no PNS.
Nervo Vago 3
A palavra vago deriva do Latim e significa ambulante; isto é devido as suas múltiplas ramificações que divergem de duas raízes grossas provenientes uma do cerebelo e outra do tronco cerebral que vagam para o coração e para a maioria dos órgãos ao longo do caminho. Assim, este nervo está sempre vigilante quanto a eventos tanto interno quanto externo. Como já vimos anteriormente, o nervo vago pode ser estimulado para melhorar sintomas, por exemplo, depressivo, ansiedade, disfunções orgânicas, etc. Recentemente têm sido publicados artigos a respeito do controle do processo inflamatório através da estimulação do nervo vago. Em um estudo (Koopman et al. PANAS 2016), os autores viram que após estimularem o nervo vago, havia uma inibição da produção de citosinas e assim atenuava a severidade da artrite reumatoide.
A razão seria que as respostas inflamatórias desempenham um papel central no desenvolvimento e persistência de muitas doenças e em muitos casos, a inflamação é uma resposta do organismo ao estresse. De acordo com um estudo de revisão de literatura (Huston. Surg Infect 2012; 13:187-193) foi mostrado que o SNC reconhece a inflamação periférica via sinalização do nervo vago aferente e, desta forma, o cérebro pode atenuar as respostas imunitárias inatas periféricas. Desta forma, a redução da resposta de "luta ou fuga" no sistema nervoso e diminuindo os marcadores biológicos para o estresse, também poderiam reduzir a inflamação. Assim sendo, o nervo vago, o principal responsável por esta resposta, a estimulação tende a diminuir o processo inflamatório. Portanto, podemos esperar que a saturação neural do nervo vago através da PNS ajudaria nas respostas inflamatórias sistêmicas.
Fonte: https://www.facebook.com/posturoterapia/