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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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sábado, 23 de agosto de 2014

Sacroileíte

Sacroileíte A sacroileíte é uma inflamação das articulações sacro ilíacas. Estas conectam a parte inferior da coluna com a pélvis. Nesta patologia, até mesmo pequenos movimentos da coluna podem ser extremamente desconfortáveis e dolorosos. Causas da Sacroileíte •Reumáticas sendo a mais comum a espondilite anquilosante; •Trauma; •Artrite degenerativa; •Processos infecciosos; •Sobrecargas após artrodese em coluna vertebral. Sintomas e Sinais da Sacroileíte •Dor lombar baixa que pode irradiar para coxa e panturrilhas. •Dor que piora com a caminhada. •Rigidez em região de coluna vertebral baixa. Tratamento da Sacroileíte •Fisioterapia – Aplicação de calor, gelo, alongamento, tração, eletroestimulação e técnicas de terapia manual (quiropraxia, RPG, mobilização vertebral); •Medicações; •Bloqueio sacroilíaco; •Radiofrequência sacroilíaca; •Artrodese da articulação sacroilíaca. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Mielopatia Cervical

Mielopatia Cervical A mielopatia cervical é a lesão da medula espinhal, devido a compressão desta na altura do pescoço, em consequência da “espondilose” ou artrose cervical intervertebral que diminuem o espaço que a medula ocupa no canal vertebral. Ela pode se manifestar com fraqueza, espasticidade, perda de equilíbrio e incontinência urinária. Causas da Mielopatia Cervical O processo ocorre devido a hipertrofia de ligamento, facetas articulares e protusões de disco que levem a redução do espaço que a medula ocupa no canal vertebral. Sintomas e Sinais da Mielopatia Cervical O processo geralmente é evolutivo iniciando com quadro de alterações sensitivas como amortecimento em membros superiores e evoluindo com dificuldade de realizar movimentos finos das mãos como "abotoar uma camisa". As alterações motoras ocorrem através de uma diminuição de força geralmente evolutiva. Os reflexos estão aumentados (hiperreflexia), o paciente se sente mais rígido e na maioria dos casos apresenta dificuldade de deambulação. Diagnóstico da Mielopatia Cervical •Radiografia - importante para observarmos a curvatura da coluna cervical e o processo espondilótico. •Ressonância magnética - avalia a estrutura da coluna em relação aos tecidos moles e também o grau de sofrimento medular. •Tomografia - avalia a calcificação do disco, ligamentos, presença de osteófitos e avalia a hipertrofia das facetas articulares. •Exames neurofisiológicos - avalia o comprometimento da medula e raízes nervosas, sendo importante para o diagnóstico diferencial. Diagnóstico Diferencial •Tumores; •Doenças desmielinizantes; •Doenças neuro degenerativas; •Patologias da transição occipito-cervical; •Infecções. Tratamento da Mielopatia Cervical Conservador Medicação - Dependendo da intensidade da dor, diversas medicações podem ser utilizadas, tais como antiinflamatórios, corticóides, analgésicos opióides. Também pode-se associar relaxantes musculares na presença de contraturas musculares. O tratamento fisioterapêutico pode ser realizado através de métodos físicos como o calor, gelo, alongamento, tração. Após o quadro agudo introdução da terapia manual (quiropraxia, fortalecimento da musculatura profunda cervical e correção postural). Cirurgia A cirurgia é realizada através de descompressões por via anterior ou posterior dependendo de cada caso. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Dor nas costas (Lombalgia)

Dor nas costas (Lombalgia) A lombalgia é um problema extremamente comum. Entre 65% e 80% da população mundial desenvolve lombalgia em alguma etapa de suas vidas, podendo ser uma causa simples (dor muscular) ou até mesmo uma causa complexa (câncer na coluna). Mais da metade de todos os pacientes com lombalgia melhoram após 1-8 semanas e os demais continuam apresentando sintomas por mais de 6 meses. Causas da Lombalgia •A degeneração dos discos intervertebrais talvez seja a principal causa da dor; •Degeneração das facetas articulares; •Deformidades do tronco; •Espondilolistese “escorregamento vertebral”; •Uso excessivo das estruturas lombares (resultando em entorses e distensões); •Doenças sistêmicas com dor referida em região lombar, sendo identificadas mais de 70 doenças causadoras de dor; •Sedentarismo; •Fatores psicossociais; •Esforços repetitivos; •Excesso de peso; •Posição não ergonômica no trabalho. Diagnóstico da Lombalgia Uma vez que a maioria dos casos de lombalgia é auto-limitada, o diagnóstico por imagem raramente é necessário. Os fatores que levam ao início da dor, bem como a natureza e a duração da dor, propiciam importantes pistas para a busca da provável causa. Deve-se solicitar exames de imagem para a obtenção do diagnóstico quando a dor persiste por mais de duas semanas e os exames que podem ser solicitados são: radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, cintilografia óssea. Os exames laboratoriais devem ser solicitados quando a dor apresenta características inflamatórias. Tratamento da Lombalgia A percepção e o relato da dor pelo paciente e o grau resultante de disfunção e incapacidade são extremamente importantes para a programação do tratamento. Conservador Nenhuma forma isolada de tratamento é eficaz para todas as formas de lombalgia. Quando a dor é causada por uma doença sistêmica, o tratamento deve ser direcionado ao problema subjacente; entretanto, na grande maioria dos casos, os pacientes apresentam lombalgia em virtude de um problema mecânico que não pode ser identificado. Por isso é extremamente importante o acompanhamento médico para estabelecer o diagnóstico preciso. De maneira geral o tratamento da lombalgia “mecânica” deve ser realizado quando: Aguda •Repouso no leito não superior a 4 dias com passeios tão logo seja tolerado; •Alívio da dor com analgésicos ou AINEs; •Fisioterapia – Aplicação de calor, gelo, alongamento, tração, eletroestimulação e técnicas de terapia manual (quiropraxia, rpg, osteopatia); •Exercício aeróbico leve durante as primeiras 2 semanas de tratamento, seguido por exercícios musculares do tronco; •Retorno às atividades profissionais e de recreação usuais tão logo seja possível. Essas diretrizes levam em consideração o histórico natural da lombalgia que está associado à melhora sintomática na grande maioria dos pacientes após 2 meses do início dos sintomas. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Hérnia de Disco Cervical

Hérnia de Disco Cervical A hérnia de disco cervical ocorre quando o disco intervertebral sofre uma ruptura na sua parte externa com o extravasamento do conteúdo interno “núcleo pulposo” causando uma compressão de alguma raiz nervosa cervical. As raízes cervicais são responsáveis pela inervação sensitiva e motora dos membros superiores. Então a sua compressão pode ocasionar dor, formigamento, perda de força na região do membro superior em que a raiz é responsável. Sintomas e Sinais da Hérnia de Disco Cervical: •Dor cervical com irradiação para musculatura do trapézio e algumas vezes até a escápula; •Dor irradiada para o membro superior que geralmente piora quando esticamos o braço e melhora quando o levantamos; •Parestesia “formigamento” em alguma região do membro superior -Diminuição de sensibilidade; •Diminuição dos reflexos nos membros superiores; •Diminuição de força em membro superior restrito a região do membro superior inervada pela raiz nervosa comprimida. Na hérnia de disco cervical esses sintomas podem apresentar-se isolados ou associados dependendo da evolução e gravidade do caso. Tratamento da Hérnia de Disco Cervical A maioria dos casos melhora com o tratamento conservador, uso de medicações analgésicas, fisioterapia e bloqueios de dor. Não havendo melhora indica-se o procedimento cirúrgico. O tratamento fisioterapêutico pode ser realizado através de métodos físicos como o calor, gelo, alongamento, tração. Após o quadro agudo introdução da terapia manual (quiropraxia, fortalecimento da musculatura profunda cervical e correção postural). Os bloqueios de dor radicular e epidural podem ser uma opção para o tratamento da dor sem a necessidade de cirurgia. O tratamento cirúrgico pode ser realizado através de cirurgias minimamente invasivas com mini-incisões e a colocação de próteses ou cages intervertebrais. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Hérnia de Disco Lombar

Hérnia de Disco Lombar Quando você apresenta quadro de dor na coluna que irradia para o membro inferior, e todo dia as atividades se tornam difíceis ou mesmo impossíveis de realizar devido a dor. Uma das causas pode ser a hérnia de disco. A coluna vertebral é constituída pelas vértebras e entre elas há o disco intervertebral que é responsável pelo amortecimento do impacto e ajuda também na movimentação e resistência da coluna. O disco é constituído por duas partes: o ânulo fibroso e o núcleo pulposo que tem a aparência de um gel. Quando o disco intervertebral sofre uma ruptura na sua parte externa (ânulo fibroso) permite que o material que está no seu interior (gel) saia, comprimindo uma das raízes do nervo ciático. A dor inicia-se devido a essa compressão causando uma isquemia na raiz nervosa ou devido a irritação desse material na raiz nervosa. Causas da hérnia de disco lombar Fatores genéticos associados normalmente ao sobrepeso, cigarro, atividades repetitivas intensas, trauma, sedentarismo, manter uma mesma posição de trabalho por longo período. Sintomas da hérnia de disco lombar Pode iniciar com quadro de dor lombar e/ou dor irradiada para o membro inferior, alteração da sensibilidade, “formigamento”, “dormência” em alguma região do membro inferior. Quando há uma piora do quadro pode ocorrer associado uma diminuição de força em algum movimento das pernas. Exames •Radiografia: primeiro exame na investigação das diversas patologias da coluna lombar, proporcionando uma boa visão da anatomia da coluna e alterações degenerativas como alterações das facetas articulares e deformidades. Também podem ser realizadas radiografias dinâmicas proporcionando uma avaliação da estabilidade entre os segmentos vertebrais. •Ressonância magnética lombar: permite uma boa visão do disco, mostrando com clareza a hérnia de disco e a compressão das estruturas nervosas. Também demonstra alterações iniciais degenerativas do e protrusões discais. Tratamento da hérnia de disco lombar Conservador Medicação - Dependendo da intensidade da dor, diversas medicações podem ser utilizadas, tais como antiinflamatórios, corticóides, analgésicos opióides. Também pode-se associar relaxantes musculares na presença de contraturas musculares. O tratamento fisioterapêutico pode ser realizado através de métodos físicos como o calor, gelo, alongamento, tração. Após o quadro agudo introdução da terapia manual (quiropraxia, fortalecimento da musculatura profunda cervical e correção postural). Injeções - infiltrações guiadas por radioscopia ou tomografia. Cirúrgico Procedimentos endoscópicos para retirada do fragmento discal. Laminectomia minimamente invasiva com a utilização de microscópico. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Fraturas por Osteoporose

Fraturas por Osteoporose A osteoporose é a doença óssea metabólica mais frequente, sendo a fratura a sua manifestação clínica. É definida patologicamente como "diminuição absoluta da quantidade de osso e desestruturação da sua microarquitetura levando a um estado de fragilidade em que podem ocorrer fraturas após traumas mínimos". É considerada um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento. A fratura por osteoporose na coluna vertebral pode ser de dois tipos: uma é aguda, localizada, intensa, mantendo a paciente imobilizada e relacionada com fratura em andamento. Em situações de dor aguda, inicialmente ela pode ser mal localizada, espasmódica e com irradiação anterior ou para bacia e membros inferiores. A fratura vertebral pode ainda não ser observável com precisão em exame radiológico, dificultando o diagnóstico. A paciente se mantém em repouso absoluto nos primeiros dias. Mesmo sem tratamento, a dor diminui lentamente e desaparece após duas a seis semanas, dependendo da gravidade da fratura. Quando a deformidade vertebral residual é grave, pode permanecer sintomatologia dolorosa de intensidade variável ou esta aparecer tardiamente. Também ocorrendo com frequência, a dor pode ser de longa duração e localizada mais difusamente. Nestes casos, ocorreram microfraturas que levam a deformidades vertebrais e anormalidades posturais e consequentes complicações degenerativas em articulações e sobrecarga em músculos, tendões e ligamentos. O dorso curvo (cifose dorsal) é característico e escoliose (curvatura lateral) lombar e dorsal aparecem com grande frequência. Com a progressão da cifose dorsal há projeção para baixo das costelas e consequente aproximação à bacia, provocando dor local que pode ser bastante incômoda. Nos casos mais avançados, a inclinação anterior da bacia leva a alongamento exagerado da musculatura posterior de membros inferiores e contratura em flexão dos quadris e consequentes distúrbios para caminhar, dor articular e em partes moles. Compressão de raiz nervosa é muito rara. Tratamento das Fraturas por osteoporose As drogas utilizadas no tratamento da osteoporose atuam diminuindo a reabsorção óssea ou aumentando sua formação como os agentes anti-reabsortivos, estrógeno, Calcitonina e Bisfosfonatos , Cálcio, Vitamina D3. Também devemos orientar o paciente com osteoporose o exercício físico e a prevenção de queda. Quando ocorre a fratura vertebral devemos instituir o tratamento com medicações analgésicas, coletes e fisioterapia. Não melhorando o quadro de dor ou em casos onde a dor é incapacitante temos como opção de tratamento a vertebroplastia e a cifoplastia. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Estenose de Canal Lombar

Estenose de Canal Lombar Estenose lombar é o estreitamento do canal vertebral na região lombar. O canal vertebral contém a medula espinhal desde a porção cervical até a porção lombar alta. A porção média e a inferior do canal lombar contêm as raízes nervosas da chamada cauda equina. O canal estreito pode comprimir estas raízes e determinar sinais e sintomas neurológicos. Causas da Estenose Congênita Pacientes que apresentam estreitamento do canal vertebral por formação constitucional, protusões discais e leves alterações facetárias demonstram compressão das estruturas nervosas e sintomas dolorosos. Adquirida Ocorre durante a vida em pacientes que devido a espondilodiscoartrose desenvolvem estreitamento do canal vertebral ocorrendo geralmente a partir da quinta década de vida. Sintomas e Sinais da Estenose •Dor lombar; •Dor irradiada para nádega ou membros inferiores; •Alterações de sensibilidade; •Dificuldade progressiva ao andar com claudicação (mancar) neurogênica; •Perda de força em membros inferiores; •Tronco encurvado anteriormente ao ficar em pé, postura esta que alivia a dor e melhora os outros sintomas. Diagnóstico da Estenose •Radiografia avalia a curvatura da coluna vertebral e podemos realizar exames dinâmicos para observar instabilidade. •Ressonância magnética lombar evidencia com melhor clareza as estruturas nervosas comprimidas. •Tomografia lombar solicitada para avaliar calcificações ligamentares, diâmetro do forâmen intervertebral e principalmente osteófitos comprimindo o canal vertebral. •Mielotomografia: na impossibilidade de realizar ressonância magnética, e para avaliar instabilidade com compressão das estruturas nervosas. Diagnóstico da Diferencial •Tumor; •Hérnia de disco; •Espondilolistese degenerativa; •Abcesso epidural; •Aracnoidite inflamatória. Tratamento da Estenose Conservador O tratamento conservador pode ser realizado com a fisioterapia, através de técnicas de terapia manual, fortalecimento muscular e manejo da dor com uso de medicações analgésicas ou mesmo infiltrações epidurais ou foraminais. Diferente da hérnia de disco em que o tratamento conservador apresenta bons resultados, na estenose de canal lombar muitas vezes a melhora não é mantida por um longo período. Cirurgia Indicada quando o paciente não apresenta melhora com o tratamento conservador, piora da sintomatologia ou dor incapacitante. As opções de tratamento dependerão do correto diagnóstico de quais níveis estão comprimidos para avaliarmos as opções cirúrgicas para a descompressão como procedimento minimamente invasivo ou cirurgias abertas. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Espondilolistese

Espondilolistese O termo espondilolistese é usado para descrever várias doenças da coluna em que uma vértebra escorrega saindo do alinhamento normal com a outra vértebra. Causas da Espondilolistese Existem cinco causas de espondilolistese: Istímica Fratura por stress dos pares articular vertebral ocorrendo mais comumente entre a idade de 5 e 8 anos e também é um importante diagnóstico diferencial entre atletas com queixa de dor lombar. Degenerativo Nesse caso o escorregamento ocorre por uma alteração degenerativa das facetas articulares que evoluem com uma frouxidão e perda da sustentação do alinhamento vertebral. Congênita Alterações importantes na coluna vertebral propiciando o escorregamento vertebral. Tumor e infecções Causando destruição em alguma estrutura da coluna vertebral propiciando o escorregamento. Sintomas e Sinais da Espondilolistese: •Dor Lombar que piora durante atividade física e melhora no repouso. A dor também é pior em pé ou andando. •Dor Ciática devido a compressão de estruturas nervosas. •Alterações de sensibilidade como: formigamento ou dormência em alguma região do membro inferior. Diagnósticos da Espondilolistese: •Radiografia da coluna no plano frontal e perfil possibilita o diagnóstico na maioria dos casos. •Tomografia computadorizada solicitada para melhor avaliação da lesão do “pars articular” e na avaliação do potencial de consolidação em listeses de baixo grau. •Ressonância magnética lombar necessária quando o paciente apresenta déficit neurológico associado ou dor irradiada para membros inferiores, possibilitando uma melhor avalição das estruturas comprimidas •Cintilografia óssea para avaliarmos o potencial de consolidação da espondilólise. Tratamento da espondilolistese: Conservador A maioria dos pacientes apresentam melhora da sintomatologia com a fisioterapia, através da técnica de Estabilização Segmentar onde realiza-se o fortalecimento da musculatura do tronco (abdominal, oblíquo e musculatura das costas). Diariamente esses exercícios devem ser realizados. Cirurgia Indicada na falha do tratamento conservador com persistência da dor nas costas ou dor irradiada para os membros inferiores. Também na progressão do grau de escorregamento. Na faixa etária abaixo dos 18 anos há indicação quando o escorregamento é muito severo independente da sintomatologia do paciente. Técnicas Abordagem anterior com uso de Cage e placa. Abordagem posterior com o uso de descompressão e estabilização com parafusos pediculares. Em graus severos pode-se indicar a estabilização combinada via anterior e posterior. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Escoliose

Escoliose Escoliose é um desvio da coluna vertebral no plano frontal, ou seja, a coluna está desviada para a esquerda ou para a direita. Hoje sabemos que essa deformidade é tridimensional causando, além desse desvio, uma rotação da coluna vertebral, sendo responsável pela assimetria das mamas e caixa torácica. Quando observamos o indivíduo de frente ou de costa com uma assimetria entre a altura dos ombros ou cintura pode ser um sinal de escoliose. Causas da escoliose Em cerca de 80% dos casos, nenhuma causa é encontrada e falamos, então, de escolioses idiopáticas. A frequência de escolioses familiares é relatada por diversos autores, entre 30 a 60%, sendo 40% o índice mais frequentemente citado. Atualmente, os especialistas convergem em direção a uma hereditariedade multifatorial. Existem algumas escolioses com causa definida, como, por exemplo, na paralisia cerebral, ou outras de fundo neurológico, bem como escolioses causadas por más formações, poliomielite, distrofias musculares, síndromes específicas (Marfan, Rett, Ehlers-Danlos, etc.), tumores, etc. Exame Físico O paciente deve ser examinado de frente e de costas onde analisamos a assimetria da altura dos ombros, escápula e crista ilíaca. Ao examinar o paciente lateralmente avaliamos as curvas fisiológicas da coluna como a lordose lombar e a cifose dorsal. Na inspeção também observamos a presença de alterações de pele como manchas “café com leite”, tufos pilosos que são sinais de escolioses com deformidades de etiologia específica. Sempre realizar o teste de “Adams” pedindo para o paciente fletir o tronco e o médico observa assimetria do tronco e a região lombar do paciente. É um sinal precoce da presença de deformidade. A presença de deformidade associada a alteração no exame neurológico (força muscular, alterações sensitivas e reflexos patológicos) pode ter como etiologia tumor causando irritação de raízes nervosas e originando a escoliose. Por isso sempre realizar uma boa avaliação neurológica. Exames de Imagem Radiografia A radiografia permite o diagnóstico e avaliação da melhor forma de tratamento. As posições solicitadas são de frente e perfil em filmes grandes que possibilitem avaliar as curvas da coluna cervical, torácica e lombar. Quando o paciente tem o diagnóstico confirmado é necessária a realização de radiografias em inclinação para avaliar a flexibilidade da deformidade, e de bacia para avaliarmos a maturidade esquelética. Na radiografia medimos o “Ângulo COBB extremamente importante na condução do tratamento. Ressonância Magnética Deve ser solicitada em deformidades atípicas, curvas de raio curto, rápida progressão, dor e alterações neurológicas. Tratamento da Escoliose O tratamento divide-se em observação, fisioterapia (RPG) e cirurgia. Na indicação de uma das três formas de abordagem levamos em consideração o grau da deformidade pelo ângulo COBB medido nas radiografias de coluna, a flexibilidade da curva e a maturidade esquelética. Curvas de até 40 graus COBB recomenda-se o RPG para fazer a correção da curvatura. Curvas acima de 40 graus COBB é indicado a abordagem cirúrgica quando está associado a uma descompensação do tronco. A cirurgia pode ser feita por abordagem anterior ou posterior. O planejamento do número de vértebras a serem incluídas durante o procedimento da cirurgia e o tamanho da incisão cirúrgica dependerá da magnitude e tipo de curva. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Dor facetária

Dor facetária As facetas articulares são pequenas articulações que conectam as vértebras na parte posterior da coluna. Sua função principal é proporcionar estabilidade rotacional. Como qualquer outra articulação do corpo, as articulações facetárias podem originar dor, seja por processos de desgaste articular (artrose facetária), seja por estados inflamatórios. O desgaste das articulações facetárias é um processo normal do envelhecimento, sendo que em apenas algumas pessoas ele se torna um problema, provocando sintomas dolorosos, que caracterizam a dor facetária. Sintomas e Sinais da Dor Facetária Cervicais Os sintomas de dor ocorrem ao nível do pescoço e das escápulas. Esta pode se irradiar para perto dos ombros. A dor normalmente piora com a extensão do pescoço e durante a palpação local. Lombares Dor lombar que pode irradiar até a região posterior de coxa. A dor piora com a hiperextensão da coluna e melhora com a flexão da coluna. Diagnóstico da Dor Facetária Radiografia Avalia a artrose das articulações. Ressonância magnética Avalia a presença de líquido e grau de artrose facetária. Tratamento da Dor Facetária Ainda não existem tratamentos para curar o desgaste das articulações. As técnicas têm por objetivo aliviar a dor crônica que se origina do desgaste ou inflamação das articulações facetárias. Infiltração Facetária A infiltração facetária consiste em puncionar a articulação facetária (ou pontos muito próximos da articulação) com uma agulha e aplicar medicações anestésicas e anti-inflamatórias no local. De certa forma, é um procedimento semelhante às infiltrações usadas no tratamento de patologias de joelho ou ombro. O objetivo do procedimento é o alívio temporário dos sintomas, embora, em alguns casos, esse alívio possa ser bastante duradouro. Além disso, um bom resultado com uma infiltração pode ajudar a selecionar o paciente para o procedimento de denervação por rádio-frequência. Esta é uma técnica percutânea, feita sem necessidade de hospitalização. Denervação Facetária por Rádio-Freqüência Nesta técnica, um eletrodo em forma de agulha é colocado sobre os pequenos nervos que transmitem a dor das articulações facetárias desgastadas. Estes eletrodos são ligados a um aparelho de rádio-frequência, que fornece uma quantidade controlada de energia, fazendo a coagulação destes nervos. A destruição destes pequenos ramos nervosos leva a uma anestesia das articulações dolorosas. É bom frisar que os ramos nervosos destruídos no procedimento são minúsculos, estando envolvidos apenas com a dor das articulações facetárias. Não são os mesmos nervos que levam a sensibilidade e o movimento das pernas ou braços, por isso o procedimento é bastante seguro. A denervação facetária por rádio-frequência também é uma técnica percutânea, feita sem necessidade de hospitalização, e sua vantagem sobre a infiltração facetária é uma maior durabilidade dos resultados. Cirurgia de atrodese minimamente invasiva A artrodese minimamente invasiva com sistemas dinâmicos apresenta bons resultados para pacientes com dor associada a pequenas instabilidades na coluna vertebral. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Enxaqueca (Migrânea)

Enxaqueca (Migrânea) A enxaqueca, na realidade, não é apenas um tipo de cefaleia, mas uma síndrome neurológica conhecida desde os primórdios da humanidade, afetando grande parte da população mundial. Caracteriza-se pela presença de dores de cabeça recorrentes, unilaterais ou bilaterais, geralmente de caráter pulsátil, com intensidade de moderada a intensa, precedidas ou não por sinais neurológicos focais denominados de aura. Usualmente é acompanhada de náuseas, vômitos, fonofobia e fotofobia. As crises podem durar de 4 a 72 horas. Alguns sintomas premonitórios podem aparecer horas ou dias antes da cefaleia, incluindo falta de apetite, hiperatividade, depressão nervosa, irritabilidade, bocejos repetidos, dificuldades de memória, desejos por alimentos específicos, como chocolate e sonolência. A dor de cabeça enxaquecosa também pode ser observada nas crianças, nas quais pode se manifestar associada a dores abdominais recorrentes, vômitos cíclicos, tonturas e dores nas pernas. Como se desenvolve ou adquire? Apesar de ser de natureza incerta, acredita-se que a causa da enxaqueca seja multifatorial, apresentando caráter hereditário bem definido. Estudos demonstram que pacientes com enxaqueca apresentam um desequilíbrio de neurotransmissores no Sistema Trigemino-Vascular, que é responsável pelos fenômenos dolorosos relacionados à face e ao crânio. As crises de enxaqueca podem ser desencadeadas por inúmeros fatores como estresse físico e emocional, determinados alimentos (álcool, queijos, vinho tinto e embutidos , entre outros), privação ou excesso de sono e alterações hormonais súbitas, como a menstruação nas mulheres. Todavia, os fatores desencadeantes tem que ser individualizados para cada paciente. Diagnóstico migrânea O diagnóstico da enxaqueca é clínico, com história detalhada, exame físico e neurológico completo. Eventualmente, pode ser necessária a realização de exames complementares (ressonância magnética de crânio e eletroencefalograma) quando, por exemplo, a dor de cabeça iniciar após os 50 anos, ou quando houver alteração no exame neurológico, história de câncer, doenças infecciosas, história de HIV, ou quando iniciar subitamente, com forte intensidade, não aliviando com analgésicos. Para que o indivíduo tenha o diagnóstico de enxaqueca, é preciso que ocorram pelo menos 5 crises de dor de cabeça de moderada ou forte intensidade, de localização unilateral e caráter pulsátil, durando de 4 a 72 horas, acompanhadas de náuseas e ou vômitos, sensibilidade à luz e ao barulho, além dela ser exacerbada pela atividade física. Tratamento da migrânea •diagnóstico correto do tipo de dor de cabeça; •controle de fatores predisponentes; •tratamento medicamentoso abortivo das crises : são utilizados desde antiinflamatórios, até medicamentos específicos para enxaqueca, como os triptanos, que são drogas que agem nos mecanismos responsáveis pelo desencadeamento da dor de cabeça; •tratamento medicamentoso preventivo das crises: quando ocorrerem três ou mais crises por mês, ou quando as crises forem muito incapacitantes, ou com pobre resposta aos medicamentos abortivos. Os medicamentos utilizados podem ser desde antidepressivos tricíclicos em baixas doses (desta forma servem para tratar dor e não depressão) até betabloqueadores e anticonvulsivantes; •tratamento não medicamentoso: o médico também pode indicar outras formas de tratamento para casos selecionados, como biofeedback e técnicas de relaxamento, terapia cognitiva comportamental, dieta, fisioterapia, psicoterapia e acupuntura. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Doença de Alzheimer

Doença de Alzheimer A Doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, degenerativa, isto é, que produz atrofia, progressiva, com início mais frequente após os 65 anos, que produz a perda das habilidades de pensar, raciocinar, memorizar, que afeta as áreas da linguagem e produz alterações no comportamento. Quais as causas da doença? As causas da Doença de Alzheimer ainda não estão conhecidas, mas sabe-se que existem relações com certas mudanças nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas funções cognitivas. Alguns estudos apontam como fatores importantes para o desenvolvimento da doença: •Aspectos neuroquímicos: diminuição de substâncias através das quais se transmite o impulso nervoso entre os neurônios, tais como a acetilcolina e noradrenalina. • Aspectos ambientais: exposição/intoxicação por alumínio e manganês. • Aspectos infecciosos: como infecções cerebrais e da medula espinhal. • Pré-disposição genética em algumas famílias, não necessariamente hereditária. Sintomas da doença de Alzheimer "Eu vivo me esquecendo..." "Não me lembro onde deixei..." "Doutor, facilmente esqueço dos números de telefone e de pagar contas." "Doutor, minha mãe esqueceu meu aniversário...Doutor, meu pai se perdeu..." São esses os tipos de queixas que se ouvem, às quais geralmente os amigos e familiares reportam como "coisas da idade". Entretanto, se alguma pessoa de suas relações esquecer o caminho de casa ou não se lembra de jeito algum, ou só com muito esforço, de um fato que aconteceu, procure um médico. Pode não ser algo importante, entretanto pode ser também um início da Doença de Alzheimer que não tem cura, mas cujo tratamento precoce atrasa o desenvolvimento da doença, produz alguma melhora na memória, torna mais compreensível as mudanças que vão ocorrer na pessoa e melhora a convivência com o doente. Na fase inicial da doença, a pessoa afetada mostra-se um pouco confusa e esquecida e parece não encontrar palavras para se comunicar em determinados momentos; às vezes, apresenta descuido da aparência pessoal, perda da iniciativa e alguma perda da autonomia para as atividades da vida diária. Na fase intermediária necessita de maior ajuda para executar as tarefas de rotina, pode passar a não reconhecer seus familiares, pode apresentar incontinência urinária e fecal; torna-se incapaz para julgamento e pensamento abstrato, precisa de auxílio direto para se vestir, comer, tomar banho, tomar suas medicações e todas as outras atividades de higiene. Pode apresentar comportamento inadequado, irritabilidade, desconfiança, impaciência e até agressividade; ou pode apresentar depressão, regressão e apatia. No período final da doença, existe perda de peso mesmo com dieta adequada; dependência completa, torna-se incapaz de qualquer atividade de rotina da vida diária e fica restrita ao leito, com perda total de julgamento e concentração. Pode apresentar reações a medicamentos, infecções bacterianas e problemas renais. Na maioria das vezes, a causa da morte não tem relação com a doença e sim com fatores relacionados à idade avançada. Diagnóstico da doença de Alzheimer Uma das dificuldades em realizar um diagnóstico de Doença de Alzheimer é a aceitação da demência como consequência normal do envelhecimento. O diagnóstico de Doença de Alzheimer é feito através da exclusão de outras doenças que podem evoluir também com quadros demenciais. Por exemplo: •Traumatismos cranianos •Tumores cerebrais; •Acidentes Vasculares Cerebrais; •Arterioesclerose; •Intoxicações ou efeitos colaterais de medicamentos; •Intoxicação por drogas e álcool; •Depressão; •Hidrocefalia; •Hipovitaminoses; •Hipotireoidismo. Tratamento da doença de Alzheimer Não existe cura conhecida para a Doença de Alzheimer, por isso o tratamento destina-se a controlar os sintomas e proteger a pessoa doente dos efeitos produzidos pela deterioração trazida pela sua condição. Anti-psicóticos podem ser recomendados para controlar comportamentos agressivos ou deprimidos. A doença de Alzheimer não afeta apenas o paciente, mas também as pessoas que lhe são próximas. A família deve se preparar para uma sobrecarga muito grande em termos emocionais, físicos e financeiros. Também deve se organizar com um plano de atenção ao familiar doente, em que se incluam, além da supervisão sócio-familiar, os cuidados gerais, sem esquecer os cuidados médicos e as visitas regulares ao mesmo, que ajudará a monitorar as condições da pessoa doente, verificando se existem outros problemas de saúde que precisem ser tratados. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Cefaléia (Dor de Cabeça)

Cefaléia (Dor de Cabeça) Cefaleia, ou “dor de cabeça” como popularmente é conhecida, constitui problema frequente na população em geral, sendo uma das causas mais comuns de busca de atendimento médico. Ela pode ocorrer isoladamente como manifestações de um complexo sintomático agudo, como a enxaqueca (cefaleias primárias) , ou pode fazer parte de uma doença em desenvolvimento, como infecções, neoplasia cerebral ou sangramentos intracranianos (cefaleias secundárias). Estima-se que cerca de 90% da população mundial já apresentou ou irá apresentar um episódio de cefaleia ao longo da vida. Assim, é necessária uma avaliação completa e sistemática das dores de cabeça, de preferência por um médico neurocirurgião. Como se desenvolve e quais as possíveis causas? As cefaleias primárias não apresentam uma causa específica, podendo a mesma ser de natureza multifatorial e de caráter hereditário, ao contrário das cefaleias secundárias, que apresentam uma causa patológica evidente. As dores de cabeça podem se manifestar de modo súbito, subagudo ou crônico. As cefaleias de início agudo ou súbito geralmente constituem manifestação de uma patologia intracraniana como hemorragia subaracnóide ou de outras doenças cerebrovasculares ou infecciosas (meningites / encefalites). Todavia, elas também podem ocorrer após punção lombar (procedimento médico especializado para diagnóstico de enfermidades neurológicas) ou mesmo durante manobras fisiológicas que possam aumentar a pressão intrabdominal e consequentemente a intracraniana, como exercícios físicos intensos e relações sexuais. Aquelas de manifestação subaguda, podem ser resultantes de enfermidades inflamatórias do tecido conjuntivo, como artrite de células gigantes, ou mesmo de processos tumorais intracranianos (tumores, abscessos cerebrais, metástases cerebrais, hematomas subdurais), além de hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor cerebral), neuralgia do trigêmio/ glossofaríngeo e crise hipertensiva. As cefaleias crônicas, geralmente são de natureza primária. São resultantes, na maioria das vezes, das enxaquecas, cefaleias tensionais e cefaleias em salvas. Diagnóstico da cefaleia O diagnóstico é baseado na compreensão da fisiopatologia das dores de cabeça, na obtenção de uma história clínica e realização de um exame físico e neurológico cuidadoso e completo, a fim de formular um diagnóstico diferencial. Dependendo do caso, geralmente naquelas de caráter secundário, podem ser necessários exames subsidiários, como estudo radiológico funcional da coluna, tomografia e/ou ressonância magnética do crânio, eletroencefalograma , exames laboratoriais com análise do líquor e sangue ,além de biópsia de artéria temporal , a fim de melhor estabelecer o diagnóstico. Todavia, o diagnóstico das cefaleias e dores faciais é eminentemente clínico. Características Gerais das Cefaleias e Dores Faciais O reconhecimento de fatores precipitantes pode ajudar no estabelecimento do diagnóstico da cefaleia, um exemplo bem típico é o desencadeamento instantâneo de crises de cefaleia em salvas após ingestão de álcool, ou aquelas desencadeadas por consumo de queijos, vinhos (enxaqueca). Algumas cefaleias podem ser acompanhadas de sintomas que antecedem a dor propriamente dita, como alterações visuais de curta duração (aura visual), pontos luminosos na visão (escotomas cintilantes) , irritação, falta de apetite e depressão. A dor pode ser de característica pulsátil, latejante, pressão, aperto, fincadas, ardência, lancinante, além de fraca, moderada, intensa, constante ou em salvas. Também pode ser unilateral, bilateral, holocraniana (toda cabeça), frontal, retrocular, occiptal ou mesmo seguindo o padrão de distribuição das divisões do nervo trigêmio na face. As dores de cabeça também podem se manifestar associadas à sintomatologia autômica (náuseas, vômitos, hiperemia ocular, lacrimejamento, obstrução nasal, sensibilidade à luz e ao som) ou mesmo sistêmica, como perda de peso recente, febre, mal estar, cansaço e inapetência, por exemplo. Tratamento da cefaleia O tratamento das cefaleias e dores faciais dependerá do diagnóstico e das causas de base estabelecidos. Ele pode ser apenas de natureza medicamentosa, porém há casos mais graves , como nas hemorragias intracranianas ou mesmo meningites/encefalites, que há necessidade de internação hospitalar, com passagem por unidades de tratamento cirúrgico e mesmo procedimentos neurocirúrgicos. Os medicamentos utilizados podem ser: analgésicos comuns, relaxantes musculares (benzodiazepínicos, baclofeno), anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina, gabapentina, topiramato, divalproato de sódio), drogas específicas para tratamento de enxaqueca (ergotamínicos e triptanos). As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. Responsáveis Técnicos: Danillo Daniel Vilela CRM 105778 - Juliano Bottura Picchi CRM 101713

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Acidente Vascular Cerebral (AVC) O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um déficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células; começa abruptamente, sendo o déficit neurológico máximo no seu início, e podendo progredir ao longo do tempo. O termo “ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao déficit neurológico transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o déficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um déficit neurológico isquêmico reversível (DNIR). Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias: O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sanguíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos. No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos. Como se desenvolve ou se adquire? Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral. Entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabete e tabagismo. Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo. O que se sente? Geralmente vai depender do tipo de acidente vascular cerebral que o paciente está sofrendo: se isquêmico ou hemorrágico. Os sintomas podem depender da sua localização e da idade do paciente. Os principais sintomas do acidente vascular cerebral incluem: Fraqueza: O início súbito de uma fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou face é o sintoma mais comum dos acidentes vasculares cerebrais. Pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma área pequena e específica. Podem ocorrer de diferentes formas apresentando-se por fraqueza maior na face e no braço que na perna; ou fraqueza maior na perna que no braço ou na face; ou ainda a fraqueza pode ser acompanhada de outros sintomas. Estas diferenças dependem da localização da isquemia, da extensão e da circulação cerebral acometida. Distúrbios Visuais: A perda da visão em um dos olhos, principalmente aguda, alarma os pacientes e geralmente os leva a procurar avaliação médica. O paciente pode ter uma sensação de "sombra'' ou "cortina" ao enxergar ou ainda pode apresentar cegueira transitória (amaurose fugaz). Perda sensitiva: A dormência ocorre mais comumente junto com a diminuição de força (fraqueza), confundindo o paciente; a sensibilidade é subjetiva. Linguagem e fala (afasia): É comum os pacientes apresentarem alterações de linguagem e fala; assim alguns pacientes apresentam fala curta e com esforço, acarretando muita frustração (consciência do esforço e dificuldade para falar); alguns pacientes apresentam uma outra alteração de linguagem, falando frases longas, fluentes, fazendo pouco sentido, com grande dificuldade para compreensão da linguagem. Familiares e amigos podem descrever ao médico este sintoma como um ataque de confusão ou estresse. Convulsões: Nos casos da hemorragia intracerebral, do acidente vascular dito hemorrágico, os sintomas podem se manifestar como os já descritos acima, geralmente mais graves e de rápida evolução. Pode acontecer uma hemiparesia (diminuição de força do lado oposto ao sangramento) , além de desvio do olhar. O hematoma pode crescer, causar edema (inchaço), atingindo outras estruturas adjacentes, levando a pessoa ao coma. Os sintomas podem desenvolver-se rapidamente em questão de minutos. Tratamento do acidente vascular cerebral Geralmente existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-acidente vascular cerebral. O tratamento preventivo inclui a identificação e controle dos fatores de risco. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais. Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico. O tratamento agudo do acidente vascular cerebral isquêmico consiste no uso de terapias antitrombóticas (contra a coagulação do sangue) que tentam cessar o acidente vascular cerebral quando ele está ocorrendo, por meio da rápida dissolução do coágulo que está causando a isquemia. A chance de recuperação aumenta quanto mais rápida for a ação terapêutica nestes casos. Em alguns casos selecionados, pode ser usada a endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida. O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência médica, devendo ser tratado rapidamente em ambiente hospitalar. A reabilitação pós-acidente vascular cerebral ajuda o indivíduo a superar as dificuldades resultantes dos danos causados pela lesão. O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente. As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos, a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana. As informações aqui contidas tem objetivo informativo único, e nada substitui uma consulta médica. 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