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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Protese de Joelho Duvidas Cont.2

26 - Existe risco de infecção anos após a implantação de uma prótese ?
27 - Quais são os meios de tratar uma infecção articular após implante de uma prótese ?
28 - O que é a luxação de uma prótese ?
29 - Como podemos ver o desgaste de uma prótese ?
30 - O que é o descolamento de uma prótese ?
31 - O que é um deslocamento de prótese visível na radiografia ?
32 - Nós sentimos dor quando a prótese está desgastada ?
33 - Quando se deve operar se houver desgaste de prótese ?
34 - O que é um granuloma ?
35 - O que é uma tromboflebite (trombose venosa profunda) ?
36 - Existem riscos de intolerância, de alergia ou de rejeição de uma prótese ?
37 - Uma prótese pode se "quebrar" ?
38 - O osso que sustenta a prótese pode se "quebrar" ?
39 - Porque é necessário fazer uma avalização global do estado de saúde antes da intervenção ?
40 - Como se preparar para a intervenção ?
41 - Quais são os papéis necessários para levar no dia da hospitalização ?
42 - Quais são as precauções práticas para a internação ?
43 - Poque é necessário ver o anestesista antes de ser operado: consulta pré-anestésica ?
44 - O que é a visita pré-anestésica ?
45 - Qual anestesia escolher ?
46 - Quais são os principais incovenientes e riscos eventuais da anestesia ?
47 - Precisa-se fazer uma transfusão ?
48 - O que é uma transfuão autóloga programada (autotransfusão) ?
49 - É necessário parar de tomar certos medicamentos antes da intervenção ?
50 - A intervenção cirúrgica é dolorosa ?



Você pode clicar em cada pergunta acima ou "rolar" a página para ver todas






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26 - Existe risco de infecção anos após a implantação de uma prótese ?

A "infecção" pode aparecer tardiamente, de meses ou até de anos após a colocação de uma prótese articular que até então não havia apresentado nenhum problema (cf. questão 30).

Aqui estão todas as particularidades do risco infeccioso numa prótese articular. Em três situações se deve suspeitar de uma infecção:

- a aparição súbita de uma dor aguda da articulação, associada simultaneamente a uma febre importante: um aviso de urgência em cirurgia ortopédica se impõe;

- a observação de pequenos sinais: vermelhidão da cicatriz, edema doloroso da articulação e aparecimento de dores mediante mobilização da prótese, que até aqui era bem tolerada, deve servir como alerta. Marque rápido uma consulta com seu cirurgião ortopedista;

- às vezes é o cirurgião que colocará a possibilidade de um descolamento séptico (causa infecciosa) ao avaliar sua radiografia, ele poderá propor então uma punção da articulação para confirmar o diagnóstico levando à substituição da prótese e ao tratamento
antibiótico.




Esta complicação é excepcional.
A vigilância é seu melhor trunfo! Não se deve postergar a consulta com seu cirurgião diante de uma anormalidade. O diagnóstico de confirmação da infecção é difícil e pode justificar uma hospitalização de alguns dias para fazer exames. Nenhum tratamento local (pomada, massagens, etc.) deverá atrasar a consulta com seu médico.

Nenhum antibiótico ou antiinflamatório deve ser prescrito sem orientação médica. No entanto, antibióticos administrados, sem se identificar o micróbio responsável, podem “mascará-lo” sem eliminá-lo !

A identificação do micróbio em causa é então impossível e as chances de curá-lo são diminuídas.



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27 - Quais São Os Meios De Tratar Uma Infecção Articular Após Implante De Uma Prótese ?

O tratamento apresenta sempre duas partes, um tratamento cirúrgico e um tratamento
médico:

- tratamento cirúrgico: duas atitudes são possíveis segundo o tempo da infecção. Se a infecção é diagnosticada rapidamente, é preciso desinfetar completamente e com urgência a articulação. Se a infecção é vista tardiamente ou é de evolução lenta, em um primeiro tempo, é necessário retirar a prótese, em seguida, em função de evolução local, decidiremos a colocação da nova prótese;

- tratamento médico: se fundamenta no uso dos antibióticos e do tratamento das “portas de entrada” de uma infecção.

O isolamento do germe é certo. Os antibióticos são escolhidos em função dos germes e de sua sensibilidade microbiológica. A má difusão dos medicamentos dentro do osso impõe doses de antibióticos muito elevados com uma administração por perfusão intravenosa e uma observação hospitalar da sua eventual toxicidade. A duração do tratamento não é atualmente inferior a 4 semanas. O tratamento da causa da infecção pode justificar um procedimento cirúrgico secundário (extração dentária, drenagem de uma sinusite ou tratamento de uma verruga, ablação da vesícula, etc...).

Os resultados mostram uma taxa de sucesso de 90% utilizando os meios descritos.





O tratamento de uma infecção articular após implante de uma prótese é penoso e prolongado. Ele deve ser conduzido em estrutura especializada por uma equipe multidisciplinar (cirurgião, anestesista, infectologista, fisioterapeuta, etc.). O nome "cura"
somente poderá ser pronunciado em período superior a um ano após a colocação da nova prótese.
A cura tem este preço !



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28 - O Que É A Luxação De Uma Prótese ?

A luxação da prótese é definida como uma perda completa do contato entre os componentes da prótese. Todas as articulações protéticas podem ser acometidas. No entanto trata-se de uma complicação que interessa, sobretudo as próteses totais do
quadril não importa a via cirúrgica (técnica para a colocação da prótese) e os materiais utilizados.

Uma luxação de prótese é uma urgência que necessita uma redução (recolocação dos implantes) sob anestesia. Uma vez que a redução foi obtida, em função do número de episódios de luxação e do contexto, seu cirurgião poderá propor uma avaliação radiológica e de exame de sangue para programar uma nova intervenção.




A luxação é uma complicação rara que necessita de um tratamento urgente com o risco de prejudicar de forma irreversível sua prótese.




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29 - Como Podemos Ver O Desgaste De Uma Prótese ?


O desgaste de uma prótese e sua deterioração é ligada
ao atrito das peças.

Vários mecanismos de desgaste foram descritos:
desgaste por abrasão, desgaste pela transferência, desgaste pela corrosão...

O desgaste de uma prótese não é o mais comum que dá origem a qualquer sintoma (nenhuma dor) durante
um longo período.

Ela é avaliada pelo seu cirurgião durante as consultas
de controle observando as radiografias que ele pediu.

Ela pode ser medida, em certas circunstâncias, de forma mais precisa, pelos métodos sofisticados de informática.

Este desgaste pode ser de origem indireta através de partículas de desgaste liberadas, principalmente de polietileno (plástico de alta densidade), de metal
(“metalose”), de cerâmica, de uma reação inflamatória
(a corpo estranho) que corrói o tecido ósseo situado em torno da prótese: nós chamamos de osteólise
periprotética.


Na fig. ao lado: Prótese do quadril com granuloma (flecha)






O desgaste dos componentes protéticos é a complicação maior, a longo prazo, das próteses totais. Ela é atualmente inevitável.
Certo número de soluções é possível para diminuir o desgaste: melhora do polietileno ou substituição do polietileno pelas cerâmicas. Parece, no entanto, que hoje para limitar o desgaste, coloca-se a prótese onde há uma parte em metal e outra em polietileno.





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30 - O Que É O Descolamento De Uma Prótese ?

O descolamento de uma prótese é, no senso estrito do termo, a perda da fixação cimentada (com ajuda do cimento) de uma prótese. Depois do desenvolvimento das próteses não cimentadas (sem cimento), este termo é estendido à perda da fixação com um
dos componentes protéticos.

O descolamento pode interessar um ou os dois componentes protéticos. O descolamento pode ser de origem mecânica (descolamento asséptico) ou infecciosa (descolamento séptico; cf. questão 26).O descolamento asséptico é quase sempre a conseqüência de uma reação inflamatória levando a alteração (deterioração) do tecido ósseo situado em torno da prótese (osteólise péri-protética) indiretamente derivada de partículas de desgaste (plástico, metal, cerâmica, etc.). O descolamento se traduz pelas dores e pela migração dos implantes, vistos pelo cirurgião, ao comparar os exames radiográficos sucessivos.



O descolamento de uma prótese (defeito de fixação) é a complicação mais comum de origem mecânica (não infecciosa).
Ele se traduz habitualmente por dores e necessita de uma re-intervenção para trocar a prótese.



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31 - O Que É Um Deslocamento De Prótese Visível
Na Radiografia ?


O desligamento é uma noção puramente radiológica.

Trata-se de um espaço claro interposto entre o osso e os contornos da prótese (bordo escuro sobre as radiografias).

É anormal se ele é largo (superior a 1 mm), se modificando
ao longo do tempo, e interessa várias zonas em torno da prótese.

Nestas condições, pode-se chamar um descolamento de origem mecânica ou infecciosa. Se este não é o caso, não
existe nenhuma significação patológica.

Na fig. ao lado: prótese total do quadril com desligamento






Atenção, a presença de um desligamento não significa obrigatoriamente uma nova operação. Não se deixe impressionar pelo laudo radiográfico.
A presença de um desligamento nas radiografias é quase sempre banal. Um desligamento visível nas radiografias deve ser interpretado com prudência e unicamente por um médico especializado dispondo do conjunto do dossiê radiológico. Somente
seu cirurgião poderá dizer se é anormal ou necessita de uma nova intervenção.



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32 - Nós Sentimos Dor Quando A Prótese Está Desgastada ?

O desgaste da prótese não é nunca doloroso por si só. São as conseqüências que podem ser. No entanto, a partícula de desgaste (plástico, metal, cerâmica, etc.) liberada dentro da articulação acarreta uma reação inflamatória que é a origem de desgaste ósseo em torno da prótese (osteólise periprotética). Estes fenômenos conduzem em seguida um descolamento (perda de fixação) dos implantes protéticos.

Os fenômenos dolorosos aparecem neste estágio, quer dizer tardiamente. Daí o interesse em realizar regularmente as radiografias para verificar a existência de um desgaste, sobretudo por osteólise periprotética, que pode necessitar de uma nova intervenção antes que os desgastes ósseos sejam importantes.




Não é o desgaste em si que é doloroso, mas suas conseqüências: O descolamento (perda de fixação dos implantes protéticos) e desgastes do tecido ósseo situado em torno da prótese (osteólise péri-protética).
Seu cirurgião poderá propor uma nova operação, mesmo se você não sofre ainda, a fim de evitar os desgastes ósseos muito importantes e uma intervenção mais traumatizante.



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33 - Quando se deve operar se houver desgaste de prótese ?


Como nós vimos na questão 29 e 32, não é o desgaste da prótese que determina o momento da retomada cirúrgica, mas as conseqüências do desgaste.

A indicação operatória (nova intervenção ou substituição
da prótese) é indicada quando existe uma osteólise périprotética.

É comum admitir que é preferível realizar uma nova intervenção antes que a osteólise (destruição óssea) não seja muito avançada para reduzir a dificuldade da reconstrução óssea.

Ao lado: conseqüencias do desgaste de uma prótese





Atenção, a osteólise périprotética pode evoluir lentamente, sem dores, daí a necessidade de consultar regularmente o seu cirurgião mesmo se tudo vai bem.

Quando o desgaste dos implantes protéticos se acompanha de lesões ósseas em torno da prótese, é preciso realizar uma nova cirurgia.

Seu cirurgião poderá propor uma nova cirurgia antes que sua articulação protética não esteja dolorida.


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34 - O Que É Um Granuloma ?

Uma prótese pode produzir pedaços de desgaste microscópicos. Estes pedaços são inicialmente eliminados da articulação protética. No entanto a produção de pedaços ultrapassa às vezes as capacidades de eliminação. Estes pedaços se acumulam dentro da
articulação protética. Eles são então englobados dentro das células que produzem mediadores de inflamação e se aglomeram para formar um tecido reator. Esta reação inflamatória tissular é chamada granuloma.

Este tecido produzido indiretamente de produtos inflamatórios é que destrói os ossos em torno da prótese (osteólise péri-protéica). Quando uma nova intervenção é realizada, seu cirurgião realiza a troca dos implantes protéticos, mas libera sua articulação do granuloma inflamatório.




Trata-se de uma reação inflamatória dos tecidos da articulação protética.

Esta inflamação pode levar aos desgastes ósseos em torno da prótese.




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35 - O Que É Uma Tromboflebite (Trombose Venosa Profunda) ?

Normalmente, o sangue circula muito lentamente dentro das veias das pernas.

Ele circula melhor quando os músculos se contraem em torno das veias. Quando uma perna é imobilizada, existe uma diminuição da circulação do sangue dentro das veias: o sangue tem a tendência a se estagnar (estase) e a coagular mais rápido (coagulação). No entanto, após uma intervenção, existe uma inflamação na perna operada que favorece a coagulação do sangue.

Esta estase associada ao aumento da coagulação pode acarretar a formação de um coágulo sanguíneo dentro de uma veia profunda (trombose venosa profunda) durante ou logo após a intervenção. Este coágulo (trombo) pode se dissolver espontaneamente
(maioria dos casos).

Em certos casos, o coágulo pode aumentar, um fragmento pode se descolar e migrar dentro da circulação pulmonar provocando uma embolia pulmonar. O risco de trombose venosa é reduzido a 80% depois do tratamento anticoagulante (que fluidifica o sangue)
sistêmico.

Para diminuir este risco, outros meios são igualmente utilizados: levantar precoce, o uso de meia elástica (meias anti-varizes), suspensão dos tratamentos hormonais substituídos antes da intervenção e aprendizagem de exercícios para contrair os músculos das pernas e dos glúteos afim de facilitar o retorno venoso.

Mas, a freqüência da tromboflebite após uma prótese dos membros inferiores (quadril, joelho, e tornozelo) é importante apesar do tratamento preventivo sistemático (15% das tromboses venosas causam dores e edemas na panturrilha). Uma trombose venosa mal
curada pode levar a uma síndrome pós-flebite com edema persistente da perna.

É então necessário dizer ao seu médico toda anomalia que surgir ao longo da intervenção: dor ou inflamação da panturrilha, inflamação sobre o trajeto venoso, cansaço anormal, dor no peito, pontadas, febre, calafrios, para que ele possa tratar rapidamente.





Verifique as instruções que são dadas e faça os exercícios que são aconselhados após a intervenção.

Previna imediatamente seu médico se você sentir dores na panturrilha após a intervenção, ou se aparecer um edema, câimbras, um aumento do calor, formigamentos ou uma vermelhidão na perna.

Um exame de ecografia simples com Doppler venoso permite confirmar o diagnóstico de tromboflebite.


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36 - Existem Riscos De Intolerância, De Alergia Ou De Rejeição De Uma Prótese ?

No sentido estrito do termo, os fenômenos de “intolerância”, que correspondem a uma reação do corpo contra a prótese, não são observados. Para fabricar uma prótese, os materiais são escolhidos em função de vários parâmetros, onde o primeiro, o mais
importante, é a “bio-compatibilidade” que caracteriza a habitual tolerância do organismo frente ao material. O material pode, no entanto se alterar, e os eventuais produtos desta degradação, estragam o tecido ósseo no qual é fixada a prótese (caso de certas
alterações do titânio).

Não se trata propriamente dito de uma “alergia” ou de uma “rejeição”, mas este tipo de fenômeno pode causar uma falha na fixação das peças, necessitando de uma nova cirurgia para a troca da prótese.




Se sua prótese é dolorosa, mesmo se não tem explicação evidente para as dores, não se deve falar de “alergia” nem de “rejeição”.


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37 - Uma Prótese Pode Se "Quebrar" ?

Uma prótese pode “quebrar” como toda peça mecânica. Trata-se de uma ruptura por “fadiga” reproduzindo o fenômeno observado quando se torce varias vezes um clipe.

A ruptura mecânica pode também ser o termo de um desgaste progressivo, surgindo muito tempo após o implante da prótese. Esta complicação é excepcional para as próteses metálicas.

Uma ruptura da cabeça de certas próteses do quadril em cerâmica do tipo zircônio foi recentemente relatada. Esta complicação estava ligada a um problema de controle do processo de fabricação.

Em 2001, a agência francesa de segurança sanitária dos produtos de saúde, suspendeu provisoriamente e interditou em 2002 a colocação no mercado e a distribuição de certos lotes de cabeças de próteses do quadril, em cerâmica de zircônio TH. Estas próteses
julgadas defeituosas apresentam um risco de ruptura. Os outros tipos de próteses do quadril (cabeça metálica, cabeça em cerâmica, de alumínio ou em cerâmica de zircônio "não TH") não foram implicados. As peças em plástico das próteses dos dedos (implantes em
silicone) podem se quebrar, sempre sem que você perceba.

Se o implante vem a ficar dolorido, é necessário de substituí-lo.




Esta complicação é excepcional para as próteses metálicas.
A atuação da metalurgia, a qualidade do aço, das ligas de metais ou dos materiais de atrito utilizadas, tiveram um enorme progresso nos últimos trinta anos. Esta complicação não excepcional para os implantes do quadril dos anos 60 até hoje praticamente desapareceu, graças às melhoras técnicas de fabricação, a experiência clinica acumulada e à melhora do desenho das peças protéticas.



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38 - O Osso Que Sustenta A Prótese Pode Se "Quebrar" ?

Espontaneamente, quer dizer no caso de utilização normal da prótese, esta complicação é excepcionalmente observada. No entanto, uma queda pode levar a uma fratura do osso no
qual está implantada a prótese, ou a proximidade da prótese
(por exemplo, uma fratura de um osso da bacia para uma
prótese de quadril).

Quanto mais sólido o osso menor é o risco de fratura.




Trata-se de uma complicação rara, mais comum secundária a um traumatismo.


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39 - Porque É Necessário Fazer Uma Avalização Global Do Estado De Saúde Antes Da Intervenção ?

A artroplastia (intervenção para colocar uma prótese) é uma intervenção corrente. Corrente não significa sempre sem perigo, trata-se de um procedimento cirúrgico que, como toda intervenção, possui riscos de diferentes ordens, inclusive de morte.

O risco de morte é mínimo (0,5%), mas ele não é nulo. Ele aumenta com a idade e com a alteração do estado fisiológico ligado as doenças pré-existentes.

Para que esta operação se realize nas condições de segurança adequadas, é necessário efetuar uma avaliação do estado completo de saúde:

- uma avaliação geral, em particular cardiovascular, pulmonar e renal (por anestesista);

- uma avaliação infecciosa (para rastrear e tratar os focos micro-bacterianos susceptíveis de infectar posteriormente a prótese);

- uma avaliação muscular (para facilitar a reeducação);

- uma avaliação de doenças associadas, susceptíveis de se descompensar na ocasião da intervenção (mesmo uma dor nas costas).

Não deixe de fazer todas as perguntas ao seu cirurgião.




É necessário preparar a intervenção e fazer uma avaliação completa do estado geral com o objetivo de diminuir a maior parte
das complicações precoces ou tardias.
Esta preparação é muito importante para sua saúde.



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40 - Como Se Preparar Para A Intervenção ?



Fora à avaliação do estado de saúde, a preparação é física, psicológica e material:

- Avaliação da saúde:

Ele é iniciado pela equipe médica (cirurgião, anestesista, médicos, etc.). Esta preparação do futuro operado, é essencial e condiciona os resultados da operação. O conjunto da preparação vai durar várias semanas. Todos os exames pedidos pelo cirurgião e o
anestesista antes da intervenção permitem evitar e descobrir no último momento, ou de ver aparecer nos dias pós-cirúrgicos, uma afecção até então desconhecida. Tudo deverá ser observado: o coração, os vasos, os pulmões, o sangue (é necessário verificar a
ausência de anemia, de descompensação da coagulação, etc.), o bom funcionamento dos rins, do fígado, a ausência de doenças evolutivas ou transmissíveis...

Eventualmente, a ajuda de certos especialistas será necessária.

Enfim, é necessário tratar um eventual foco infeccioso e tratar antes da intervenção. É necessário às vezes emagrecer pois um sobrepeso complica a intervenção (mais risco infeccioso, de flebite, de sangramento, etc.), maiores as dificuldades para encontrar o
ponto de referência anatômicos afim de melhor posicionar a prótese e o incômodo para fazer a reeducação após a intervenção (sem falar do risco de desgaste precoce da prótese).



- Preparação psicológica:

É necessário se sentir “pronto”. É melhor escolher um período de vida “calmo” sem muitos problemas.

É necessário pensar, em termos de qualidade de vida, afim de melhor saber o benefício que a prótese pode trazer e igualmente o que se pode esperar.



- Preparação física:

Para a prótese do quadril, joelho, tornozelo, o ideal é de trabalhar os músculos do braço para melhor utilizar a polia (pequeno triângulo suspenso em cima da cama para se endireitar) nos primeiros dias. É melhor se familiarizar com as muletas inglesas antes da
operação para limitar a apreensão (cf. questão 62).



- Preparação material:

É necessário organizar sua hospitalização, sua ausência de casa, seu retorno em casa e sua reeducação... (cf. questões 41 e 42).

Nós aconselhamos de procurar certas ajudas técnicas muito úteis para o retorno ao domicilio (por exemplo adaptador de vaso sanitário, porta-objetos....).





Prepare sua hospitalização como se você fosse se preparar para uma grande viagem.

A consulta com o cirurgião não é sinônimo de intervenção imediata. Você poderá ficar impressionado com o prazo entre a primeira consulta com o cirurgião e a data da intervenção.

A preparação meticulosa da intervenção retarda esta data, mais diminui o risco de uma grande parte das complicações precoces
e tardias.


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41 - Quais São Os Papéis Necessários Para Levar No Dia Da Hospitalização ?


Para sua hospitalização, é necessário levar tudo o que foi prescrito ou pedido pelo cirurgião e o anestesista:

- seu tratamento medicamentoso pessoal e suas receitas;

- sua carta de autotransfusão (ou de grupo sanguíneo);

- todas as suas radiografias (mesmo as mais antigas) e seus resultados de exame de sangue e urina;

- um par de meias elásticas para a cirurgia do quadril, do joelho ou do tornozelo (a escolha do modelo da meia elástica é em função de cada setor de ortopedia, peça conselho ao seu anestesista);

- um par de muletas inglesas (pode ser mais barato comprar do que alugar) para a cirurgia de quadril, do joelho ou do tornozelo;

- os sapatos fechados, confortáveis, tipo basquete com velcros, sapatos antiderrapantes (para caminhar sem risco de queda após o implante de uma prótese do quadril, do joelho ou do tornozelo) e uma ajuda técnica.

A fim de melhorar seu conforto e de se sentir mais confiante: um estojo de toalete (sabonete, pasta de dente, escova de dente, desodorante, perfume, gilete, escova, pente); de absorventes, caso a intervenção possa desregular o ciclo menstrual. Algumas
pessoas gostam de levar seu travesseiro próprio.

Não se esqueça de levar os números de telefone da família e de seus amigos, de anotar os endereços, de um livro...

Não se esqueça dos óculos, de levar roupas confortáveis, fáceis de colocar e de retirar (moletom, pijama, camisola).






Deixem em casa os objetos de valor, jóias, seu telefone celular (proibido, pois interfere com certos aparelhos médicos).

Para não se esquecer de nada, faça uma lista de tudo o que é necessário levar.


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42 - Quais São As Precauções Práticas Para A Internação ?


No dia da internação, antes de chegar no hospital onde você vai ser operado (a), é necessário confirmar a sua admissão com os seguintes documentos:

- carteira de identidade;

- carteira do plano de saúde;

- encaminhamento médico.

É desaconselhável ir ao cabeleireiro antes da sua cirurgia, caso é necessário fazer, quase sempre um xampu anti-séptico especial desde a sua chegada no hospital.

É necessário retirar o esmalte das unhas e seus anéis (mesmo aliança) para anestesia.

Antes da sua chegada ao bloco operatório, você vai ser depilado (a): depilação com um creme depilatório ou com a gilete, da região operada (o mesmo para a prótese do quadril, a coxa, a panturrilha do lado operado assim como a virilha que é depilada); depois você
precisará somente de uma ducha com um produto anti-séptico especial para prevenir o risco de infecção).

Para a segurança de todos, é proibido fumar dentro dos quartos (se você é fumante, aproveite para parar de fumar: pense no adesivo com nicotina)

Os horários de visita são diferentes, previna sua família e seus amigos, a fim de evitar sua saída de casa para nada. É desaconselhável a visita de crianças com menos de 12 anos de idade na maioria dos hospitais, por medida de higiene, as plantas e as flores não são aceitas. Previna seus amigos.




Cada cirurgião, anestesista e cada estabelecimento tem suas rotinas, informe-se !


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43 - Poque É Necessário Ver O Anestesista Antes De Ser Operado: Consulta Pré-anestésica ?



A consulta pré-anestésica realizada antes da operação por um médico anestesista é uma obrigação relativa às condições técnicas de funcionamento dos estabelecimentos de saúde, no que concerne à prática da anestesia e modificando o código de saúde pública. Esta consulta, com o médico anestesista, começa alguns dias antes da intervenção. Ela tem três objetivos:

- preparar ao ato operatório, prescrevendo (ou às vezes suspendendo) os tratamentos que permitem abordar esta intervenção nas melhores condições possíveis e orientando realizar a avaliação de saúde necessária (cf. questão 40);

- informar as diferentes técnicas de anestesia, das possibilidades de um tratamento para a dor e a necessidade de ser ou não transfundido, quer dizer precisar de sangue, afim de que você possa dar com segurança, a sua autorização para a intervenção (cf. questão 45);

- permitir avaliar, no final da consulta, com o médico anestesista, o benefício da intervenção em função do risco ligado ao seu estado de saúde e de seus riscos do ato operatório (cf. questão 5).




No decorrer desta consulta, você poderá fazer todas as perguntas úteis para sua informação sobre a anestesia.


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44 - O Que É A Visita Pré-anestésica ?


A visita pré-anestésica é igualmente obrigatória (cf. questão 43): o médico anestesista passará para vê-lo nas horas que precedem o momento previsto para a intervenção, em geral na véspera da intervenção. O objetivo desta visita é de permitir acertar os últimos
problemas, logo antes da intervenção.

Em certos casos, o médico anestesista que você verá, nem sempre é aquele que você encontrou em consulta pré-anestésica. Não fique inquieto, o médico anestesista que você viu em consulta, tem toda a precaução de transmitir e de explicar todo seu dossiê ao
anestesista que se ocupará de você. Este anestesista irá interrogá-lo, verificar se algo de novo surgiu após a última consulta e verificar o resultado dos exames prescritos durante a consulta.

Enfim, ele vai definir com você a estratégia definitiva de saúde e observar antes e após a intervenção, e informá-lo do desenrolar do procedimento.


A escolha final da anestesia depende da decisão e da responsabilidade do médico anestesista que fará a anestesia.
A visita pré-anestésica (algumas horas antes da intervenção) permite ao médico anestesista definir a estratégia definitiva de tratamento e de observa-lo durante e após a intervenção.



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45 - Qual Anestesia Escolher ?



A anestesia é um conjunto de técnicas que permitem a realização de um ato cirúrgico fazendo desaparecer a dor. Existem dois tipos de anestesia: a anestesia geral e anestesia loco-regional.

O tipo de anestesia é em função do local da prótese, da duração da intervenção, da posição sobre a mesa cirúrgica e se você tem algum problema respiratório ou cardíaco.

Para a colocação de uma prótese, a anestesia geral é a mais comum de ser realizada.

- A anestesia geral: esta anestesia consiste a induzir o sono artificial graças aos hipnóticos, a abolir totalmente a dor pela injeção intravenosa de derivados da morfina, a relaxar totalmente os músculos pelos curares. Os produtos utilizados hoje são muito
ativos. Você estará totalmente inconsciente, o tipo de anestesia necessita de uma entubação (introdução de um tubo oco dentro na traquéia para permitir uma respiração artificial: você irá respirar misturas gasosas enriquecidas em oxigênio e você será assistido
por um ventilador artificial).

- A anestesia loco-regional, adormece a parte do corpo sobre a qual irá ser realizada a operação. Seu principio é de bloquear os nervos desta região injetando em sua proximidade um produto anestésico local. Ele permite que você fique consciente (nós podemos mesmo em certo caso escutar a música com um ipod). É desaconselhado às pessoas que têm medo de ficar acordadas durante a intervenção. Uma anestesia geral pode ser associada ou ser necessária em caso de insuficiência da anestesia loco-regional.
O produto anestésico pode ser injetado em contato com a medula espinhal:

• a anestesia peridural (epidural) consiste a injetar um anestésico local dentro do espaço peridural em contato com as raízes nervosas;

• a anestesia raquiana (anestesia espinhal) é uma técnica próxima, mais profunda que consiste em injetar diretamente o produto dentro do líquido cefalorraquidiano, em contato com a medula e com as raízes nervosas.

Nós podemos igualmente injetar o produto na proximidade dos nervos: os troncos nervosos periféricos. Estas técnicas de anestesia troncular ou pléxica (anestesia dos nervos da região) bloqueiam a sensibilidade do tronco, do nervo ou dos plexos nervosos e
permitem um tratamento eficaz e prolongado da dor.

Elas são sempre utilizadas isoladamente para a cirurgia do membro superior (próteses dos dedos).

Estas técnicas são sempre realizadas em associação com a anestesia geral, a fim de diminuir as dores pós-operatórias (próteses do joelho ou do tornozelo, por exemplo).




Tenha confiança no seu médico anestesista. Sua escolha da anestesia se fará em função das proposições do médico anestesista que conhece bem o tipo de intervenção, as vantagens e os inconvenientes de cada técnica.


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46 - Quais São Os Principais Incovenientes E Riscos Eventuais Da Anestesia ?



Todo ato médico, mesmo conduzido com competência dentro do respeito adquirido da ciência, comporta um risco. Atualmente o risco é o mesmo para a anestesia geral ou uma anestesia loco-regional (anestesia medular pela peridural e anestesia raquial).

Os riscos próprios da anestesia (alergia, toxicidade dos produtos, entubação difícil, etc.) são atualmente muito fracos. Os riscos ligados ao ato operatório nas pessoas idosas ou que sofrem de déficits cardio-respiratórios são muito mais importantes.

Veja os principais riscos (esta lista é somente um exemplo):

- Inconvenientes e riscos da anestesia geral

As náuseas e os vômitos ao acordar são vindos com menos freqüência com as novas técnicas e os novos medicamentos. Os acidentes ligados a vômitos dentro dos pulmões são muito raros se os conselhos em jejum são respeitados.

A introdução de um tubo dentro da traquéia ou dentro da garganta para assegurar a respiração durante a anestesia pode provocar dores na garganta ou uma ronquidão passageira.

Os traumatismos dentários são possíveis. É a razão pelo qual nós pedimos para observar todo aparelho ou fragilidade dentária particular.

Uma vermelhidão da veia nos quais os produtos foram injetados pode ser observada. Ela desaparece em alguns dias.

A posição prolongada sobre a mesa de operação pode acarretar compressões, notadamente de certos nervos, o que pode provocar um edema ou excepcionalmente a paralisia de um braço ou de uma perna. Na maior parte dos casos, as coisas entram em
ordem em alguns dias ou algumas semanas.

Déficits passageiros da memória podem aparecer nas horas após a anestesia. Complicações imprevisíveis comportam um risco de morte como a alergia grave, uma parada respiratória, uma asfixia; são extremamente raras. Para dar uma ordem de grandeza, uma
complicação séria aparece após centenas de milhares de anestesias.



- Inconvenientes e riscos da anestesia loco-regional

Em certos casos, uma repetição da punção pode ser necessária em caso de dificuldades, de anestesia insuficiente ou incompleta. Dores de cabeça podem aparecer. Elas desaparecem sempre com o repouso, com ingestão abundante de água, mas podem necessitar em certos casos, de tratamento local especifico.

Uma dificuldade transitória para urinar pode necessitar da introdução de uma sonda na bexiga. As dores no ponto de punção nas costas podem aparecer. As náuseas, prurido passageiro, vertigens, podem aparecer durante a utilização da morfina ou de seus
derivados. Raramente uma diminuição transitória visual ou auditiva pode ser observada.

Uma queda transitória da pressão arterial poderá aparecer.

Em função dos medicamentos associados, os déficits passageiros da memória ou uma baixa da concentração podem surgir nas horas seguintes a anestesia. As complicações mais graves como as convulsões, a parada cardíaca, a paralisia permanente ou a perda mais ou menos longa das sensações são extremamente raras.

Alguns casos foram descritos enquanto centenas de milhares de anestesias deste tipo são realizadas a cada ano.




As condições atuais da anestesia permitem encontrar e tratar rapidamente as anomalias eventuais: o número de mortes ligadas à anestesia reduz-se continuamente há 40 anos.
Estima-se 1 morte para 10 000 anestesias.

Atualmente na França, contam-se 190 mortes todos os finais de semana por acidente de carro, o risco de dirigir um carro é superior ao risco operatório.



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47 - Precisa-se Fazer Uma Transfusão ?

O sangue é um transportador de oxigênio indispensável e a tolerância da anemia (queda de hemoglobina) é diferente de uma pessoa para outra. A necessidade da transfusão é diferente em função do tipo de cirurgia, de seu desenrolar e de suas reservas.

A consulta anestésica permite aperfeiçoar estas reservas realizando uma estratégia transfusional. No entanto, a transfusão se faz atualmente segundo recomendações e regras muito estritas para evitar os riscos de alergia e de infecções bacterianas ou virais. É
na consulta anestésica que as modalidades da transfusão são fixadas, em função do seu estado de saúde e da intervenção prevista.

Em certos casos (próteses do quadril ou do joelho), é necessário prever a transfusão, pois este tipo de intervenção leva a uma perda de sangue mais ou menos importante. Como se trata de uma intervenção programada é possível prevenir, em alguns casos, por uma
autotransfusão (transfusão autóloga programada), quer dizer a possibilidade de se transfundir com seu próprio sangue que foi retirado antes da operação. Às vezes, é necessário prescrever sangue, a fim de favorecer a fabricação dos glóbulos vermelhos.

Quando a autotransfusão é contra indicada, em caso de perda de sangue importante, em caso de recusa (medo de retirar), você poderá receber sangue de doadores do banco de sangue (transfusão homóloga).

Este sangue provém de um sistema de abastecimento regular fundado na doação voluntária, anônima e gratuita. Ele é pouco suscetível de veicular uma hepatite ou HIV, pois as regras de abastecimento são atualmente rígidas. Este sangue é bem triado e verificado, mas o risco zero não existe.

As precauções obtidas hoje permitem ser excepcionais os acidentes ligados à transmissão das doenças infecciosas tais como as hepatites ou o HIV (risco viral), os acidentes ligados a uma contaminação bacteriana, mas não podemos excluir os riscos desconhecidos.

Não se deve recusar uma transfusão justificada, ela poderá evitar o risco de complicações graves. Os inconvenientes são raros e sem gravidade o mais comum (hematomas de punção, calafrios, febre).

Se o seu estado de saúde precisa de uma transfusão de sangue homóloga, guarde seu documento escrito mencionando a data da transfusão, o tipo e o número dos produtos recebidos, o local onde a transfusão foi realizada. Após três meses, faça os exames de
sangue de controle prescritos no receituário que foi dado na sua saída (sorologias da hepatite C e HIV).

Se você não precisar de uma transfusão e se você puder, seja um doador de sangue regular e voluntário; atualmente, os doadores de sangue são cada vez mais raros enquanto a cada dia milhões de pessoas precisam de transfusões sanguíneas.




O risco transfusional é 10.000 vezes inferior ao risco de acidente na estrada.
A procura de uma segurança transfusional máxima durante uma intervenção cirúrgica programada necessita da aplicação de uma verdadeira estratégia transfusional.

O médico anestesista conhece bem as vantagens e os inconvenientes da transfusão e irá propor a técnica mais apropriada ao seu caso.



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48 - O Que É Uma Transfuão Autóloga Programada (Autotransfusão) ?


A transfusão autóloga programada (autotransfusão) é a transfusão de produtos sanguíneos de uma pessoa para ela mesma.

- a autotransfusão pode-se fazer antes da operação:

É retirado o seu sangue várias semanas antes da intervenção a fim de transfundir no dia da cirurgia. A retirada pode-se fazer em 3 ou 4 vezes (transfusão autóloga programada seqüencial) ou de uma só vez (transfusão autóloga programada). O objetivo é prover um estoque do seu próprio sangue antes da intervenção a fim de poder transfundir eventualmente no dia da intervenção. Entre a data da retirada e a data da intervenção, seu organismo terá reconstituído em parte o sangue que foi retirado.

- a autotransfusão pode-se fazer durante a operação com a ajuda de uma máquina que recupera e trata o sangue perdido durante a intervenção antes da transfusão.

- enfim, a autotransfusão pode-se fazer após a intervenção (em sala de observação pós- anestésica) a partir do sangue que escoa nos drenos situados dentro da cicatriz operatória.




Cada técnica tem suas indicações, suas vantagens, seus inconvenientes e seus riscos.
Somente o médico anestesista decidirá a utilização de uma técnica ou de uma outra ou às vezes da associação destas diferentes técnicas segundo uma estratégia transfusional adaptada a cada um e o sangramento previsível de cada intervenção.

Se você precisar de uma autotransfusão, nós aconselhamos, entre a data da retirada e a cirurgia, de comer carne vermelha, alimentos enriquecidos em ferro.

O anestesista irá prescrever ferro em comprimidos.





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49 - É Necessário Parar De Tomar Certos Medicamentos Antes Da Intervenção ?

Antes da intervenção, é preferível parar certos medicamentos que atuam sobre a coagulação (antivitaminas K, aspirina, etc.), sobre o humor (antidepressivos, etc.), sobre a inflamação (certos antiinflamatórios.). Eles devem ser suspensos vários dias antes da
intervenção e eventualmente substituídos por outros medicamentos até a intervenção.

Não se deve suspender os medicamentos por conta própria sem o parecer do médico anestesista, do seu médico de confiança ou de um especialista (cardiologista, psiquiatra ou reumatologista).

Outros medicamentos serão suspensos e não substituídos para diminuir o risco de complicações após a intervenção, como os tratamentos hormonais substituídos (a fim de reduzir o risco de flebite) ou certos tratamentos de fundo da poliartrite reumatóide em razão do risco infeccioso (suspenso em média 15 dias antes e 15 dias após a intervenção).

Em geral, os outros medicamentos podem (ou devem) prosseguir até a hospitalização.




Antes da intervenção não pare de tomar os medicamentos por conta própria: peça conselho ao seu médico, em particular ao seu anestesista, pode ser perigoso suspender seus medicamentos sozinho.
Atenção: não tome por conta própria a aspirina (para uma gripe, uma dor de dente, uma dor de cabeça, etc) nos 10 dias que precedem uma intervenção (risco de sangramento).



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50 - A Intervenção Cirúrgica É Dolorosa ?


Toda intervenção cirúrgica é dolorosa e requer um tratamento preventivo e sistemático da dor.

Existem, no entanto, atualmente, várias técnicas de tratamento da dor durante e após a intervenção. Este tratamento luta contra a dor e é seguido durante a hospitalização e durante seu retorno ao domicilio. Estas técnicas são específicas e seguem recomendações, elas são sempre associadas umas às outras.

Nos dias operatórios sua dor é avaliada regularmente (quase sempre por réguas graduadas) a fim de adaptar o tratamento e de aliviá-lo da dor. Certas técnicas de anestesia loco-regional (anestesia troncular ou pléxica) podem ser propostas em
complemento aos tratamentos contra a dor a fim de a aliviar após a intervenção.




As técnicas de tratamento da dor são muito numerosas e específicas.

Fale de seus medos ao seu médico anestesista desde a consulta pré-anestésica, ele irá explicar os meios de aliviar a dor.
Durante a hospitalização, não deixe de dizer ao seu médico o momento em que a dor aparecer a fim de não deixar que a dor se instale e de permitir aliviá-la rapidamente.

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