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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Lesões corporais mais freqüentes em alunos de academia

Lesões corporais mais freqüentes em alunos da

academia de ginástica e musculação de Ituaçu, Bahia

Lesiones corporales más frecuentes en asistentes a un gimnasio de fitness y musculación en Ituaçu, Bahía


*Autor. Professor Especialista

da Rede Básica Municipal de Ensino de Ituaçu, Bahia

**Orientadores. Professores Doutores

da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

(Brasil)
Ramon Missias Moreira*

Eduardo Nagib Boery**

Rita Narriman Boery**

ramonefisica@hotmail.com






Resumo

A atividade física há muito tempo é considerada uma característica inerente ao homem, visto que esse nasceu para o movimentar-se. Atualmente existe uma busca constante pela melhoria do corpo, quer seja por aspectos puramente estéticos, ou por saúde, por reabilitação e por outros motivos pessoais. No entanto para a conquista desses objetivos, as pessoas tem procurado freqüentar mais a academia de musculação e ginástica, espaço esse visto como um dos lugares acessíveis e adequados para a realização de atividades físicas sistematizadas. Mas sabemos que as pessoas que praticam tais exercícios, também estão sujeitas ao aparecimento de lesões corporais. Onde o objetivo desse estudo de caso foi verificar quais as lesões corporais são mais frequentes em alunos da academia de musculação e ginástica de Ituaçu - Bahia. Utilizou-se um questionário semi estruturado e adaptado contendo questionamentos a cerca de dados sócio demográficos e de atividades realizadas, dentre outras perguntas importantes para se alcançar o objetivo proposto. Foram respondidos e analisados 58 questionários, de um total de 73 alunos inscritos e frequentadores da academia. Vinte e oito participantes do estudo eram do sexo masculino, correspondendo a 48%, e trinta (52%) participantes eram do sexo feminino, apresentando a idade média de 23 anos. Quase a metade dos alunos (43%) participantes afirmaram terem tido ou estar com uma lesão corporal, sendo que 84% destes (21) acreditavam que esta lesão estava intimamente relacionada aos exercícios realizados na academia. A coluna (58%) foi o segmento corporal mais citado, seguido do ombro (18%), o joelho (12%), o cotovelo (6%), o quadril (2%), o tórax (2%) e por fim a panturrilha (2%). A partir dos resultados encontrados, podemos elucidar que se fazem necessárias futuras pesquisas principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento de estratégias de prevenção das lesões.

Unitermos: Lesão. Academia. Exercício físico.



EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 151, Diciembre de 2010. http://www.efdeportes.com/


1 / 1


1. Novos hábitos, novas perspectivas: o homem em busca do “corpo perfeito”

Atualmente vivemos num contexto da vida moderna, onde o homem busca a cada dia uma nova maneira de promover o equilíbrio e a saúde através do exercício físico. Faz-se necessário que se faça uma breve diferenciação entre atividade física e exercício físico. A atividade física é uma característica inerente ao ser humano, uma vez que nascemos para o movimentar-se. A atividade física é todo movimento corporal que realizamos, em função da contração muscular e que resulta em gasto energético, diferentemente, segundo Matsudo e Matsudo (2000) o exercício físico é um tipo de atividade física mais estruturada, que envolve frequencia, intensidade, carga, duração, tendo um objetivo definido para essa prática.

Partindo do princípio de que é fundamental aprender o significado biológico, social e cultural da saúde, propõe-se este estudo de caso com a finalidade de verificar quais as lesões corporais são mais frequentes nos alunos da academia de musculação e ginástica do município de Ituaçu - Bahia.

Sabemos que nos últimos anos, houve um crescimento vertiginoso do número de praticantes de exercício físico no âmbito das academias de musculação e ginástica. É fato que são diversos os fatores que levam as pessoas a executarem essas atividades físicas em academias, dentre eles a busca pela promoção da saúde e a reabilitação, para sair do sedentarismo, por recomendações médicas, para prevenção de doenças, por lazer- desenvolvendo além dos aspectos físicos, o interesse social do lazer- e também pela insatisfação com o corpo- os aspectos estéticos tem sido bastante evidenciados, numa procura do corpo bonito, perfeito e ideal (OLIVA, 1998).

Essa busca constante por um corpo perfeito, hoje é o objetivo de muitos jovens e adultos (e adolescentes que cada vez mais cedo – em idade cronológica- aderem a programas de exercício físico para tentar alcançar esse objetivo). As academias, por sua vez, investem em propagandas e oferecem diversas modalidades para seus clientes a fim de atraí-los e influenciá-los a uma prática constante de atividade física, além do retorno financeiro que é o seu principal objetivo.

A mídia desenvolve um papel muito importante na sociedade, servindo como um aparelho ideológico de Estado e é ela também a responsável por influenciar as pessoas a uma busca incansável para a definição de um corpo perfeito. Onde ela determina diretamente os padrões dos “corpos”, servindo aos interesses de uma classe dominante, constituindo assim a construção de um falso ideário de “corpo perfeito”. É massificada a informação de que para se alcançar o “corpo perfeito” é necessário proporcionar uma maior qualidade de vida a esse “corpo” e sabemos que para se ter qualidade de vida é necessário muito mais além do que simples práticas de atividades físicas sistematizadas, primeiramente o acesso a uma boa educação, uma boa moradia, uma boa alimentação, bons momentos de lazer, saneamento básico, dentre outros fatores.

Podemos perceber que há décadas revistas infantis, filmes e desenhos animados de super-heróis, vêm impondo às crianças um padrão de estética masculina cada vez mais musculoso. Se compararmos os “corpos” dos super-heróis Batman e Super-homem nas séries de TV originais na década de 1950 (Figuras 1 e 3) com suas versões atuais (Figuras 2 e 4), vamos ver nitidamente a diferença.




Figura 1. Foto da internet
Figura 2. Foto da internet




Figura 3. Foto da internet
Figura 4. Foto da internet


E como sabemos, é a junção de diversos fatores que levam a uma melhoria qualidade de vida, na saúde e também na hipertrofia muscular. Como os fatores geralmente não são associados e levados em conta, perpassando a idéia de que “pratico atividade física, logo, tenho saúde” os jovens praticantes da musculação estão apelando para o uso contínuo de anabolizantes, nessa busca desenfreada pela conquista do “corpo perfeito”, tornando-se um grande problema de saúde pública.

2. O exercício físico e as lesões musculares

As pessoas devem sempre respeitar o equilíbrio na relação atividade física e saúde, de outra forma ao invés de alcançar os benefícios esperados pode-se acarretar prejuízos à saúde. É de grande importância que seja feita uma avaliação sistemática do aluno antes do início do desenvolvimento de qualquer atividade física sistematizada. Deve ser avaliado de modo permanente o nível funcional do condicionamento físico do indivíduo, além do atestado médico liberando a prática de determinada atividade.

Podemos perceber que os exercícios são realizados, geralmente, com uma grande intensidade, frequencia, duração e carga excessiva que poderão provocar lesões musculares, por excesso de atividade (CLEBIS, 2001).

As lesões musculares podem ser entendidas como qualquer alteração tecidual que resulte em dor ou desconforto e que promova um mal funcionamento do músculo morfológica ou histoquimicamente (FAULKNER apud CLEBIS, 2001). As lesões podem ser classificadas em agudas e crônicas. Onde as lesões agudas são frequentemente resultado de acidentes nas salas de musculação, técnicas de aquecimento inadequado ou de não ser muito cuidadoso. A crônica é a lesão aguda que não melhorou dentro de um período de tempo razoável (GRAVES & FRANKLIN, 2006).

O exagero na realização de exercícios físicos e a falta de acompanhamento adequado dentro das academias são também motivos do aparecimento de lesões musculares, tendinosas e ligamentares durante a prática dos exercícios.

As articulações, principalmente os joelhos, são as que mais sofrem com o peso excessivo e as séries de exercícios constantes e de impacto. Isso porque o joelho é a maior articulação do corpo e também a mais vulnerável, já que não é cercada por muitos músculos. Sua estrutura é complexa envolvendo um significante número de ligamentos (colaterais e cruzados), meniscos e tendões.

Uma outra causa de incidência de lesões seria a má postura na realização dos exercícios, um exemplo bem claro disso é o fato dos praticantes não se abaixarem de forma correta para pegar o peso. A coluna vertebral suporta diversos tipos de cargas e tensão, principalmente durante os exercícios físicos, em que há uma maior sobrecarga, devido a isso se faz necessário a posição correta da coluna durante a prática de exercícios, para que se diminua a possibilidade de lesões.

Deve-se levar em consideração a faixa etária e o fator de individualidade biológica para que a atividade seja dosada de acordo com a condição física de cada um. Portanto se faz necessário a orientação, atenção e cautela ao se realizar uma atividade física para que desta se aproveite o máximo, de forma a manter o bem estar físico e mental.

2.1. Lesões: a prevenção como fator primordial para evitá-las

A ginástica e o treinamento resistido assim como qualquer outra prática de atividade física sistematizada têm um papel importante no auxílio da manutenção e promoção da saúde. Segundo Graves e Franklin (2006) os mecanismos fisiológicos que ajudam na prevenção das lesões incluem força aumentada nos tendões, ligamentos, cartilagem articular, tecidos conectivos e junções tendão ao osso e ligamento ao osso.

Existe a falta de informações epidemiológicas a cerca das lesões associadas ao treinamento resistido e a ginástica, onde percebemos na literatura as mais diversas contradições e orientações nas estratégias adotadas para a prevenção das lesões, muitas vezes mais baseada no senso comum do que na ciência.

Muitas vezes, o aumento na carga ou o aumento abrupto no número de repetições são frequentemente citadas como causas das lesões. Onde a dor articular, inchaço ou perda de movimento são indicações frequentes de lesões iminentes e não deveriam ser ignoradas (GRAVES e FRANKLIN, 2006).

Ainda segundo Graves e Franklin (2006), as recomendações para prevenir lesões musculoesqueléticas são:

Aquecimento;

Boa técnica de execução;

Aferição dos desequilíbrios/condições preexistentes e lidar com elas;

Utilização do cinto lombar quando levantando cargas muito intensas;

Alternar os dias de trabalho das extremidades superiores e inferiores;

Utilização de calçados adequados quando fazendo os exercícios;

Orientação sobre a utilização dos equipamentos;

Sono e dieta adequados;

Se sofrer lesão agudamente, procurar por cuidados médicos antes que as condições causem lesões de compensação.

3. Materiais e procedimentos metodológicos

Trata-se de uma pesquisa que envolve um estudo de caso descritivo pela visibilidade de levantar dados acerca da realidade da saúde da população local, num contexto social específico.

3.1. Local e duração da pesquisa

O município de Ituaçu é uma cidade da Chapada Diamantina que está localizada na região Sudoeste da Bahia, distando 524 km de Salvador, capital do estado. Segundo a estimativa do IBGE (2004) a cidade possui aproximadamente 17.745 habitantes com uma área territorial total de 1.216,15 km2, apresentando uma densidade demográfica igual a 14,18 habitantes/km2, com predominância da população rural em relação a urbana (Wikipédia, 2010).

Ituaçu (Figura 5) é um dos municípios turísticos da Chapada Diamantina, e o acesso se dá pelas rodovias: BR-407, BR-324, BR-116, BA-142 e BA-262. Ituaçu está inserida na Micro-região de Brumado, sendo o principal centro comercial de café e ainda possui a Itaguarana, uma indústria de cimento ecologicamente correta e que desenvolve projetos ambientais na cidade contribuindo dessa forma para a o fortalecimento de políticas públicas em favor do Meio Ambiente e ainda para a melhoria da educação ambiental da população. Essa cidade, ainda limita-se com os municípios de Jussiape e Barra da Estiva ao norte, Brumado e Tanhaçu ao sul, Contendas do Sincorá e Tanhaçu ao leste e Rio de Contas e Brumado ao oeste (WIKIPÉDIA, 2010).

O município compõe uma paisagem caracterizada por acidentes geográficos de grande relevância, pois, o mesmo localiza-se na transição da Serra Geral e no Piemonte da Chapada Diamantina é banhado pelo Rio de Contas com 508 Km de extensão, que é sua principal fonte hidrográfica. O subsolo é rico em arenito, calcário, argilito, boitita e siltito seu relevo é caracterizado por encostas orientais da Chapada Diamantina, pediplano karsificado e pediplano sertanejo (CEPLAB, 1980 apud WIKIPEDIA, 2010), apresenta vegetação de caatinga arbórea densa com palmeiras e floresta estacional semidecidual (RANDAMBRASIL, 1981 apud WIKIPÉDIA, 2010).

Na área educacional, Ituaçu conta com 1 estabelecimento de ensino médio pertencente a rede estadual e com 83 unidades escolares de ensino fundamental mantidas pelo sistema municipal, das quais 80 funcionam na zona rural. Na rede privada identifica-se 1 instituição de ensino fundamental (INEP, 2000 apud WIKIPEDIA, 2010).



Figura 5. Vista da cidade de Ituaçu, BA

Este estudo de caso tomou como “lócus” à única academia de musculação da cidade de Ituaçu – Bahia, tendo a duração de três meses, compreendido entre os meses de Janeiro a Março de 2010, incluindo desde a elaboração do ante-projeto, do referencial teórico, construção do instrumento de coleta de dados, a coleta dos dados, análise e discussão dos dados, até a redação final.



3.2. Sujeitos da pesquisa

Considerando o caráter e os objetivos desta pesquisa, a população que foi estudada compreendeu 58 alunos, de ambos os sexos, que são frequentadores assíduos dessa academia de musculação, sem critérios de cor e faixa etária.

A escolha dos indivíduos pesquisados foi de forma aleatória, sendo os mesmos selecionados sem um critério pré-estabelecido. A academia possui um total de 73 alunos matriculados, porém 03 destes não aceitaram participar do estudo e os outros 12 alunos não foram encontrados nos horários - manhã, tarde e noite – e dias em que houve a coleta de dados.

3.3. Técnica e instrumento de coleta de dados

O método de pesquisa escolhido para este estudo foi a pesquisa quantitativa descritiva, exploratória. Este tipo de pesquisa tem como objetivo avaliar a natureza do problema que está sendo estudado e ainda coletar descrições detalhadas de variáveis existentes.

Para realização deste estudo utilizou-se como instrumento de coleta de dados, um questionário semi-estruturado criado pelas pesquisadoras CLEBIS e NATALI (2001), questionário este que sofreu leve adaptações. O questionário foi constituído por 10 questões, sendo questões objetivas e algumas para serem justificadas.

A coleta desses dados foi realizada durante as visitas “in loco” por meio de aplicação do instrumento aos alunos. As informações obtidas foram relativas aos aspectos sócio demográficos como idade e sexo e outras perguntas com o intuito de alcançar o objetivo desse estudo de caso.

Instrumento de coleta de dados

Questionário

DATA ......./......../.........

Dados sócio - demográficos:

Idade: ____

Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )

1. Há quanto tempo você freqüenta a academia?

______________________________________________________



2. Que tipo de atividade(s) você desenvolve na academia?

( ) Musculação

( ) Ginástica

( ) Musculação e ginástica

( ) Outra (s) ______________________



3. Quanto tempo é destinado à realização de sua(s) atividade(s), por dia?

( ) 30 minutos

( ) 60 minutos

( ) 90 minutos

( ) 120 minutos

( ) Mais de 120 minutos.



4. Qual a sua freqüencia semanal?

( ) 1 a 2 vezes

( ) 2 a 3 vezes

( ) 3 a 4 vezes

( ) 4 a 5 vezes

( ) 5 a 6 vezes



5. Você já teve alguma lesão corporal? (se você responder não a essa questão, responda apenas a nona questão).

( ) Não ( ) Sim



6. Em qual(is) local(is) do seu corpo ocorreu(ram) a(s) lesão(ões)?

( ) Coluna ( ) Quadril

( ) Ombro ( ) Joelho

( ) Cotovelo ( ) Tornozelo

( ) Punho ( ) Pés

( ) Mãos ( ) Outro(s)________________



7. Há quanto tempo ocorreu essa(s) lesão(ões)?

( ) Mais de 06 meses ( ) De 03 a 06 meses

( ) De 01 a 03 meses ( ) Lesão(ões) Atual(is).



8. Você acredita que sua(s) lesão(ões) está(ão) relacionada(s) à(s) atividade(s) que você desenvolve na academia?

( ) Não ( ) Sim



9. Você segue algum programa de treinamento (séries, carga, aparelhos e repetições) elaborado e proposto pelo instrutor de musculação da academia?

( ) Sim, sempre. ( ) Sim, às vezes.

( ) Não, porque eu sei malhar sozinho ( ) Não, _____________________________________________________________



10. Qual a sua atitude após a lesão?

( ) Continuou a fazer as atividades, pois essa dor logo iria passar.

( ) Deixou de fazer apenas algumas atividades.

( ) Deixou de fazer todos os exercícios.


A análise dos dados se deu por meio de cálculos de porcentagem simples, baseados nos princípios básicos existentes na estatística.

3.4. Aspectos éticos

O estudo respeitou todas as fases para a realização de pesquisa com seres humanos, onde os aspectos éticos foram contemplados após esclarecimentos sobre o objetivo do estudo e sua metodologia, respeitando o que preconiza a resolução nº 196 de 10 de Outubro de 1996, relativa às normas éticas em seres humanos.

O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foi o elemento essencial para que os sujeitos da pesquisa estivessem cientes do teor da pesquisa e suas etapas de desenvolvimento, e assim declararam a aceitação em participar voluntariamente do estudo.



3.5. Análise dos dados

São matriculados na academia um total de 73 alunos, destes 58 (80%) participaram do estudo. Podemos perceber ainda, que quase metade (43%) dos alunos praticantes de exercícios físicos na Academia de musculação e ginástica de Ituaçu afirmaram ter tido ou tem uma lesão corporal.

Vinte e oito participantes do estudo eram do sexo masculino, correspondendo a 48%, e trinta (52%) participantes eram do sexo feminino, o que ainda mostra que aqui nessa cidade a mulher tem um cuidado maior com o corpo. Foram encontrados alunos de todas as idades, variando de 16 a 52 anos, onde a média da idade foi de 23 anos.

Quanto ao tempo em que as pessoas freqüentam a academia, variou de três dias a dez anos. Trinta e três (56%) alunos praticam somente a musculação, 23 (40%) participantes afirmaram praticar musculação e ginástica e apenas dois (4%) relataram fazer apenas ginástica. Nesse ponto pudemos observar que houve uma associação entre a variável sexo e atividade praticada, onde 23 (83%) homens citaram a musculação como tipo de exercício mais praticado.

Na terceira questão, perguntava-se quanto tempo era destinado a realização das atividades por dia na academia, onde 22 participantes (38%) afirmaram gastar uma hora para realização de tais atividades, outros 35% afirmaram gastar em torno de uma hora e meia no treinamento. Logo em seguida, 45 (78%) participantes afirmaram frequentar a academia de 4 a 5 vezes na semana.

Quase metade dos alunos questionados, 25 (43%), relataram que já tiveram alguma lesão corporal, outros 33 (57%) participantes afirmaram nunca terem tido lesão. É importante ressaltar que os participantes que responderam não a essa 5ª questão, continuariam respondendo o questionário na nona questão. Em relação a localização da lesão corporal, seis (24%) participantes afirmaram tê-la em mais de um segmento corporal. Os segmentos mais acometidos foram: a coluna (58%), o ombro (18%), o joelho (12%), o cotovelo (6%), o quadril (2%), o tórax (2%) e por fim a panturrilha (2%). O seguimento corporal lesionado mais frequentemente citado pelos homens foi o ombro, não foram percebidas outras associações. A seguir, está apresentada na Figura 5 as lesões por segmento corporal.

Mazur et al. (1993) apud Rolla et al. (2004) comparando alguns estudos, perceberam a maior incidência de lesões na coluna em relação aos outros segmentos corporais entre praticantes de musculação. Ainda sobre as lesões corporais, Rolla et al. (2004) em seu estudo percebeu que o segmento corporal mais frequentemente citado foi o joelho (41%), seguido do ombro (30%) e coluna (20%). Sabemos que são várias as possibilidades das possíveis causas dessas lesões.



Figura 6. Incidência das lesões corporais entre os praticantes da Academia de Musculação e Ginástica do município de Ituaçu – Bahia

Na sétima questão, o participante foi questionado sobre há quanto tempo ocorreu essa lesão ou lesões, onde 7 (28 %) participantes afirmaram ser atual, 6 (24%) disseram de 03 a 06 meses, 6 (24%) alunos responderam de 01 a 03 meses e 6 (24%) participantes afirmaram que a lesão ou lesões ocorreram há mais de 06 meses. Pouca diferença é observada em relação ao período em que aconteceu a lesão corporal.

Dos 25 (100%) alunos que relataram a percepção da lesão em algum segmento corporal, 84% destes (21) acreditavam que esta lesão estava intimamente relacionada aos exercícios realizados na academia.

Na nona questão perguntamos se é seguido algum programa de treinamento, elaborado e proposto pelo instrutor, com número de séries, carga, aparelhos e repetições a serem executadas, onde 20 (35%) alunos afirmaram seguir sempre, 18 (32%) participantes afirmaram seguir as vezes, 11 (19%) participantes disseram não seguir por saberem malhar sozinhos e outros 9 (16%) alunos responderam que não seguem justificando não existir um programa de treinamento pré-estabelecido. Existem alguns estudos, como o de Brady et al. (1982) que apontam para a falta de orientação e supervisão na realização de exercícios como possível causa de lesão na prática da musculação.

Aqui também houve uma associação entre o sexo do participante e o não seguimento do programa, onde tanto os 10 homens (50%) quanto as 10 mulheres (50%) que responderam não seguir, não aderem aos programas de exercícios prescritos. Mas nesse estudo de caso não foi evidenciada a diferença entre não seguir o programa de treinamento e a ocorrência de lesão ou lesões corporais.

Quando na última questão, questionamos em relação a atitude e os procedimentos realizados após a lesão verificamos que 14 (56%) participantes, mais da metade, continuaram a fazer os exercícios, acreditando que logo a dor iria passar; 9 (36%) alunos deixaram de fazer apenas algumas atividades e apenas 2 (8%) afirmaram ter deixado de fazer todos os exercícios.

4. Considerações finais

Podemos então verificar que uma boa parte dos alunos, em torno de 43%, que frequentam a única academia de ginástica e musculação de Ituaçu – Bahia acreditam que essas lesões estão diretamente relacionadas as atividades desenvolvidas na academia.

São várias as formas de treinamentos físicos desenvolvidos para fortalecer a musculatura, aumentar a amplitude articular e melhorar o sistema cardiovascular, porém o princípio de sobrecarga progressiva são os mais comuns nas academias, tanto na esteira, quanto na bicicleta ergométrica e, sobretudo, no treinamento com peso, pois este é tido como o mais eficiente para ganho de massa muscular (CLEBIS e NATALI, 2001).

Relatos de casos de lesões provocadas pelo treinamento resistido são úteis na identificação dos riscos/perigos potenciais, mas não proporcionam valores definitivos para o risco ou permitem comparações a serem feitas (GRAVES e FRANKLIN, 2006).

No entanto, segundo Rolla et al. (2004) torna-se relevante, alertar a população e os profissionais da área desportiva sobre a importância de se praticar atividade física sistematizada com segurança a fim de alcançar um nível de treinamento satisfatório e com qualidade. E sabemos que fatores como: a carga adequada, número correto de repetições e séries, frequência, duração e intensidade são essenciais para que se alcance os resultados desejados, além de um profissional qualificado para fazer a avaliação física, prescrever os exercícios e dar as orientações necessárias. Os alunos também precisam participar ativamente desse processo de ensino-aprendizagem da ginástica/musculação, uma vez que eles precisam estar informados e conscientes sobre os riscos e perigos existentes no treinamento.

Deste modo, este estudo continuará sendo conduzido, a fim de incentivar a realização de novas pesquisas nesta área, uma vez que, como já foi elucidado se têm pouco conhecimento sobre o assunto no Brasil, ressaltando que este foi um estudo de caso, analisando a realidade dessa comunidade em um determinado contexto social.

Referências bibliográficas

CLEBIS, N. K. e NATALI, M. R. M. Lesões musculares provocadas por exercícios excêntricos. Revista Brasileira Ciência e Movimento, Brasília, v. 9, nº 4, p. 47-53, Outubro de 2001.

GRAVES, James E. e FRANKLIN, Barry A. Treinamento Resistido na Saúde e na Reabilitação. 2006. Ed. Revinter. Tradução de Maurício de Arruda Campos.

KNOPLICH, José. Endireite as costas: desvios da coluna, exercícios e prevenção. São Paulo: IBRASA, 1989.

MATSUDO e MATSUDO. Prescrição e benefícios de atividade física na 3ª idade. Revista Brasileira Ciência e Movimento, Brasília, Outubro de 2000.

OLIVA, O. J.; BANKOFF, A. D. P. e ZAMAI, C. A. Possíveis lesões musculares e ou articulares causadas por sobrecarga na prática da musculação. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v. 3, nº 3, p. 15-23, 1998.

ROLLA, A. F. L.; ZIBAOUI, N.; SAMPAIO, R. F. e VIANA, S. O. Análise da percepção de lesões em academias de ginástica de Belo Horizonte: um estudo exploratório. Revista Brasileira Ciência e Movimento, Brasília, v. 12, nº 2, p. 7-12, Junho de 2004.

WEAVER, N. L.; MARSHALL, S. W. e MILLER, M. D. Preventing Sports Injuries: opportunities for intervention in youth athletics. Patient education and counseling. Edição 46, p. 199-204, 2002.

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