Traumatismos de arremesso
Por Lars Peterson e Per Renström Os traumatismos de arremesso são de crescente importância em ambos os esportes amador e profissional e afeta adultos e crianças igualmente.
Os esportes que estão sujeitos aos traumatismos de arremesso incluem o basebol, futebol americano, futebol, ténis e outros esportes com raquete, arremesso de dardo, handebol e esportes com outros movimentos acima da cabeça, como a natação e o vôlei. O mecanismo do arremesso pode ser dividido em três estágios: estágio de preparação ou colocação estágio de aceleração e estágio após o arremesso. Os traumatismos de arremesso mais frequentemente afetam o ombro e o cotovelo. Durante a preparação, o ombro é hiperestendido externamente, com rotação e abdução, e o cotovelo é flexionado num ângulo de 45°. Nesse estágio, as estruturas anteriores do ombro estão sob tensão e estão portanto sob esforço. As lesões podem então ocorrer, mais frequentemente nas estruturas capsulares anteriores e no tendão longo do bíceps. Os músculos flexores e extensores ao redor do cotovelo estão contraídos e propensos aos traumas de uso excessivo (overusé). Estágio de aceleração ou movimento para frente Estágio após o lançamento Este segundo estágio compreende do movimento final da preparação ao lançamento da bola e consiste em 2 fases distintas: Na primeira fase, o ombro e cotovelo são trazidos para a frente, deixando o antebraço e a mão para trás. Isso cria uma carga do tipo valgo sobre o cotovelo, causando distensão na posição medial do cotovelo e compressão na posição lateral. A lesão pode acontecer. Na segunda fase, o ombro é rapidamente rodado para dentro com uma ação rápida, quando o antebraço e a mão são jogados para a frente. Em adultos, esse movimento pode causar lesão dos músculos rotatórios internos (latissimus dorsal e peitoral maior). As lesões de rotação, representadas por fraturas espontâneas, usualmente em espirais, da borda do úmero, poderão ocorrer. Em crianças e adolescentes, a segunda fase pode causar lesões na epífise proximal do úmero no ombro. Pode ocorrer alargamento e absorção da epífise do úmero proximal, resultando numa fratura de esforço por rotação interna súbita e/ou possivelmente um episódio de isquemia. O estágio final inicia-se com o lançamento da bola e é caracterizado por rotação e pronação do antebraço. Isso pode imprimir força rotatória e intermitente no lado lateral do cotovelo e compressão no cotovelo posterior. Traumas do tecido mole ao redor do ombro são mais frequentes em adultos e afeiam os músculos, ligamentos e estruturas capsulares. As lesões mais comuns incluem: tendinite bicipital, subluxação da cabeça longa do bíceps, tendinite crónica, bursite acromial e lesões da cavidade rotatória causadas por queda (veja o texto original). Lesões de cotovelo em crianças Alguns problemas ósseos singulares do cotovelo são vistos em crianças e adolescentes. A patologia desses problemas corresponde a cada estágio do desenvolvimento do cotovelo, isto é, antes do aparecimento de todos os centros secundários de ossificação nas crianças, antes da fusão dos centros de ossificação nos adolescentes e antes da finalização do crescimento ósseo em adultos jovens. A maioria das lesões é causada por excesso de uso, resultado do aumento na frequência, rapidez e duração do arremesso. As lesões do cotovelo podem ser divididas em três áreas distintas: Lesões mediais O lado medial do cotovelo é sujeito a forças de distensão que podem causar lesão ao epicôndilo medial e aos tecidos moles mediais, inclusive às estruturas capsulares e ao nervo uinar. Em crianças, o distúrbio da ossificação do epicôndilo medial pode ocorrer pelo alargamento do epicôndilo ou por mudanças osteocondríticas. Em adolescentes, fraturas de avulsão do epicôndilo medial podem ocorrer. O epicôndilo pode ocasionalmente deslocar-se na articulação, causando alteração mecânica. Após fusão do epicôndilo medial, as lesões musculares são mais frequentes e podem causar o desenvolvimento de osteófitos. Lesões laterais No lado lateral do cotovelo, distúrbios ósseos por compressão repetitiva e forças de cisalhamento podem ocorrer durante a infância, em ambas as cabeças do rádio e do capitellum. Lesões no lado lateral podem afetar a epífise inteira, com alargamentos e fragmentação por toda a sua extensão. Durante a adolescência, a periferia do centro de ossificação é mais afetada por necrose subcondral e fraturas de avulsão que lesam a cartilagem articular e formam corpos estranhos. O capitellum e algumas vezes a cabeça do rádio são afetados por traumas. As lesões na parte lateral do cotovelo frequentemente resultam em sequelas permanentes. Lesões posteriores Em crianças, as fraturas por esforço e a não-fusão da epífise olecraniana podem ocorrer, assim como uma formação óssea ectópica ao redor da ponta olecraniana e a formação tardia de corpo estranho ósseo. Lesões de cotovelo em adultos As lesões de cotovelo podem similarmente ocorrer nas áreas medial, lateral e posterior. Lesões mediais As lesões mediais incluem a epicondilite medial, a lesão do flexor comum (miosite ou ruptura aguda), compressão do pronador hipertrofiado pela faseia envolvente, o alongamento crónico e/ou ruptura do ligamento colateral medial, com ou sem posterior formação de esporão e desenvolvimento de osteófitos de tração medialmente. A neuropatia uinar também é frequente. Lesões laterais As lesões laterais envolvem a formação de corpos estranhos e a artrite hipertrófica pós-traumática. Como essa área é mais sujeita à compressão do que à tração, as lesões dos tecidos moles são menos comuns. Lesões posteriores Corpos estranhos podem novamente resultar de lesões de tração, como extensão do tríceps ou compressão da ponta do osso olecra-niano na fossa olecraniana. As lesões posteriores do cotovelo ocorrem com súbita extensão e hiperextensão do cotovelo. Os "cestinhas" mais antigos podem desenvolver deformidades de flexão que limitam a extensão completa. Nesses casos, uma lesão que se supunha causada por compressão do osso olecraniano na fossa olecraniana poderia ao invés ter sido causada por uma lesão de avulsão. Em resumo, as várias lesões de arremesso podem ser relacionadas aos vários estágios do mecanismo de arremesso. A compreensão desse mecanismo assim como dos estágios de maturação óssea no atleta jovem são importantes no diagnóstico e tratamento das lesões por arremesso. fonte:http://www.fisioterapiasalgado.com.br/visualiza.asp?id=223
Dr.Lucas Nogueira Mendes Ft. Dip Chiro. Fisioterapeuta Quiropraxista pela Anafiq/Coffito. Especialista em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva.
- Dr. Lucas Nogueira Mendes FT,Dip.Quiro
- Araraquara, São Paulo, Brazil
- Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592
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