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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Postura x ATM

Postura x ATM
O crânio e a mandíbula possuem conexões musculares e nervosas com a região cervical.


Por esta razão, Okeson (1988) afirma que o funcionamento da cabeça, pescoço e maxilares se dá de forma combinada, estando o posicionamento da coluna cervical diretamente relacionado com o posicionamento do côndilo da mandíbula dentro da cavidade glenóide. Esta afirmação é compatível com outros autores como Moyers (1988) e Felício (1994).

Antes de prosseguirmos esta discussão, faremos uma revisão das principais conexões nervosas envolvendo as regiões cervical e mandibular, segundo Wijer/1997: · os nervos aferentes C1, C2 e C3 convergem para o núcleo espinhal do quinto par; · os estímulos sensoriais conduzidos pelos nervos cervicais superiores convergem para os dermatomas trigeminais; · os estímulos que tem origem na pele inervada pelos nervos cranianos V, VII e X e pelos nervos cervicais C2 e C3 convergem para o sub-núcleo espinhal do trato trigeminal descendente. Assim, não é difícil compreender que uma dor originalmente cervical possa ser referida na face, ou ao contrário, uma disfunção da articulação temporomandibular (DTM) possa acarretar secundariamente distúrbios cervicais.

São diversas as causas apontadas como responsáveis pelas DTM, mas a relação de causaefeito com a postura pode ser encontrada em diversos autores. Segundo Moyers (1988), entre os fatores etiológicos das DTM estão as neuropatias, os distúrbios neuromusculares e as sequelas de tratamentos, como o proposto para a escoliose, onde há imobilização prolongada da coluna.

Para Okeson (1988), uma das possíveis causas das DTM são os microtraumas, que tem origem em cargas adversas atuantes no sistema mastigatório através da falta de equilíbrio postural. O autor sugere que uma postura de cabeça protrusa ou inclinada (posição de escorar o telefone)pode criar esforços musculares e articulares. Segundo Wijer (1997), a DTM é resultante de uma combinação de fatores oclusais, anatômicos, psicológicos e neuromusculares.

Apoiado em pesquisas que apontam a incidência de 70% de pacientes com má oclusão e postura protusa de cabeça, Cailliet (1997) conclui que se há um componente postural na oclusão, este também atua nas doenças que envolvem ATM e dor facial. A partir desta premissa afirma, como outros autores(Rocabado /1983, Moyers/1988, Okeson/1988), que a avaliação da coluna cervical é sempre necessária nas queixas de dor facial. Parece estar claro que, se é verdade que alterações posturais causam alterações da ATM, o inverso também pode ocorrer.

Recentemente, Wijer pesquisou detalhadamente as interrelações entre ATM e disfunções da região cervical ( DRC). O trabalho foi publicado no Brasil em 1997 e traz uma ampla revisão bibliográfica sobre o assunto, da qual destacamos alguns pontos: - indivíduos com DTM se queixam de dor no pescoço com maior frequência que grupos controles; - indivíduos com DRC podem apresentar sinais e sintomas de DTM; - uma região cervical disfuncional pode ser fonte de dor na região da cabeça; - a posição anterior da cabeça e ombros arredondados tem sido relacionados com o aparecimento e/ou manutenção das DTM, mas ainda não há consenso na literatura sobre o papel exato da postura nessas desordens; - aparelhos interocluais podem afetar a posição da cabeça. Como resultados práticos de suas pesquisas, Wijer sugere que para o diagnóstico diferencial entre DTM e DRC é útil o emprego de questionário a ser respondido previamente pelo paciente. Observa, também, que indivíduos com DRC não apresentam mais queixas ou sinais de DTM se comparados à população adulta holandesa. Isto implica na afirmação de que DRC não causa por si só alterações da articulação temporomandibular, contrariando outros estudos, como por exemplo, o de Rocabado (1983).

Por outro lado, pacientes com DTM apresentam sobreposição significante de sinais e sintomas de DRC, em concordância com os demais autores pesquisados. O uso da fisioterapia como coadjuvante no tratamento das DTM é reconhecido na literatura. A tração cervical é utilizada por fisioterapeutas para diminuir a lordose e alongar os tecidos moles do pescoço. No entanto, autores como Danzig e Van Dyke(1983) e Cailliet (1997) recomendam que esta técnica seja administrada com cuidado para não pressionar a ATM, e sugerem que em casos de dor crônica o uso da estimulação nervosa transcutânea (TENS) é valiosa . Estes autores propõem, ainda, que além da fisioterapia localizada, o paciente deva ser instruído a aumentar sua atividade física como um todo, a fim de obter aumento da atividade cardiovascular, com melhor irrigação sanguínea dos tecidos, o que traria benefícios na redução dos sintomas de dor muscular.

Exercícios para melhorar a postura e diminuir a anteriorização de cabeça são propostos por Cailliet (1997) em programa que inclui exercícios ativos e passivos para propiciar maior flexibilidade, força e resistência aos músculos do pescoço. O autor prescreve também exercícios para o treino proprioceptivo da postura ereta, como a colocação de um objeto pesado sobre a cabeça. Observa, no entanto, que estes exercícios só tem valor se associados ao envolvimento da postura adequada nas atividades da vida diária e nas atividades ocupacionais.

Em atuação junto à área odontológica, Rocabado (1983) propõe que a terapia com pacientes portadores de alterações oclusais deva reestabelecer a mobilidade da coluna, alongando e fortalecendo seletivamente a musculatura corporal e ensinando ao paciente os mecanismos de seu próprio corpo. O terapeuta deve ajudar o paciente a abandonar hábitos orais ou respiratórios inadequados e deve trabalhar com a coordenação e fortalecimento dos músculos mastigatórios e de língua. Para o mesmo, assim como para Danzig e Van Dyke (1983), sem a atuação conjunta da fisioterapia os resultados obtidos pela odontologia nesta área são apenas parciais. Assim, é evidente que o tratamento das DTM requer sempre uma equipe multidisciplinar, com odontologistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e em alguns casos psicólogos.



escrito por:REGINA CÉLI GATTO GOMES

fonte:http://www.cefac.br/library/teses/25d89a353af0e167b5f6982e1ac21e8c.pdf



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