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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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terça-feira, 23 de agosto de 2011

A interferência dos adultos na formação esportiva de crianças:

A interferência dos adultos na formação esportiva de crianças:


O esporte desenvolve-se sob um contexto de relações existentes entre as famílias, as escolas e os clubes esportivos. Neste contexto, o esporte não implica somente no conhecimento técnico do jogo em si, mas também no conhecimento do comportamento de todos aqueles que estão envolvidos com a prática esportiva, analisando desde jogadores até professores e familiares de alunos.
Perante esta situação, destacaremos aqui a maneira pela qual os adultos interferem diretamente na vida esportiva dos filhos e dos alunos. Quem define o processo de formação e desenvolvimento esportivo de uma criança é quem está numa posição de liderança adulta, e a maneira pela qual a relação de controle exercida entre estas lideranças para com as crianças e adolescentes pode facilitar e/ou restringir a participação infantil desde muito cedo no esporte. Um exemplo de liderança adulta que poderia prejudicar o desenvolvimento da criança em sua iniciação esportiva seria aquela chamada de "liderança viciada em esportes de competição", a qual valoriza somente a obtenção de grandes resultados em esportes competitivos, o que poderia frustrar uma criança que inicia sua vida esportiva sem obter estes resultados exigidos por tal liderança. Uma outra crítica feita é em relação a atitude de muitas famílias que, visando ter no futuro um melhor suporte financeiro, colocam precocemente seus filhos em escolinhas esportivas para que assim estes possam obter o "talento" de aprender a jogar e se tornar grandes atletas reconhecidos até mesmo em diversos meios de comunicação.

(...) "ninguém duvida de que ter um filho aluno/atleta conquistando vitórias, ganhando dinheiro e rodeado pela comunicação de massa não seja o desejo de qualquer parental, professor ou técnico esportivo" (...) (Simões, 2002, p.55)


Como a citação indica, percebemos que o desejo é do parente, do professor e do técnico esportivo. Más será que é o desejo da criança? acreditamos que não, já que não conseguimos ver como uma criança ou adolescente possa ter em sua mente o desejo de ser reconhecido e até mesmo ser superior aos outros colegas, ao contrário do que percebemos em muitos adultos, que chegam ao ponto de exibir seus filhos como verdadeiros "troféus" de sua suposta superioridade em relação aos demais componentes da sociedade que compõe. Ainda neste contexto, podemos observar que as competições infantis esportivas são feitas hoje em dia para que crianças e adolescentes pratiquem o "esporte espetáculo" para atender os interesses adultos. Um bom exemplo disto são aqueles jogos denominados de "fraldinha" ou qualquer competição entre escolas, onde as competições acabam muito mais por valorizar as escolas campeãs e seus dirigentes do que propriament os alunos que conquistaram as vitórias.
Podemos ainda realizar uma análise a respeito do comportamento humano quando relacionado a prática do esporte. Nesta linha de pensamento, devemos nos conscientizar que os preceitos morais e éticos sempre devem pertencer aos familiares, educadores e técnicos esportivos. Infelizmente estes preceitos não são respeitados e em decorrência disto algumas consequências de alterações de comportamento são observadas, tais como: 1) atitudes agressivas e violentas dentro e fora das competições, resultando de uma má formação dos indivíduos no seio familiar e uma conduta imprópria de professores e técnicos esportivos que dão estímulos, muitas vezes inconscientemente, à violência; e 2) dificuldades de socialização com as demais crianças, resultando de uma frustração por não ter o "talento esportivo" necessário para integrar a equipe e que por isso sofre exclusão pelo professor e muitas vezes pelos demais colegas. Um bom exemplo é o do "gordinho" que sempre é o último a ser escolhido e o primeiro a ser colocado como goleiro. Estas duas colocações nos levam a uma conclusão já bastante discutida no meio da educação física de que o esporte de competição infantil há muito deixou de ser esporte educação para se tornar sinônimo de esporte de rendimento.
Após tudo que foi dito podemos concluir que a realidade do esporte infantil atual consiste em um enquadramento das crianças no mundo esportivo cujo objetivo é fazer com que as mesmas se ajustem às expectativas das famílias, das escolas, dos clubes e da sociedade em que convivem, ou seja, as crianças e os adolescentes estão diante de um cerco montado pelos adultos em relação ao acesso aos esportes e como estes devem ser praticados. Assim sendo, propõe-se que as atitudes de familiares, professores e técnicos esportivos devam ser repensadas no sentido de dar maior liberdade para a criança, por exemplo, realizar o esporte que deseja e não o esporte que os pais querem; para que as crianças vejam na imagem das lideranças adultas uma fonte de incentivos e não de pressões demasiadas para a obtenção de resultados; que os familiares sejam capazes de reconhecer suas limitações em relação ao conhecimento que possuem do esporte e também as limitações das capacidades atléticas de seus filhos, para que assim não exijam dos mesmos o que eles não podem lhe dar; finalmente, se possível, mudanças que façam com que a criança adquira uma consciência participativa no mundo esportivo que vivenciam, influenciando o processo de tomadas de decisões estabelecidas pelas lideranças adultas.


Autor: Allan José Silva da Costa
2003





Fonte bibliográfica:
SIMÕES, Antonio Carlos. A psicossociologia do vínculo esporte-adultos-crianças e adolescentes: análise das influências in: ROSE JR, Dante de (org) ESPORTE E ATIVIDADE FÍSICA NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA Uma abordagem

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