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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Estudo da Incidência de alterações na Postura Cervical em Pacientes com Disfunção Temporomandibular

Estudo da Incidência de alterações na Postura Cervical em Pacientes...
Estudo da Incidência de alterações na Postura Cervical em Pacientes com Disfunção Temporomandibular


DEFINIÇÃO

Define-se por disfunção craniomandibular (DCM) ou disfunção temporomandibular (DTM) o conjunto de sinais e sintomas que acometem a articulação temporomandibular e estruturas adjacentes (FEHRENBACH & HERRING, 1998; FRANCESQUINI et al, 1998). As modificações posturais decorrentes de atividades por períodos de tempo prolongados, podem levar os indivíduos a determinadas alterações posturais que se originam ou estão relacionadas com o mau funcionamento de algumas estruturas do organismo tais como, retificação da coluna cervical, protrusão da cabeça, assimetria de ombros e encurtamentos musculares. Estas alterações podem ser decorrentes de disfunções na ATM (MONGINI, 1998; LEHMKUL & SMITH, 1997). A articulação temporomandibular (ATM), a coluna cervical e a articulação entre os dentes estão intimamente relacionadas, então, uma anormalidade funcional ou a posição de uma delas podem afetar a função ou a posição das outras. Devido a isso, seu tratamento deve envolver o conhecimento e a participação de uma equipe multidisciplinar (GOULD III, 1993 e FRANCESCHINI et al, 1998).

OBJETIVO

Este trabalho tem por objetivo verificar a incidência de alterações na postura cervical e na cabeça em 21 pacientes com disfunção temporomandibular através da uma análise postura.

MATERIAIS E MÉTODOS

Amostra A população foi composta de 21 pacientes da Clínica de Oclusão do Curso de Odontologia na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI no período de agosto a novembro de 1999, constituindo uma amostra acidental. Coleta de dados Os dados da pesquisa foram coletados através de uma análise postural com ênfase na região cervical e na postura da cabeça. Esta análise postural foi realizada com o uso de um simetrógrafo no Laboratório de Avaliação Postural da Clínica Escola de Fisioterapia da UNIVALI. Os pacientes foram posicionados atrás do simetrógrafo e analisados em uma vista anterior, lateral e posterior, através de pontos simétricos previamente determinados.

RESULTADOS

Sim Não Cabeça Protrusão 57,14% 42,85% Retrusão 4,76% 95,23% Coluna Cervical Lordose Aumentada 19,04 80,95% Lordose Diminuída 19,04% 80,95% Tabela 1 – Distribuição da análise postural de cabeça e região cervical, em uma vista lateral, dos pacientes com Disfunção de ATM, da Clínica de Oclusão da UNIVALI, realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da UNIVALI em Itajaí-SC, 1999. A protrusão de cabeça encontrada nos pacientes analisados vem confirmar os dados da literatura. GOULD III (1993) e FERREIRA (1998) comentam que o desvio neste eixo pode relacionar-se com cifose dorsal aumentada e hiperlordose cervical e que alterações na posição da cabeça modificam a posição mandibular acometendo assim a oclusão. GOULD III (1993) também cita que o equilíbrio entre os flexores e extensores da cabeça e pescoço é afetado por desequilíbrios dos músculos da mastigação e supra e infra-hióideos. Logo, com este desequilíbrio pode ocorrer alterações tanto nos músculos da mastigação quanto nos músculos cervicais. Direita Esquerda Ambos Normal Esternocleidomastoideo 4,76% 9,52% 28,57% 57,14% Escalenos 14,28% 9,52% 28,57% 47,61% Elevadores da escápula 9,52% 23,80% 23,80% 42,85% Trapézio 4,76% 28,57% 42,85% 19,04% Suboccipitais 14,28% 19,04% 23,80% 42,85% Supra-Hióideos - 14,28% 23,80% 61,90% Infra-Hióideos - 4,76% 23,80% 71,42% Tabela 2 – Distribuição de dor à palpação nos músculos cervicais dos pacientes com Disfunção de ATM, da Clínica de Oclusão da UNIVALI, realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da UNIVALI em Itajaí-SC, 1999. Em concordância com dados encontrados na literatura, muitos pacientes referiam dor em algum músculo da região cervical. Entre eles, o mais acometido foi o músculo trapézio, onde 80,96% dos analisados referiram dor. Este fato vem ao encontro com os dados fornecidos por AI (1995) que relata que as áreas mais comuns de dor em pacientes com disfunção de ATM, incluem a ATM propriamente dita, a região peri-auricular, bochecha e região posterior da cabeça e do pescoço. E, este fato reforça a idéia da necessidade de uma abordagem global e conjunta (multidisciplinar) em pacientes portadores de disfunção temporomandibular. Direita Esquerda Ambos Normal Masseter 9,52% 4,76% 23,80% 61,90% Temporal 14,28% 9,52% 19,04% 57,14% Pterigóideo Medial 19,04% 9,52% 23,80% 47,61% Pterigóideo Lateral Superior 23,80% 23,80% 14,28% 38,09% Pterigóideo Lateral Inferior 14,28% 9,52% 33,33% 42,85% Endoauricular 14,28% 14,28% 33,33% 38,09% Tabela 3 – Distribiuição de dor no sistema estomatognático, ao exame físico, nos pacientes com pacientes com Disfunção de ATM, da Clínica de Oclusão da UNIVALI, realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da UNIVALI em Itajaí-SC, 1999. Dos pacientes analisados, 52,36% referiam dor em pterigóideo medial, 61,88% dor pterigóideo lateral superior, 57,13% em pterigóideo lateral inferior e 61,89% referiam dor endoauricular confirmando que os músculos da mastigação e disfunção de ATM estão estreitamente relacionados com estruturas da cabeça, pescoço e ombro, conforme relata SOLDBERG (1989). O autor afirma, também, que a dor provocada pela função, é um sinal de desordem e mais que isso, a dor e a disfunção estão correlacionadas. LEHMKUL & SMITH (1997) e AI (1995) complementam que a disfunção de ATM normalmente passa despercebida, porque a dor pode estar referida no ouvido, cabeça, face, pescoço, regiões adjacentes concordando com a análise dos pacientes. Para analisar a dor na musculatura cervical e no sistema estomatognático, foi utilizado a palpação da musculatura requerida. Entretanto, pela profundidade na localização dos músculos pterigóideo medial e lateral, utilizou-se técnicas que simulavam o movimento em que houvesse a participação ativa dos músculos solicitados. Para avaliar o músculo pterigóideo lateral superior o paciente deveria pressionar uma espátula (abaixador lingual) entre os dentes molares e pré-molares. Para avaliar o músculo pterigóideo lateral inferior, o paciente protruia a mandíbula contra uma resistência manual da terapeuta manifestando dor, quando presente, neste músculo. E, para avaliar o músculo pterigóideo medial, o paciente elevava a mandíbula contra a resistência manual da terapeuta, referindo dor á ação deste músculo. Apenas 1/3 dos pacientes não referiram dor nesses músculos quando realizado o teste, resultado este que também é um número significativo, já que a dor é um sinal importante, confirmando o que foi relatado por GOULD III (1993), AI (1995) e FERREIRA (1998).

CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos e de acordo com a literatura já relatada, pode-se concluir que: - identificou-se protrusão de cabeça em 57,14% dos pacientes analisados e destes, 19,04% apresentavam, visivelmente, alteração na postura cervical; - não foi possível concluir se as alterações cervicais predispuseram as disfunções de ATM ou vice-versa. Na verdade, também, não se sabe o que acontece primeiro: a forma ou a função. O importante é que saibamos correlacioná-las, conforme analisado neste trabalho; - não se pode afirmar que a má oclusão é a única causa de alterações funcionais e, portanto, corrigindo-se a má oclusão espontaneamente a função normalizar-se-á; - fica bastante evidente a necessidade de uma abordagem multidisciplinar na terapêutica dos pacientes com disfunção de ATM. - sugere-se a ação conjunta entre odontólogos e fisioterapeutas na abordagem terapêutica dos pacientes que apresentam disfunção temporomandibular; - propõe-se a continuidade de mais pesquisa envolvendo esta temática, tanto na área de fisioterapia como na odontologia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AI, M. Disfunção Temporomandibular. São Paulo: Santos. 1995.

FEHRENBACH, M.J. & HERRING, S.W. Anatomia Ilustrada da Cabeça e do Pescoço. São Paulo: Manole, 1998.

FERREIRA, F. V. Ortodontia. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas.1998. FRANCESQUINI, M. A. et alii. Fisioterapia nas disfunções da articulação temporomandibular: considerações técnicas, biológicas e éticas. Jornal Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial. ano 3. no. 16. jul/ago. 1998.

GOULD III, J. A. Fisioterapia na Ortopedia e na Medicina do Esporte. 2. ed. São Paulo: Manole. 1993.

LEHMKUL, L.D. & SMITH, L.K. Cinesiologia Clínica de Brunnstron. 5. ed. São Paulo: Manole, 1997.

MONGINI, F. ATM e Músculos Craniocervicofaciais. São Paulo: Santos.1998.

SOLBERG, W. Disfunções e Desordens Temporomandibulares. São Paulo: Santos. 1989.



escrito por:FISCHER, Francine de Oliveira, BASSO, Francielli, CASADEI, Ana Paula Marzagão, MARTINS Fo., Casimiro Manoel

fonte:http://www4.univali.br/uploads/nq4j59hmhmjt7.doc



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