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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Alterações posturais em atletas brasileiros ...

Alterações posturais em atletas brasileiros ...
...do sexo masculino que participaram de provas de potência muscular em competições internacionais. RESUMO Os esportes de alto nível determinam padrões corporais que extrapolam barreiras geopolíticas, sociais e culturais.


Estas peculiaridades resultam em alterações posturais que estão associadas à eficiência do gesto desportivo, porém, em longo prazo, podem evoluir para processos mórbidos que limitam a prática de atividades físicas regulares. O objetivo da pesquisa foi descrever o perfil postural dos atletas que participam de provas de potência muscular e identificar processos anátomo-cinesiológicos responsáveis pelas principais alterações corporais. A casuística foi composta por 15 atletas do sexo masculino, especializados em provas de potência muscular. O protocolo para coleta de dados foi elaborado com base na proposta de: i) Kendall, para o exame físico e observacional, utilizando simetrógrafo e fio de prumo; ii) Souchard, para a análise postural em cadeia. As informações foram organizadas sob a forma de distribuição de freqüência absoluta e relativa. Os resultados apontaram que: i) o tornozelo em valgo (67%) foi a situação mais comum; ii) a rotação interna da pelve à direita (60%), seguida do lado oposto mais elevado (47%), pode estar relacionada com a corrida em curva que sobrecarrega a estrutura da pelve para a manutenção da velocidade com simultânea mudança de direção em função da força gravitacional; iii) a anteversão de pelve (73%) decorre da retração observada nos músculos flexores do quadril e extensores do joelho; iv) a alteração expressa no item iii contribui para a formação de hiperlordose lombar (73%) e desencadeia mecanismo compensatório de retração da cadeia posterior causando cifose torácica (53%) e cabeça em protrusão (73%). O diagnóstico precoce e a adoção de medidas profiláticas efetivas podem contribuir para o aumento da performance, bem como prevenir a ocorrência de lesões desportivas. Estudos envolvendo intervenção fisioterápica deverão avaliar se há redução dos efeitos crônicos que as alterações posturais decorrentes do treinamento causam ao atleta de alto nível. Palavras-chave: Lesões desportivas. Postura. Esporte. INTRODUÇÃO A Academia Americana de Ortopedia conceitua postura como o estado de equilíbrio dos músculos e ossos com capacidade para proteger as demais estruturas do corpo humano de traumatismos, seja na posição em pé, sentada ou deitada(1). O desequilíbrio muscular, por sua vez, é definido como uma desordem do sistema músculo-esquelético; os movimentos corporais resultam de cadeias musculares e, quando há alterações posturais, o organismo se reorganiza em cadeias de compensação procurando uma resposta adaptativa a esta desarmonia(2). Desse modo, a repetição de determinados tipos de atividade com posições e movimentos habituais e o período e a sobrecarga de treinamento (overtraining/overuse) provocam um processo de adaptação orgânica que resulta em efeitos deletérios para a postura, com alto potencial de desequilíbrio muscular(3). Adicionalmente, os gestos específicos do esporte e os erros na técnica de execução dos movimentos podem aumentar a prevalência de lesões(4). A esse respeito, pode-se afirmar que o corpo está em perfeito equilíbrio quando a vertical traçada a partir de seu centro de gravidade resulta exatamente na sua base de sustentação(2). No entanto, para que as cadeias musculares permaneçam em condição de equilíbrio, qualquer desequilíbrio deverá ser compensado por um desequilíbrio inverso, de mesmo valor e no mesmo plano. Estudos descrevem que o alinhamento da postura corporal é estabelecido por estruturas músculo-esqueléticas que se interagem por toda vida de acordo com suas solicitações(5). Com isso, os esportes de alto nível caracterizam-se por determinar padrões corporais específicos à modalidade praticada que extrapolam as barreiras geopoliticas, sociais e culturais. Em outras palavras, vale dizer que a exposição a uma rotina intensa e específica de exercícios físicos, típicos de cada desporto, produz um resultado estético que independe da nacionalidade, da etnia e dos hábitos de vida a que estão submetidos. Estas peculiaridades também se traduzem em alterações posturais que estão associadas à eficiência do gesto desportivo(6), no entanto, em longo prazo, podem evoluir para processos crônicos que limitam o indivíduo para prática de atividades físicas. Na realidade grande parte dos problemas posturais pode ser atribuída à forma de organização das rotinas de treinamento desportivo, em que há a tendência em se concentrar, em demasia, o trabalho de sobrecarga nos grupos musculares mais solicitados (responsáveis pelos gestos atléticos), desconsiderando a ação destes sobre os músculos profundos que agem sobre a manutenção da postura(3). Neste contexto, tão importante quanto o desenvolvimento das qualidades específicas para o alto desempenho, deve ser a preocupação com a postura e o equilíbrio muscular, pois estes influenciam no rendimento do atleta e podem minimizar a incidência de lesões desportivas(7). OBJETIVO O objetivo da presente comunicação foi descrever o perfil postural dos atletas que participam de provas de potência muscular e identificar os processos anátomo-cinesiológicos responsáveis pelas principais alterações corporais. CASUÍSTICA E MÉTODO 1) Caracterização dos sujeitos estudados A casuística da investigação foi composta por 15 atletas do sexo masculino com idades entre 19 e 28 anos, que participaram de provas de potência muscular em competições internacionais. Vale destacar que o grupo em questão tem participação em seis campeonatos mundiais, dois Jogos Pan-americanos, três Jogos Olímpicos, uma Copa do mundo de atletismo, seis campeonatos Ibero-americanos e cinco Campeonatos Sul-americanos, caracterizando-se, portanto, como a elite do atletismo brasileiro. Todos os participantes assinaram um termo de consentimento informado onde fica assegurada a privacidade dos participantes. 2) Definição do protocolo de investigação O protocolo para coleta de dados contendo informações sobre a avaliação postural, como exames dos pés, tíbia, pelve, coluna e cabeça, foi elaborado com base nas propostas de Kendall et al.(6), para a avaliação postural e observacional. Neste sentido o atleta foi colocado em posição ortostática no simetrógrafo com calcanhares levemente afastados e pés abduzidos cerca de 15 graus, buscando-se as assimetrias nos planos frontal, sagital e transversal. Para tanto, foi utilizado simetógrafo, fio de prumo, câmera fotográfica da marca Yashica FX-3, Super 2000 e demarcadores cutâneos. Para a análise da cadeia mestra estática posterior (postura 1), composta pelos músculos espinhais, profundo das nádegas e tríceps sural e da cadeia mestra estática anterior (postura 2) que compreende os músculos escalenos, intercostais, diafragma, psoas e anteriores da perna, utilizou-se protocolo com base nas propostas de Souchard(8). Na postura 1 foi solicitado ao atleta que se posicionasse sobre uma rampa de 30º de inclinação, com extensão de joelho e flexão de quadril a 60º, evitando qualquer compensação. A cadeia posterior foi considerada retraída no atleta que não conseguiu se posicionar nesta postura podendo apresentar as seguintes alterações: hiperlordose dos espinhais, pelve horizontalizada, flexo de joelhos, genuvaro ou pés cavos. Na postura 2 foi solicitado ao avaliado sentar-se sobre uma mesa com os membros inferiores em extensão. Foi observado o posicionamento da pelve e coluna lombar. O diagnóstico de retração muscular foi observado quando o atleta não conseguiu se apoiar sobre os ísquios, produzindo uma retroversão de pelve e, conseqüentemente, inversão da curvatura lombar. Nas avaliações retracionais dos músculos flexores do quadril e flexores e extensores do joelho, o protocolo utilizado foi elaborado com base nas propostas de Kendall et al.(6). Para o exame dos extensores do joelho o atleta foi posicionado sobre uma maca em decúbito dorsal com membros inferiores fora da mesma e flexímetro fixado no terço medial da perna a ser testada, com extremidade inferior a zero grau em relação ao eixo longitudinal da tíbia. Em seguida solicitou-se a flexão do quadril e joelho a 90 graus do membro não testado, com o outro, na posição inicial, sendo considerada a retração, quando a medida do flexímetro marcava menos que 80 graus. Para testar os flexores do joelho, o atleta foi posicionado sobre uma maca em decúbito dorsal, membro não testado fixo e estabilizado sobre a maca. A perna testada posicionava-se com flexão de quadril e joelho de 90 graus, o flexímetro fixado no terço medial da perna a ser testada, com extremidade inferior a zero grau em relação à maca. Em seguida solicitou-se a extensão do joelho até a máxima amplitude possível. Sendo considerada a retração, quando a medida do flexímetro marcava menos que 80 graus. Na avaliação dos flexores do quadril, utilizou-se a mesma posição do teste para flexores do joelho; entretanto, foi considerado retraído quando a coxa da perda testada perde o contato com a maca. 3) Coleta de dados e análise das informações Antes da coleta dos dados cada participante da pesquisa tomou conhecimento das avaliações a que seriam submetidos, tendo manifestado sua autorização ao assinarem o Termo de Consentimento Livre e Assistido, cujo procedimento foi autorizado pelo Departamento de Saúde do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). As avaliações foram efetuadas em período competitivo, ou seja, quando o organismo já sofreu todas as alterações posturais decorrentes da especialização do gesto esportivo. Os atletas vestiam apenas maiô; enquanto o avaliador realizava as análises da postura "in vivo" – simultaneamente um auxiliar realizava uma fotografia da posição correspondente a sua interpretação. De acordo com Tunes e Cote Gil(9) os modelos específicos para análise de segmentos ou pares de segmentos corporais tendem a fornecer informações detalhadas. Porém, apenas esta iniciativa não implica, necessariamente precisão, pois são também afetadas pelas limitações que atingem qualquer registro realizado por observadores. Para minimizar possível viés de interpretação do avaliador a documentação fotográfica foi utilizada, posteriormente, para confirmação por outro especialista, dos diagnósticos emitidos pelo avaliador; nesse caso, o segundo avaliador não tomou conhecimento prévio das conclusões emitidas pelo primeiro. As informações sobre as alterações posturais dispostas em planilha eletrônica são o resultado do consenso de ambos os avaliadores. Os dados foram organizados sob a forma de representação tabular com distribuição de freqüência absoluta e relativa. RESULTADOS A tabela 1 informa a distribuição de freqüência das alterações posturais observadas em 15 atletas de elite que participaram de provas de potência muscular em competições internacionais, segundo segmento corporal. Nos pés, a posição em valgo, foi observada em 67% dos casos, enquanto, 53% apresentaram pés cavos. Na região pélvica, as taxas mais elevadas foram a anteversão pélvica (73%), elevação do quadril à esquerda (47%) e rotação interna da pelve em 60% dos atletas. Na coluna vertebral, 73% são portadores de lordose lombar, 53%, de cifose torácica e 53%, de lordose cervical. A cabeça em protrusão foi à alteração postural observada em 73% dos casos. Na tabela 2 é apresentada a distribuição de freqüência das retrações musculares observadas em atletas de elite que participaram de provas de potência muscular em competições internacionais, segundo segmento corporal. Na região do quadril constatou-se que 67% dos atletas investigados possuem os músculos flexores retraídos. Nos joelhos, constatou-se retração dos extensores em 73% dos casos e dos flexores em 60%. Nas análises de cadeia posterior a postura 1 retraída ocorreu em 60% dos casos e a postura 2 retraída em 80%. DISCUSSÃO No tornozelo a posição em valgo foi detectada em 67% dos casos. Situação semelhante também foi observada entre os atletas que participaram do 46a edição do Troféu Brasil de Atletismo no Rio de Janeiro em 1997; neste caso, 76,1% dos examinados apresentavam a mesma alteração da postura do pé(7). A hipótese explicativa mais plausível é a de que este fenômeno seja devido ao bloqueio do mecanismo de propriocepção neuromuscular do segmento analisado, causado pelo uso excessivo e inadequado de tênis, que reduz a sustentação dos 26 ossos do pé que desabam medialmente pela facilidade anatômica sob a ação da descarga do peso corporal, induzindo, dessa forma, as reações posturais que são responsáveis pela manutenção da postura estática, com a instalação do pé em valgo. Por conseqüência, estudos(2,10) relatam que a rotação interna da tíbia (47%) manifesta-se como alteração secundária resultante do mecanismo de compensação do pé em valgo. A rotação interna da pelve à direita no plano horizontal (60%), seguida do lado oposto mais elevado (47%), pode estar relacionada com a corrida em curva na pista de atletismo, onde se solicita muito da estrutura anatômica do quadril para a manutenção da velocidade com simultânea mudança de direção em função da força gravitacional. Com isso, os músculos pelvitrocanterianos atuando de maneira assimétrica em apoio unipodal agem no sentido da rotação externa(11), com tendência a se encurtarem, por serem muito solicitados. Na presente investigação a anteversão de pelve foi observada em 73% dos casos. De modo geral este problema decorre da retração dos músculos flexores do quadril e extensores do joelho, os quais contribuem para a formação da hiperlordose lombar (73%) que, em decorrência, desencadeia mecanismo compensatório de retração da cadeia posterior causando a cifose torácica (53%) e a cabeça em protrusão (73%). A tabela 2 confirma estes resultados por serem convergentes com as alterações de cadeia postural. A cintura pélvica caracteriza-se como uma complexa estrutura de sustentação do corpo humano, tanto para as atividades estáticas quanto para as dinâmicas. A pelve é mantida por ligamentos fortes de 28 músculos que se originam ou se inserem na estrutura lombopélvica exercendo grande variedade de forças que atuam para a manutenção da estabilidade. De modo geral, as alterações da cintura pélvica nunca são primárias e suas causas sempre estão associadas com mecanismos de compensação nos processos de estabilização da coluna lombar(12). No tocante à exposição que desencadeia o processo de mudanças nas cadeias musculares, autores argumentam que estas alterações estão fortemente associadas com a biomecânica da prova do atleta, os desequilíbrios musculares retracionais, déficit de força muscular, variação do tônus e trofismo muscular, dominância lateral, entre outros fatores, que a médio e longo prazo podem ocasionar lesões agudas ou crônicas que comprometem em demasia o rendimento do desportista(7,12). Estudos revelam que corredores que apresentam episódios agudos e crônicos resultantes de retração muscular da cadeia posterior encontram explicações de especialistas que atribuem o problema ao tipo de superfície e de calçado, ignorando fatores relacionados à postura na corrida e ao tipo de treinamento. De modo geral, quando as recidivas são freqüentes, costumam, inclusive, recomendar ao praticante que abandone esta atividade física(13,14). Mencionam ainda que as dores lombares podem resultar de macrotraumas agudos, microtraumas repetitivos (estresse), ou da combinação destes dois mecanismos. Neste sentido, em estudo sobre lesões esportivas em jogadores de futebol relacionadas com defeitos de postura, observou-se que 51,9% dos indivíduos apresentavam aumento excessivo e moderado da lordose lombar e que, nestas alterações, foi encontrada elevada incidência de agravos de joelho e lesões musculares(15). Destaca, ainda, que existe relação entre má postura e incidência de lesão esportiva. Quanto aos atletas de alto rendimento, relatam que as anormalidades anatômicas das vértebras toracolombares são diagnosticadas com freqüência por ressonância magnética e as alterações parecem estar associadas com os sintomas. Neste contexto, o diagnóstico precoce das alterações posturais e a adoção de medidas profiláticas efetivas podem prevenir a ocorrência de lesões desportivas, bem como, contribuir para o aumento da performance do atleta. Com o passar do tempo, o impacto de procedimentos de intervenção adequados, em diferentes períodos de treinamento do desportista, contribui para o aumento de sua qualidade de vida, minimizando, inclusive, o efeito de processos crônicos adquiridos com o trabalho corporal de alta intensidade. Estes dados sinalizam no sentido de que as medidas profiláticas que o atleta faz durante as pausas entre os treinamentos tende a se tornar tão importante como o próprio esforço realizado em cada sessão de exercício. Reforça-se, desse modo, a importância da participação do profissional de fisioterapia em equipes multiprofissionais de treinamento esportivo. CONCLUSÕES A partir dos resultados encontrados no presente trabalho pode-se concluir que o grupo estudado apresentou características posturais específicas como hiperlordose lombar, anteversão pélvica e protrusão de cabeça, decorrentes de desequilíbrios retracionais musculares de flexores de quadril e joelho e extensores de joelho. Estudos envolvendo intervenção fisioterápica deverão avaliar se há redução dos efeitos crônicos que as alterações posturais decorrentes do treinamento causam ao atleta de alto nível. Todos os autores declararam não haver qualquer potencial conflito de interesses referente a este artigo. REFERÊNCIAS 1. Braccialli LMP, Vilarta R. Aspectos a serem considerados na elaboração de programas de prevenção e orientação de problemas posturais. Revista Paulista de Educação Física 2000;14:159-71. 2. Bienfait M. Os desequilíbrios estáticos: fisiologia, patologia e tratamento fisioterápico. São Paulo: Summus, 1995. 3. Ragonese G. Compensação muscular. Rio Claro: Unesp, Instituto de Biociências, 1987. 4. Swoboda L. Alterações posturais em corredores de longa distância. São Paulo: EEFUSP, 1995. 5. Takahashi K, Suda M, Usuba M, Wasai Y, Tsukayama H. Postural adjustment to the line of center of gravity. J Physical Ther Sci 1995;7:65-9. 6. Kendall HO, Kendall FP, Wadsmorth GE. Músculos: provas e funções. São Paulo: Manole, 1995. 7. Ramos PR, Freitas TV. Estudo da incidência de alterações posturais em atletas de alto rendimento da equipe Reebok/Funilense, que participaram dos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996. Presidente Prudente: FCT, 1996. 8. Souchard E. O streching global ativo: a reeducação postural global a serviço do esporte. São Paulo: Manole, 1996. 9. Tunes E, Cote Gil HJ. Modelos de registro para a postura corporal em situações funcionais: uma revisão. Revista Brasileira de Medicina Ocupacional 1990;18:45-9. 10. Hosoda M, Yoshimura O, Takayanagi K, Kobaiashi R, Minematsu A, Nakayama A, Ishibashi T, Wilson CK. The effect of various footwear types and materials, and offixing of the ankles by footwear, on upwright posture control. J Physical Ther Sci 1997;9:47-51. 11. Calais-Germain B. Anatomia para o movimento: Introdução à análise das técnicas corporais. Vol. 1, São Paulo: Manole, 1991. 12. Netto Júnior J, Corrêa JC, Pastre CM. Atuação do fisioterapeuta no esporte de alto nível. Revista de Fisioterapia da Universidade de São Paulo 1997;4:1-46. 13. Sharpe GL, Liemohn WP, Snodgrass LB. Exercise prescription and the low back – kinesiological factors. JOPERD 1988;11-12:74-8. 14. Kujala UM, Taimela S, Erkintalo M, Salminen JJ, Kaprio J. Low-back pain in adolescent athletes. Med Sci Sports Ex 1996;28:165-70. 15. Watson AWS. Sports Injuries in Footballers related to defects of posture and body mechanics. J Sport Med Phys Fitness 1995;35:289-94. * 2005 - Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte . Revista Brasileira de Medicina do Esporte ISSN 1517-8692 versão impressa. Rev Bras Med Esporte v.10 n.3 Niterói maio/jun. 2004. Por: Jayme Neto JúniorI; Carlos Marcelo PastreII; Henrique Luiz MonteiroIII IProf. Mestre, Depto. de Fisioterapia, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Unesp – Presidente Prudente; Técnico da Seleção Brasileira de Atletismo (1992-2003) . IIProf. Depto. de Fisioterapia das Faculdades Adamantinenses Integradas; Mestrando em Ciências da Saúde – Famerp; Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Atletismo . IIIProf. Doutor, Depto. de Educação Física, Faculdade de Ciências, Unesp – Bauru .

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