ENTORSE DO TORNOZELO
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O que é a entorse do tornozelo?
A entorse de tornozelo é uma lesão que causa um estiramento ou ruptura de um ou mais ligamentos da articulação do tornozelo. Ligamentos são fortes faixas de tecido que conectam os ossos das articulações e uma de suas funções é restringir o movimento da articulação.
As entorses podem ser classificados: graus I, II ou III, dependendo de sua gravidade:
• Entorse grau I: Dor, com dano mínimo ao ligamento.
• Entorse grau II: Porção maior do ligamento é danificada, que gera uma leve frouxidão da articulação.
• Entorse grau III: Ruptura completa do ligamento e a articulação fica bastante instável.
Como ocorre?
É gerada por uma virada forçada do tornozelo. Na maioria das entorses, o pé vira para dentro ou para baixo, causando uma lesão na parte externa do tornozelo.
Quais são os sintomas?
• Dor contínua e localizada, variando de suave a intensa e independente de descarga de peso,
• Edema,
• Equimose,
• Impossibilidade de movimentar o tornozelo.
Como é diagnosticada?
O médico revisará o mecanismo de lesão e examinará o tornozelo, levando em conta os sintomas. Podem ser pedidos Raios-X.
Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Compressas de gelo sobre o tornozelo, por 8 minutos, seguidos de 3 minutos de pausa. Esse ciclo deve ser repetido até completar 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça. Sempre proteger a pele com um lenço ou outro pano, para evitar queimaduras.
• Elevação de tornozelo, colocando um travesseiro embaixo do pé.
• Uso de faixa elástica envolta no tornozelo, para evitar que o edema piore.
• Uso de tornozeleira.
• Uso de muletas, até que seja possível andar sem sentir dor.
• Uso de medicamento antiinflamatório ou analgésico, prescrito pelo médico.
• Fisioterapia.
Em alguns casos de entorses graves com instabilidade, a cirurgia é necessária, neste caso, o tornozelo ficará engessado por 4 a 8 semanas.
Por quanto tempo perdurarão os efeitos?
A duração da recuperação depende de alguns fatores:
• Idade.
• Saúde.
• Gravidade da lesão.
• Lesões prévias naquela articulação.
Quando retornar ao esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível.
O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando os itens listados abaixo acontecerem, progressivamente:
• Possuir total arco de movimento do tornozelo lesionado, em comparação ao não lesionado.
• Possuir total força do tornozelo lesionado, em comparação ao não lesionado.
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Correr a toda velocidade, em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Puder fazer viradas bruscas, a 45º, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.
• Puder fazer o “8”, com 18 metros, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a
total velocidade.
• Puder fazer viradas bruscas, a 90º, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.
• Puder fazer o “8”, com 9 metros, inicialmente, a meia velocidade e, posteriormente, a total velocidade.
• Puder pular com ambas as pernas e, depois, apenas com a perna lesionada, sem sentir dor.
Como prevenir a entorse do tornozelo?
• Usar sapatos apropriados e de tamanho ideal, durante o exercício.
• Alongar antes e depois de atividades atléticas ou de recreação.
• Evitar mudanças bruscas de posição e de direção.
• Enfaixar os tornozelos ou usar tornozeleiras durante esportes vigorosos, especialmente, se já houver uma lesão antiga.
Exercícios de reabilitação para entorse do tornozelo:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir objetivos como analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito em casa e sem a supervisão de um profissional.
1 - Alongamento Com a Toalha:
Sentar sobre uma superfície firme, com a perna lesionada estendida à frente do corpo.
Laçar o pé com uma toalha e puxá-la, suavemente, em direção ao corpo, mantendo os joelhos estendidos.
Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.
Para um bom alongamento, é necessário sentir, apenas, um desconforto, não devendo permitir uma dor aguda.
Quando esse alongamento for muito fácil, deve-se iniciar o alongamento da panturrilha em pé.
2 - Alongamento da Panturrilha em Pé:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.
3 - Alongamento do Músculo Soleo:
Em pé, de frente para parede com as mãos na altura do peito, com os joelhos levemente dobrados e o pé lesionado para trás, gentilmente apoiar na parede até sentir alongar a parte inferior da panturrilha.
Virar o pé lesionado levemente para dentro e manter o calcanhar no chão.
Manter essa posição por 30 segundos e repetir 3 vezes.
4 - Arco do Movimento do Tornozelo:
Pode ser feito sentado ou deitado.
Com a perna esticada e o joelho apontando para o teto, movimentar o tornozelo para cima e para baixo, para dentro e para fora e em círculos.
Não dobrar o joelho enquanto estiver fazendo esse exercício.
Repetir 20 vezes para cada direção.
5 - Exercícios Com a Faixa Terapêutica:
A - Resistência a dorsiflexão:
Sentado com a perna lesionada estendida e o pé perto de uma cama, enrolar a faixa ao redor da planta do pé. Prender a outra extremidade da faixa no pé da cama.
Puxar os dedos do pé, no sentido do corpo. Lentamente, retornar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
B - Resistência à flexão plantar:
Sentado com a perna lesionada estendida, laçar a planta do pé com o meio da faixa.
Segurar as pontas da faixa com ambas as mãos e, suavemente, empurrar o pé para baixo apontando os dedos do pé para frente, tencionando a faixa terapêutica (thera band), como se estivesse acelerando o pedal de um carro.
C - Inversão com resistência:
Sentar com as pernas estendidas, cruzar a perna não lesionada sobre o tornozelo lesionado.
Enrolar a faixa no pé lesionado e em seguida laçar pé bom, para que a faixa terapêutica (thera band) fique com uma ponta presa.
Segurar a outra ponta da faixa terapêutica (thera band) com a mão. Virar o pé lesionado para dentro e para cima.
Retornar à posição inicial. Fazer 3 séries de 10.
D - Eversão com resistência:
Sentado, com ambas as pernas estendidas e a faixa laçada em volta de ambos os pés.
Lentamente, virar o pé lesionado para cima e para fora.
Manter essa posição por 5 segundos. Fazer 3 séries de 10.
6 - Elevação dos Calcanhares:
Segurar em uma cadeira e suspender o corpo sobre os dedos dos pés, tirando os calcanhares do chão.
Manter esta posição por 3 segundos e, lentamente, voltar à posição inicial.
Repetir 10 vezes e fazer 5 séries.
À medida que o exercício ficar fácil, levantar, apenas, o lado lesionado.
7 - Elevação Dos Dedos do Pé:
Em pé, tirar os dedos do chão.
No início pode-se balançar para trás sobre os calcanhares, de maneira que os dedos dos pés saiam do chão, para facilitar o exercício.
Manter essa posição por 5 segundos e fazer 3 séries
de 10.
8 - Equilíbrio Sobre Uma Perna:
Ficar em pé, sem apoiar em nada e equilibrar-se sobre a perna lesionada.
Não deixar que o arco do pé aplaine-se, nem que os dedos do pé se dobrem.
Começar com os olhos abertos e, posteriormente, tentar fazer o exercício com os olhos fechados.
Manter a posição sobre uma única perna por 30 segundos.
Repetir 3 vezes.
9 - Pular Corda:
Pular corda com as duas pernas, por 1 minuto, depois apenas sobre a perna lesionada, por 1 minuto.
Se ficar fácil, aumentar o tempo.
10 - Tábua de Equilíbrio:
Esse exercício é importante para restaurar o equilíbrio e a coordenação do tornozelo.
Subir em uma tábua de oscilação e equilibrar-se apoiando sobre ambas as pernas e depois, sobre a perna lesionada.
Fazer isso por 2 a 5 minutos, 3 vezes ao dia.
Uma cadeira pode ser colocada em frente ao paciente, para ajudar a equilibrar-se.
Dr.Lucas Nogueira Mendes Ft. Dip Chiro. Fisioterapeuta Quiropraxista pela Anafiq/Coffito. Especialista em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva.
- Dr. Lucas Nogueira Mendes FT,Dip.Quiro
- Araraquara, São Paulo, Brazil
- Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592
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sexta-feira, 5 de agosto de 2011
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