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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Overtraining: o excesso de exercício prejudicando o corpo

Overtraining: o excesso de exercício prejudicando o corpo

Com a crescente valorização do "corpo perfeito" dada pela mídia aos marombeiros de plantão, as pessoas estão cada vez mais procurando as academias e clubes esportivos visando atingir, através de exercícios físicos, um corpo mais musculoso e fortificado. Porém, em muitos casos o sujeito malha, malha, malha e não percebe ganho algum de massa muscular nem aumento da resistência orgânica. Com isso ele pensa: bom, se não estou melhorando meu organismo com a dosagem atual de exercícios então vou aumentar esta dosagem de modo a que possa obter os resultados que desejo. Neste momento é que começa o problema; muitas vezes a não obtenção imediata dos resultados esperados faz com que as pessoas aumentem a dose de exercícios, quando na verdade deveriam descansar, começando a partir daí a ficar caracterizado um dos principais fenômenos observados na educação física atual: o overtraining.

O overtraining pode ser definido como sendo a condição na qual as pessoas apresentam baixo nível de desempenho, apesar do treinamento continuado ou até mesmo aumentado (Maughan, Gleeson e Greenhaff, 2000). A grande causa do estabelecimento do estado de overtraining é o excesso de exercício, conduzindo a uma resposta de estresse, intensificada pelo tempo insuficiente de recuperação entre os períodos de atividade. Segundo Lima (2001, citada por Arruda, 2002) os principais sintomas apresentados são o aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, a insônia, a irritabilidade e queda do sistema imunológico. Como conseqüências do overtraining, vários tipos de lesões músculoesqueléticas podem surgir, dentre as quais destacam-se os chamados microtraumas, que podem ser definidos como sendo traumas que não causam dor, edema ou impotência funcional, mas que, pela repetição excessiva de exercícios, produzem lesões no tecido muscular, surgindo, assim, as lesões causadas por overtraining. Devido ao seu caráter silencioso e a gravidade quer podem representar quando se manifestam clinicamente, são considerados o "câncer" da prática esportiva (Matsudo, 2002). Os principais exemplos de microtraumas disseminados no meio esportivo são as osteocondrites, fraturas por estresse, miosites, tendinites, rupturas parciais e rupturas totais de tendões.

Um indício prático de lesões musculares em atletas sob overtraining é a elevação das proteínas musculares no plasma (em geral, mioglobina, creatina cinase, lactato desidrogenase e fragmentos de miosina). Outro indicador observado é o comprometimento na restauração dos estoques musculares de glicogênio, uma vez que após o exercício sabe-se que o glicogênio é depletado e posteriormente ressintetizado, porém, em músculos lesionados, há uma diminuição na capacidade de captação da glicose sangüínea necessária à ressíntese de glicogênio no músculo. A queda dos estoques de glicogênio intramuscular está associada a quedas nas concentrações muscular e plasmática da glutamina, proteína essencial para os leucócitos desempenharem suas funções de destruição de bactérias e vírus. Por este motivo é que se diz que em overtraining o sistema imunológico fica debilitado.

Há alguns anos atrás a síndrome do overtraining era característica de atletas profissionais. Agora, porém, estudos indicam que o overtraining é cada vez mais presente nas academias. Pesquisas recentes apontam que a média de tempo passada na academia pelos praticantes é de 11 horas por semana, quando na verdade o que se recomenda é o máximo de 5 horas de exercícios. Estes números revelam que os intervalos de descanso entre as sessões de treinamento são insuficientes para uma adequada recuperação das fontes energéticas musculares, podendo assim ocasionar inflamações nos músculos, causa suficiente para a perda de força muscular.

Dados preocupantes também são observados quando relacionamos o overtraining com crianças e adolescentes. Isto acontece porque hoje em dia, com a crescente valorização das competições infanto-juvenis, fica cada vez maior a cobrança de pais e treinadores para que seus respectivos filhos e atletas conquistem os melhores resultados. A associação entre o excesso de exercícios com várias outras ocupações tais como a escola, curso de computação, curso de inglês etc., leva a um estado de fadiga física e psicológica observado nas crianças e adolescentes, prejudicando-as em sua vida diária.

Um professor de educação física deve estar sempre atento em suas aulas para evitar que o estado de overtraining se estabeleça entre seus alunos. Uma conversa com os pais e responsáveis pelos praticantes sempre é importante para que se tenha uma idéia do quanto que cada aluno se desgasta fisicamente durante seu dia, ou seja, procurar saber se ele vai a escola e aos treinos de carro ou de ônibus, se mora perto ou longe do local das aulas, como está seu desempenho nas outras disciplinas escolares, enfim, informações que aparentemente são irrelevantes pata qualquer professor de educação física mas que na verdade são de fundamental importância para que ele avalie, por exemplo, o nível de estresse físico de seu aluno ao se deslocar de casa para a escola, ou também o nível de estresse mental ao tirar notas boas ou ruins nas demais disciplinas. Todas estas informações são importantes para que se evite uma cobrança exacerbada em cima de crianças e adolescentes que ainda estão em processo de desenvolvimento físico e psicológico e que muitas vezes não estão preparadas para responder a altura de tais cobranças.

Para concluir este artigo apontaremos aqui algumas medidas que devem ser tomadas no sentido de evitar que o estado de overtraining se estabeleça nas pessoas praticantes de exercícios físicos.

Para você que esta iniciando a prática de atividades físicas é importante saber que não se apresse em obter resultados imediatos, pois eles não vão aparecer por mais que você queira aumentar o ritmo de exercícios diários. Não se deixe levar pelos corpos fortes e musculosos que são vistos na televisão até porque, caso você não saiba, muitos deles são adquiridos a base de substâncias proibidas e não recomendadas para uso indiscriminado. O que se recomenda é um início em ritmo lento de exercícios e progressivamente ir aumentando este ritmo, pois assim os resultados são adquiridos muito mais facilmente.

Outras recomendações a se tomar são: 1) exercitar-se por, no máximo, cinco vezes por semana, uma hora por dia; 2) respeitar o tempo de recuperação do corpo, ou seja, respeitar um limite de 24 horas entre um exercício e outro; 3) manter a frequência ideal de batimentos cardíacos segundo a idade, o peso e o condicionamento; 4) variar o tipo de exercício, intercalando aeróbios e anaeróbios; e 5) manter a alimentação equilibrada e evitar dietas radicais. Ao tomar estas atitudes o praticante estará assegurando uma atividade muito mais prazerosa e sem riscos de excessos e possíveis lesões futuras.

Autor: Allan José Silva da Costa
2003

Referências bibliográficas:

1) ARRUDA, Antonio. Excesso de exercício desestabiliza o corpo. O poti, poti família, Natal, n.º 192, p.8-10, set. 2002.

2) MAUGHAN, Ron., GLEESON, Michael., GREENHAFF, Paul L. Bioquímica do exercício e do treinamento. São Paulo: Manole, 2000.

3) MATSUDO, Víctor. Lesões e alterações osteomusculares na criança e no adolescente atleta. In: ROSE JR., Dante de. Esporte e atividade física na infância e adolescência. São Paulo: Artmed, 2002.

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