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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Ação das Palmilhas Posturais

Ação das Palmilhas Posturais
A postura ereta é mantida por dois pólos sensoriais situados nas extremidades do corpo (ENJALBERT et al. 1998). Uma das extremidades é a cefálica, onde estão localizados os sistemas vestibular, visual e oclusal; e na outra extremidade estão os receptores sensoriais podais, que se comportam como uma plataforma estatocinesiométrica. Em conjunto com o sistema nervoso central estes pólos sensórios constituem um sistema de análise do movimento.
Desta forma, o sistema visual tem sido descrito como influenciador do tônus postural (UMPHRED; McCORMACK, 1998; WADE; JONES, 1997; DESENNE; SCHOENSTEIN, 1996; HOROVITZ, 1998). Outro sistema que interfere no controle postural é a oclusão (GAGEY; WEBER, 2000; BRICOT, 1999). Faugouin (1998) relata que uma modificação assimétrica da pressão dos molares e pré-molares desencadeia uma resposta de hipotonia dos músculos extensores das mãos gerando assimetrias posturais.
Outro sistema que tem muita influência no controle da postura é o aparelho vestibular (WECKX e ANADÃO, 1991). O mecanismo está fundamentado em uma coordenação intrínseca entre o sistema vestibular e as informações proprioceptivas, táteis e da visão. O equilíbrio não apenas depende da integridade destes sistemas, mas também da integração sensorial do sistema nervoso central (SPAEPEN; WEERDT, 2001; TRIBASTONE, 2001).
As informações necessárias para a coordenação e regulação da postura dinâmica e estática são decorrentes da planta dos pés que é rica em receptores de pressão (GAGEY e WEBER, 2000). Estes receptores sensoriais equivalem a uma plataforma dinamométrica que intervém na regulação automática da força decorrente da pressão no equilíbrio bipodal ou monopodal (RABISCHONG, 1996; ENJALBERT et al., 1996; BESSOU, 1996).
Entretanto, a função biomecânica do pé depende da sua capacidade de agir como um adaptador e absorvedor de choque, além de ser um conversor de torque e braço rígido durante o ciclo de marcha (CAILLIET, 1989; McPOIL JUNIOR; BROCATO, 1993; DONATELLI, 1996).
A região plantar é composta de vários receptores sensoriais que detectam as pressões na pele e a tensão que ocorrem nas articulações do pé e do tornozelo. Desta forma, estas características físicas dos mecanoreceptores são à base das sensações estatocinéticas que analisam a mobilidade das diferentes partes do corpo (RABISCHONG, 1996; ENJALBERT et al., 1996; ENJALBERT et al, 1998).
Desta forma, o pé e seus mecanoreceptores são essenciais ao controle postural do trabalhador (ENJALBERT et al., 1996; RABISCHONG, 1996). Pois, a estrutura muscular reage aos estímulos que são efetuados na região plantar. Estas reações posturais variam de acordo com a natureza do estímulo, com o nível de integração neurosensorial e com os estímulos dos baroreceptores plantares. Sendo assim, o equilíbrio do corpo humano quando ereto se inicia pelos pés (ROLF, 1999; BRICOT, 1999). Viladot (1987), Manfio et al. (2001), Rodriguez et al. (2001), descrevem que a região que suporta o peso do corpo são as cabeças dos metatarsianos, porém a cabeça do primeiro metatarso recebe mais força que os restantes, aproximadamente o dobro da carga dos demais. Bessou et al. (1996), descreve que em condições estáticas o pé tem três apoios, sendo a cabeça do primeiro metatarso, a cabeça do quinto metatarso e a tuberosidade posterior do calcâneo.
Há muitos anos o pé foi visto como uma estrutura rígida ou semi-rígida. E, sendo assim, as condutas ortopédicas sempre foram elaboradas nesta premissa, a tal ponto que se executavam cirurgias de artrodese (fusão da articulação) com freqüência. A complexidade de avaliar esta estrutura está relacionada com o fato de que o pé é dinâmico, tem múltiplos movimentos na região e pela interdependência existente entre todas as suas partes e os movimentos (GOMES e MACHADO, 2000).
A integração dos pés com o solo acontece através do calçado. Peneireiro e Costa (2001) descreveram em um trabalho de ergonomia, que o carteiro utiliza principalmente os pés para se locomover e desempenhar o seu trabalho. Entretanto, relatam que pouco se tem pesquisado sobre as aferências sensoriais específicas das plantas dos pés, visto que os estudos têm enfocado somente a atenção aos fatores ergonômicos relativos à construção do calçado.
A recomendação para a utilização de palmilhas posturais, promove tanto a prevenção como a terapêutica da postura em pé, e tem o intuito de reduzir o valor de pico de pressão e distribuir a força de reação do solo por toda região plantar (SOUZA et al., 2001).
Essencialmente, a palmilha transporta o solo até a superfície plantar. Pode ser considerada como um calço posicionado entre o pé e o calçado e agir para aumentar a eficiência dos mecanismos do pé durante a caminhada e a corrida. As indicações para uso da palmilha vão desde as lombalgias posturais e dores no quadril relacionadas ao pé, até às síndromes musculares e das membranas fasciais que envolvem os músculos, tendões, ligamentos e ossos (McPOIL JUNIOR; BROCATO, 1993; DONATELLI; WOODEN, 1996).
Um novo conceito de palmilha utilizando os sensores dos pés está direcionado à neurofisiologia e não ao aspecto mecânico como as palmilhas tradicionais. As palmilhas posturais utilizam materiais que apresentam características de leveza, variação da densidade, pouca espessura, higiene e está fundamentada na fisiologia da postura. Na palmilha são inseridos elementos de borracha, com espessura de um milímetro a no máximo quatro milímetros, em locais definidos pela avaliação postural (ABADIE, 1994).
Desta forma, os receptores externos da pele, os proprioceptores articulares e musculares estão intimamente interligados e a partir das modificações da sensibilidade profunda, das modificações articulares e do equilíbrio músculo ligamentar desencadeados pelos baroreceptores plantares, a postura do corpo pode ser modificada, tanto para uma postura adequada ou inadequada (VALLET, 1996; VILLENEUVE, 1996).
Na confecção das palmilhas posturais, também descritas como sensoriais, são utilizados elementos de borracha que são fixados na palmilha em contato com a planta dos pés. Estes elementos fornecem informações ao sistema postural fino e como resposta, o corpo produz um reequilíbrio postural através das reações reflexas tônicas musculares, corrigindo desta forma as assimetrias posturais (VILLENEUVE, 1996).
É muito comum se observar um desequilíbrio do corpo em anterioridade. Diante desta situação, a região do antepé, através dos baroreceptores, ativa reflexamente a tensão dos músculos posteriores da coluna e dos membros inferiores com objetivo de posteriorizar o corpo na tentativa de reequilibrá-lo (GAGEY, 1996). Entretanto, quem indica as palmilhas de maneira geral tem pouco conhecimento sobre a complexidade do controle postural, desconhece a relação existente entre a visão e os receptores plantares, entre a disfunção e a repercussão que o aparelho oclusal ocasiona na postura de forma geral (VALLET, 1996).
Portanto, as indústrias e as oficinas ortopédicas, quando fabricam uma palmilha desconhecem sua ação modificadora da postura. Este fato pode propiciar alterações lesivas na postura do trabalhador e gradativamente desenvolver o desconforto e a dor. O uso da palmilha ortopédica clássica modifica a biomecânica e pode desorganizar uma postura ideal (BRICOT, 1999; GAGEY, 1996). A má adaptação das palmilhas à região plantar perturba a biomecânica articular dos pés e da coluna vertebral, pois diminuem o contato do pé com o solo e geram as insuficiências sensoriais pelo contato insuficiente. Para melhorar esta interação um novo conceito denominado de palmilhas termomoldáveis permite recrutar mais mecanoreceptores cutâneos podais (VILLENEUVE, 1996).
As correções posturais utilizando os receptores plantares são baseadas na localização da superfície plantar e na densidade dos elementos. Esta determinação dos locais de colocação é precedida pela avaliação postural (VILLENEUVE, 1996). Desta forma, a avaliação permite constatar a eficácia imediata da correção das assimetrias posturais, principalmente da coluna vertebral.

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