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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Lesões no Tênis

Tênis
História do Tênis no Brasil
Em nosso país o tênis foi introduzido por desportistas ingleses, que começaram a praticá-lo em Niterói antes mesmo do futebol começar a ser jogado no país. A partir daí foram se projetando bons valores, como Herbert Filgueiras, Ricardo Pernambuco, Manuel Fernandez e Alcides Procópio.

Com a criação da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e a vinda dos maiores tenistas do mundo, além da excursão de brasileiros aos países praticantes, acentuou-se aqui a prática do esporte, surgindo valores de categoria internacional, como Ronald Barnes, Carlos Fernandez, Edson Mandarino, Ivo Ribeiro, Thomas Koch, Mary Habicht e Maria Ester Bueno (Nascimento, 1976).


Regras do Tênis
Desporto que se pratica a dois ou a quatro, consiste em fazer passar acima de uma rede, batendo com uma raquete uma bola (de borracha recoberta de feltro), ultrapassando os limites traçado no terreno.

O Jogo
É disputado por dois jogadores ou por duas duplas. As partidas são em melhor de cinco ou três sets, dependendo do regulamento do torneio.

A Quadra
Mede 23,77m de comprimento por 8,23m de largura. É dividida por uma rede, feita de nylon, com 91,4cm de altura.



Os Pontos
São contados da seguinte forma; 15, 30, 40 e game. A cada vitória no primeiro e no segundo ponto vale 15. No terceiro, dez. Vencendo o quarto, o tenista ganha o game, desde que não haja empate no terceiro ponto.

A contagem no set: O jogador que primeiro conquistar seis games vence um set, mas é preciso manter uma vantagem de dois games sobre o adversário. Em caso de empate, é jogado um tie-breake.

Tie-breake: A contagem é feita em sequência. Ganha quem fizer sete pontos primeiro. Se houver empate em seis a seis, a disputa vai a oito, em sete a sete vai a nove e, assim sucessivamente.

Informações sobre calendários, acesse www.cbtenis.com.br/calendarios

Fundamentos do Tênis
Saque

O jogo começa com um saque, que também é chamado de serviço. O jogo prossegue até que um dos tenistas não consiga rebater a bola ou erre na devolução. Didaticamente o saque é dividido em 6 fases: (Vídeo 001) e (Vídeo 002)

I – Preparação,II Pré-Armação,III Armação Tardia,IV Aceleração,V Pré-Complemento eVI Complemento Tardio.

Mais informações ver o item Biomecânica do Tênis (colocar um link com o botão biomecânica no tênis)

Backhand (ou Esquerda)
É o golpe executado com as costas da mão apontadas para a rede. Também é dividido didaticamente em: (Vídeo 003) e (Vídeo 004)

I Preparação,II Contato,III Pré-Complemento eIV Complemento Tardio

Mais informações ver o item Biomecânica do Tênis (colocar um link com o botão biomecânica no tênis)

Forehand (ou Direita)

É o golpe executado com a palma da mão apontada para a rede, e é dividido em: (Vídeo 005) e (Vídeo 006)

I Preparação,II Contato,III Pré-Complemento eIV Complemento Tardio
Mais informações ver o item Biomecânica do Tênis (colocar um link com o botão biomecânica no tênis)

LobGolpe alto aplicado para encobrir o adversário que está próximo à rede

SliceEfeito que corta a bola de cima para baixo. Com esse efeito, a bola tende a quicar mais rente ao solo, o que dificulta a devolução do adversário (Vídeo 007)

Smash O smash equivale à cortada do vôlei. Ele é usado para definir o ponto. Geralmente o golpe é executado perto da rede

VoleioRebatida efetuada antes que a bola toque a quadra.
Equipamentos do Tênis
A raquete (Mattos, 2000)

Mede até 81cm de comprimento, incluindo o cabo, e 31,75 cm de largura. O aro não pode exceder 39,37cm de comprimento e 29,21cm de largura.
Antigamente as raquetes eram de madeira que as tornavam pesadas, mas com a evolução tecnológica, as raquetes também evoluíram e hoje são construídas de material tipo grafite, kevlar, titânio, carbono e suas combinações, tornando dessa forma a raquete mais leve e mais durável.



Equilíbrio da Raquete

Peso na cabeça: a maioria das raquetes modernas são muito leves do que elas foram alguns anos atrás. Muitos desses modelos tem mais peso próximo a cabeça da raquete. O ponto de balanço é maior do que 345 mm do cabo.

Equilibrada: A raquete mais pesada é normalmente usada por jogadores com um longo movimento. Um balanço próximo do ponto médio do comprimento da raquete é preferido por este tipo de jogador. O ponto de balanço é menor do que 345 mm do cabo.

Peso no cabo: Este tipo de raquete é menos popular. Isto porque raquetes modernas são leves. A combinação da raquete leve e equilíbrio leve não é popular.

Para maiores informações sobre equipamento acesse www.raquetes.com.br ou www.racquetsresearch.com

A bola (Mattos, 2000)
Branca ou amarela, tem superfície uniforme e diâmetro de 6,35cm a 6,67cm. Seu peso varia de 56,7g a 58,5g.

Os Tipos de Pisos (Mattos, 2000)
Saibro: quadra de terra (pó de telha). É o tipo de piso em Roland Garros

Hard court: base de asfalto recoberta com resina. Usada no US Open

Grama: as quadras de Wimbledon são de grama

Carpete: piso semelhante à grama, muito veloz. Usada no inverno europeu.
Biomecânica do Tênis
Morris et al (1989), estudaram a atividade muscular sobre o cotovelo durante golpes de tênis em nove tenistas de nível profissional e colegial utilizando eletromiografia e fotografia de alta velocidade. Oito músculos foram avaliados no saque, forehand e backhand (golpes de base). O saque foi dividido em 6 fases e a base foi dividido em 4 fases.

Os golpes de base mostraram baixa atividade em todos os músculos durante a fase de preparação. Durante a fase de aceleração, ambos backhand e forehand mostraram um aumento de atividade em todos os músculos. Ambos os golpes mostraram atividade dos extensores e em adição o forehand mostrou alta atividade no braquial e bíceps. Na fase do complemento, houve uma diminuição generalizada da atividade de todos os músculos.

O saque mostrou baixa atividade em todos os músculos na fase de preparação. Na fase de armação aumentou a atividade dos extensores do punho, com atividade marcada na armação tardia. O pronador redondo e o tríceps mostrou aumento da atividade na fase de aceleração. A fase de complemento mostrou baixa atividade muscular exceto para o bíceps, o qual aumentou na fase de complemento tardio.

Backhand (ou Esquerda)

O movimento de Esquerda (Backhand) é dividido em 4 fases:

Fase I – Preparação
A preparação da raquete inicia com o primeiro movimento da preparação e termina com o primeiro movimento para frente da raquete. (Vídeo 008)


Fase II – Aceleração
A aceleração inicia com o movimento da raquete para frente e termina com o contato da bola. (Vídeo 009)

Fase III – Pré-Complemento
O complemento inicia com o contato da bola. O pré complemento corresponde aos primeiros 25% da fase de complemento. (Vídeo 010)


Fase IV – Complemento Tardio
Corresponde aos últimos 75% da fase de complemento. Termina com a finalização do golpe.(Vídeo 011)


Backhand
Atividade Eletromiográfica(MMT)
Preparação
Aceleração
Pré Complemento
Complemento tardio
BAIXA(< 25%)
Todos os músculos
FCR
BícepsTríceps
Todos os múculos
MODERADA(25~40%)
-
BraquialPronadorBícepsTríceps
EcrlEdcBraquialFCRPronador
-
ALTA(> 40%)
-
ECRLECRBEDC
ECRB
-
Onde: MMT- teste muscular manual, ECRL – extensor radial longo do carpo, ECRB- extensor radial curto do carpo, EDC – extensor comum dos dedos, FCR –flexor radial do carpo
Fonte: Morris et al - Electromyographic analysis of elbow function in tennis players. Am J Sports Méd. 17(2): 241-247, 1989.

Forehand (ou Direita)

O movimento de Direita (Forehand) é dividido em 4 fases semelhantes ao movimento da esquerda:

Fase I – Preparação
A preparação da raquete inicia com o primeiro movimento da preparação e termina com o primeiro movimento para frente da raquete. (Vídeo 012)


Fase II – Aceleração
A aceleração inicia com o movimento da raquete para frente e termina com o contato da bola. (Vídeo 013)

Fase III – Pré-Complemento
O complemento inicia com o contato da bola. O pré complemento corresponde aos primeiros 25% da fase de complemento.


Fase IV – Complemento Tardio
Corresponde aos últimos 75% da fase de complemento. Termina com a finalização do golpe. (Vídeo 014)


Forehand
Atividade Eletromiográfica(MMT)
Preparação
Aceleração
Pré complemento
Complemento tardio
BAIXA(< 25%)
Todos os outros músculos
Pronador
ECRLPronadorTrícepsBraquial
Todos os outros músculos
MODERADA(25~40%)
ECRL
TrícepsFCR
EDCFCR
ECRLECRB
ALTA(> 40%)
-
BícepsECRLECRBEDCBraquial
BícepsECRB
-
Onde: MMT- teste muscular manual, ECRL – extensor radial longo do carpo, ECRB - extensor radial curto do carpo, EDC – extensor comum dos dedos, FCR – flexor radial do carpo
Fonte: Morris et al - Electromyographic analysis of elbow function in tennis players. Am J Sports Méd. 17(2): 241-247, 1989.

Saque

O movimento do saque é dividido dentro das seguintes fases (6):

Fase I – PreparaçãoInicia com o primeiro movimento da raquete e termina até que a bola seja liberada da mão contralateral (toss). (Vídeo 015)


Fases II e III – Pré-Armação e Armação Tardia
A armação é iniciada com a liberação da bola e continua para o ponto máximo da rotação externa no ombro dominante. A fase II é a pré armação, os primeiros 75% da fase; a fase III armação tardia, os últimos 25% da fase. (Vídeo 016)


Fase IV – Aceleração
A aceleração inicia com o movimento para frente do braço e continua até o contato com a bola.(Vídeo 017)


Fases V e VI – Pré-Complemento e Complemento Tardio
O complemento inicia com o contato da bola e continua até a finalização do golpe. A fase V é o pré complemento, os primeiros 25% da fase e a fase VI é o complemento tardio, os últimos 75% da fase.(Vídeo 018)


SAQUE
Atividade Eletro-miográfica(MMT)
Preparação
Pré armação
Armação tradia
Aceleração
Pré complemento
Comple-mento tardio
BAIXA(< 25%)
Todos os músculos
Todos os outros músculos
BraquialPronadorBícepsFCR
BraquialBíceps
Todos os músculos
Todos os outros músculos
MODERADA(25~40%)
-
ECRBEDC
Tríceps
ECRLEDC
-
Bíceps
ALTA(> 40%)
-
-
ECRBEDCECRL
ECRBFCRTrícepsPronador
-
-
Onde: MMT- teste muscular manual, ECRL – extensor radial longo do carpo, ECRB - extensor radial curto do carpo, EDC – extensor comum dos dedos, FCR – flexor radial do carpo
Fonte: Morris et al - Electromyographic analysis of elbow function in tennis players. Am J Sports Méd. 17(2): 241-247, 1989.



Principais Lesões no Tênis
O tênis é um jogo em transição de um esporte que requer coordenação, agilidade e habilidade específica para o tênis e que também demanda potência e condicionamento físico. Entretanto, esta evolução não tem alterado a epidemiologia das lesões no tênis. A maioria são torções ou lesão por sobrecarga repetitiva.

Lesões traumáticas agudas que são relativamente incomuns incluem: estiramento dos adutores, reto femural, isquitibiais, entorse de tornozelo e ocasionalmente lesão meniscal. Tennis Leg é uma ruptura parcial da cabeça medial do gastrocnêmio durante uma arrancada da perna afetada, enquanto que Tennis Toe é um hematoma subungueal causado pela compressão dos dedos dentro do tênis e ocorre mais comumente em quadras duras. A “canelite” e a síndrome do estresse tibial medial pode ocorrer em tenistas que mudam seus hábitos de treinos. Os tenistas podem reclamar também de fasceíte plantar, calos e bolhas (mãos e pés). Bolhas são mais comuns durante os tempos quentes e úmidos, com calçado novo, ou deslizamento do pé no calçado em superfícies de alta fricção (quadra dura).

O Tenis Elbow (epicondilite lateral - cotovelo de tenista) tem sido relatado tendo como fatores de risco como: mecanismo do golpe, idade, freqüência de jogo e vibração da raquete. A epicondilite lateral geralmente ocorre em praticantes recreacionais entre 30 a 50 anos de idade (três a quatro vezes por semana) ou inexperientes que não tenham boa técnica, particularmente o backhand e inadequado condicionamento. Raquetes pesadas, rígidas, com tensões altas na corda e empunhadura de tamanho incorreto são também fatores que contribuem para a lesão.

A epicondilite medial é menos comum do que a epicondilite lateral, mas pode ser visto em jogadores que tentam bater na bola com excessivo “top spin” (efeito) no forehand ou máxima pronação no saque.

A fratura por estresse na ulna tem sido reportado por tenistas que usam o backhand com duas mãos.

Problemas no ombro são comuns em jogadores mais velhos e em tenistas de elite. A maioria dos problemas do ombro são similares a esses de outros atletas de arremesso: pinçamento e instabilidade. Tem sido encontrado em ombro dominante de tenistas de elite aumentada flexibilidade na rotação externa e diminuída flexibilidade na rotação interna.

Lesões no punho em tenistas podem ocorrer de trauma direto ou mais comumente por sobreuso. A síndrome De Quervain, tendinite do extensor radial curto e longo do carpo e do flexor ulnar do carpo, podem resultar de estiramento excessivo dos músculos durante o saque, excessiva contração excêntrica dos músculos que estabilizam o punho nos golpes que não atingem o centro da raquete ou técnica inadequada. Lesão da fibrocartilagem triangular pode ocorrer em tenistas com dor no punho no lado ulnar.

O golpe mais associado com lesões no tênis é o saque, geralmente também considerado o mais importante golpe no jogo. Este é o mais agressivo dos golpes e requere movimento intergrado das pernas, tronco e braços para minimizar riscos de lesões e maximizar performance. As forças de reação do solo são transmitidas para a coluna pelos joelhos e quadris, forçando a lordose e rotação externa do ombro. Músculos como o reto abdominal, oblíquos internos e oblíquos externos flexionam e rodam a coluna no saque. A fáscia toracolombar age como ponto de origem para múltiplos músculos paravertebrais que contraem excentricamente para desacelerar a flexão da coluna. Como resultado disso temos: estiramento do reto abdominal, músculo paravertebrais e lesão miofascial toracolombar. A força de rotação axial e flexão lateral também pode produzir hérnia discal. A espondilólise ocorre ocasionalmente em tenistas, presumidamente devido a hiperextensão repetitiva. A disfunção da articulação sacroilíaca é relativamente comum em tenistas, sendo o mecanismo mais comum o salto durante o saque, saltar sobre um membro pode induzir a uma translação pélvica e uma flexão/rotação da coluna em uma rotação interna do fêmur. Fratura por estresse da articulação sacroilíaca também tem sido reportado nesses atletas.

Acima de 40% dos tenistas profissionais, desistem de um torneio por ano devido a dor lombar.
FUNDAMENTOS COM MOVIMENTOS ERRADOS QUE LEVAM A SOBRECARGAS LESIVAS

No Saque:

Bola atrás (Vídeo 019)
Empunhadura errada (Vídeo 020)
Preparação com giro (Vídeo 021)


No Forehand:

Atrasado (Vídeo 022) e (Vídeo 023)
Curto (Vídeo 024)
Empurrado (Vídeo 025)


No Backhand:

Pernas abertas de frente (Vídeo 026)
Cotovelo a frente (Vídeo 027)
Com extensão de punho (Vídeo 028)


Como eu trato
Tennis Elbow

Geralmente o paciente nos procura após 3 meses do início dos sintomas, se auto tratando com medidas analgésicas como gelo e massagens com pomadas a base de cânfora.

Protocolo

1ª semanaCrioterapia; Tens / corrente interferencial;US (fonoforese com dexametasona 0,4%);Manipulação articular de cotovelo (maitland);Mobilização passiva de cotovelo e punho.
Laser

2ª e 3ª semanaUS (fonoforese com dexametasona 0,4%);Manipulação articular de cotovelo;Exercícios isométricos de punho, cotovelo e cintura escapular (elástico e/ou halteres)LaserPropriocepção

4ª a 6ª semanaManipulação articular;Exercícios isotônicos de punho, cotovelo e cintura escapular (simulando gesto esportivo);Propriocepção;Retorno gradual ao esporte (treino com raquetes de badmington e peteca, evoluindo com raquete de tênis e bola de espuma, posteriormente com bola de tênis de criança (murcha).

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