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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Lesões no nado sincronizado

Nado Sincronizado
Regras e Pontuação
Todas as competições internacionais devem ser conduzidas pelas regras da FINA. Para maiores informações acesse o site da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (www.cbda.org.br).

PISCINA

As piscinas para as competições olímpicas devem ter 12 metros de comprimento por 12 metros de largura e 3 metros de profundidade e temperatura mínima de 24 graus. Além das caixas acústicas externas é também colocado o som subaquático para proporcionar uma boa audição da música.

MAIOS E ACESSÓRIOS

Para as competições de figuras (categorias infantil A e B e juvenil A e B) o maio deve ser preto e a touca branca.

Para as competições de rotina técnica e rotina livre, a cor e desenho são livres e o corte do maio deve ser apropriado para as competições de natação sincronizada (sem transparências e aberturas com exceção das costas).

É feita a vistoria dos maiôs pelo árbitro antes da competição e caso este considere incompatível com as regras, não será permitido competir até que seja feita substituição por outro apropriado.

O uso de equipamentos acessórios não é permitido exceto o nose clip (evitar a entrada de água pelo nariz) e os tampões de ouvido.

COMPETIÇÕES FIGURAS

Um Grupo de figuras é sorteado pelo comitê organizador com antecedência e cada competidor deverá realizar quatro figuras. Elas são selecionadas pelo Comitê Técnico de Natação Sincronizada a cada quatro anos e submetida à aprovação do bureau da FINA.

ROTINA TÉCNICA

Consiste de solos, duetos e equipes (de quatro a oito atletas).

Os limites de tempo para a rotina técnica é de 2 minutos para o solo, 2 minutos e 20 segundos para o dueto e 2 minutos e 50 segundos para as equipes incluindo 10 segundos para os movimentos fora da água. A rotina contem elementos obrigatórios selecionados pelo Comitê Técnico de Natação Sincronizada a cada quatro anos e submetida a aprovação do bureau da FINA.A escolha da música e da coreografia é livre contanto que os elementos sejam executados na ordem definida.

Serão dadas duas notas de 0 a 10 para o julgamento.

1.Execução:

Dos elementos obrigatórios

Solo 70%

Dueto 70%

Equipe 70%


Demais partes da rotina

Solo 30%

Dueto 30%

Equipe 30%


2.Impressão Geral:

Sincronização

Solo 10%

Dueto 20%

Equipe 30%


Dificuldade

Solo 30%

Dueto 30%

Equipe 20%

Coreografia e uso música

Solo 40%

Dueto 40%

Equipe 40%

Apresentação

Solo 20%

Dueto 10%

Equipe 10%


ROTINA LIVRE

Consiste de solos, duetos, equipes e combinada (10 atletas que se intercalam na realização de solo, dueto e equipes dentro de cinco minutos). Podem ser compostas de quaisquer nados e figuras e não existe restrições quanto a música ou o conteúdo da rotina. É onde os técnicos elaboram coreografias criativas procurando explorar as melhores qualidades das atletas.

Os tempos limites para os solos 3 minutos, duetos 3 minutos e 30 segundos, equipes 4 minutos e combinada 5 minutos.

Para o julgamento serão dadas duas notas de 0 a 10
São dadas duas notas de 0 a 10

1.Mérito Técnico:

Análise da execução de braçadas, figuras,técnica de propulsão e precisão de formações
Solo 50%

Dueto 40%

Equipe 40%

Sincronização um com outro e com a música

Solo 10%

Dueto 20%

Equipe 30%

Dificuldade de braçadas, figuras, formações e sincronização

Solo 40%

Dueto 40%

Equipe 30%


2. Impressão Artística

considerar coreografia: variedade, criatividade, cobertura da piscina, formações e transições

Solo 50%

Dueto 60%

Equipe 60%

Interpretação da música:uso da música

Solo 20%

Dueto 20%

Equipe 20%

Apresentação

Solo 30%

Dueto 20%

Equipe 20%


CÁLCULO DOS RESULTADOS

A nota da rotina será o total das duas notas após descartar a nota maior e menor e o total é dividido pelo número de juízes menos dois e multiplicado por 5. Conferir no site da fina ss18.1

Nos eventos que incluem somente a rotina técnica e a livre, o resultado final é a soma dos dois valendo ambos 50%.

A partir daí são selecionados os finalistas e estes voltam a realizar a rotina livre novamente para determinar a colocação final (em Jogos Olímpicos, Mundiais e Copas do Mundo).

JUÍZES

São divididos em dois painéis de 5 a 7 juízes cada, sendo um painel para avaliar o mérito técnico e o outro a impressão artística. Os painéis são colocados elevados e em lados opostos da piscina.

História no mundo
O nado sincronizado parece ser o evento de menor esforço nos Jogos Olímpicos, mas existe muito mais no esporte do que aparece na superfície.

Com as pernas mantidas altas, e braços graciosamente estendidos, as atletas deslizam na água relembrando cenas dos filmes de Esther Williams acompanhadas pela música, mas hoje, o nado é um esporte altamente competitivo e vem ganhando popularidade pela sua beleza, desafio e prazer que proporciona aos espectadores.

Demanda qualidades como técnicas de natação, controle respiratório, coordenação, ritmo, força, resistência e flexibilidade que somadas a parte artística fazem com que manobras complexas pareçam leves e sem esforço, transformando-o em um esporte de grande audiência e popularidade.

No Mundo

O nado sincronizado originou-se a partir das formas simples de acrobacias na água, do Balé Aquático e da natação artística, modalidades muito disputadas em 1892 nos campeonatos da chamada “Scientífic and Ornamental Swimming”, na Inglaterra, e também no início do século XX no Canadá, Holanda, Alemanha, Bélgica e França (Colli 2004).

Em 1907, Annete Kellerman, nadadora australiana apresentou-se em um tanque de vidro, atraindo a atenção nacional no New York Hippodrome sendo a primeira “bailarina subaquática”.

Segundo Jones (1975), historicamente o nado sincronizado é uma atividade aquática nova. Katharine Curtis foi quem iniciou o nado nos Estados Unidos na Universidade de Chicago em 1923 e primeiramente foi chamado de ballet aquático. Em 1934 realizaram uma apresentação na World´s Fair em Chicago e foi a partir daí chamado de nado sincronizado.

Na década de 40, o esporte foi popularizado através da artista Esther Williams com as suas performances nos “musicais aquáticos” da MGM.

Em 1941 a União Atlética Amadora dos Estados Unidos o reconheceu como esporte em provas por equipes e duetos, passando a regulamentá-la e a comandá-la. O primeiro campeonato oficial do país foi disputado em 1946 em Chicago (Coli, 2004).

A Federação Internacional de Natação Amadora (FINA) reconheceu a prática como esporte em 1952 e é responsável pelas suas regras e sua organização ao redor do mundo. Somente em 1955 foi incluído no programa dos Jogos Pan-Americanos no México e em 1984 nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (solo). Nos Jogos Olímpicos de 1988 e 1992 solos e duetos em 1996 equipes e a partir de 2000 duetos e equipes. Os campeonatos mundiais são organizados desde 1973.


História no Brasil
No Brasil, não é conhecida nenhuma data precisa do início do nado sincronizado. No Rio de Janeiro as primeiras notícias datam do ano de 1943, de um grupo de ballet aquático, sem fins competitivos criados pela atleta Maria Lenk na Escola Nacional de Educação Física e desporto da Universidade do Brasil. As competições começaram provavelmente em 1958, com a realização do primeiro campeonato carioca da modalidade no Tijuca Tênis Clube.

O Brasil teve representantes nos Jogos Olímpicos desde a sua introdução em Los Angeles exceto nos Jogos de 1996 em Atlanta quando foi disputado somente na categoria equipes (Cardoso, 2000).

Fundamentos Básicos
PALMATEIO

O propósito do palmateio é o suporte, equilíbrio e ou propulsão. É um movimento dos braços contínuo aplicando uma pressão constante na água por todo o tempo tornando-o diferente das outras formas de propulsão . O palmateio precisa ser constante em tempo, força, amplitude e profundidade, pois durante a transição de uma posição para outra um desses elementos deve ser ajustado e a chave para a transição suave é a habilidade de fazer as alterações necessárias no momento correto (Nesbitt,1991). Os elementos necessários para uma boa posição corporal e técnica de palmateio são: força, flexibilidade, pressão constante, tempo, amplitude, profundidade e eficiência.

O palmateio é uma figura de oito realizada à partir do movimento dos antebraços e das mãos movendo primeiramente a partir do corpo e então em direção ao corpo. A força criada por essa ação deve ser diretamente oposta à direção do movimento desejado. Portanto a propulsão com o palmateio é a força que move o corpo no sentido desejado, pensar sempre em aplicação de força (Lundholm,1976). O palmateio cria uma força de suspensão horizontal ou vertical provendo suporte e equilíbrio para as demais partes do corpo. De acordo com o princípio de Bernoulli, o fluxo da água através da palma da mão é lento, criando uma área de alta pressão, a diferença de pressão entre o dorso e a palma da mão cria a força perpendicular à direção do fluxo da água. Como o fluxo da água é essencialmente horizontal, a força criada será para cima. Apesar das mãos parecerem planas em direção ao fundo da piscina, elas rodam gentilmente formando ângulos de 20º a 50º. Os cotovelos são posicionados ao lado cerca de 6 a 9 inches do tronco e um pouco mais profundo que o centro de gravidade (Zielinski, 2005)

Segundo RYBUYAKOVA(1991) a mais difícil braçada é o palmateio de suporte que mantém o corpo na posição vertical. As opiniões entre treinadores e especialistas diferem sobre qual a trajetória de movimento mais eficiente. 40 % são a favor do oito, 35% do loop, 15% da elipse e 10% relinear. O estudo mostrou que em atletas tecnicamente melhores, na vista lateral segue uma trajetória elíptica enquanto na axial observa-se uma trajetória em oito no plano horizontal. O palmateio é dividio em quatro fases. Na primeira as mãos se movem para fora, com ângulo de 10 a 15 % de inclinação, com uma maior força de elevação e pouca resistência à frente permitindo que as extremidades se mantenham bem acima da superfície da água. Fase de contenção ou restrição, as mãos movimentam-se para o lado e para baixo. A força de resistência é diretamente vertical para cima enquanto a força horizontal é zero. A posição da mão, é aberta com ângulo de 90º de inclinação na direção do movimento. Fase de retorno: as mãos se movem para dentro e os valores de reação da força de resistência para frente e da força de elevação se igualam realizando a função de suporte. Fase de transição, as mãos se movem para cima virando ao mesmo tempo, e o fluxo da água corre contra a lateral da mão. A força resultante é direcionada para baixo e a mão muda de posição, virando para 90º gradualmente para completar o ciclo. Os atletas melhores ranqueados aumentam a duração da primeira fase e do retorno reduzindo a fase de restrição e a transição.

EGGBEATER

É uma técnica para propulsão horizontal e vertical e para o suporte. É também utilizada como transição de uma posição para outra ou para se mover de uma braçada de transição para outra. A ação básica e alternar a braçada de peito com uma perna movendo no sentido horário e a outra no sentido anti horário. A coluna permanece na vertical perpendicular a superfície da água. O quadril é fletido a 90º. Os joelhos são bem separados para dar uma larga base de sustentação (Jones, 1975).

O eggbeater provem um contínuo suporte pois não existe fase de repouso para as pernas assim sendo utilizado para manter uma alta posição vertical de tronco e possibilitar a sustentação. Além disso é possível mudar da vertical para a horizontal ou vice versa e enquanto os MMII movimentam-se, os MMSS estão livres para criar vários movimentos. É realizada em uma posição sentada ereta, coluna perpendicular à linha da água, cervical estendida e ombros relaxados. Os joelhos no mesmo plano horizontal do quadril, ou seja as coxas formando um ângulo de 90º com o tronco. Todo o tronco permanece estacionado.

Para realizar a progressão e necessário fazer alguns ajustes na posição corporal por exemplo, para deslizar para trás, elevar os joelhos e manter os pés a frente do corpo. Para frente abaixar os joelhos, para os lados, o membro do lado do deslocamento abaixo do seu corpo e o outro para o outro lado (Forbes,1989).

Posições Básicas
São dezenove posições no total onde a posição dos braços é opcional, os dedos dos pés devem estar fletidos e os tornozelos em flexão plantar. Para maiores informações www.fina.org.

Posição de costas:cabeça(orelhas), quadris e tornozelos em linha

Posição de frente: cabeça, parte superior das costas, glúteos e calcanhares na superfície.

Posição de cancã (na superfície ou submerso): posição de costas com um dos membros inferiores em flexão de quadril, ficando o membro perpendicular a superfície da água.

Posição de flamingo (ns superfície ou submerso): um membro perpendicular a superfície da água e o outro é trazido em direção ao tórax com o meio da perna em contato com membro inferior oposto.

Cancã duplo (na superfície ou submerso): membros inferiores juntos em flexão de quadril e perpendicular a superfície da água. Cabeça em linha com o tronco

Vertical: cabeça, tornozelos e quadris em linha, perpendicular a superfície da água, pernas juntas e cabeça para baixo.

Guindaste: posição de vertical com um membro em flexão de 90 graus de quadril.

Rabo de peixe: igual à posição de guindasteporém o pé da perna à frente deve estarna superfície da água, independente da altura ocupada pelo quadril.

Grupada: corpo o mais compacto possível, com a coluna fletida, membros inferiores fletidos o unidos e cabeça junto aos joelhos.

Carpada à frente: corpo flexionado no quadril formando um ângulo de 90º, joelhos estendidos e tronco e cabeça alinhados.

Carpada para trás: corpo fletido no quadril formando um ângulo de 45º ou menos, joelhos estendidos e unidos.

Arco de dolfinho: corpo estendido com a cabeça , quadril e pés formando um arco para ser seguido com os membros inferiores unidos.

Arco de superfície: tronco inferior em extensão, com quadril, ombros e cabeça em uma linha vertical e membros inferiores unidos na superfície.

Joelho flexionado: corpo em posição de frente, de costas, vertical ou arqueada, um dos membros é fletido com os dedos em contato com o interior do outro membro. Na posição de costas e arco de superfície, a coxa é perpendicular à superfície da água.

Tina: membros inferiores flexionados e juntos, pés e joelhos paralelos e na superfície e as coxas em perpendicular. Cabeça em linha com o tronco e face na superfície.

Abertura: membros inferiores em abertura ântero-posterior com pés e coxas na superfície. Coluna lombar em extensão, quadril, ombros e cabeça em linha vertical.

Cavaleiro: posição de vertical com um dos membros em extensão de quadril, pé na superfície o mais próximo possível da horizontal.

Variante de cavaleiro: tronco inferior em extensão com quadril, cabeça e ombros em linha vertical. Um dos membros em vertical e o outro em extensão de quadril com o joelho flexionado mantendo-o em paralelo com a superfície.

Rabo de peixe lateral: corpo na posição vertical com um dos membros em abdução com o pé na superfície independente da altura do quadril.
Movimentos Básicos
São dezesseis movimentos básicos descritos parra assumir as posições. Ilustrações no site www.fina.org.

1. para assumir o cancã: posição de flutuação de costas, um membro inferior é flexionado acompanhando a face interna do outro membro para assumir a posição de joelho flexionado e então o joelho é estendido para assumir a posição de cancã.

2. descida do cancã: inverso do movimento anterior

3. para assumir a posição de carpada à frente: o tronco se move em direção ao fundo, os glúteos, pernas e pés deslizam pela superfície até que o quadril ocupe o lugar da cabeça no início dessa ação

4. final da ação arco para a posição de costas: à partir da posição de arco de superfície, os quadris, o tórax e a face aparecem sequencialmente na superfície em um mesmo ponto enquanto o corpo move-se em direção aos pés até assumir a posição de flutuação de costas. A cabeça toma o lugar que o quadril ocupava ao iniciar a ação.

5. saída de passos: o quadril permanece imóvel enquanto um dos membros descreve um arco acima da superficie para encontrar o membro oposto. Pode ser para frente terminando em flutuação de costas ou para trás terminando em flutuação para frente.

6. rotação de catalina: à partir da posição de cancã, a cabeça, os ombros e o tronco começam a rotação próximos à superfície com o mínimo movimento lateral enquanto descem para assumir a posição de guindaste. O ângulo entre os membros permanece em 90º durante toda a rotação.

7. rotação de catalina invertida: retorno do movimento anterior.

8. carpada atrás para vertical (thrust): um movimento de subida de vertical de pernas e quadril é rapidamente executado ao mesmo tempo que o corpo se desenrola para assumir a vertical. Máxima altura é desejada.

9. descida da vertical: mantendo a posição de vertical, o corpo desce através de seu eixo longitudinal até os dedos dos pés submergirem.

10. giros (twist): é uma rotação com altura sustentada na posição vertical. O corpo permanece em seu eixo longitudinal durante toda a rotação. É finalizado com uma vertical descendente. São divididos em meio giro (180º), giro completo (360º) e twirl , um giro rápido de 180º.

11. parafuso ou spin: rotação na posição vertical.

- descendente: começa na altura máxima e termina quando os calcanhares chegam a superfície
- spin 180º : parafuso descendente com rotação de 180º
- spin 360º: parafuso descendente com rotação de 360º
- spin contínuo: parafuso descendente com rotação rápida de no mínimo 720º que será completado antes dos calcanhares chegarem à superfície
- twist spin: meio giro seguido de parafuso contínuo
- ascendentes: começa com o nível da água nos tornozelos e termina entre o joelho e quadril, finalizado com uma descida de vertical.
- spin up 180º: parafuso ascendente com rotação de 180º
- spin up 360º: parafuso ascendente com rotação de 360º
- spin combinado: parafuso descendente de no mínimo 360º, seguido por parafuso ascendente, com número igual de giros na mesma direção.
- spin combinado reverso: parafuso ascendente de no mínimo 360º seguido sem pausa por parafuso descendente com igual número de giros na mesma direção.


12. dolfinho: iniciar na posição de flutuação de costas, o corpo faz um círculo com diâmetro de 2,5 metros. A cabeça, quadril e os pés deixam a superfície sequencialmente para assumir o arco de dolfinho, ao mesmo tempo que o corpo se move através do círculo com a cabeça, quadris e pés seguem uma linha imaginária sobre a circunferência.O movimento continua até que o corpo se alonga até assumira posição de costas, com a cabeça, quadril e pés rompendo sequencialmente a superfície em um mesmo ponto.

13. dolfinho para a vertical: a cabeça alcança um quarto do círculo e com movimento contínuo o corpo continua descendo para assumir a posição de vertical. Mantendo a vertical, o corpo sobe em seu eixo longitudinal, até que a água se estabeleça entre os tornozelos e os quadris.

14.descida de vertical para o círculo de dolfinho: descida de vertical até o quadril alcançar um quarto do círculo e então a cabeça lidera a parte de trás do corpo para a circunferência de um círculo num arco de dolfinho e prossegue o dolfinho.

15. dolfinho pés à frente para vertical: os dedos dos pés atingem os três quartos do círculo então o corpo é alongado para a vertical enquanto sobe através de seu eixo longitudinal.

16. descida de vertical para o arco de dolfinho pé primeiro: descida de vertical até os dedos dos pés alcançarem os três quartos do círculo. Os dedos dos pés lideram o corpo de volta à circunferência do dolfinho e o arco de dolfinho, enquanto o dolfinho pés primeiro continua.

Figuras
As figuras são definidas em termos de seus componentes: posições básicas e transições. A transição é um movimento contínuo de uma posição para outra mantendo o nível da água constante. Elas são executadas na posição estacionária, sendo que algumas transições necessitam de deslocamento. Elas devem ser executadas de forma alta e controlada, em movimento uniforme, com cada parte bem definida. São dividas em quatro grupos diferentes e com graus de dificuldade que variam de 1,1 a 3,5.

Os elementos obrigatórios selecionados pelo Comitê Técnico de Natação Sincronizada para período de 2002 a 2005 devem ser executados na ordem listada e são os seguintes
Solo, Duetos e Equipes
SOLO

1- meio giro em posição de abertura seguido de um giro (360º) juntando os MMII simultaneamente para a posição vertical e executar descida.

2-alçada de tronco: elevação rápida com máxima porção do corpo acima da água. Ambos os braços devem ser tirados da água ao mesmo tempo em que o corpo alcança sua máxima altura.

3-eggbeater em deslocamento frontal ou lateral, com os braços fora da água ao mesmo tempo

4-parafuso combinado

5-aurora abrindo:partindo da posição de rabo de peixe até o final da figura. É a figura de maior grau de dificuldade no nado sincronizado.

6-alçada de pernas para a posição vertical seguida de parafuso rápido de pelo menos 360º continuando até completa submersão dos pés.

DUETOS

1- meio giro seguido por twirl na direção oposta e completado na mesma direção do meio giro.

2- alçada de tronco: rápida elevação com máxima porção do corpo acima da superfície; ao alcançar a máxima altura os dois braços devem ser tirados da água, no mesmo tempo.

3-eggbeater

4- combinação de cancã em deslocamento: incluindo pelo menos três das seguintes posições de superfície em qualquer ordem:cancã com a perna direita, com a esquerda, dança duplo e flamingo.

5-alçada de pernas: para a posição vertical seguida de Twirl e completada com descida rápida de vertical na mesma velocidade da estocada.

6-ariana

7- posição vertical com joelho flexionado: com o nível da água estabelecido entre o joelho e quadril seguido por um parafuso combinado em que a perna flexionada é estendida para encontrar a perna estendida no parafuso descendente e volta a flexionar no parafuso ascendente. A posição vertical com joelhos flexionados deve ser mantida na descida.

8-alçada de pernas seguida de abertura: alçada de perna para a vertical seguida de rápida abertura e rejuntamento para a posição vertical na máxima altura. O movimento é completado por rápida descida de vertical.

EQUIPES

1-alçada com movimento acrobático: uma plataforma, estaca ou salto.

2-alçada de garça com meio giro

3-alçada de eggbeater

4-eggbeater

5-combinação de cancã

6-saída de passo à frente a partir da posição de abertura

7-boto com parafuso completo

8- alçada de abertura com spin de 180º

9-sequência: movimentos idênticos realizados sequencialmente pelas atletas.

10-Deve-se incluir formações em linha e em círculo.
Treinamento
O nado sincronizado desde a iniciação até a elite (alta performance) é a combinação ou diversos mosaicos de movimentos básicos.Conforme a nadadora evolui, melhora a habilidade de controlar a velocidade, altura e a amplitude de movimentos.

A idade ideal para iniciação no esporte é entre os 7 e 9 anos de idade. A criança deve ter pelo menos noções de natação e a partir daí serão ensinadas as técnicas de propulsão, fundamentos dos palmateios, ritmo, sincronização, flexibilidade e as posições básicas.

Essa primeira fase de aprendizado é de suma importância, visto que toda a progressão técnica dependerá desses alicerces e ocorrerá a partir da evolução das mesmas.

Conforme a categoria, aumenta o grau de dificuldade das figuras e é imprescindível a técnica adequada inicial pois os demais movimentos provem dos básicos e é freqüente encontrarmos em atletas de alta performance, erros dos fundamentos básicos comprometendo a realização dos movimentos nas rotinas.

É acrescido também ao treinamento específico, o condicionamento físico geral, porém ainda não existe um consenso em relação ao melhor tipo de condicionamento físico, visto que o esporte demanda muitas qualidades específicas e às vezes conflitantes. É necessário o desenvolvimento de força e leveza, coordenação, resistência, potência, flexibilidade, ritmo, interpretação e carisma, domínio corporal sobre a água e capacidade aeróbica e anaeróbica.

Através do desenvolvimento dessas qualidades as atletas conduzem manobras complexas e precisas com graça e ação nas formas. Isto o faz um esporte único e tem despertado o interesse de cientistas para determinar se essas características são inatas ou adquiridas (Homma,1996; Imamura et al,1990).

Yamamura et al (1999) avaliou a dimensão corporal, composição corporal, força muscular de MMII, endurance muscular de tronco, capacidade aeróbica e anaeróbica e flexibilidade e não encontrou correlação da antropometria e da composição corporal com a performance. A endurance abdominal obteve o maior coeficiente de correlação dentre todas as variáveis examinadas provavelmente pela força do tronco adequada necessária para segurar as posições estáticas e suportar o peso em todas as posições corporais. A capacidade anaeróbica também não teve relação, provavelmente porque a rotina é um exercício intermitente onde períodos de esforço máximo duram alguns segundos e são pontuados por atividades de baixa intensidade desta forma o sistema ATP-CP é utilizado predominantemente como sistema de energia durante as atividades explosivas apesar da glicólise ter um importante papel no final das rotinas (Yamamura,2000). A flexibilidade também mostrou grande relação com a performance.

Estudo conduzido na Copa do Mundo de 1997 pela FINA por pesquisadores chineses, concluiu que dentre as 81 atletas pesquisadas, existia uma grande similaridade entre todas. Concluíram que as Russas apresentavam as melhores características corporais para o esporte, altura moderada (média de 165.2cm), peso médio de 55,2 kg e média de porcentagem de tecido gorduroso de 19,83% e terminaram a competição em primeiro lugar. A equipe americana que terminou em oitavo lugar apresentava comprimento maior de membros inferiores e superiores e menor porcentagem de tecido gorduroso (Peiling,1997)

Atletas de alta performance chegam a treinar oito horas por dia seis vezes por semana entre o treinamento específico e a parte física. Dentro do treinamento físico alguns realizam também o ballet, pilates, técnicas de ginástica, técnicas de saltos ornamentais entre outras modalidades.

A capacidade aeróbica é treinada através de corrida, dança aeróbica ou natação. Força e potência são adquiridos com programas de musculação específicos ao esporte. O treino de flexibilidade faz parte da rotina diária de treinamento. A sincronização entre as atletas e com a música é treinada através da repetição, frequentemente usando câmeras para ilustrar os erros e exercícios de marcação com a música fora da água.

Esses componentes são divididos conforme a periodização, ou seja as qualidades gerais no início dos ciclos de treinamento evoluindo para exercícios cada vez mais específicos.

Principais Lesões
Com os recentes avanços nas alçadas e lançamentos de alto risco, ocorreu um aumento na incidência de lesões traumáticas (Mountjoy, 1999). Para lançar ou suportar a atleta acima da água o grupo permanece junto debaixo da água, aumentando o potencial para hematomas agudos, contusões, roturas e fraturas.

Roturas musculares e tendíneas aumentaram com os movimentos balísticos de alta velocidade. A alçada de abertura de pernas é responsável principalmente pelas hipertonias transitórias agudas nos músculos adutores, ísquio-tibiais e quadríceps.

As lesões por overuse mais freqüentes são os problemas decorrentes das instabilidades de ombro, dores lombares e síndrome patelo-femural.

As instabilidades de ombro são decorrentes dos microtraumas repetitivos que ocasionam a frouxidão capsular combinada com a hipermobilidade observada nas atletas (Mountjoy,1999). O suporte que as mantem na posição vertical consiste no movimento de rotação lateral e medial em amplitude completa de ombros e é repetida milhares de vezes durante o treinamento (Chu,1999).

O stress repetitivo leva à inibição reflexa dos músculos do manguito rotador e dos estabilizadores da escápula ocasionando incoordenação e alteração do ritmo da cintura escapular e muitas vezes levando a síndrome do impacto (Chu, 1999). Porém neste caso, o pinçamento é uma causa e não o sintoma sendo o tratamento então baseado no restabelecimento do equilíbrio e do controle muscular da cintura escapular e correção técnica dos movimentos que estejam ocasionando a sobrecarga. Uma vez readquirido o ritmo escapulo-umeral normal e a atleta ter adquirido força e resistência para os padrões de movimentos necessários o treino é reintroduzido gradativamente. Apesar de pouco freqüente no nado sincronizado, diferenciar com a síndrome do desfiladeiro torácico (Richardson, 1999).

As dores lombares são freqüentes em decorrência das posições de hiperextensão, repetidas rotações e torsões de tronco, pela dificuldade de controle da coluna nos movimentos velozes e por ser a base de suporte para o eggbeater. Costumam estar associados hipertonia transitória de flexores de quadril e eretores da espinha, inflamação das facetas articulares, hipomobilidade e hipermobilidade de partes da coluna vertebral e alterações posturais. No tratamento é enfatizado a correção das alterações primárias garantindo os requisitos da mecânica e então a reeducação dos movimentos e posterior automatização dos mesmos.

A síndrome patelofemural é resultado do mal alinhamento de membros inferiores associado à sobrecarga de treinamento principalmente a realização repetitiva da alçada de eggbeater. A alçada envolve uma potente circundução do quadril e o joelho é mantido em flexão e exerce resistência contra a água a partir de uma posição de valgismo. Na prática clínica com atletas de elite a incidência tem diminuído provavelmente pela resolução do mal alinhamento e melhora técnica e subseqüente desenvolvimento de intensivo programa balanceado de fortalecimento, mas ainda é um achado comum em atletas recreacionais (Mountjoy,1999).

Em um estudo longitudinal de cinco anos no Santa Clara Aquamaids swin Club em 1998 com a equipe campeã nacional, indicou uma alta incidência de instabilidade multidirecional de ombros, dores lombares, síndrome de stress medial de joelho e vários casos de hipertonia transitória muscular. O Santa Clara venceu o solo, dueto e equipe desde 1992 e relatam que a alta incidência de lesões comparadas aos demais clubes americanos pode ser decorrente da alta intensidade dos treinos, o tempo de prática e a complexidade de suas rotinas (Chu,1999)

Como eu Trato
Os componentes do treinamento do nado sincronizado incluem condicionamento aeróbico e anaeróbico, força, potência, endurance, flexibilidade e qualidades específicas do esporte como perfeição, expressão artística e qualidades de performance. Equilibrar esses componentes para maximizar a realização técnica sem produzir lesões de overuse é a maior tarefa para todos os treinadores.
O nado sincronizado é um esporte muito interessante para a fisioterapia visto a gama de possibilidades possíveis de movimento.

Além disso, as atletas ficam o tempo todo submersas e para cada movimento existe a alteração do centro de gravidade e de flutuação sendo necessário o ajustes dos mesmos para cada troca de posição e movimento. Os ajustes são muito finos e como não existe o referencial do chão, a dificuldade é grande para conseguir alinhamento, estabilidade e mobilidade ao mesmo tempo. Desta maneira o tronco inferior é quem controla o centro de gravidade e move os membros inferiores e o tronco. A localização do centro de gravidade depende da posição do corpo e da tensão dos músculos. O objetivo nas principais posições é manter o centro de gravidade na região do quadril, o centro de flutuação entre os abdominais superiores e a região torácica inferior proporcionando o equilíbrio e o controle na água. Na posição de eggbeater o objetivo é manter o centro diretamente acima do centro de gravidade, e na vertical, diretamente abaixo. Essas serão as posições mais equilibradas permitindo que a força de flutuação da água suporte o centro de gravidade. Portanto novamente o alinhamento apropriado na posição vertical é essencial para manter o equilíbrio, controle e eficiência podendo usar a água para suportar o corpo(Zielinski,2005). É necessário ainda manter um nível de tensão muscular apropriado pelo corpo mas essa dependerá diretamente do alinhamento, ou seja quanto mais próximo do alinhamento menores serão os ajustes tanto tônicos como os fásicos para mantê-lo. É a habilidade para manter o controle do centro de gravidade e de flutuação que permite as atletas moverem-se lentamente ou rápido através de uma larga variedade de posições enquanto matém equilíbrio, controle e atingem altura.

Além disso, as atletas permanecem grande parte do tempo de cabeça para baixo e o único referencial visual nesta posição são as paredes da piscina. Starkes (1989) analizou a posição vertical e a influência das informações proprioceptivas e visuais e concluiu que mesmo sem a informação visual ou após perturbação da posição as atletas são capazes de assumir a posição vertical sem dificuldade principalmente as com maior tempo de treinamento.

Fica claro desta maneira que qualquer assimetria e desequilíbrio muscular irão ficar mais evidentes, portanto proporcionar estabilidade é fundamental para que elas possam ter boa altura e propulsão, amplitude, potência.

O trabalho do fisioterapeuta desta forma se torna fundamental para as correções das inadequações, garantindo os requisitos da mecânica e do controle visto que todas as dificuldades e deficiências técnicas são resultados dessas alterações de postura e movimento. Por exemplo, a linha da posição vertical com exceção dos pés em flexão plantar, é a mesma da postura em pé, e uma vez que o bom alinhamento é atingido, com o movimento de suporte, os membros inferiores irão subir. Quando o alinhamento não é atingido, a altura dos membros é baixa pois a força e a pressão do suporte devem ser alterados o tempo todo devido à oscilação do corpo.

Além da biomecânica envolvida nos movimentos e nas posições básicas juntamente com o alinhamento corporal, alguns fundamentos são importantes para a realização correta dos mesmos, prevenindo lesões e possibilitando a melhora de performance.
Conclusão
O nado sincronizado tem evoluído muito nos últimos anos mas ainda não existe um consenso com relação aos treinamentos, principalmente à parte física que difere de país para país o que tem levantado a curiosidade de muitos cientistas ainda na busca por respostas.

É um esporte altamente técnico com grande grau de dificuldade o que leva à uma participação importante do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar principalmente para proporcionar a potencialização da performance e conseqüente prevenção de lesões, mas para isso ainda se torna necessário a realização de estudos científicos para pautar a prática clínica.

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