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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Lesaões no Baseboll

Beisebol
História no Brasil e no Mundo
O beisebol tem sua origem, na era moderna, nos Estados Unidos em 1843 sendo conhecido como seu criador o senhor Abner Doubleday. Como qualquer modalidade esportiva, foi difundido em outros países com o passar do tempo e chegou ao Japão entre 1870 e 1880.

No Brasil, teve seu início vinculado à colônia japonesa em 1908, mas somente nos anos 30 é que houve um número significativo de praticantes no país (sempre vinculados à colônia nipônica).

A partir das décadas de 60, 70 e 80 é que o esporte passou a ser mais divulgado entre os não japoneses.

Hoje, com transmissões diárias de jogos da temporada americana e com atletas brasileiros jogando em centros de referência no beisebol como Estados Unidos, Japão, América Latina e até Taiwan, o Brasil tem aprendido a ?gostar? desse esporte tão técnico, tático e estratégico. Os mais apaixonados comparam uma partida de beisebol a um ?Jogo de Xadrez?.

Equipamentos Utilizados
Basicamente, o beisebol tem como principais acessórios:

Luva: Feita em couro e utilizada na mão não dominante (se o jogador é destro, a luva é utilizada na mão esquerda)


Bastão: Feito de madeira maciça (na categoria adulta) e de alumínio (nas categorias menores e no Softbol variação do Beisebol jogado principalmente por mulheres).



Bola: Feita com um núcleo de madeira, cortiça e borracha, revestida de couro de vaca ou de cavalo, numa "costura infinita". No Softbol, a bola é um pouco maior e mais leve para facilitar a rebatida.



Protetores: Alguns jogadores fazem uso de protetores nas tíbias, no momento que vão rebater, para evitarem boladas e o rebatedor sempre utiliza um capacete para proteção da cabeça pelo mesmo motivo.


Apenas um jogador de defesa tem um equipamento diferenciado, o "Catcher", cuja função será detalhada mais a frente.

Regras
As regras do Beisebol são muito detalhistas e somente esse capítulo seria suficiente para escrevermos dezenas de páginas. Para uma fácil assimilação, tentaremos resumir as partes principais.

Maiores informações acesse o site da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol www.cbbs.com.br
O campo



Em forma de quadrado com 90 pés de lado (+/- 30 m), é chamado também de diamante pelos americanos, tem um prolongamento nas laterais que dão a forma de ¼ de circunferência. O raio desse ¼ de circunferência varia de campo para campo.

Nos vértices dos quadrados estão as "bases"- no sentido anti-horário saindo do centro do ¼ de circunferência, a primeira, segunda, terceira e a principal ou "home".

A uma distância de 18,45 m do "home" e 9 polegadas acima do nível do campo


no centro do quadrado, está o local onde o arremessador se posiciona para o arremesso.

As equipes

São formadas, na defesa, por 9 jogadores.



O arremessador ou "pitcher" - principal jogador da equipe




(Vídeos 002, 003 e 004).

O pegador ou "catcher" - segundo em importância, esse jogador tem que ter um perfeito entrosamento com o arremessador para uma boa partida da equipe. Alguns teóricos do esporte o vêem como o principal jogador e cérebro do time. É ele, em conjunto com os técnicos, que seleciona o tipo de arremesso que será realizado pelo "pitcher"





(Vídeo 010).

Os homens base e entre bases ou "infilders" - o primeira base (3),



o segunda base (4) - se posiciona entre a primeira e segunda base,


o "shortstop" - se posiciona entre a segunda e terceira base e o terceira base.

Os jardineiros ou "outfilders" - são 3 e se posicionam no lado direito do campo ("right filder")


no centro ("center filder")


e no lado esquerdo ("left filder").


Todos cobrem as regiões mais afastadas do campo.
Substituições

As equipes podem realizar quantas substituições forem necessárias, porém o jogador não poderá retornar à partida.
Pontuação

A partida é dividida em 9 entradas ou "innings". Em cada entrada, as duas equipes irão rebater. O objetivo da equipe que está defendendo é eliminar 3 rebatedores, para então assumir o bastão e jogar no ataque. Só marca pontos a equipe que estiver rebatendo.

Para marcar 1 ponto, a equipe que está com o bastão deve fazer com que seu jogador percorra o quadrado completo das bases. À equipe defensora cabe tentar eliminar esse rebatedor e/ou corredor antes que ele alcance o "home".


Se um rebatedor conseguir rebater a bola para fora da área do campo, será considerado ponto ("Home Run")


e, se houver algum outro rebatedor ocupando bases, haverá mais de um ponto (1, 2, 3 e 4 pontos ou "Grand Slam Home Run")
Eliminação do rebatedor e/ou corredor

Para eliminar um rebatedor, o arremessador do time contrário deve lançar 3 bolas em uma área quadrada delimitada na parte de cima pela axila do rebatedor, na parte de baixo pelos joelhos e nas laterais pela projeção das laterais do "home". Essa área descrita é chamada zona de "strike".


O rebatedor pode ser eliminado se a bola rebatida por ele for pega no ar por um dos defensores antes de tocar o solo.


Para eliminar um corredor em uma base, o time defensor deve, quando a bola estiver em jogo após uma rebatida, fazer a bola chegar em uma base antes do corredor.



Ao final das nove entradas ("innings"), ganha quem fizer mais pontos. Se hover empate, o jogo prosseguirá até que numa entrada completa ocorra desempate. No beisebol não há empate.

Biomecânica do Beisebol
A biomecânica do beisebol é específica para cada jogador e para cada posição em campo. Vamos analisar resumidamente os principais gestos desse esporte: Arremesso e rebatida.
O Arremesso



Como qualquer esporte de arremesso, o objetivo é lançar a bola para algum local ou pessoa. O gesto do arremesso no beisebol une força e precisão, já que as distâncias são relativamente longas e a bola deve ir de encontro a um pequeno alvo (outro jogador ou zona de "strike"). O arremesso praticado pelos jogadores de defesa não tem nenhuma particularidade biomecânica digna de nota, apenas o arremesso do "pitcher" será descrito a seguir (Vídeos 005 e 006).

O arremesso do "pitcher" busca a máxima velocidade ("fast ball") com o máximo efeito ("courve ball" ou "braking ball") e com precisão cirúrgica pois na maioria das vezes busca a zona de "strike". Para isso, o "pitcher" se utiliza de alavancas corpóreas e movimentos rotacionais do tronco para uma maior transferência de energia para o braço de arremesso (Vídeos 007).

Esse movimento completo pode ser dividido em fases didáticas para uma melhor compreensão. Traduzindo do inglês, podemos dividir as fases em:


1. Preparação ou "Wind-up"


2. Encaixe inicial ou "Early cocking"


3. Encaixe final ou "Late cocking"


4. Aceleração ou "Acceleration"


5. Desaceleração ou "Deceleration"


6. Finalização ou "Follow through"


A Rebatida

A rebatida, assim como o arremesso, usa o movimento de tronco como forma de transferência de energia para os membros superiores e o bastão. Também dividiremos em fases didáticas como o arremesso:

(Vídeo 009).

1. Preparação ou "Wind-up"


2. Pré-rotação ou "Pré-swing" 3. Rotação ou "Swing" (dividido em início, meio e fim do movimento)


4. Finalização ou "Follow through"

Principais Lesões
As lesões, como em qualquer esporte, podem ser por esforços repetitivos ou por trauma.

Cada posição em campo tem uma característica distinta e, conseqüentemente, lesões específicas.

Jardineiros ou "Outfilders" - Normalmente sofrem lesões por quedas ou mergulhos para alcançar as bolas rebatidas ou por impactos em muros ou grades que se encontram no limite do campo.



As lesões mais comuns são escoriações, luxações gleno umerais, luxações acrômio claviculares, pancadas com o queixo no solo e com o tronco contra anteparos (paredes, muros ou grades).


Bases e entre bases ou "Infilders" - Sofrem algumas lesões por quedas como os "outfilders" e outras lesões por contato com jogadores adversários.



Pegador ou "Cacther" - Esses atletas apresentam uma incidência maior de lesões em joelhos pela própria posição em que permanecem quando seu time está defendendo. Eles ficam grande parte do tempo na posição de cócoras e com os joelhos em valgo.




Isso provoca, a médio e longo prazo, lesões meniscais e lesões condrais (fêmuro patelares e fêmuro tibiais). O pegador é o atleta que utiliza o maior número de acessórios: colete, luva especial e máscara. Tudo isso para protegê-lo de arremessos que fazem com que a bola chegue a até 160 km/h.



Arremessador ou "Pitcher" - Como é o jogador mais solicitado durante uma partida, o arremessador é o que mais sofre com lesões durante a temporada. Como vimos anteriormente, o movimento biomecânico do arremesso leva algumas articulações ao extremo de amplitude e isso acaba ocasionando um desgaste anormal de algumas estruturas musculares e articulares. Citaremos algumas lesões mais comuns que acometem o arremessador durante uma temporada.
Membros Superiores

As lesões de membro superiores se restringem praticamente ao membro utilizado no arremesso, já que o contralateral não exerce nenhum tipo de alavanca significativa.

Instabilidade gleno umeral -o início da fase de aceleração do arremesso é caracterizado por uma posição em que o ombro apresenta uma rotação externa e abdução anormal. Isso ocasiona, a longo prazo, e com repetições sucessivas, uma grande tensão na cápsula anterior da articulação gleno umeral levando a uma frouxidão do ligamento gleno umeral anterior.



Lesões do manguito rotador e do tendão do bíceps - Pelo mesmo motivo anterior, essas estruturas sofrem com lesões por "overuse". Chegando até a apresentar rupturas tendíneas e das fibras musculares.

Impacto posterior da cabeça do úmero - durante o movimento de aceleração a cabeça do úmero articula-se com a cavidade glenóide num movimento de rotação e translação associado numa velocidade angular muito grande. Ao final desse movimento, a parte superior da cabeça do úmero é impactada com a parte anterior da glenóide. Esse movimento provoca um trauma na cabeça do úmero que pode levar a formação de uma lesão condral e subcondral conhecida como Impacto posterior da cabeça umeral muito comum em esportes que apresentam grande velocidade angular de membros superiores acima de 90 graus de flexão e/ou abdução de ombro.


(Vídeo 008).

Lesões de labrum glenoidal pelo mesmo motivo biomecânico citado anteriormente, o labrum glenoidal pode apresentar rupturas em seu contorno. Quando essa lesão é associada a uma tração do tendão do cabo longo do bíceps ela é denominada de "SLAP".
Tronco

As lesões do tronco, geralmente são relacionadas à patologias discais degenerativas da coluna. A região mais acometida é a região lombar e acredita-se que o movimento de aceleração do arremesso, iniciado em extensão de tronco e finalizado em flexão com rotação, sobrecarregue a região lombar.

Membros inferiores

As lesões de membros inferiores nos arremessadores são menos freqüentes e se restringem a lesões meniscais de joelho e lesões condrais por torções axiais. Normalmente acometem o membro contralateral ao braço de arremesso, já que é ele que apóia o corpo do arremessador na finalização do arremesso.


Como Eu Trato
Como exemplo de tratamento, citaremos uma das lesões mais comuns e a conduta adotada por nós.

Uma lesão muito comum é a instabilidade anterior gleno umeral apresentada por muitos arremessadores.

Essa lesão é provocada pelo estiramento repetitivo do ligamento gleno umeral anterior durante a fase de aceleração do arremesso. Nessa fase, o braço encontra-se abduzido e em máxima rotação externa, provocando um enorme stress anterior e levando a uma instabilidade da articulação gleno umeral por falência do compartimento anterior do ombro.

Nesse caso citado acima, devemos dividir o tratamento em preventivo e curativo.
Preventivo

Se o atleta não tem dores, o objetivo do trabalho é melhorar a musculatura estabilizadora do ombro, principalmente o manguito rotador e equilibrar a diferença entre o alongamento do compartimento anterior e o encurtamento do compartimento posterior.

Dentre os principais músculos, ressaltamos os rotadores externos e os fixadores escapulares. Os rotadores externos (infraespinhal, redondo menor e supraespinhal num menor grau) restringem a translação anterior da cabeça do úmero durante o arremesso e os fixadores escapulares (trapézio e rombóides) proporcionarão uma melhor estabilização da escápula e, conseqüentemente, da glenóide.

Para atingirmos esses objetivos, precisamos alongar a cápsula posterior do ombro com movimentos de rotação interna de ombro. Para o fortalecimento dos rotadores externos e fixadores, podemos utilizar desde elásticos resistidos até aparelhos de musculação. Sempre lembrando que o trabalho de fortalecimento deve ser acompanhado de uma reeducação funcional, pois alguns exercícios de fortalecimento, principalmente em máquinas de musculação, são muito analíticos e precisam de um trabalho complementar de funcionalidade do membro.
Curativo

O tratamento curativo se aplica aos casos em que o atleta tem dores em ombro seja durante o arremesso ou não.

Nesse caso, utilizamos recursos de eletroterapia como o laser terapêutico, o US de 1 MHz e crioterapia para quadros inflamatórios de tecidos moles. Após a diminuição do quadro de dor, o trabalho é o mesmo citado no tratamento preventivo.

É importante uma avaliação multiprofissional para um diagnóstico preciso, pois o tempo de reabilitação do atleta deve ser o menor possível e em alguns casos, podem ocorrer lesões intraarticulares que são resistentes ao tratamento conservador e que necessitam de intervenção cirúrgica.

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