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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Lesões no Squash

Squash
História do Squash no Mundo
Por mais de um milênio, a Humanidade tem inventado e desfrutado de jogos baseados em rebater uma bola com a mão, ou com algum tipo de bastão ou raquete. Por volta do ano de 1148, na França, se jogava "Le Paume", que significa a palma da mão; este jogo progrediu, mais tarde, como "Jeu de Paume", "Real Tennis", "Royal Tennis", ou simplesmente, Tenis.

Inusitadamente, no começo do século 19, esta obsessão com raquetes e bolas deu início a uma variante do esporte no presídio "The Fleet", em Londres. Os presidiários se exercitavam rebatendo uma bola contra as paredes. Vários deles usavam raquetes, dando daí, origem ao jogo de "Rackets". Tal jogo encaminhou-se por algum obscuro caminho até "Harrow" e outras escolas Britânicas de prestígio e tradição, por volta de 1820, embrionando-se, aí, o esporte conhecido como "Squash Rackets", ou simplesmente, Squash.

O Squash foi "inventado" por volta de 1830 na "Harrow School", quando os alunos descobriram que uma bola furada do jogo de "Rackets", quando espremida (squashed) pelo impacto com a parede, produzia um jogo com muito mais variedade de trajetórias, e que também, requeria um esforço muito maior para se jogar, pois os jogadores não podiam simplesmente "esperar" a bola voltar, como no jogo de "Rackets". Esta variante do "Rackets" foi muito bem aceita, e em 1864, as primeiras quatro quadras de Squash foram construídas na "Harrow School", e o esporte conhecido como Squash foi oficialmente fundado.

Nos primórdios do Squash, como em todos os outros esportes, não havia nenhuma padronização internacional, e foi inevitável o surgimento de algumas variantes do jogo. Felizmente, somente duas variações do jogo vingaram. Uma, na Inglaterra, jogada em quadras de 21 pés de largura e com "bolas macias", e, a segunda, jogada na América do Norte, com quadras de 18,5 pés de largura e "bolas duras". Ambas usavam um quadra de 32 pés de comprimento.

A primeira referencia ao Squash, fora da "Harrow School", apareceram em 1890, no livro "The Badminton Library of Sports and Pastimes" escrito pelo Duque de Beaufort. Eustace Miles, campeão mundial de Tenis e Rackets, escreveu o primeiro livro sobre Squash, em 1901, mencionando que o esporte já era desfrutado por milhares de jogadores, em várias partes do Mundo. Àquela época, já existiam quadras de Squash em escolas e Universidades, na Inglaterra e algumas quadras foram construídas em residencias particulares. O primeiro campeonato profissional de Squash foi realizado em 1920, na Inglaterra, no qual C.R. Read (Queens Club) venceu A.W.B. Johnson (RAC Club).

Em 1923, H.A.L Rudd, escrevendo para "Baily’s Magazine", previu que o esporte de Rackets perderia muito jogadores para o Squash, com a chegada do primeiro Campeonato Inglês Amador. Ele estava preocupado com o fato, visto que ele considerava o Rackets como um esporte mais adequado "para homem". Na sua opinião, o Squash era um bom exercício, mas não exigia a mesma habilidade. Apesar de sua frustração, suas previsões se confirmaram, e o Squash cresceu e se difundiu rapidamente, ultrapassando a popularidade do Rackets em pouquíssimo tempo.

Com o crescimento do Squash, algumas organizações foram criadas, para gerenciar o esporte, a nível local. As primeiras entidades fundadas foram a United States Squash Racquets Association (USSRA) em 1907 e a Canadian Squash Racquets Association em 1911. Na Inglaterra, o esporte estava regulado pelo sub-comitê de Squash, vinculado a Tennis and Rackets Association de 1908 até 1928, quando a Squash Rackets Association (SRA) foi fundada.

Uma quadra construída no "Bath Club", em Londres, no início do século 20, foi escolhida como o padrão a ser seguido em termos de dimensões: 32 pés de comprimento por 21 pés de largura, muito menores que a quadra de Rackets que media 60 pés por 30 pés. O sistema de contagem sem vantagem, com games de 15 pontos foi usado até 1926, quando o sistema com vantagem (só quem saca, marca pontos), e games de 9 pontos foi proposto. Na América do Norte, o antigo sistema de contagem se manteve, e tal sistema se foi adotado no Circuito Profissional, em 1991, visando-se encurtar os jogos.

Em 1933, o grande jogador Egípcio Amr Bey, conquistou o primeiro de uma série de cinco British Opens, os quais eram vistos como Campeonatos Mundiais. Seguindo tais conquistas, M.A. Karim, também do Egito, alcançou os títulos entre 1947 e 1950. Em 1951, a "Dinastia Khan" estabeleceu-se com Hashim entre 1951 e 1958, Roshan em 1957, Azam entre 1959 e 1962, Mohibullah em 1963, Jahangir entre 1982 e 1992 e Jansher em 1993 e 1994.

O British Open feminino começou ainda mais cedo, Miss. J.I. Cave ganhou em 1922. Até 1960, somente jogadoras inglesas haviam conquistado o Open, com Janet Morgan (Shardlow após casar-se) ganhando os campeonatos entre 1950 e 1958. Foi seguida pela jogadora mais famosa de todos os tempos, a australiana Heather McKay que dominou suas adversárias entre 1966 e 1977 e manteve-se imbatível durante toda a sua carreira. Heather foi sucedida por Susan Devoy, da Nova Zelândia, a qual ganhou o British Open entre 1984 e 1992.

Possivelmente os jogadores que propiciaram o maior desenvolvimento do Squash foram Jonah Barrington, da Irlanda e Geoff Hunt, da Austrália. Eles dominaram o Squash entre o final dos anos 60 e o início dos anos 80, sendo idolatrados mundialmente e fomentaram uma expansão do esporte, nunca antes experimentada, levando o esporte ao nível representado pelos números de 46.000 quadras espalhadas ao redor do mundo sendo utilizadas por mais de 15 milhões de jogadores, ao final de 1994.

História do Squash no Brasil
O jogo de Squash se difundiu rapidamente no seu início, sendo que os países com maior aceitação foram aqueles com forte influencia e/ou dominação britânica, tais como África do Sul, Índia, Paquistão, Egito, Austrália e Nova Zelândia.

No Brasil a primeira quadra de Squash surgiu no início deste século nas minas de ouro de Nova Lima - MG, trazida por engenheiros ingleses.

Em clube esportivo a primeira quadra surgiu no clube SPAC (São Paulo Athletic Club) na década de 30.
No final da década de 70 e inicio de 80, o primeiro boom do Squash começou com a construção de quadras em clubes e academias de São Paulo e Rio de Janeiro.
No final dos anos 80, novas quadras foram construídas no Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e também em Belém do Pará.

A primeira federação a ser fundada foi a Federação Paulista de Squash Rackets em 20/11/1979. Depois veio a Federação de Squash do Rio de janeiro, fundada por filho de ingleses liderados por John Hughes.

A Confederação Brasileira de Squash (CBS) foi oficialmente fundada no dia 21 de Junho de 1991 na sede do Comitê Olímpico Brasileiro. Após a regularização das federações estaduais a CBS teve sua primeira eleição em 1994 tendo sido eleito o Sr. Fernnado Mont’alvenre. Hoje a CBS tem 8 (oito) federações filiadas. www.squash.org.br
Atualmente no Brasil contamos com aproximadamente 35.000 praticantes e 1000 quadras.

Regras
Principais Regras do Squash Individual

O Jogo

O jogo de Squash é disputado entre dois jogadores, cada um usando uma raquete, com uma bola e numa quadra, todas as três de acordo com as dimensões padronizadas da World Squash Federation (WSF). (Vídeo 01).http://www.planetasquash.com/principal/principal.htm

O Escore (Contagem de pontos)

Uma partida se constituirá de uma melhor de 3 ou 5 games, conforme a opção dos promotores da competição. Cada game é disputado ate 15 pontos, isto é, o jogador que primeiro completar 15 pontos ganha o jogo, exceto quando, em acontecendo pela primeira vez o empate em 14 pontos, o recebedor pode optar, antes de ser servido o próximo saque, pela continuação do game ate 15 pontos (Set One) ou ate 17 pontos (Set Two), quando então o jogador que primeiro marcar mais três pontos, ganha o game. O recebedor deve, em qualquer dos casos, indicar claramente a sua opção ao Marcador, Árbitro e para seu adversário.

O marcador deverá anunciar "Set One" ou "Set Two" conforme aplicável, antes que o game continue.

O Saque

O jogo começa com um saque e o direito de sacar é decidido pelo giro de uma raquete. Dai em diante, o sacador continua a sacar até que perca uma jogada, quando então seu adversário se torna sacador, e este procedimento continuará durante a partida. No início do segundo e de cada game subseqüente, o ganhador do game anterior saca primeiro. (Vídeo 02)

Ao início de cada game e de troca de sacador, o sacador tem a escolha de que lado sacará e dai em diante, alternará o lado, enquanto permanecer o sacador. No entanto, se uma jogada terminar num let, o sacador deverá sacar novamente do mesmo lado.

Ao sacar, o jogador deverá largar ou lançar a bola, usando a mão ou a raquete, antes de golpeá-la. Se um jogador tendo largado ou lançado a bola, não fizer menção de golpeá-la, a bola deve ser largada ou lançada outra vez para aquele saque.

Um saque não é bom e o sacador perde a vantagem se:
- A bola, depois de ser largada ou lançada para o saque, tocar uma parede, o piso, teto ou quaisquer objetos suspensos das paredes ou teto antes de ser golpeada - Chamado "Falta".
- No momento de golpear a bola, o sacador não tiver parte de um dos pés em contato com piso dentro da área de saque ou alguma parte deste pé estiver tocando a linha limitadora da área de saque (parte deste pé pode se projetar sobre esta linha, desde que ele não toque na linha) - Chamado "Foot-Fault".
- O sacador fizer uma ou mais tentativas de golpear a bola, mas falhar em fazê-la. - Chamado "Not up".
- A bola não for golpeada corretamente. - Chamado "Not up".
- A bola for sacada para fora. - Chamado "Fora".
- A bola é sacada contra qualquer outra parede da quadra, antes da parede frontal. - Chamado "Falta".
- A bola é sacada para o chão, ou, na ou abaixo da linha de saque. - chamado "Falta" se for acima da lata, e "Baixa" se for para o chão ou, na lata.
- O primeiro pique da bola, a não ser que seja voleada pelo recebedor, caia no piso antes ou fora do quarto posterior da quadra oposta ao lado do sacador. - Chamado "Falta".
- O sacador não deverá sacar até que o marcador tenha anunciado o escore (o placar)

Após um bom saque ser feito, os jogadores golpeiam a bola alternadamente até que um ou outro deixe de fazer um bom retorno, e a bola deixar de estar em jogo de acordo com as regras, pelo apelo de um jogador ou a uma chamada do Marcador ou Árbitro.

Bom Retorno

Um retorno é bom se a bola, antes de ter tocado mais de uma vez o piso, for devolvida corretamente pelo batedor de encontro a parede frontal acima da lata, ou via parede(s) lateral(is) e/ou parede do fundo, sem primeiro tocar o piso, ou qualquer parte do corpo do adversário, ou a raquete , corpo ou vestuário, desde que a bola não seja golpeada para fora.

Não será considerado um bom retorno, se a bola tocar a lata antes ou depois de ter tocado a parede frontal e antes de tocar no piso, ou se a raquete não estiver na mão do jogador quando a bola for golpeada.

Equipamentos
01. Medidas da Quadra



Comprimento 9,75m

Largura 6,40mDa rectaguarda à linha de meio Campo 4,26mAltura da parede frontal 4,75m

Altura da parede da rectaguarda 2,13m

Altura da linha de serviço 1,84m
Altura do Tin 0,48m

Caixa de Serviço 1,60x1,60m

Largura das linhas de marcação 5 cm

02. A Raquete

Ela possui em média a mesma medida que a raquete de Tênis, mas com um cabo mais longo e a cabeça menor, o que proporciona movimentos mais ágeis utilizando muito movimento de punho.


Dimensões da Raquete de Squash
Comprimento Máximo 686 mm Espessura Máxima, medida nos ângulos direitos do cabo

- 215 mm
Comprimento Máximo das Cordas - 390 mm Área Máxima do Encordoamento - 500 cm2 Largura Mínima de qualquer estrutura (medida na superfície das cordas) - 7 mm Profundidade Máxima de qualquer estrutura (medida nos ângulos direitos da superfície das cordas) - 26 mm Raio Mínimo da curvatura de fora da estrutura emqualquer ponto - 50 mm Raio Mínimo da curvatura de qualquer margem daestrutura - 2 mm
PESO Peso Máximo - 255 mg

03. A Bola

O nome do esporte é dado pela bola, apertável (do inglês squashable) usada no jogo. Uma bola oca que não pinga quase nada fria, mas durante o aquecimento do jogo ela fica bem quente, acima de 40º, o que proporciona maior velocidade ao jogo, pois quanto mais quente ela fica mais ela pinga e mais rápido o jogo fica.


Fundamentos
01. Saque

O saque pode ser feito tanto em Backhand como em forehand dependendo da preferência do jogador, muitos jogadores preferem se posicionar de frente para quadra, portanto um jogador destro sacaria de backhand do lado direito da quadra e de forehand do lado esquerdo da quadra, sempre estando de frente para o jogo e não para a parede.
Mas existem jogadores que preferem sacar sempre de Forehand, neste caso um destro sacaria de costas para a quadra no caso de um saque do lado direito da quadra.

Fases do Saque

1º Armação

2º Toque na Bola

3º Finalização


Saque de Forehand
- Vista Posterior (Vídeo 03)- Vista Lateral (Vídeo 04)- Vista Anterior (Vídeo 05)

Saque de Backhand
- Vista Posterior (Vídeo 06)- Vista Lateral (Vídeo 07)- Vista Anterior (Vídeo 08)

02. Forehand

O jogador deve sempre bater com o membro inferior (MI) contrário à frente. No caso de um jogador destro, deve fazer a batida com o MI esquerdo à frente.

Fases do Forehand
1º Armação

2º Toque na Bola


3º Finalização


Posicionamento Correto – dissociação de membros inferiores e superiores

- Vista Posterior (Vídeo 09)- Vista Lateral (Vídeo 10)- Vista Anterior (Vídeo 11)

Posicionamento Incorreto – membros inferior do mesmo lado

- Vista Posterior (Vídeo 12)- Vista Lateral (Vídeo 13)- Vista Anterior (Vídeo 14)

Burst com Forehand (Vídeo 14b)

03. Backhand

Deve ocorrer da mesma forma que o Forehand.

Analise: desta forma no momento da batida o jogador não precisará fazer inclinação da coluna apenas a rotação, mesmo em bolas baixas nas quais o jogador deverá se utilizar da flexão dos joelhos para chegar nas bolas, e não flexão ou inclinação da coluna.
Muitos jogadores, principalmente em bolas rápidas, acaba batendo com o MI oposto à frente, ou seja, com o mesma do membro superior (MS) que está sendo utilizado. Mais comum ainda é que isto ocorra no Backhand, quando o jogador chega a bater de costas para a jogada, ou seja, de frente para o vidro.

Fases:

1º Armação

2º Toque na Bola

3º Finalização


Posicionamento Correto – dissociação de membros inferiores e superiores

- Vista Posterior (Vídeo 15)- Vista Lateral (Vídeo 16)- Vista Anterior (Vídeo 17)

Posicionamento Incorreto – membros inferior do mesmo lado

- Vista Posterior (Vídeo 18)- Vista Lateral (Vídeo 19)- Vista Anterior (Vídeo 20)
Burst com Backhand (Vídeo 20b)
Lesões no Squash
Segundo a literatura, ao contrário do tênis, o squash tem uma demanda metabólica muito mais voltada para o mecanismo aeróbico, no tênis o mecanismo é mais anaeróbico. Isto ocorre devido ao tamanho da quadra e pela dinâmica da quadra. Logo, devido à grande demanda cardiopulmonar que ocorre, é muito importante que um indivíduo com a intenção de iniciar a prática deste esporte faça uma avaliação física completa com eletrocardiograma, teste ergométrico, exames de sangue e outros que se julguem necessários, principalmente para indivíduos sedentários.

Por ser praticado em um espaço restrito e a bola ser rebatida com muita velocidade geralmente muito próxima do oponente, o squash pode causar algumas lesões não tão graves como simples hematomas, mas em certas situações podem ser causadas lesões mais graves como cortes no rosto pela raquete ou até mesmo lesões oculares que podem levar à cegueira, portanto, qualquer lesão ocular deve ser levada a sério e deve ser encaminhada para um oftalmologista.

Membro superior

Uma lesão relativamente comum no Squash é o tennis elbow, mas em comparação com os tenistas é uma lesão de caráter mais agudo, não chega a se tornar um problema crônico. As lesões de punho e ombro também acometem o jogador de squash, mas são menos freqüentes e ocorrem geralmente por erro na técnica ou no uso e escolha da raquete.

Membro inferior

Entre as lesões mais traumáticas para jogadores em geral estão os entorses de tornozelo e joelho pelas mudanças rápidas de direção e giros que o esporte exige. Para evitar este tipo de lesão é essencial que se ultilize calçados adequados, com sola de latex tranparente, que evita escorregões e preserva a quadra.

Também são comuns as tendinopatias do aparelho extensor, ligamento patelar, e menos comumente dos fibulares.

Entre os jogadores com mais de 35 anos começam a se tornar comuns as lesões musculares e lesões mais graves, como a ruptura do tendão calcâneo.

Tronco

A dor lombar é a queixa mais constante entre os jogadores e é o problema que mais tem os levado a procurar tratamento fisioterápico, principalmente o RPG que hoje somado a outras técnicas como, Pilates, Yoga e técnicas que utilizam bola Suiça têm apresentado ótimos resultados, pois a questão não é apenas equilibrar as tensões musculares como se faz com pacientes sedentários e sim trabalhar toda a musculatura de tronco para que ela apresente uma resposta estabilizadora da coluna evitando novas lesões. Além disso, trabalha-se também coordenação motora e propriocepção tudo isso dentro de um conceito de ajuste postural necessário durante a partida nas jogadas de maior estresse para as articulações e músculos.

Em estudo realizado no XXIV Campeonato Brasileiro de Squash a partir de questionário distribuido aos participantes foi constatado que a grande maioria das lesões ocorrem na articulação do tornozelo e em segundo lugar empatado, o joelho, o cotovelo e a lombar.

Em nosso serviço de fisioterapia a maior parte dos pacientes que são jogadores de squash chegam relatando dores na lombar, isso ocorre pelo excesso de movimentos com rotação de tronco somados à falta de preparo dos atletas, principalmente os atletas que jogam até na segunda classe pelo fato de que muitos deles possuem erros técnicos e táticos.
Outro fato que constatamos na anamneses dos pacientes que nos chegam é que os pacientes que alongam com freqüência e fazem um trabalho de fortalecimento conseguem prevenir lesões com maior eficácia em relação aos que somente jogam e não se preparam.

Todas as lesões podem ser prevenidas a partir de um trabalho que consista em fortalecimento, alongamento, propriocepção e treinamento de estabilização e ajuste corporal, pois não só podemos melhorar o equilíbrio e a força, como também se pode melhorar a resposta muscular para evitar, por exemplo, um entorse de tornozelo ou joelho que poderia ser causado pela demora da resposta de contração, havendo assim uma maior possibilidade de lesão.
Como Eu Trato
Baseado em minha experiência não poderia falar de outra patologia senão da Lombalgia no Squash causada muitas vezes por “over tranning”, por má execução do gesto esportivo ou ainda pelos dois motivos somados.

Quando o paciente chega a meu serviço após uma avaliação postural, uma avaliação do gesto esportivo e a coleta da história, percebemos que podemos diferenciar muito bem o paciente que está apenas com a parte muscular acometida do paciente que pode ter já um processo degenerativo instalado ou uma protusão dical.

O paciente que apresenta dor apenas após os jogos provavelmente tem um desequilíbrio muscular ou está exagerando nos treinos e jogos.

Já aquele que apresenta dor sentado, ou em alguma outra situação adversa do dia-a-dia, devemos suspeitar que pode haver alguma alteração crônica na coluna vertebral.

Nunca podemos deixar de avaliar o quanto fatores como, o posicionamento no trabalho, no sofá, na cama, carregando peso e outros podem influenciar no processo, pois quando trabalhamos com o esporte não podemos esquecer que o paciente não é atleta o dia todo.

Quando o paciente vem do médico geralmente já possui Ressonância Magnética e diagnóstico médico o que facilita muito nossa avaliação, mas as vezes o paciente vem direto para nós e se nega a ir consultar o médico, pois não acha importante. Devemos tomar cuidado com este paciente e principalmente sermos muito sinceros com ele, pois se ficou alguma dúvida sobre o quadro do paciente devemos inssistir para que ele se consulte com um medico.

A partir do momento em que temos uma avaliação bem feita podemos começar a trabalhar.

Num primeiro momento em que o paciente apresenta dor ainda me limito a utilizar técnicas de terapia manual e RPG, pois na maior parte dos casos em que o paciente apresenta apenas um desequilíbrio muscular o resultado é imediato e o paciente praticamente não precisa parar de jogar, em alguns casos os quais necessitem de resultados rápidos não vejo mal na utilização de eletroterapia, mas pessoalmente prefiro que neste caso se o paciente estiver disposto a fazer mais do que uma sessão por semana podemos aplicar nestes outros dias técnicas de terapia manual e alongamento que nos proporciona ótimos resultados.

A dor vai diminuindo a cada sessão e mesmo um paciente que faça o tratamento apenas uma vez por semana, num prazo máximo de 2 meses praticamente não teremos mais um quadro doloroso.
Bom! Neste momento começamos a falar de Fisioterapia Esportiva.

Muitos pacientes pensam que já estão sem dor e podem encerrar o tratamento e é aí que está a importância de orientar muito bem o paciente desde o início para que ele saiba que ele só está liberado do tratamento após um longo trabalho de reequilíbrio muscular.

PRECISAMOS FORTALECER OS MÚSCULOS ABDOMINAIS?

Sim, realmente precisamos, mas não me venham com aquelas séries de academia, além de ser um trabalho monótono, precisamos proporcionar para o paciente um trabalho funcional com exercícios que trabalhem a musculatura de tronco como estabilizadora que é sua função na maior parte do tempo, além de sua função motora participando dos movimentos de aceleração e desaceleração nos saques, nas rebatidas de bola e nos deslocamentos.

Todo trabalho é baseado em exercícios que podemos chamar de fisioterapia, mas existem pessoas que gostam de dizer que trabalham com esta ou aquela técnica, então vamos lá!

O trabalho de base é feito mais em solo na posição de “flexão de braço” em decúbito ventral o paciente vai manter o peso do corpo apoiado nos antebraços e nas pontas dos pés e depois podemos fazer em decúbito lateral, é importante que a coluna fique bem reta para que os abdominais estejam bem contraídos. Neste exercício os músculos do tronco funcionam como estabilizadores. Este exercício é usado no Yôga, Pilates e como eu disse na Fisioterapia, portanto não por que ficarmos nos prendendo a que técnica pertence determinado exercícios, o importante é vivenciarmos todas as técnicas e termos criatividade para aplicarmos isto na Fisioterapia, pois por mais que façamos cursos de especialização em determinadas técnicas continuaremos sendo fisioterapeutas.

Outros exercícios importantes para esta fase são as diagonais feitas sentado bola ou de pé com a borracha fixa na parede (espaldar ou mecanoplus), primeiro acima e depois abaixo o paciente se posiciona com os braços estendidos o tronco fixo e o MI contralateral a fixação da borracha a frente e faz o movimento diagonal segurando a borracha com as duas mãos primeiro de cima para baixo e depois ao contrario, sempre compensando para o outro lado depois.

Numa segunda fase podemos dar continuidade ao trabalho dificultando os exercícios com bolas, dependendo dos exercícios podemos fazer em apoio unipodal e assim por diante até mesmo evoluindo para exercícios de coordenação motora no trampolim acrobático, pois ao contrário do que se pensa o que menos fazemos no trampolim é salto. A dificuldade dos exercícios não tem limite, vai depender apenas da criatividade do fisioterapeuta e das limitações do paciente.

No final das sessões indico sempre exercícios de alongamento que o paciente pode aprender e fazer sozinho, alguns do Yôga, outros do RPG.

É importante ressaltar que a Reeducação Postural continua até o final do tratamento, pois o trabalho sensório-motor que é realizado nas posturas é muito importante para o reequilíbrio da musculatura.
No Squash existem muitos que vieram do tênis e muitos que nunca fizeram aula, por tanto temos muitos erros de técnica, alguns deles podemos verificar nos vídeos.

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