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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tratamento da Osteoartrite

Tratamento da Osteoartrite


Neste artigo:

- Introdução
- O que define o tratamento
- Tratamento não-medicamentoso
- Tratamento medicamentoso
- Cirurgia

Introdução

Em nosso corpo existem dezenas de articulações ("juntas"), cada uma com sua importância na realização de várias funções. Nessas estruturas, as superfícies dos ossos não poderiam entrar em contato direto, pois o atrito entre as duas levaria a um rápido desgaste dos ossos. Assim, nas articulações, os ossos são revestidos por uma cartilagem que, junto com o líquido presente na articulação, tem a função de reduzir o atrito entre as superfícies dos ossos.

A osteoartrite (OA) é uma doença causada pela destruição dessa cartilagem que recobre os ossos, nas articulações. Ela também é conhecida como "artrite degenerativa". Com isso, os ossos começam a apresentar atrito, e pode ocorrer inflamação e irritação da articulação.

A OA pode acometer qualquer articulação, mas é mais freqüente nas mãos, nos joelhos, no quadril e na coluna.

A doença é crônica, e apresenta piora com o passar do tempo. No entanto, o tratamento é bastante eficaz no controle dos sintomas, permitindo que a pessoa mantenha o exercício das atividades do dia-a-dia. O tratamento geralmente é composto por mais de uma estratégia e é determinado de acordo com cada caso, por isso a consulta com um médico é essencial.

A OA é cerca de 3 vezes mais comum em mulheres e a idade de aparecimento é por volta dos 60 anos. Acredita-se que a causa seja a sobrecarga das articulações. A seguir, comentaremos sobre as opções de tratamento disponíveis para a OA.

O que define o tratamento

O tratamento da OA é individualizado, levando-se em conta diversos fatores, como:

Presença de outras doenças associadas;
Quais articulações estão afetadas;
Gravidade da doença;
Presença ou não de inflamação;
Nível de atividades que o paciente exerce.
O objetivo do tratamento é manter o bom funcionamento da articulação, com a redução da sobrecarga e da dor.

Tratamento não-medicamentoso

As opções de tratamento não-medicamentoso são bastante eficazes na melhora dos sintomas da OA, sendo geralmente indicadas, inicialmente em todos os casos. As opções são:

1) Repouso: como os sintomas de OA pioram com os movimentos, o repouso garante um bom alívio da dor. Porém, deve-se evitar o repouso prolongado, pois pode levar a perda da força dos músculos e da função da articulação.

2) Perda de Peso: esse é um dos fatores mais importantes no tratamento da OA, já que a obesidade está fortemente ligada ao desenvolvimento da doença. Ainda não se sabe se a perda de peso faz com que a doença progrida mais lentamente, mas é certo que ocorre um alívio importante dos sintomas. Além disso, os pacientes que perdem peso conseguem exercer melhor suas atividades do dia-a-dia.

3) Fisioterapia e Prática de Atividade Física: promovem uma melhora da flexibilidade e da força muscular, reduzindo os sintomas e ajudando as pessoas a praticarem suas atividades de uma forma melhor. Os objetivos são: reduzir a dor e evitar que a articulação perca sua função; prevenir os efeitos maléficos da imobilização da articulação; evitar novas lesões na articulação.

4) Órteses: são dispositivos que ajudam a alinhar a articulação e o desempenho da mesma. Existem vários tipos, sendo que o médico e o fisioterapeuta poderão indicar o melhor tipo para cada caso.

5) Vitaminas: o papel das vitaminas no tratamento da OA ainda é incerto. Sabe-se que a progressão da doença é menor nos indivíduos que ingerem maiores quantidades de vitamina C e vitamina D. Entretanto, ainda não se sabe se a suplementação dessas vitaminas tem algum valor nessa doença.

6) Aplicação de Calor: a aplicação de compressas quentes ajuda no alívio da dor e do inchaço. Deve-se tomar cuidado para usar somente água quente e não água fervente, pois o excesso de calor e a aplicação por tempo prolongado podem levar a queimaduras.

7) Aplicação de Frio: compressas frias reduzem a dor e os espasmos musculares.

8) Estimulação elétrica nervosa transcutânea: consiste na aplicação de pequenos estímulos elétricos (como se fosse pequenos choques, indolores), através da pele. Esses estímulos atuam nos nervos e evitam que eles transmitem os impulsos de dor. Porém, seu uso no tratamento da OA ainda é controverso.

Tratamento medicamentoso

Os medicamentos são elementos importantes no tratamento da OA, sendo que vários tipos podem ser utilizados. São eles:

1) Analgésicos: indicados quando o tratamento não medicamentoso falha, ou é insuficiente. Os analgésicos aliviam a dor, mas não reduzem a inflamação. Os mais usados são o paracetamol e a codeína. O paracetamol, usado nos casos de dor leve a moderada, é tóxico para o fígado, quando usado em altas doses, por isso deve-se empregar apenas a dose prescrita pelo médico. A codeína é indicada nos quadros mais graves, pelo menor tempo necessário.

2) Antiinflamatórios não-esteróides: esses medicamentos reduzem a dor e a inflamação, e estão indicados quando a inflamação é um componente importante ou quando os analgésicos isolados não apresentam efeito. A grande limitação ao uso desses antiinflamatórios é a ocorrência de efeitos colaterais relacionados ao tubo digestivo. Os pacientes costumam apresentar desconforto gástrico, formação de úlceras, sangramentos. Esses efeitos ocorrem principalmente em indivíduos idosos, com passado de úlcera, que estão apresentando sangramento atual ou estão em uso de anticoagulantes (medicamentos para "ralear o sangue"). Outro efeito colateral é a alteração dos rins, principalmente em quem já tem comprometimento da função desses órgãos.

Os agentes chamados não-seletivos são: aspirina, ibuprofeno e naproxeno. Eles são associados à ocorrência desses efeitos colaterais digestivos. Já os agentes seletivos não causam esses efeitos, são eles: celecoxib, etoricoxib.

3) Injeção intra-articular: em alguns casos pode ser necessário aplicar injeção de medicamentos no interior da articulação. Podem ser usados antiinflamatórios ou um líquido viscoso que ajuda a lubrificar a articulação. Indicados para os casos que não melhoram com o uso das medicações já descritas.

4) Colchicina e Hidroxicloroquina: indicados nos casos em que existe inflamação da articulação, e que não melhoram com os outros medicamentos.

Cirurgia

A cirurgia é realizada nos indivíduos com quadros muito graves, com limitação dos movimentos da articulação, que não respondem ao tratamento não-cirúrgico. Deve ser realizada antes que complicações como a atrofia muscular e as deformidades da articulação se desenvolvam.

Existem várias técnicas, entre elas: retirada dos tecidos inflamados; realinhamento; fusão ("ligação") permanente dos ossos; troca da articulação, com colocação de prótese; enxerto de cartilagem.

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