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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

As Les ões Por Esforços Repetitivos têm inúmeras patologias

Entrevista com o Dr. Osmar de Oliveira - Ortopedista, perito do INSs , ex-Diretor do Centro de Reabilitação Profissional, Diretor da Clínica Osmar de Oliveira, autor do livro Perguntas e respostas em atividades físicas .

P: As Les ões Por Esforços Repetitivos têm inúmeras patologias . Como elas devem ser cuidadas nos primeiros sintomas ? Porque as pessoas deixam evoluir muito o quadro para procurar ajuda, daí o agravamento dos quadros ?

R: De início é bom saber que o surgimento de uma LER ou DORT não é s ó pelo esforço repetitivo em si, mas pelo esforço repetitivo ligado à má postura de trabalho e em alguns casos ao estresse. Seja estresse físico, seja estresse emocional. É por isto que o tratamento acaba sendo multidisciplinar. Mas o grande segredo do tratamento é a pessoa que se imagina com qualquer patologia relacionada a LER ou então que saiba que tem qualquer sintomazinho inicial, antes de ser uma dor de cansaço, que é o que muita gente interpreta, pode ser o sinal de uma LER. Essa pessoa deveria procurar o médico da sua empresa ou o seu médico de confiança o mais rápido poss ível. Geralmente os pacientes que têm este nível de consciência acabam tendo um retorno as condições originais , uma restituição integral daquelas condições dos membros superiores ou s ó da mão, ou do pescoço ou da região dorsal. E aí, com o devido aconselhamento do alongamento, de posturas , mais cuidados com o estresse, elas passam a não ter a volta da patologia. Então o grande segredo é procurar imediatamente o médico.

P: Os tratamentos cada vez mais se aperfeiçoam nas patologias mais conhecidas da LER/DORT: tendinite, tenossinovite, bursite. Para essas patologias existem novos tratamentos ?

R: Primeiro a gente tem que deixar bem claro que os tratamentos convencionais , fisioterapia, RPG, hidroginástica, hidroterapia, etc. estão cada vez mais sendo estudados na aplicação das patologias mais comuns da LER.
Por exemplo, hoje em dia a gente consegue fazer determinadas técnicas de fisioterapia para DORT, que algum tempo atrás a não fazia. A própria tecnologia dos aparelhos está se desenvolvendo cada vez mais no sentido de poder agir de uma maneira mais forte sobre tendinite e tenossinovite. Não s ó a tecnologia dos aparelhos , mas a técnica manual também. Dia-a-dia a gente tem novidades , estudos , infelizmente ás vezes muito longos para uma doença muito nova no mundo todo, principalmente no Brasil. Eu tenho a expectativa de que em breve a gente tenha tecnologia e técnicas fisioterapêuticas um pouco mais bem indicadas e orientadas no tratamento destas les ões .

Uma novidade é o chamado Spiral Tape também conhecida como RMA (Reprogramação Músculo Articular), uma técnica desenvolvida no Japão que usa pequenas tiras de esparadrapo ou material adesivo com uma determinada técnica em cima dos pontos principais de dor, principalmente no membro superior, seja em nível de punho, de antebraço, de ombro, na região da musculatura do trapézio. É uma técnica muito nova, tem muito pouca gente aqui no Brasil fazendo, basicamente s ó em são Paulo. Ela se baseia na identificação de distúrbios de correntes eletromagnéticas em nosso corpo. Principalmente quando se pega o caso mais na sua origem, no seu nascedouro. O resultado disto é extremamente interessante. Eu acredito que com o tempo, mesmo os casos crônicos possam se beneficiar.

A segunda novidade, eu vejo como a grande saída, não s ó para os casos de tendinite, tenossinovite, bursite, mas como para todas as patologias ortopédicas superficiais e em nível de tecidos moles é a Mesoterapia, que é uma técnica que nasceu e foi desenvolvida na França pelo Dr. Michael Pistor. Para que as pessoas entendam, já é conhecida a mesoterapia estética, para tratamento de celulite e gordura localizada. Mas na verdade quando ela nasceu foi dentro da Ortopedia e Traumatologia e não na Medicina Estética. Ela consiste em injetar no subcutâneo da pessoa determinados pontos e aí tem toda uma delineação de onde se faz isto. são micros inoculações no subcutâneo formando pequenas pábulas de melange, de misturas , de composições que variam de tecido lesado, de pessoa para pessoa, de grau inicial ou de grau avançado dessa patologia. Essa já é uma técnica tradicional, uma técnica de resultados indiscutíveis , porque hoje na França você tem milhares de médicos que são mesoterapeutas , aplicadores de Mesoterapia. Essa técnica é muito difundida na Bélgica, na Alemanha, na Itália e chegou aqui no Brasil há mais de uma década. Dentro da Ortopedia os resultados são absolutamente interessantes . Os líquidos que se usam geralmente são antinflamatórios , relaxantes musculares etc., misturados a um analgésico. Normalmente essas aplicações são feitas com intervalo de 7 a 10 dias e os bons resultados são atingidos já entre a primeira e a segunda aplicação. Acho que a Mesoterapia vai ocupar um lugar de destaque no tratamento nas les ões por DORt em muito pouco tempo.

P: Então o senhor vislumbra, a médio e longo prazo, a possibilidade de chegarmos a cura das patologias que englobam o universo da DORT?

R: Eu acho que sim, desde que exista aí o seguinte: primeiro, que haja um aprofundamento dos estudos médicos a respeito disto; segundo, que a fisioterapia, como ciência, estude cada vez mais essa patologia; terceiro, que os trabalhadores , de uma forma geral, tenham uma consciência cada vez maior de como ele pode adquirir LER/DORT. Do perigo que é isto, dos cuidados que ele precisa ter com postura; quarto, que o Governo, do ponto de vista do Ministério da Saúde e do Ministério da Previdência entendam DORt como uma doença importante que machuca muito o trabalhador do ponto de vista físico, emocional e que toda vez que ele se machucar, isto atinge quase sempre a própria família, não s ó pelo lado financeiro, mas pelo lado de uma sensação de incapacidade muito grande; quinto e último, eu acho o fator mais importante, uma responsabilidade cada vez maior da empresa, dos empres ários , que devem ter seus Departamentos Médicos , o seu Departamento de Recursos Humanos , os seus Departamentos Sociais , trabalhando incessantemente em cima da DORT, então, muitas empresas , evidentemente existem exceções , quando um funcionário apresenta a les ão, encosta no INSs , quando voltar manda embora.

P: Há um dado muito cruel sobre a DORT, ela atinge o profissional no auge de sua carreira, a média da faixa etária dos afetados é de 30 a 40 anos . A pessoa nessa época já atingiu experiência, a empresa já investiu nela. Qual a sua opinião?

R: É que nessa estatística que envolve a idade 30 a 40 anos , a gente tem que considerar alguns fatores que me parecem importantes . Primeiro é o tempo de trabalho que a pessoa está, principalmente se for mulher (a mulher ocupa um lugar de destaque em relação ao homem na estatística da patologia). Quando essa estatística bate aos 30 anos , isto significa provavelmente que esta mulher já tem 6/7/8 anos nessa função. Em segundo lugar nessa idade normalmente a mulher tem dupla jornada de trabalho, quando não é tripla, porque às vezes ela tem duas jornadas profissionais e ainda chega em casa para lavar, passar, cozinhar, ser mãe, ser esposa, isto evidentemente piora a DORT. Outro fator é que nós estamos vivendo já há muito tempo uma crise social ou psiquico-social como o resto do mundo, mas nós conhecemos a nossa, isto leva a um desanimo, de acreditar menos no futuro e determinados quadros depressivos , mesmo que leves , são facilitadores do surgimento da DORT.

P: O senhor conhece o Programa de Prevenção à LER da Avon, que inclui terapias complementares , Ginástica Laboral e conseguiu fazer cair os casos de LER/DORT de 35 casos /ano para 2 casos /ano? Eles têm dois programas , um de prevenção à LER e outro para combater o estresse.

R: Funciona muito. A Ginástica Laboral ou Ginástica Laborativa, é hoje uma realidade dentro do País . Eu sei que a Avon faz muito mais do que isto, mas aquelas empresas que fazem a Ginástica Laboral, ou seja, param as máquinas por determinado tempo e todos ficam no corredor da linha de produção comandados por uma fisioterapeuta, tudo orientado em nível de LER, porque quando a gente fala que a LER tem que alongar para prevenir, não é alongar por alongar, é alongar com técnica, com categoria, depende muito até da linha de produção que você está. Há pessoas que trabalham em pé, outros trabalham sentados , outros que mudam de posição a todo o momento. Para cada linha de produção, você tem um tipo de ginástica laboral diferente. Você tem um investimento barato, que para a máquina por poucos minutos , mas o resultado final é incrivelmente compensador.

P: Nos Estados Unidos , agora passou uma Lei no Congresso que obriga todas as empresas a terem condições ergonômicas em seus ambientes de trabalho. Muita gente que tem LER também tem problema de coluna, nem sempre decorrente, mas que complica bastante. O senhor vê algum tipo de programa que se possa adotar no Brasil que englobasse todos os aspectos ?

R: Eu entendo que esses programas não podem ter a rapidez que a gente gostaria que tivesse. Eu vou um pouco mais fundo, eu acho que isto começa em nível da saúde da criança.
Veja hoje, a situação de dó e pena que está, por exemplo a Educação Física Escolar, a situação delicadíssima que está o exame médico na escola. Você pode falar hoje tem vacinação, mas quando você surpreende numa menina de 7 a 8 anos , por exemplo, com uma escoliose, é muito difícil que você tenha a mãe ou o pai, nas condições educacionais precária do povo brasileiro, que possa perceber isto. Isto deveria ser percebido na escola, mas além do exame médico escolar ser insignificante, os médicos são muito mal pagos , geralmente não são bem treinados para esta função e esta é a hora que primeiro pode diagnosticar e corrigir, orientar a criança, orientar a família para corrigir desde cedo. Porque quando você fala no Brasil se sofre muito de coluna e isto é verdade, é porque nós não temos lá para trás , na escola, um programa que vise a identificação destes desvios posturais . Estou falando desde o pé chato, do joelho em x, do pé cavo, da escoliose, se você conseguisse identificar e fazer programa de correção disto na criança, você teria um grupo na hora da força de trabalho a partir dos seus 18 anos de idade, sem os desvios , portanto com menores condições de adquirir les ões por postura, porque ele não tem fator gerador da má postura e junto a isto um programa de atividade física a nível nacional que a beneficiasse.
Hoje nós temos aqui em são Paulo, um programa extremamente interessante feito com a Secretaria de Saúde do Estado junto com várias organizações , chamado Agita são Paulo, que já tem um ano e meio de atividade. Um programa extremamente vitorioso que hoje tem, fazendo alguma forma de atividade física, mais ou menos 4 milhões de pessoas dentro do Estado de são Paulo, ou seja praticamente um quinto da população do estado. E a meta deste programa, em rápido tempo, é de ter 7 milhões de pessoas envolvidos em pelo menos 30 minutos por dia em alguma forma de atividade física ou seja, andando para ir para escola, fazendo supermercado, limpado vidro em casa, lavando carro, cuidando do jardim, o que a gente está chamando de trinta minutos que fazem a diferença. É um programa s ério, um programa que não aceita dinheiro, que não tem subvenção de nada, porque nós não queremos . É um trabalho da coletividade. Estão envolvidos aí o Laboratório de Aptidão Física de são Caetano do Sul, o SESC, o SENAC, o SENAI um número muito grande de organizações não governamentais . É assim: um dá o papel para imprimir o folheto, a outra empresa se incumbe de imprimir. Os médicos e professores que estão no programa, trabalham descompromissadamente, sem ganhar nada, pelo contrário a gente faz aula, vai nas empresas , mostra, explica e hoje é um programa vitorioso. Um programa que começou no final de 97, mas é bem poss ível a gente vai virar o s éculo conseguindo esta nossa meta de 7 milhões de pessoas de todas as faixas etárias envolvidas em alguma atividade física. Você sente isto principalmente no interior do estado, onde pessoas que ficavam em casa de manhã lendo o jornal, iam jogar dominó, hoje essas pessoas estão fazendo caminhadas leves na praça, perto de casa. Programas que andavam vazios em nível da terceira idade, hoje estão super lotados e já com fila. Escolas a nível municipal e particular cedendo. Os seus espaços ociosos são ocupados pela coletividade ir lá praticar uma atividade física. É um caminho animador.

Programa Nacional de Prevenção às LER/DORT
Rua Heitor Penteado, 47, casa 4
são Paulo - SP
Tel: 0** (11) 3824-9224

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