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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Tendinites

Tendinites

Todo tendão pode inflamar, e todo tendão pode se desgastar, em virtude de sobrecargas agudas ou crônicas. Muitos esportistas já devem ter sentido isso na pele - ou melhor, no cotovelo, pé, tornozelo, no ombro ou no joelho.
O importante em todo caso de tendinite é FAZER UM DIAGNÓSTICO PRECISO DO QUE ESTÁ ACONTECENDO NO TENDÃO. Se for uma inflamação devemos tratar de um modo – geralmente remédios e uma ou duas semanas de fisioterapia resolvem. Se o tendão estiver degenerado (em outras palavras, desgastado, a ponto de ter às vezes rupturas) devemos tratar de outra forma. Hoje em dia os melhores exames para diagnosticar adequadamente a lesão são o ultrassom e a ressonância magnética.
As tendinites crônicas podem ser tratadas por vários métodos. Os mais tradicionais envolvem os tratamentos clínicos e fisioterápicos, porém se o tendão já apresenta um desgaste acentuado isto pode às vezes não resolver.
Nos últimos anos, alguns novos procedimentos foram incorporados no arsenal terapêutico. Nem todos são de fácil acesso a qualquer esportista, mas para quem sofre de dores crônicas no tendão vale a pena saber que alguns tratamentos novos podem te ajudar a se livrar da dor.
TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE - é um tratamento realizado com um aparelho específico para isto, que geralmente é indicado para tendinites calcificadas ou crônicas do ombro, cortovelo e pé (calcâneo). Muitos trabalhos na literatura médica mundial falam do seu benefício no tratamento, inclusive com trabalhos randomizados e prospectivos (metodologias rigorosas de pesquisa). Acho um caminho interessante para alguns casos (como as tendinites calcificadas), porém pessoalmente não uitilizo em meus pacientes. O custo é relativamente elevado, e alguns pacientes sentem um pouco de dor após o procedimento.
ACUPUNTURA - é muito usada para o tratamento de tendinites, e tem os seus seguidores. Nas patologias crônicas tem pouco resultado, pois nesta fase geralmente o tendão já se encontra com mudança na sua estrutura celular. Para as lesões agudas é um tratamento interessante para aliviar a dor e fazer com que o paciente suporte melhor um tratamento fisioterápico.
TOXINA BOTULÍNICA - é um tratamento recente, usado principalmente para epicondilite lateral do cotovelo em pessoas que não praticam esportes. Não aconselho o tratamento para esportistas, apesar de alguns trabalhos da literatura mundial falar do benefício num curto prazo. O princípio é o de você bloquear a atividade muscular na região do tendão acometido, fazendo com que a lesão cicatrize espontaneamente.
INFILTRAÇÃO COM FATORES BIOLÓGICOS DE REPARAÇÃO TECIDUAL (plasma rico em plaquetas) - esta é uma terapia recente, que ainda se encontra em fase de estudo experimental em alguns casos, mas que em outros casos já tem comprovação científica (como no caso da tendinite do cotovelo). O tratamento consiste na retirada do sangue do próprio paciente, que depois de um processo de centrifugação separa as plaquetas ricas nestes fatores de crescimento para que depois os mesmos sejam injetados na lesão. A cicatrização da lesão ocorre em um período que pode variar de 6 a 12 semanas, dependendo do tempo de lesão e da área injetada. Nossa casuística, no momento, mostra que de cada 10 pacientes com indicação cirúrgica para tendinites crônicas 7 melhoraram com este tratamento. Bem interessante como opção terapêutica, no meu ponto de vista.
Um tratamento que sempre foi muito usado no caso de tendinites foi a infiltração com corticóides, mas isto infelizmente não encontra respaldo na literatura médica em termos de cura da lesão – o que melhoram são os sintomas, e a dor pode até melhorar, mas isto não provoca a cura completa da lesão. Todos os trabalhos que temos com relação à melhora da lesão são trabalhos que deixam muito claro que os benefícios ocorrem por um curto intervalo de tempo - dificilmente os trabalhos que falam a favor da infiltração com corticóides demonstram seguimentos clínicos maiores do que 1 ano. Por outro lado, na parte de estudos científicos básicos, já está mais do que provado que o corticóide afeta o tenócito, a célula principal que compõe os tendões. Pessoalmente eu reservo as infiltrações para as bursites de ombro somente, não realizando diretamente nos tendões.
CIRURGIA - como quase tudo em ortopedia, a cirurgia no caso das tendinopatias tem a sua indicação, mas esta deve ser muito precisa e cada tendão tem o seu enfoque. O conceito da cirurgia deve englobar a ressecção de tecidos desgastados aliado a promoção de uma melhor vascularização no local, para que a cicatrização se dê da melhor forma possível. Em alguns casos, como temos que ressecar muito tecido no tendão, temos que fazer transferências tendinosas para dar um reforço no tendão, para que ele não fique mais frágil.
Hoje em dia a aplicação de fatores de crescimento derivados de plaquetas (processados a partir do sangue do próprio paciente) melhoram a cicatrização tecidual, e são um importante campo de pesquisa que está se abrindo na literatura médica mundial. Os estudos ainda estão no início, mas são promissores na area de medicina esportiva. Com uma boa indicação muitos casos podem melhorar, mas sua indicação deve ser feita com cautela, pois não são todos os casos que vão se beneficiar com este novo procedimento.
Nos próximos meses vários trabalhos serão publicados na literatura científica, e disponibilizaremos aqui para consulta.

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