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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Core Training

Core Training
Essa é uma palavra difícil de traduzir - core training. Mas é um dos métodos mais importantes que existem hoje quando pensamos em prevenção de lesões esportivas, e tudo nasce de um fundamento muito simples: nosso tronco (que é o que podemos traduzir de "core") deve sempre estar muito forte para suportar o esforço e a demanda esportiva.
O nosso tronco abriga todo arcabouço da coluna, e nem precisamos dizer o quanto as dores de coluna são importantes de serem tratadas, principalmente por serem estas frequentes em uma grande parcela da população mundial.
Estudos demonstram que nos Estados Unidos a lombalgia é responsável por um prejuízo de US$ 23 bilhões anuais, entre custos diretos e indiretos ocasionados pelo afastamento do trabalho de funcionários acometidos por este tipo de queixa.

As causa dessas dores podem ser desde hérnias discais, fraturas, artroses, até espasmos musculares, dentre outras diversas. Para um bom diagnóstico o paciente deve sempre se consultar com um ortopedista, que através do exame clínico e de exames de imagem, poderá direcionar o tratamento mais adequado ao paciente. Contudo, uma situação é fato: as dores na coluna, independente de sua origem, geram inibição dos músculos estabilizadores do tronco, fazendo com estes passem a agir de forma mais lenta e, por vezes, ineficaz. Quanto mais inibida esta musculatura mais instável fica o tronco e mais dores o paciente pode sentir, gerando-se assim um círculo vicioso.
Existem vários músculos que desempenham a função de estabilização do tronco, e dentre eles destacamos:
1. Transverso Abdominal: situado anteriormente à coluna lombar, é o músculo mais profundo do abdômen, originando-se nas costelas inferiores e inserindo-se na face superior do púbis e na crista ilíaca. O transverso abdominal é acionado toda vez que encolhemos a barriga e levamos a cicatriz umbilical em direção à coluna. Inicialmente é difícil realizar uma contração seletiva do transverso, pois a tendência é de contrair todos os músculos do abdômen de forma desordenada ao encolher a barriga, mas com treinamento adequado podemos dominar esta técnica de estímulo muscular seletivo.
Figura 1 - Musculatura Abdominal
Figura 1 - (Crédito: MEDICAL IMAGES, UNIVERSAL IMAGES GROUP/SCIENCE PHOTO LIBRARY)
2. Multífidus: inseridos diretamente nas vértebras da coluna espinhal. Dinamicamente estendem o tronco e unilateralmente geram estabilidade segmentar da coluna vertebral.
Figura 2 - Músculo multifidus
Figura 2 (Crédito: www.mskreport.com)



Esses músculos possuem grande importância na estabilização do tronco durante as atividades de vida diária e também durante a atividade física.
Num estudo clássico, um grupo de pesquisadores Australianos demonstrou que durante um movimento repentino de elevação do braço, o primeiro músculo a contrair, antes mesmo dos músculos do próprio braço, foi o Transverso Abdominal. Situação similar foi encontrada durante uma pesquisa para movimentos dos membros inferiores, onde tantos o transverso do abdômen quanto os multífidus agem antes dos músculos da perna. Assim podemos perceber que, antes mesmo de elevarmos algum braço ou perna, precisamos estabilizar o tronco. Imaginem então ao realizar uma atividade esportiva como a corrida ou o futebol: a cada chute ou a cada passada da corrida o transverso abdominal tem de se antecipar estabilizando o tronco. Se levarmos em conta que durante uma corrida de 10 Km o esportista pode chegar a realizar entre 8 mil passadas, temos uma real noção de quantas contrações antecipadas essa musculatura estabilizadora precisa realizar.
Como já fora dito nesta matéria, as dores na coluna influenciam diretamente a ação dos músculos estabilizadores e assim sendo, os mesmos sempre devem ser abordados durante o tratamento fisioterápico. Para isso existem diversas técnicas que podem auxiliar na reativação dessa musculatura: RPG, Pilates, Core Training, Estabilização do Tronco.
Essas técnicas possuem teorias e ações diferentes, mas em todas encontramos situações que estimulam a contração dos estabilizadores do tronco associada à realização de posturas e exercícios próprios de cada técnica.
O CORE Training envolve a contração simultânea de diversos músculos que visam o treinamento da estabilização estática e dinâmica de tronco e pelve. Conforme o paciente evolui no treinamento podemos aumentar o tempo de estabilização, o número de repetições e por fim aumentar o grau de dificuldade do treino utilizando de situações que gerem instabilidade durante o exercício, como bolas ou discos instáveis.
Abaixo seguem alguns exercícios de CORE Training que são muito utilizados durante o tratamento de dores na coluna, contudo vale lembrar que são apenas exemplos de exercícios e que o nível de dificuldade, o tempo de execução, o repouso e os cuidados em relação à execução adequada (evitando compensações) devem ser sempre prescritos e acompanhados por um fisioterapeuta habilitado.
Figura 3 (Ponte Dorsal com apoio unipodal)
Figura 4 (Ponte ventral com apoio dos braços na bola)
Figura 5 (Ponte lateral com apoio do membro inferior no disco instável)
Figura 6 (Sentado na bola com apoio unipodal)
É valido lembrar que na presença de dor aguda (diferente da dor muscular própria do exercício) durante a execução destes exercícios, o paciente deve interromper a atividade. Isto devido ao fato, já discutido anteriormente, de que a presença de dor inibe a ação desta musculatura e assim sendo, ao invés de treinar adequadamente o paciente poderá estar inibindo ainda mais a ação desta musculatura.
Os exercícios de estabilização do tronco são uma poderosa ferramenta no tratamento de dores da coluna e, quando bem indicados e orientados, podem auxiliar a melhora do paciente, evitando dores crônicas e melhorando as condições funcionais para as atividades de vida diária e esportivas.

Para maiores informações entre em contato com:
Marcelo Bannwart Santos
Fisioterapeuta
Mobilità Fisioterapia
Rua Barra do Peixe, n.16, Vila Nova Conceição, São Paulo-SP.
Fone: 11 3845-6521
Rua Dr Geraldo Campos Moreira, n.164, Cj. 34, Itaim Bibi, São Paulo-SP.
Fone: 11 5549-5581
e-mail: marbannwart@yahoo.com.br

Referências Bibliográficas:
1. * Hodges PW, Richardson CA. Contraction of the Abdominal Muscles Associated With Movement of the Lower Limb. Physical Therapy. Volume 77. Number 2 . February 1997
2. * Hodges PW, Richardson CA. Feedforward contraction of transversus abdominais is not influenced by the direction of arm movement. Exp Brain Res 114:362–370. 1997
3. * Ferreira PH et al. Changes in Recruitment of the Abdominal Muscles in People With Low Back Pain. SPINE Volume 29, Number 22, pp 2560–2566, 2004.
4. * Ekstrom et al. Electromyographic Analysis of Core Trunk, Hip, and Thigh Muscles During 9 Rehabilitation Exercises. JOSPT Volume 37 Number 12. 2007
5. * Teyhen et al. The Use of Ultrasound Imaging of the Abdominal Drawing-in Maneuver in Subjects With Low Back Pain. J Orthop Sports Phys Ther, Vol 35, N. 6, 2005.

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