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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Tutores (“braces”) de joelho: i

Tutores (“braces”) de joelho: indicações e
contra-indicações na prática esportiva*
MÁRCIA UCHÔA DE REZENDE1, VÍTOR KEIHAN RODRIGUES MATSUDO2
RESUMO
Os tutores (braces) para joelho são classificados em:
profiláticos, reabilitativos e funcionais, conforme o objetivo
a que se destinam. Fatores biomecânicos, como o projeto
da órtese (seu comprimento, rigidez e encaixe), o tipo
e o número de dobradiça e hastes, os materiais usados na
confecção de manguitos e das estruturas laterais, devem
ser considerados juntamente com o conhecimento do local
de aplicação de forças sobre as partes moles, da suspensão
da órtese e da deformação das partes moles pela
gravidade e pela concentração muscular. Os estudos clínicos
somente agora encontram alguma efícácia para o
tutor profilático, sendo as órteses funcionais as mais indicadas
para pacientes portadores de instabilidade do joelho
que se recusam a se submeter a tratamento cirúrgico
ou na sua recuperação pós-operatória. As indicações das
órteses reabilitativas estão restritas ao período precoce
de reabilitação da lesão ligamentar do joelho (pós-operatório
ou não), quando o paciente está fazendo uso de muletas
(sem carga). Os tutores são somente um aspecto do
programa de reabilitação das lesões ligamentares do joelho
e não se deve esperar que controlem ou previnam lesões
do joelho. Cabe ao médico conhecer suas limitações
e capacidade para tirar deles o melhor proveito.
Unitermos – “Brace”; órtese; joelho; lesão ligamentar
*
1.
2.
Trab. realiz. no Centro de Estudos do Lab. de Aptidão Física de São Caetano
do Sul (CELAFISCS).
“Research Fellow” do CELAFISCS; Médica Assist. do Inst. de Ortop. e
Traumatol. do Hosp. das Clín. da Fac. Med. da Univ. de São Paulo.
Presid. do Centro de Estudos do Lab. de Aptidão Física de São Caetano
SUMMARY
Knee braces: indications and contraindications in sports
practice
Knee braces are categorized in: prophylactic, rehabilitative
and functional, according to their prime objective. Biomechanical
factors, such as the brace’s intrinsic design (it’s
length, rigidity and fit), the number and type of hinges, side
bars components and the materials used for both the cuff
and side members must be considered with the knowledge of
the location of force application in the brace, gravitational
deformity of soft tissues and muscle contraction. Clinical studies
only now found some uselfulness to the prophylactic brace.
Functional braces are the best choice for patients with an
unstable knee who refuses undergoing surgical treatment or
for those who are in the postoperative rehabilitation program.
Rehabilitative braces are restrict to the early rehabilitation
phase of knee ligament injury (postoperative or not)
of non-weight bearing. Bracing is only one aspect of the rehabilitation
program of knee ligament injury and should not
be expected to control or prevent injury to the knee. It depends
on the physicians knowledge of the brace’s limitations
and capabilities to effectively use them.
Key words – Brace; knee ligament injury
INTRODUÇÃO
O objetivo de se usar um tutor, órtese ou brace é o de
assistir, restringir, alinhar ou simular a função de uma parte
do corpo(38,54) .
Inicialmente, nos anos 60, as órteses eram destinadas a
pacientes com artrite reumatóide, membro paralítico ou frouxidão
ligamentar após um trauma, com o inconveniente de
do Sul (CELAFISCS).
700
serem pesadas e grandes.
Rev Bras Ortop - Vol. 29, N° 10 - Outubro, 1994
TUTORES (“BRACES”) DE JOELHO: lNDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES NA PRÁTICA ESPORTIVA
Em 1972, foi desenvolvida a Lenox Hill brace para o
paciente atleta jovem(11) com lesão ligamentar do joelho, acreditando-
se que a mesma controlaria instabilidades rotacionais
do joelho(46). Como esclarecimento dos fenômenos que
ocorrem no joelho, nas instabilidades ântero-laterais, por
Galway & col.(21), as órteses foram sofrendo modificações,
com o objetivo de construir uma órtese cujo eixo coincida
com o do movimento do joelho, impedindo-lhe movimentos
anormais (7,45) .
Essas órteses eram indicadas para: 1) restringir a instabilidade
anterior e lateral; 2) permitir movimento à articulação
enquanto limitassem deslocamentos e rotações excessivas;
3) reabilitação pós-operatória; 4) proteção do joelho no
1º ano pós-operatório, para permitir a remodelação dos ligamentos.
Em 1979, Anderson & col.(2) descreveram a primeira órtese
dita profilática, cujo objetivo inicial era o de proteger
um joelho com lesão prévia do ligamento colateral medial
(LCM) de novos traumas. Surgiram novas órteses profiláticas,
que apresentavam em comum haste com dobradiça lateral
que pode estar incorporada a um molde plástico, a faixas
de velcro ou a uma polaina de neopreno. Algumas têm hastes
medial e lateral(22,68). O uso de tais órteses foi amplamente
difundido nos EUA, pelo fato dos traumas de joelho serem
a lesão mais comum no futebol americano universitário(2,19,
22,43,59) . As órteses profiláticas para joelho foram introduzidas
como fator que poderia reduzir o número e o grau das lesões
(26) .
Inicialmente, técnicos e atletas hesitavam quanto ao seu
uso pela idéia de serem quentes, pesadas, causarem pistonagem,
escorregarem, restringirem os movimentos, causarem
câimbras, enfraquecerem músculos de suporte e ligamentos
e talvez aumentando os traumas pelos novos vetores de forç
a( 1 7 , 4 3 ) .
Seu uso se difundiu em outros esportes além do futebol
americano (futebol, esqui, hóquei no gelo e grama, rúgbi)
pelas pressões socioeconômicas, a despeito da falta de documentação
científica que comprovasse sua eficácia(5,17,l8,43)
e do custo (equipar um único jogador por temporada nos EUA
custa cerca de US$ 400.00)(27) .
Em 1984, a American Academy of Orthopaedic Surgeons
(AAOS) classificou as órteses de joelho em três tipos: l) profiláticas
- feitas para prevenir ou diminuir um lesão do joelho;
2) reabilitativas – indicadas para períodos de recuperação
pós-trauma ou cirurgia; 3) funcionais – para uso prolongado
em joelhos com instabilidade permanente.
Rev Bras Ortop – Vol. 29, Nº 10 – Outubro, 1994
Algumas das órteses atuais combinam dois ou mais destes
atributos.
BIOMECÂNICA
Órteses simulam a função de uma parte do corpo pelo
seu modelo intrínseco e construção(54,67) .
As órteses podem apresentar-se com ou sem dobradiça
e esta pode ser simples (monocêntrica, uniaxial), biaxial, policêntrica
ou multiaxial. Elas podem ser uni ou bilaterais,
além de poderem ser equipadas de bloqueios de extensão e
flexão, ajustando-as a qualquer amplitude de movimento.
O tutor ideal deveria permitir os movimentos de rotação
e translação normais do joelho durante o ciclo da marcha.
No entanto, esse tutor ideal não existe. As órteses que se denominam
anatômicas são multiaxiais e quase não fazem resistência
à translação anterior a 20° de flexão(54).
A eficiência mecânica das órteses feitas sob medida (Lenox-
Hill, Iowa, etc.), com dobradiças laterais, dependem de
uma série de fatores: 1) matérias utilizados para a confecção
do manguito e dos componentes laterais; 2) planejamento
(modelo) de uma órtese individual; 3) aplicação de forças
sobre partes moles; 4) suspensão da órtese; 5) o processo de
molde e acabamento.
Destaque-se que, na aplicação de forças numa órtese,
deve-se lembrar: 1) localização das forças; 2) deformação
gravitacional das partes moles; 3) contração muscular.
Qualquer desencontro entre o movimento das dobradiças
e da articulação do joelho causará deformação das partes
moles e escorregamento da órtese(71).
As variáveis primárias do modelo que determinam o controle
do valgismo são comprimento, rigidez e encaixe da órtese
(13). Carlson(13) defende que as órteses devem apresentar:
1) encaixe justo e materiais resistentes, para evitar a existência
e/ou desenvolvimento de angulação; 2) materiais com
módulo de elasticidade alto, especialmente para as hastes
laterais; 3) partes medial e lateral bem casadas estruturalmente
acima e abaixo do joelho, para fazer resistência contra
varo/valgo; 4) estrutura rígida de extremo a extremo.
Quando se usa uma única haste lateral rígida, não se
deve manter contato da dobradiça com a articulação, por diminuir
a eficiência das óteses. Porém, quando se usa hastes
medial e lateral, o afastamento deve ser mínimo, para melhor
proteção do LCM(13,20,50,52) .
A localização da dobradiça em relação ao joelho se mostrou
mais importante do que seu modelo, nas mudanças de
força e momento através do joelho. A colocação posterior
resultou na menor força e a anterior, na maior(57,71) .
701
M.U. REZENDE & V.K.R. MATSUDO
ÓRTESES PROFILÁTICAS
O comitê da AAOS de medicina desportiva determinou
que a órtese profilática ideal seria aquela que: 1) suplementasse
a resistência do joelho ao trauma, reduzindo a carga de
estresses com ou sem contato; 2) não interferisse com a função
normal do joelho; 3) não aumentasse o risco de lesões
em outras localidades do membro inferior; 4) fosse adaptável
a várias configurações anatômicas; 5) não fosse prejudicial
a outros indivíduos; 6) fosse durável e de custo acessível;
7) tivesse eficácia documentada na prevenção de lesões
do joelho(1).
Não há órtese que preencha esses requisitos. Atualmente
há dois tipos de órtese profilática: 1) com hastes laterais
com dobradiças uni, bi ou multiaxiais. Com ou sem bloqueio
da hiperextensão e suspensão feita por faixas ou fitas adesivas;
2) composta de uma armação de plástico com hastes
mediais e laterais e dobradiça policêntrica. Este tipo é suspenso
por malhas elásticas e tiras(54) .
Biomecanicamente, encontrou-se que, em relação às órteses
profiláticas (cronologicamente): 1) não reduzem o ângulo
de abdução e mostram efeito pré-estressante em cadáveres
(4); 2) deslocamento do eixo central do joelho, contato
prematuro com a articulação e escorregamento do brace em
cadáver submetido a carga em valgo (braces: McDavid e Omni),
sendo que nenhuma órtese protegeu significativamente o
LCM(52); 3) os fatores mecânicos que determinam seu funcionamento
sob carga dinâmica em valgo são absorção, distribuição
e transmissão de forças pela órtese(20,50); 4) não aumentam
a propriocepção do membro(20); 5) a órtese unilateral
uniaxial oferece menor resistência a impacto em valgo,
enquanto a unilateral biaxial apresenta maior resistência (ex.:
Don Joy) (20); 6) capacidade limitada para proteger, em cadáver,
o LCM em extensão e nenhuma capacidade em outras
situações (5); 7) órteses que aumentam a duração do impacto
parecem proteger mais o ligamento cruzado anterior (LCA)
do que o LCM, a maioria das órteses testadas (cinco em seis)
dá algum grau de proteção ao LCA sob impacto lateral direto
(50) a associação de bandagem à Lenox Hill brace reduz
significativamente a translação e a rotação ao nível do joelho
de cadáver, comparada à associação com a Anderson knee
stabler ou a cada um isolado(3).
Clinicamente, os estudos relacionados à efetividade da
órtese profilática em controlar lesões do LCM no futebol
americano (25,26,59,62,68) e um não publicado, por Taft & col.,
mostraram problemas nos projetos de pesquisa e tamanhos
702
das amostras, não permitindo tirar conclusões contra ou a
favor do seu uso(22) .
Em 1989, Sforzo(63) concluiu que as órteses podem inibir
o desempenho em atletas assintomáticos e que o aprendizado
não alterou a performance.
Assim, entre os estudos clínicos, encontramos autores
que defendiam o uso das órteses tanto em nível universitário
e profissional(2,25,56) , quanto em nível colegial(55,62), enquanto
outros se mostravam mais cautelosos chamando a atenção
para efeitos adversos(18,24,26,59,68) .
Em 1990, a American Academy of Pediatrics Committee
on Sports Medicine recomendou que as órteses unilaterais
unidirecionais não fossem consideradas equipamento padrão,
em virtude de sua inefetividade e potencial de lesão.
Sittler & col.(65) mostraram que a órtese unilateral biaxial
reduziu significativamente a freqüência de lesão do joelho
tanto no número total de indivíduos quanto no número de
lesões do LCM. Porém, a redução de lesões do LCM depende
da posição do jogador (mostrou-se efetiva na defesa) e a
órtese não interferiu na gravidade da lesão. Este estudo foi
conduzido na Academia Militar de West Point, onde as características
dos jogadores mostram-se compatíveis com o
nível colegial americano.
Neste trabalho, não foram encontradas diferenças em lesões
do tornozelo, como as achadas por Grace & col.(24) .
ÓRTESES REABILITATIVAS
Estes tipos de brace foram projetados para permitirem
mobilização precoce do joelho traumatizado tratado cirurgicamente
ou não, trazendo benefícios para o tecido cartilaginoso
e para a orientação do colágeno na cicatrização e remodelação
ligamentar (12,44,48,59,69,70) .
O uso de tutores (braces) reabilitativos, permitindo amplitude
de movimento controlado logo após o trauma ou cirurgia
ligamentar do joelho, é baseado em publicações desde
a década de 60, prescrevendo contra imobilização articular
(principalmente do joelho) devido a efeitos adversos, como:
1) alterações ultra-estruturais e biomecânicas da cartilagem
articular pela imobilização(44); 2) redução rápida das propriedades
osteoligamentares (elasticidade e força tênsil do LCA,
em coelhos, que eram influenciados pelo exercício(70); 3) redução
da rigidez ligamentar e alterações na capacidade funcional
em resistir à carga e alongamento; reabsorção do osso
cortical abaixo da inserção ligamentar e alteração na força
do osso cortical(47); 4) “falsa idéia de segurança com alto risco
de ruptura’’(39) .
Rev Bras Ortop – Vol. 29, Nº 10 - Outubro, 1994
TUTORES (“BRACES”) DE JOELHO: lNDICAÇÕES E CONTRA-lNDICAÇÕES NA PRÁTICA ESPORTIVA
Clinicamente, mostrou-se que usando órtese de gesso
(cast brace) em lesões ligamentares graves do joelho há diminuição
do tempo de reabilitação, alta aceitação pelos pacientes,
baixa incidência de complicações, mobilização precoce
bem tolerada, e redução rápida do edema pós-operatório.
Os resultados ruins não foram relacionados à mobilização
precoce e não houve perda da estabilidade do joelho operado
ao longo do tempo(6).
Na década de 80, expandiu-se o uso de CPM (continuous
passive motion) pela sua ação na cicatrização da cartilagem
articular, dissolução da hemartrose e prevenção de adesão
intra-articular (48,60) , corroborando com a idéia do uso de braces
para mobilização precoce.
Hoffmann & col.(29), estudando seis órteses (funcionais
e reabilitativas) diferentes, mostraram que todas melhoraram
a estabilidade anterior, em valgo e rotatória em joelhos
com ligamentos seccionados, mas a maioria delas não reproduziu
a estabilidade normal.
Cawley & col.(14) defendem que o objetivo principal de
tal órtese é prover controle da amplitude de movimento, quer
pela imobilização rígida do membro, quer pela flexão e extensão
controladas pela amplitude predeterminada.
Deve-se lembrar que os dados biomecânicos dos estudos
feitos com cargas abaixo do que o indivíduo realmente
se submete durante o exercício se aplicam aos pacientes em
tratamento com órteses reabilitativas, visto que estes, em geral,
fazem uso de muletas. Assim sendo, a integração dos
componentes da órtese vai se mostrar o principal fator na
eficiência da órtese em controlar os movimentos e a distribuição
de cargas ao nível do joelho.
Outro ponto a ser lembrado é que a circulação normal
do membro esta comprometida pela falta de atividade muscular;
assim, braces que distribuam melhor a carga diminuem
a possibilidade da formação de pontos de pressão.
Na conclusão do trabalho(l4), os autores mostram que a
maioria das braces testadas diminui significativamente a
translação e rotação relativas ao membro sem brace sob condições
estatícas, lembrando que quando a reabilitação se torna
mais dinâmica, com cargas progressivas, esta capacidade
de controle reduz consideravelmente.
Agora já existem órteses reabilitativas que podem ser
convertidas em funcionais, ou mesmo órteses (braces) que
agem como intermediário reabilitativo/funcional até que haja
desenvolvimento muscular adequado para instalação de órtese
funcional definitiva(54) .
Rev Bras Ortop – Vol. 29, Nº 10- Outubro, 1994
INDICAÇÕES
Podestà & Sherman(54) têm usado estas órteses nas primeiras
seis semanas pós-cirúrgicas do LCA ou LCP, nas primeiras
semanas de tratamento não cirúrgico da ruptura do
LCM, após reparo do mecanismo extensor do joelho e após
realinhamento patelofemoral.
Pieper & col.(53) indicam somente o uso de órteses funcionais/
reabilitativas para atletas em reabilitação após cirurgia
ligamentar do joelho ou que recusam a se submeterem
ao tratamento cirúrgico.
ÓRTESES FUNCIONAIS
Projetadas para assistir ou promover estabilidade ao joelho
instável. Há basicamente dois modelos: 1) haste, dobradiça
e um “cartucho” (shell), para englobar a coxa e a panturrilha
(CTi, Generation II, RKS); 2) dobradiça, haste e faixas
(straps) (ex.: Lenox-Hill, Don Joy 4-point braces).
Estudos experimentais mostraram que, dependendo do
modelo, as órteses funcionais podem: 1) prover estabilidade
anterior, em valgo e rotacionais(29); 2) podem proteger o LCM
em situações de abdução e rotação externa do joelho (ex.:
esquiador)(4); 3) diminuir o deslocamento anterior no joelho
sem LCA com ligamentos colaterais intactos ou não (Lenox-
Hill brace) (73); 4) diminuir o deslocamento ântero-posterior,
rotações interna e externa, em cadáver, quando associada a
bandagem (Lenox-Hill brace) (73); 5) limitar estresses em abdução
e rotação sobre o LCM em flexão e extensão(5).
No estudo de 11 modelos diferentes, com análise relativa
entre comprimento e rigidez das órteses, Carlson &
French (13) mostraram que as órteses mais efetivas eram as
funcionais (ex.: Lenox-Hill brace).
Duas órteses funcionais estudadas durante a corrida mostraram
diminuição significativa da flexão do joelho durante
as fases de balanço e apoio; da rotação; e dos movimentos
de valgo/varo num joelho experimental. Também alteraram
o membro experimental criando impulsos maiores nas direções
verticais e anterior na fase inicial de contato(37) .
Estes estudos devem ser encarados com prudência, visto
que as forças e momentos usados nos experimentos são
muito inferiores aos enfrentados pelos atletas.
Estudos clínicos com braces funcionais mostraram que:
1) Diminui o desempenho atlético e aumenta o gasto
energético medido pelo lactato sérico(30);
2) Em joelhos instáveis, resulta num aumento de 4,58%.
do VO2 máximo durante corrida horizontal a 16lm/min(74);
3) Aumenta o consumo de O2 e custo metabólico de 3 a
6% em indivíduos assintomáticos(28);
703
M.U. REZENDE & V.K.R. MATSUDO
brace têm aumento da resistência ao deslocamento ante-
4) Aumenta a pressão intramuscular no compartimento
anterior da perna, podendo induzir fadiga muscular prematura
por perfusão insuficiente do músculo exercitado(66);
5) Pacientes com lesão do LCA usando a Lenox-Hill
brace mostraram tendência a reduzir a rotação interna e o
torque durante a fase de apoio da corrida, porém não uma
diferença significativa(36);
6) Ao exame físico do joelho, a instabilidade rotatória
ântero-medial (AMRI) e o teste de Lachman melhoram com
o uso da órtese, o que não ocorre com a instabilidade rotatória
ântero-lateral (ALRI) e com as combinadas AM-ALRI,
em que 70% continuam com episódios de falseio, apesar do
aparelhamento(7,15) ;
7) Revisando a eficácia das órteses no controle das ALRI
usando duas órteses diferentes em 85 pacientes, achou-se que
o modelo da AC brace (Canadá) oferece maior estabilidade
(71%), comparada aos 50% oferecidos pela brace anti-rotacional
(17) ;
8) Pacientes com lesão do LCA usando a Lenox-Hill
r i o r( 7 , 8 , 1 5 ) .
9) O uso de braces efetivamente diminui a flexão do
joelho e a rotação total da tíbia durante corrida em reta(37);
10) Inconsistência entre a aprovação subjetiva da órtese
pelo paciente e os dados objetivos mostrando sua eficácia(11,
15);o uso de brace não controla efetivamente a instabilidade,
mas reduziu os sintomas de instabilidade no atleta (não de
elite), possivelmente através do aumento relativo da resistência
à subluxação;
11) Testando-se três órteses funcionais em indivíduos
com deficiência do LCA, encontrou-se diminuição dos sintomas
de instabilidade e no deslocamento anterior da tíbia
em todos os pacientes (e esta diminuição não aumenta com o
aumento da força do KT- 1000)(58);
12) CTi brace (marca feita sob medida) permite desempenhos
significativamente melhores na corrida e na mudança
de direção em atletas com ruptura do LCA. Atletas que
não alcançaram 90% da força do quadrícepes, medida pela
Cybex, mostraram ainda melhor resposta ao uso de brace (16);
13) Considerando quatro modelos (RKS, Lenox-Hill,
Don Joy 4-point e CTi), a migração da órtese foi a queixa
principal. Todas diminuem os episódios de falseio, grau do
pivot shift e teste da gaveta anterior. Ao teste funcional, salto
unipodálico e tiro de 40 jardas, os valores médios não se
alteram significativamente pelo uso da órtese(41);
14) Na fase de apoio, membros com deficiência de LCA
mostraram diminuição da atividade do quadrícepes e gas-
704
trocnêmio e aumento dos isquiotibiais, comparados com
controles normais. Esta alteração do padrão de ativação muscular
pode ter efeito protetor do membro lesado devido ao
aumento da atividade muscular sirérgica ao LCA. A atividade
reduzida da musculatura antagonista pode ainda melhorar
esse efeito. O uso de brace não altera o padrão eletromiográfico,
comparado ao membro sem brace. Todos os músculos
mostraram redução semelhante na atividade, sugerindo
que o brace não tem influência proprioceptiva significat
i v a( l l ) .
Tradicionalmente, a instalação de brace representa somente
uma faceta do tratamento da instabilidade do joelho,
devendo ser combinada com reabilitação adequada, para retornar
ao esporte após tratamento cirúrgico ou não (6,9,15,17,23,31-
33,35,40-42,46,49,51,53,54,61,64) e, em alguns casos, mudança de atividade
esportiva(7,10,46,58) .
INDICAÇÕES
Nicholas (45) indica braces funcionais para: 1) joelho instável
com lesão do LCA (em pacientes que não serão submetidos
a cirurgia; ou em paciente após um programa de reabilitação
para retomar aos esportes); 2) joelho vulnerável, previamente
lesado; 3) entorse grau II ou III do LCM com instabilidade
anterior clinicamente mínima e o médico/paciente
não deseja uma cirurgia recontrutiva 4) bloqueios periódicos
com pivot shift; 5) após cirurgia reconstrutiva.
Braces funcionais também podem ser indicados para lesões
do LCP, LCM, LCL isoladas ou associadas. A escolha
de órtese para controlar uma ou mais destas instabilidades
vai depender da capacidade da órtese em controlar os deslocamentos
ântero-posterior, varo-valgo e/ou rotacionais do joelho.
A capacidade individual de cada órtese em controlar um
ou mais destes movimentos do joelho difere e deve-se tomar
cuidado na prescrição da órtese correta para cada situação
específica (54) .
Autores como Pieper & col. e Wirth & Kohn restringem
as indicações de braces funcionais para as primeiras 12 semanas
pós-operatórias, para programa de reabilitação precoce
objetivando flexão ativa de 100-110º (53,72) . Em atletas, suas
indicações aumentam como mencionado previamente(53).
“A prescição de uma órtese deve ser considerada como
um aspecto de um programa de reabilitação e da órtese sozinha
não se deve esperar que controle ou previna uma lesão
do joelho(53) .
O médico pode minimizar o risco e assegurar a complascência,
certificando-se de que o paciente entende a limitação
inerente à órtese.
Rev Bras Ortop - Vol. 29, Nº 10 – Outubro, 1994
TUTORES (“BRACES”) DE JOELHO: lNDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES NA PRÁTICA ESPORTIVA
CONCLUSÃO
O uso de braces ainda é um assunto controverso. Tutores
(braces) para joelho podem ser classificados em três grupos
básicos: 1) profiláticos; 2) reabilitativos; e 3) funcionais.
A órtese profilática é de pequena eficácia, não justificando
os custos de seu uso.
Os principais fatores afetando a escolha da órtese reabilitativa/
funcional são: 1) o número, arranjo e média de faixas
na interface com a órtese; 2) o modelo e alinhamento das
barras com dobradiça, incluindo a presença ou ausência de
contato com a interlinha articular; 3) a maneira de colocação
das barras articuladas em contato com o membro, incluindo
a presença e área dos cartuchos (shells), o arranjo e a área
para materiais de fixação no cartucho (shell), bem como as
propriedades dos materiais das shells; 4) modelo da dobradiça
(ou articulação).
O uso efetivo destas órteses depende do conhecimento
do médico sobre suas limitações e capacidades.
REFERÊNCIAS
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2. Anderson,G., Zeman, S.C. & Rosenfeld, R.T.: The Anderson knee stabler.
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3. Anderson, K., Wojtys, EM., Loubert, P.V. & Miller, R. E.: A biomechanical
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