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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Terapia manual/ Ponpage cervical no tratamento da dor de cabeça

Estudo de caso
A EFICÁCIA DA POMPAGE, NA COLUNA CERVICAL, NO TRATAMENTO DA CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL
THE EFFECTVENESS OF THE POMPAGE, IN THE CERVICAL COLUMN, IN THE TREATMENT OF THE MIGRAINE OF
THE TYPE TENSIONALY
Jociane Hoffmann *
Rita de Cássia Clark Teodoroski **
..............................................................................................................................................................................................
*Acadêmica do curso de fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
** Professora MSc. do curso de fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
INTRODUÇÃO
Atualmente, a cefaléia tem sido um dos sintomas que mais acometem os indivíduos. O estabelecimento de posturas
errôneas e a sua manutenção combinada ao ritmo intenso diário, à ansiedade, à depressão ou até mesmo à outras
patologias que geram contração excessiva da musculatura cervical que provocam dor, são considerados fatores etiológicos
para a determinação deste tipo de cefaléia.
A cefaléia é caracterizada por dor na cabeça, sendo esta classificada de diferentes maneiras, como latejante, em
pressão, pontadas, entre outras; e dependendo da situação pode ser intolerável. Possui uma gama de etiologias e
apresenta uma diversidade de variações incluindo enxaqueca, cefaléia em salvas, cefaléia cervicogênica, tendo sido
portanto, constatadas pela medicina 150 formas de cefaléias em média. Uma delas é a cefaléia do tipo tensional (CTT),
considerada a “variante de cefaléia mais comum de todas, que costuma ser bilateral e com predominância temporal,
occipital ou frontal. Originando uma dor surda e constante, como plenitude, aperto ou pressão.” (ADAMS; VICTOR;
ROPPER, 1998, p. 123-124). Em alguns casos envolve a cabeça dando a sensação de “capacete”.
A CTT comumente não está associada com náuseas ou vômitos e também não há interferência considerável nas
atividades rotineiras do cotidiano, mas sendo persistente e incapacitante leva o portador a procurar ajuda.
A fisioterapia compreende uma imensa área de condutas terapêuticas para a promoção da reabilitação, sendo que ela
atua dentre outros sistemas, no sistema músculo-esquelético. A técnica de tratamento proposta para este estudo, a
pompage é realizada neste sistema, com o intuito de proporcionar alívio da dor apresentada pelo paciente. A pompage
constitui uma técnica de terapia manual que, de acordo com Bienfait (1999) “[...] tensiona lenta, regular e progressivamente
um segmento corporal [...]”, proporcionando o alongamento das estruturas envolvidas, estimulando a circulação de líquidos
e, consequentemente, promovendo um alívio da tensão na musculatura atingida. Logo, justifica-se este estudo pela
necessidade de proporcionar o alívio da dor, melhorando assim a qualidade de vida do portador de cefaléia.
Com base nas informações acima relatadas, tem-se como problema deste estudo qual a eficácia da pompage, na
coluna cervical, no tratamento da cefaléia do tipo tensional?
O presente estudo foi caracterizado por uma pesquisa do tipo experimental, sendo um estudo de caso, com apenas
um indivíduo comparado antes e depois. Tem por objetivo avaliar o efeito da técnica de terapia manual, a pompage na
diminuição do quadro álgico em uma portadora de CTT. Para tanto foi realizado uma entrevista para a confirmação do
diagnóstico de CTT. Foram então listados alguns pontos a serem averiguados como: a intensidade, a duração e a
frequência da dor. Também verificações através da palpação como: em relação ao trofismo, pontos-gatilhos, espasmos e
encurtamentos de determinados músculos.
METODOLOGIA
1- Tipo de pesquisa
A pesquisa foi um estudo de caso, de natureza experimental, sendo uma variação do plano clássico apresentando pré
e pós-teste sem grupo controle.
2- Caracterização do sujeito
O estudo foi realizado com uma paciente do sexo feminino, 20 anos de idade, de etnia branca, residente no município
de Tubarão portadora de cefaléia do tipo tensional com diagnóstico confirmado pela avaliação fisioterapêutica, através da
ficha de avaliação preenchendo os critérios de inclusão. O tratamento fisioterapêutico foi realizado na Clínica Escola de
Fisioterapia da UNISUL no período da noite.
3- Instrumentos
Para proceder este estudo, foram utilizados os seguintes instrumentos: ficha de avaliação elaborada pela autora deste
estudo, para diagnóstico fisioterapêutico de cefaléia de tensão, tendo sido realizado processo de validação. A entrevista
constou de perguntas abertas e fechadas, sendo que a validade de conteúdo foi titulado por dez profissionais que estão
diretamente envolvidos com o tratamento da CTT; simetógrafo; escala análoga visual da dor para determinação subjetiva
da intensidade da dor (adaptado de KNIGHT, 2000); máquina fotográfica digital Mavica-MVC-SD 75; maca pertencente à
Clínica Escola, de 50 cm; um banco de rodas, para deslocamento do terapeuta.
PROCEDIMENTOS
A paciente chegou à Clínica-Escola de Fisioterapia da UNISUL através de informações referentes ao possível
tratamento de cefalaléia. Num primeiro momento a mesma foi avaliada (pré-teste), através de uma ficha de avaliação de
cefaléia de tensão, elaborada pela terapeuta deste estudo, para confirmar o diagnóstico de CTT. Na ficha de avaliação
constaram itens sobre a anamnese com dados específicos e exame físico, também foi realizado uma avaliação postural
com o auxílio do simetógrafo.
Logo após, foi realizado um programa de tratamento que incluiu a técnica de terapia manual, a pompage embasada
em Bienfait (1999) realizada nos músculos posteriores e laterais da coluna cervical. Devido as retrações musculares de
tonicidade cervical influenciarem a cintura escapular, torna-se necessário um trabalho nesta região para a liberação da
tensão. As sessões foram realizadas semanalmente, cinco dias da semana, em um tempo de 50 minutos compreendendo
10 atendimentos. No início e final de cada atendimento era mostrado uma escala de dor e a paciente quantificava a
intensidade da dor que estava sentindo naquele momento.
A paciente permaneceu em decúbito dorsal sobre um tatame, em posição relaxada com os membros inferiores em
flexão de quadril e joelho, sem brincos e colar, com uma blusa adequada, liberando assim a musculatura da região cervical,
onde então foram aplicadas as técnicas propostas para o tratamento.
O tratamento proposto é baseado em Bienfait (1999, p. 71-72), onde o mesmo descreve que para a realização desta
manobra há uma técnica que deve ser seguida preconizando três tempos. A mesma é descrita da seguinte maneira:
tensionamento: o terapeuta alonga lenta, regular e progressivamente, aquilo que a fáscia cede. Vai apenas até o limite da
elasticidade fisiológica, sendo dosado pela sensibilidade; manutenção da tensão: constitui o tempo principal da pompage,
são fenômenos lentos, pois os miofilamentos de actina só podem deslizar lentamente entre os miofilamentos de miosina.
Neste estudo foi mantido por 20 segundos cada manobra; tempo de retorno: deve ser o mais lento possível, a fáscia que
puxa a mão do terapeuta, mas este controla a tração. É realizado desta forma para não provocar o reflexo contrátil do
músculo.
De acordo com o mesmo autor as pompages foram realizadas bilateralmente e a paciente permaneceu na mesma
posição que foi descrita anteriormente, sendo que o terapeuta ficou à sua cabeceira. São elas:
• Pompage do semi-espinhal da cabeça: o terapeuta com uma das mãos apóia a base do crânio, ficando na palma
de sua mão, de tal forma que o conjunto polegar- indicador afastados aplique-se ao longo da linha occipital superior. O
polegar apóia-se sobre a mastóide, o indicador ou o médio sobre a outra. Para tal pompage, o indicador da outra mão vem
apoiar-se sobre a espinha saliente de D1. O tensionamento é obtido por uma tração da mão occipital.
• Pompage dos escalenos: o terapeuta coloca a mão oposta aos escalenos a serem tratados, realiza a preensão do
occipital como foi descrito anteriormente. O polegar da outra mão apóia-se sobre a face posterior da primeira costela. O
polegar dirigido para frente, afunda-se no pescoço na região do ângulo do trapézio superior sobre o
esternocleidomastoideo. A tração é obtida pela tração da mão occipital.
• Pompage do trapézio superior: o terapeuta coloca a mão do lado do trapézio a ser tratado apoiando a base do
crânio. A outra mão, com os dois antebraços se cruzando, apóia-se sobre o ombro do lado a ser tratado. A tensão é obtida
por um afastamento das duas mãos. Porém no tratamento, a técnica proposta por Bienfait nesta manobra foi modificada,
pois com os antebraços não cruzados houve maior adaptação da autora desta pesquisa em relação a mesma, possuindo
assim, um melhor braço de alavanca.
• Pompage do elevador: as posições são exatamente as mesmas que as da pompage precedente, com a diferença
de que a mão sobre o ombro ultrapassa, colocando o polegar em posição posterior em apoio sobre a espinha de escápula.
• Pompage do esternoclido-occipito-mastóideo: o paciente encontra-se na mesma posição, mas com a cabeça em
rotação do lado oposto ao músculo a ser tratado, o que coloca este músculo ao mesmo eixo do esterno. A mão do lado do
músculo a ser tratado apoia a base do crânio, a outra se apóia sobre o esterno. O tensionamento é obtido por uma pressão
no sentido caudal da mão esternal, que acompanha uma expiração do paciente. Para o retorno lento respeitando o ritmo da
pompage, o terapeuta não se preocupa mais coma respiração até que uma nova expiração realize a tensão.
Limitações do estudo
O estudo ficou limitado devido a população ser restrita, sendo difícil o paciente ser encaminhada com o diagnóstico
médico e odontológico de cefaléia do tipo tensional. Para tanto é necessário que haja uma interdisciplinariedade entre os
profissionais da área da saúde, promovendo assim mais reconhecimento das atuações em que cada profissão pode atuar.
A escolha em relação a este tipo de pesquisa para a realização deste estudo deve-se ao fato de a população ser limitada
devido a não procura do paciente portador desta disfunção a um profissional adequado e também pelo fato do portador de
CTT não compreender sobre os recursos que a fisioterapia pode atuar para minimizar o desconforto ocasionado pela dor.
As informações individuais, precisas e únicas relatadas pela paciente contribuíram para a concretização do referido
tratamento fisioterapêutico.
DISCUSSÃO
Serão apresentados os dados obtidos através da ficha de avaliação e da ficha de evolução, coletados a partir do
tratamento fisioterapêutico. A paciente ao ser avaliada (pré-teste) confirmo-se ser portadora de CTT, do sexo feminino com
20 anos de idade e estudante, relata não fazer atividade física. A mesma refere que o aspecto emocional possui muita
influência em sua cefaléia e confessa que quando está mais estressada e nervosa a dor ocorre com mais frequência, maior
duração e com intensidade aumentada. Chaitow (2001) afirma que perturbações emocionais podem causar aumento do
tônus muscular, devido ao uso excessivo ou inadequado ou abuso das estruturas musculoesqueléticas.
Esta portadora de CTT possui um tipo de dor em pressão, principalmente na região occipital, com duração de uma
semana, apresentando fonofobia no período da crise, sendo uma dor intensa e contínua. Confirmando Fragoso (1998)
descreve que para ser considerada CTT a dor pode ser do tipo pressão, com uma duração de trinta minutos à sete dias, e a
portadora pode apresentar foto ou fonofobia, mas não ambas no momento da crise. Zukerman (2000); Adams, Victor e
Ropper (1998) e Okeson (1998) concordam com a autora anterior sobre as características referentes a CTT. No exame
físico foi verificado inclinação e rotação da cabeça para o lado esquerdo e a posição cervical apresentava lordose cervical
normal. Nos movimentos da coluna cervical houve pouca limitação na flexão cervical, a paciente também apresentou
hipertonia e pontos-gatilhos principalmente na região dos músculos esternocleidomastoídeo e trapézio superior.
Para Pegas (2003) as cefaléias de origem muscular são devidas as dores isquêmicas relacionadas aos músculos que
se inserem sobre o crânio e aos músculos mastigadores. Sendo que esses músculos podem apresentar em seu seio pontos
trigger. Travell (apud PEGAS, 2003) coloca em evidência os territórios de dores referidas dos músculos que se inserem
sobre o crânio. Caracterizando os seguintes:
• Suboccipitais: occipital, temporal;
• Esplênio da cabeça: temporal;
• Trapézio superior: parte lateral do pescoço e no hemicrânio.
A paciente foi então submetida a técnica de terapia manual, a pompage e todos os dados são referentes ao quadro
álgico foram coletados de maneira subjetiva. Knight (2000) evidencia que a dor nunca foi objetivamente definida nem
medida de modo adequado.
Gráfico 1: Intensidade da dor.
O gráfico 1 é referente à intensidade da dor verificada no período de dez sessões, sendo quantificada pela escala
adaptada de dor percebida de Borg.
Knight (2000) menciona que as escalas numéricas são usadas para quantificar a intensidade da dor, consistindo em
uma lista de números, de um a dez e de palavras associadas para indicar vários níveis de intensidade de dor que variam de
nenhuma à máxima. A mesma é apresentada ao paciente no início e final de cada sessão e o portador refere a intensidade
da dor que está sentindo naquele momento.
No gráfico 1 está demonstrado que a paciente apresentou CTT na 1ª sessão com grau de intensidade quatro (pouco
forte) e na 2ª sessão grau de intensidade nove (muito, muito forte), o que é explicado por Okeson (1998), que relata que a
maioria das cefaléias tipo tensão são de intensidade baixa ou moderada, entretanto com a CTT crônica, a dor pode tornarse
de moderada a severa. Cailliet (1997) também descreve que a dor da CTT é considerada leve na maioria dos casos,
mas pode se tornar severa, persistente e incapacitante.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10





Intensidade da
Dor
No restante das sessões, ou seja, da terceira à décima, a paciente refere que obteve alívio da dor não possuindo mais
crise de CTT, grau referente a zero (nenhuma).
COLETAS DURAÇÃO DA DOR
1ª sessão (pré-teste) Uma semana
10ª sessão (pós-teste) Menos de trinta minutos
Quadro 1: Dados referente à duração da dor na 1ª sessão (pré-teste) e na 10ª sessão (pós-teste).
O presente quadro 1 é caracterizado pela duração da dor, sendo a paciente avaliada em um pré e pós-teste.
Na primeira sessão foi realizado o pré-teste, onde a paciente referiu que sua dor permanecia por uma semana,
confirmando Fragoso (1998), que afirma que a dor de cabeça para ser considerada CTT consiste em uma duração de trinta
minutos à sete dias. Contrapondo Okeson (1998), que menciona que a duração da dor pode variar de trinta minutos à
setenta e duas horas para a CTT episódica, mas para a sua forma crônica a dor ultrapassa quinze dias de um mês.
Após o tratamento proposto, na décima sessão foi realizado um pós-teste. A duração da dor relatada pela portadora
diminuiu consideravelmente, resultando em uma crise de menos de trinta minutos.
COLETAS FREQUÊNCIA DA DOR
1ª sessão (pré-teste) Contínua
10ª sessão (pós-teste) intermitente
Quadro 2: Dados referentes à frequência da dor na 1ª sessão (pré-teste) e na 10ª sessão (pós-teste).
No quadro 2 pode-se observar a diminuição da frequência da dor durante o período de tratamento. Foi realizado um
pré-teste na primeira sessão e a portadora de CTT referiu que a frequência da dor era contínua. Após a realização da
décima sessão foi verificado, através de um pós-teste, que a frequência da dor havia diminuído, passando para uma
frequência intermitente. Não foram encontrados dados referentes à frequência da dor na CTT, porém, conforme afirma
Bienfait (1999), a pompage pode procurar obter um relaxamento muscular, uma vez que o deslizamento dos tecidos uns em
relação aos outros, promovem a circulação dos fluidos favorecendo para que não haja a estase sangüínea, nutrindo assim
os tecidos que estão sendo tensionados.
COLETAS 1ª SESSÃO 10ª SESSÃO
ECM TS ECM TS
Hipertonia Apresenta Apresenta Diminuiu Diminuiu
Hipotonia ---------- ------------ --------- ------------
Eutônica ---------- ------------ --------- ------------
Pontos-gatilhos Apresenta Apresenta Diminuiu Diminuiu
Espasmos ------------ ------------ ----------- ------------
Encurtamentos ----------- ----------- ---------- -----------
Quadro 3: Dados referentes à palpação na musculatura da coluna cervical, compreendendo os músculos
estenocleidomastoídeo (ECM), trapézio superior (TS), realizados na primeira sessão (pré-teste) e na décima sessão (pósteste).
O quadro 3 está representando a palpação nos músculos posteriores da coluna cervical, já citados, caracterizando um
pré e um pós-teste.
Foi constatado, na primeira sessão (pré-teste) que a paciente apresentava na região posterior da coluna cervical,
principalmente na musculatura do trapézio superior, hipertrofia e pontos-gatilhos.
Chaitow (2001) ressalta que os pontos-gatilhos do trapézio superior é uma fonte principal de dor de tensão no pescoço
e de dor referida, quando intensa, estende-se para a cabeça, sendo assim a causa não vista de dores de cabeça, que
algumas vezes afetam o occipício. O mesmo autor ainda refere que a potencial influência negativa da disfunção do trapézio
é diretamente sobre a função occipital, parietal e temporal.
Também foram observados pontos-gatilhos no esternocleidomastoídeo, confirmando Chaitow (2001) descreve que
pontos-gatilhos nesta região podem reportar para a área frontal gerando dor de cabeça.
Greenman (apud CHAITOW 2001) sugere que os músculos suboccipitais hipertrofiados estão envolvidos em graves
problemas de dor de cabeça.
Após a décima sessão, foi realizado um pós-teste, onde pôde ser verificado, como é confirmado no quadro 3, que a
hipertonia muscular e os pontos-gatilhos localizados na região posterior da coluna cervical, nos referidos músculo,
diminuíram.
CONCLUSÃO
A cefaléia do tipo tensional (CTT) é considerada a variante mais comum de todos os tipos de cefaléia. Muitas pessoas
apresentam dores de cabeça por vários dias na semana, mas não procuram assistência para identificar qual o tipo de
cefaléia que possuem, e consequentemente automedicam-se. Este é um dos fatores para o aparecimento da CTT em sua
forma crônica, sendo esta caracterizada por uma dor de intensidade leve a moderada, fazendo com que as pessoas que
apresentam este sintoma não se ausentem de suas atividades rotineiras. Contudo, em alguns portadores crônicos deste
tipo de cefaléia esta dor pode tornar-se intolerável. Para isso, tem-se a necessidade de uma área na fisioterapia para o
tratamento da CTT, minimizando a dor em relação a intensidade, a duração e a frequência, proporcionando uma melhor
qualidade de vida para o portador deste tipo de cefaléia.
Neste concluiu-se que a pompage promoveu a diminuição da dor em todos seus aspectos, como na intensidade, na
duração e na frequência. Também foi prioridade deste trabalho a diminuição da hipertonia e dos pontos-gatilhos, tendo um
resultado satisfatório, afirmando deste modo, que este recurso pode ser utilizado pelos fisioterapeutas na disfunção citada.
A pompage é uma técnica de terapia manual que vem sendo implantada dentre os recursos terapêuticos que a
fisioterapia dispõe. No entanto, a mesma deve ser estudada com mais ênfase, buscando assim alternativas que possam
contribuir para o tratamento das mais diversas disfunções. No Brasil as técnicas de terapia manual têm sido divulgadas nos
últimos anos, o que justifica a limitação de estudo na referida temática. Também é necessário que haja
interdisciplinariedade entre os profissionais da área da saúde para que ocorra maiores informações em relação as atuações
que a fisioterapia pode promover à várias patologias, sendo assim mais fácil haver encaminhamento médico ou
odontológico dentre outras áreas para algum possível tratamento fisioterapêutico.
Devido a grande evidência de casos clínicos, a CTT tem sido alvo de muitos estudos. Foi constatado que os diversos
autores citados se encontram em busca de conhecimento acerca da temática. Com isso, nos instiga a aprimorar cada vez
mais não só a causa da referida disfunção, mas a forma de tratamento.
Dessa forma, espera-se que este trabalho possa despertar interesse para a realização de novas pesquisas e que a
utilização da pompage se estenda no campo da fisioterapia em relação às disfunções cranianas e cervicais.
REFERÊNCIAS
ADAMS, R. D.; VICTOR, M.; ROPPER, A. H. Neurologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Mc Graw-Hill, 1998.
BIENFAIT, M. Fáscias e pompages: estudo e tratamento do esqueleto friboso. 2ed. São Paulo: Summus, 1999.
CAILLIET, R. Síndromes dolorosas da cabeça e da face. Rio de Janeiro: Revinter, 1997.
CHAITOW, L. Técnicas de palpação: avaliação e diagnóstico pelo toque. São Paulo: Manole, 2001.
FRAGOSO, Y. D. Cefaléia do tipo tensional. Revista Médica Virtual. 1998. Disponível em: Medpress.med.br/art/cefaleia.htm>. Acesso em : 24/dez/2000.
KNIGHT, K. L. Crioterapia no tratamento das lesões esportivas. São Paulo: Manole, 2000.
OKESON, J. P. Dor orofacial: guia de avaliação, diagnóstico e tratamento. São Paulo: Quintessence, 1998.
PEGAS, A. Cefaléias e algias craniofaciais em osteopatia. Terapia manual, Londrina, v. 1, n. 4, abr./jun. 2003, 126-129.
ZUKERMAN, E. Cefaléia de tipo tensional. In: MELO-SOUZA, S. E. Tratamento das doenças neurológicas. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. cap. 160.

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