Dr.Lucas Nogueira Mendes Ft. Dip Chiro. Fisioterapeuta Quiropraxista pela Anafiq/Coffito. Especialista em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva.
- Dr. Lucas Nogueira Mendes FT,Dip.Quiro
- Araraquara, São Paulo, Brazil
- Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592
REGRAS DO SITE
OS ARTIGOS CONTIDOS NESTE SITE TEM APENAS O INTUITO DE INFORMAR , POR ISSO NÃO FAZEMOS DIAGNÓSTICOS OU TRATAMENTO PELO SITE E EM HIPOTESE ALGUMA QUEREMOS SUBSTITUIR UMA CONSULTA PARA MAIS DETALHES ENTRE EM CONTATO E MARQUE UMA CONSULTA COMIGO (FISIOTERAPEUTA)OU COM SEU MÉDICO DE CONFIANÇA.
ME RESERVO O DIREITO DE RESPONDER APENAS COMENTÁRIOS COM IDENTIFICAÇÃO E E-MAIL E QUE SEJA PERTINENTE AO CONTEUDO DO SITE( NÃO FAÇO DIAGNÓSTICO OU TRATAMENTO PELA INTERNET).
AS PERGUNTAS SEM E-MAIL EM ANEXO NÃO SERÃO RESPONDIDAS.
AS RESPOSTAS NORMALMENTE NÃO SÃO PUBLICADAS POIS RESPEITAMOS A INDIVIDUALIADE DOS PACIENTES ,CADA CASO É ÚNICO.
ME RESERVO O DIREITO DE RESPONDER APENAS COMENTÁRIOS COM IDENTIFICAÇÃO E E-MAIL E QUE SEJA PERTINENTE AO CONTEUDO DO SITE( NÃO FAÇO DIAGNÓSTICO OU TRATAMENTO PELA INTERNET).
AS PERGUNTAS SEM E-MAIL EM ANEXO NÃO SERÃO RESPONDIDAS.
AS RESPOSTAS NORMALMENTE NÃO SÃO PUBLICADAS POIS RESPEITAMOS A INDIVIDUALIADE DOS PACIENTES ,CADA CASO É ÚNICO.
Translate
Visualizações
Pesquisar este blog
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE
• Fraturas de estresse e sobrecargas ósseas
• Lesões musculares
• Tendinopatias
Dr. Cristiano Frota de Souza Laurino Mestre pelo Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp. Especialista em Cirurgia do Joelho e Artroscopia. Diretor Científico do Comitê de Traumatologia Desportiva da SBOT. Diretor Médico da Confederação Brasileira de Atletismo e Médico do Clube de Atletismo BM&F/Bovespa. CRM-SP 77341.
Fraturas de estresse e sobrecargas ósseas2
FRATURAS DE ESTRESSE E SOBRECARGAS ÓSSEAS As fraturas de estresse resultam de carregamento cíclico e repetitivo sobre a estrutura óssea e diferem das outras fraturas por não decorrerem de eventos traumáticos agudos. As “fraturas de fadiga” são aquelas decorrentes de uma carga anormal aplicada sobre um osso normal, enquanto as “fraturas de insuficiência” são empre- gadas quando uma carga normal é aplicada sobre um osso previamente enfraquecido, como na osteoporose. O termo “reação de estresse” é empregado para a contínua modifi- cação óssea em resposta às cargas aplicadas.
FISIOPATOLOGIA
A remodelação óssea fisiológica pode sofrer um desbalan- ço da osteogênese e osteoclasia e ter seu ciclo de adaptações comprometido em resposta às cargas aplicadas, gerando soluções de continuidade no tecido ósseo. Os eventos me- cânicos envolvidos na gênese das fraturas de estresse podem ser decorrentes do aumento da carga aplicada, aumento do número de ciclos de carregamento e a diminuição da superfície de área sobre a qual a força é aplicada. Duas teorias são atualmente adotadas para explicar a etiologia das fraturas de estresse nos atletas. A primeira delas afirma que a musculatura enfraquecida reduz a absorção de choque das extremidades inferiores e permite a transmissão de forças, aumentando o estresse sobre determinados pontos focais do osso. A fadiga muscular também contribui para o desencadeamento das fraturas de estresse, à medida que a atenuação das cargas se reduz onde a musculatura relaciona- da estiver comprometida. Esta teoria explica em grande parte a origem das fraturas de estresse encontradas nos membros inferiores. A segunda teoria, mais utilizada para explicar as fraturas de estresse dos membros superiores, afirma que a tração muscular através do osso é capaz de gerar forças repetitivas suficientes para desencadear uma falha óssea.
FATORES DE RISCO
1. Idade. As fraturas de estresse são menos frequentes nas crianças do que nos adolescentes e adultos.
2. Grupo étnico. Autores relataram não haver diferenças na incidência de fraturas de estresse entre atletas univer- sitários afro-americanos e brancos.
3. Sexo. Alguns autores consideram o risco relativo das fra- turas por estresse no sexo feminino 3,8 a 12 vezes maior do que no sexo masculino. A “Tríade da Mulher Atleta” representa um fator de risco importante e caracteriza-se pela presença de distúrbios alimentares, irregularidades menstruais e osteopenia. Na tríade, observa-se uma maior suscetibilidade às fraturas por estresse nas mulheres atle- tas, quando comparadas aos atletas jovens masculinos.
4. Fatores biomecânicos. Os fatores biomecânicos são: a assimetria dos membros inferiores, a anteversão femoral aumentada, a diminuição da largura da tíbia, o valgismo excessivo dos joelhos, a pronação dos pés aumentada e a perda aguda de peso.
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE 3
5. Fatores extrínsecos. O fator de risco extrínseco mais fre- quentemente descrito é a associação entre o baixo nível de condicionamento físico e o grande volume de treinamento. Outros fatores são: o aumento súbito na velocidade e dis- tância percorridas na corrida, as condições de superfície inadequadas (piso e calçado), a assimetria dos membros inferiores, as anormalidades biomecânicas da marcha e corrida, o condicionamento físico inadequado e o tempo de reabilitação insuficiente das lesões pregressas.
INCIDÊNCIA
As fraturas de estresse representam 1 a 20% de todas as lesões esportivas, e aproximadamente 4,7% a 15,6% das lesões entre corredores.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da lesão se baseia nos dados de histó- ria, exame físico e métodos de diagnóstico por imagem. A história caracteriza-se por dor de caráter insidioso e progressivamente limitante para a atividade esportiva. A dor promove uma adaptação lenta às condições de treinamento, um aumento nos intervalos entre as séries de exercícios, diminuição da intensidade de execução de alguns movimentos específicos, diminuição do tempo total de treinamento, a necessidade de utilização de órteses (pal- milhas, faixas elásticas), trocas de equipamento esportivo e medidas analgésicas.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
As fraturas de estresse podem ser classificadas em baixo e alto risco, quanto às características da história natural, tratamento e aparecimento de complicações. São consideradas fraturas de baixo risco aquelas que apresentam história natural favorável, localizadas nas áreas de compressão óssea e que apresentem boa resposta às mudanças de atividade e com baixo índice de complicações. As fraturas de baixo risco acometem os seguintes os- sos: costelas, úmero, rádio, diáfise da ulna, colo do fêmur (cortical inferior), diáfise do fêmur, tíbia (cortical medial), 1º a 4º ossos metatarsais. As fraturas de alto risco apresentam história natural desfavorável, alto índice de complicações (recorrência, pseudoartrose, fratura completa) e necessida- de de tratamento cirúrgico. Acometem os seguintes ossos: olécrano, colo do fêmur (cortical superior), patela, diáfise da tíbia (cortical anterior), maléolo tibial, navicular, sesamoide medial e 5º osso metatarsal.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
Os métodos de imagem empregados no diagnóstico das fraturas de estresse são: a radiografia simples, a cintilografia óssea em três fases, a ressonância magnética e a tomografia computadorizada.
Radiografia simples As radiografias simples apresentam baixa sensibilidade na fase inicial das fraturas de estresse, podendo permanecer normais por período compreendido por três semanas a três meses após o início dos sintomas.
Cintilografia óssea A cintilografia óssea é um método de baixo custo e apresenta alta sensibilidade, porém baixa especificidade diagnóstica, com pequena resolução de imagem. Utiliza o radiofármaco tecnécio radioativo 99mTc-MDP, administrado por via intravenosa e três fases são feitas a seguir: fase inicial ou de fluxo, fase de pool e fase tardia. As fraturas de estresse caracterizam-se por concentração anormal do radiotraçador nas três fases do estudo. A idade da fratura e o monitoramento da sua reparação podem ser estimados através da cintilografia. Na fase tardia, a concentração do radiotraçador diminui de intensidade em três a seis meses, mas pode persistir a positivi- dade por até 18 meses. A desvantagem da cintilografia óssea ocorre na determinação da cura, pois não há concomitância da cura clínica com negativação na fase tardia.
Ressonância magnética A ressonância magnética utiliza um protocolo nas sequ- ências T1, T2, STIR e T2 fast spin echo, com supressão de gordura. O método apresenta alta sensibilidade, alta especifi- cidade, elevada resolução especial e a possibilidade de obten- ção de imagens adquiridas nos planos coronal, sagital e axial.
Tomografia computadorizada A tomografia computadorizada utiliza radiação ionizante e apresenta alta definição da imagem óssea. A tomografia é útil no diagnóstico diferencial entre a fratura de estresse e o osteoma osteoide.
TRATAMENTO
O planejamento do tratamento deve incluir considerações referentes aos fatores predisponentes, classificação de risco, características fisiológicas específicas do osso acometido, sinais e sintomas, época da temporada esportiva e carac- terísticas da carreira do atleta.
Fraturas de estresse e sobrecargas ósseas4
A prescrição de tratamento deve ser individualizada, considerando-se múltiplos fatores e com ampla e honesta informação ao paciente sobre seus riscos e benefícios. Os fatores de risco desempenham papel importante no planeja- mento do tratamento e particularmente na decisão de manter o atleta em atividade na vigência da lesão. Nas fraturas de baixo risco são indicadas a diminuição ou modificação dos fatores mecânicos desencadeantes da dor e a redução na intensidade de treinamentos esportivos. O nível aceitável de atividades permitidas é específico para cada indivíduo. A manutenção do condicionamento muscular e cardiovascular dependerá da modalidade pratica- da e, para tal, são necessárias modificações de treinamento e introdução de novos exercícios com frequência ou inten- sidade de cargas inferiores aos habitualmente realizados. A bicicleta estacionária e as atividades aquáticas (exercícios orientados com e sem apoio, corrida dentro d’água) são opções amplamente empregadas, não só no tratamento, como também na prevenção de lesões. O tempo médio de retorno às atividades esportivas após a cessação da dor, sem controle de analgésicos, nas fraturas de baixo risco é de quatro a oito semanas. O retorno ao esporte entre atletas que sofreram fraturas de alto risco é mais prolongado do que nas fraturas de estresse de baixo risco. Em geral, o retorno ao esporte deve ser recomendado apenas após a completa consolidação da fratura, em de- corrência do pior prognóstico e possibilidade de progressão para uma fratura completa. Clement procurou estabelecer um plano de tratamento e o dividiu em duas fases. A fase I ou de repouso modifi- cado caracteriza-se pelo controle da dor através do uso de medicamentos analgésicos, métodos fisioterápicos de analgesia e cinesioterapia, descarga de peso permitida nas atividades de vida diária e manutenção da condição aeróbica sem provocar respostas de estresse anormais no segmento afetado. Atividades como pedalar, nadar ou correr dentro d’água (“deep-running”) são alternativas para a manutenção do condicionamento físico do atleta. A fase II se inicia a partir do momento em que o atleta não apresenta mais queixas de dor. Tal fato ocorre geralmente dentro de um período de 10 e 14 dias do início dos sintomas. Esta fase baseia-se nos objetivos da fase I somados à correção de fatores biomecâ- nicos, utilização de órteses, regulação do ciclo menstrual das mulheres, correção dos distúrbios nutricionais e metabólicos e retorno gradual ao esporte.
FRATURAS DE ESTRESSE NO MEMBRO INFERIOR
Os membros inferiores representam os locais preferen-
ciais das fraturas de estresse nos atletas. A distribuição per- centual dos locais anatômicos nas fraturas de estresse varia conforme a modalidade esportiva, porém a tíbia representa cerca de 50% de todos os casos, seguida em geral pelos os- sos do tarso, metatarsais, fêmur, fíbula, pelve e outros ossos.
Tíbia A localização das fraturas da tíbia varia em função da modalidade esportiva praticada. Nos corredores, são en- contradas fraturas na transição do terço médio-distal, nos esportes de saltos (basquete, voleibol, atletismo) encontram- se fraturas no terço proximal e, nos bailarinos, são descritas fraturas no terço médio da tíbia. A dor localizada de caráter insidioso progride com as atividades de impacto e inicialmente se manifesta após o treinamento, podendo evoluir para a limitação das atividades físicas. A palpação da área envolvida apresenta frequente- mente um dolorimento difuso com edema associado. Os principais diagnósticos diferenciais das fraturas de estresse são a síndrome do estresse tibial medial, a sín- drome compartimental crônica, a infecção, a neoplasia e a compressão nervosa.
TRATAMENTO
Em geral, o tratamento conservador das fraturas de estres- se se baseia no planejamento proposto por Clement, em que o atleta mantém atividades físicas para preservar o condicio- namento cardiovascular, evitando a realização de movimentos que intensifiquem o estresse na região comprometida. As atividades de vida diária são mantidas sem limitações, inclusive a deambulação com carga é permitida desde o início do tratamento. A redução na intensidade do treinamento de corrida e salto também pode ser um meio efetivo na pre- venção das fraturas por estresse dos membros inferiores. O uso de medicações analgésicas, assim como a crio- terapia (gelo) na fase aguda propicia o alívio da dor. Nesse processo, o atleta inicia progressivamente o retorno às atividades de caminhada e trote até a normalização das condições de treinamento. Os bisfosfonados ligam-se aos cristais de hidroxiapatita no osso e podem bloquear a dissolução da matriz pelos osteo- clastos, o que permite um balanço a favor da formação óssea. As fraturas de estresse da tíbia localizadas na face póste- ro-medial são consideradas de baixo risco e se consolidam após duas a seis semanas de modificação do treinamento ou repouso relativo, associados à correção dos fatores de- sencadeantes. Algumas fraturas necessitam de três a quatro meses para a consolidação completa.
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE 5
Figura 1. Fratura de estresse da tíbia. Radiografia simples de perfil com “linha de radioluscência” na cortical anterior.
Fraturas de estresse da tíbia localizadas na cortical anterior são visíveis às radiografias simples, são mais raras, porém
mais graves (fig. 1). Tais fraturas necessitam de trata- mento específico por repouso prolongado, imobilização do membro e deambulação sem apoio até evidências radiográficas de formação de calo ósseo (seis a oito sema- nas). São consideradas de pior prognóstico, podendo evoluir para retarde de consolida- ção e pseudoartrose. A eletroestimulação também tem sido utilizada para o tratamento das fraturas de estresse com resultados controversos. So- lados e palmilhas absorvedoras de choque também são utilizados no tratamento e re- duzem a incidência de fraturas por estresse. Exceto em situações específicas, o uso de imobilizações não está indicado, embora as órteses pneumáticas tenham apresentado eficiência significativa em algumas fraturas por estresse. A terapia com ondas de ultrassom pulsado de baixa inten- sidade (0,03W.cm2) também foi descrita como coadjuvante na aceleração do processo de reparação óssea nas fraturas de estresse de tíbia. As indicações para o tratamento cirúrgico (osteossíntese) são os casos refratários ao tratamento conservador após três a seis meses, atletas de elite, fraturas de terço médio da perna com sinais radiográficos e clínicos de pseudoartrose.
Síndrome do estresse tibial medial A Síndrome do Estresse Tibial Medial (SETM), também conhecida como: “dor na perna induzida pelo exercício”, “shin splint” e “canelite”, foi primeiramente descrita como um “complexo de sintomas encontrados em atletas que apresentam dor induzida pelo exercício localizada no bordo póstero-medial da tíbia”. Tais denominações representam um espectro de reações ósseas, do periósteo e/ou da fáscia causadas por estresse. As etiologias são: inflamação do periósteo (periostite por tração) na face medial da tíbia, gerada pela ação dos músculo sóleo, músculo flexor longo dos dedos e fáscia crural pro- funda e a reação de estresse óssea que se tornou dolorosa. Os fatores predisponentes são: a pronação excessiva ou a velocidade de pronação elevada, o estiramento do músculo sóleo, as atividades de impacto repetitivo, o aumento súbito na frequência, intensidade e duração da atividade esportiva, o treinamento em superficies rígidas, técnicas de treinamento inapropriadas, aumento súbito na intensidade de treinamen-
to, mudanças no calçado, desequilíbrios musculares, deficiências de flexibilidade, elevado índice de massa corporal, lesões pregressas e anormalidades biomecânicas. A dor apresenta um caráter difuso, que se manifesta durante as atividades de corrida ou salto, piora ao longo do treinamento, podendo causar interrupção do mesmo. No exame físico, palpa-se um longo segmento doloroso, com alguns pon- tos mais intensos, abrangendo uma região localizada no bordo póstero-medial da tíbia, principalmente nos terços médio e distal. A Ressonância Magnética é o melhor método para o diagnóstico específico de cada estágio, fornecendo dados mais con- fiáveis a respeito da duração e da extensão da lesão. Na cintilografia óssea, as fases de fluxo e pool são normais e a fase tardia demonstra uma concentração alongada, quase linear, na bordo póstero-medial da tíbia, acometendo 1/3 a 3/4 do comprimento do osso. Esse padrão é diferente da fratura de estresse, pois nesta todas as três fases do estudo são anormais.
Fêmur A diáfise femoral também pode ser sede de fraturas por estresse e representa de 7,0% a 12,8% de todas elas. O exame físico se caracteriza por palpação dolorosa profunda, edema e dificuldade da realização de salto com apoio mo- nopodálico sobre o membro comprometido. O tratamento se baseia no repouso ativo (realização de atividades que não interferem na dor) até o retorno gradual ao esporte.
Fêmur (colo) As fraturas de estresse do colo do fêmur representam 5% do total das fraturas de estresse. Basicamente, as fra- turas não desviadas podem acometer o colo do fêmur em sua superfície superior (cortical superior) ou inferior (cortical inferior). O quadro clínico das fraturas por estresse do colo caracteriza-se por dor localizada no quadril, no glúteo, região anterior da coxa ou joelho, arco de movimento doloroso e/ou limitado, claudicação, limitação progressiva do rendimento esportivo e atitude antálgica. O tratamento das fraturas do colo varia em função da localização (cortical superior ou inferior) e da presença de desvio. As fraturas da cortical superior respondem melhor ao tratamento cirúrgico devido às características biomecânicas da região. Por ser considerada uma área de tensão óssea, essa região gera um potencial de desvio, deformidade em
Fraturas de estresse e sobrecargas ósseas6
Figura 2. Cintilografia óssea com imagem de fratura de estresse da fíbula.
varo, necrose avascular da cabeça do femur, retarde de consolidação ou até pseudoartrose, quando são empregados métodos conservadores de tratamento. As fraturas da cortical inferior (região de compressão do colo) representam a maioria das fraturas do colo em atletas e na população jovem. Geralmente não progridem para desvio e apresentam con- solidação após o tratamento conservador.
Fíbula As fraturas de estresse de fíbula repre- sentam entre 4,6% a 21% de todas as fraturas por estresse. Embora todo o osso possa ser acometido, o terço distal (qua- tro a sete centímetros proximais à extremidade distal do ma- léolo) é o mais envolvido (fig. 2). O quadro clínico se manifesta por dor localizada na face lateral da perna e tornozelo, que deve ser diferenciada da síndrome compartimental crônica, tendinite bicipital e síndrome da compressão do nervo fibular e miosite ossificante. O tratamento não cirúrgico é indicado para a maioria das fraturas de estresse de fibula e abrange repouso modificado por três a oito semanas, seguido por um retorno gradual aos níveis de atividade física pregressos.
Pé e tornozelo As fraturas por estresse do pé e do tornozelo ocorrem mais comumente em atletas que executam modalidades em que a corrida e o salto predominam como gestos espor- tivos. Os fatores predisponentes abrangem: tíbia estreita, rotação lateral do quadril excessiva, antepé e subtalar varo, tíbia vara, assimetria de membros, pés cavos, pés planos, fadiga muscular, fraqueza muscular, hiperpronação na corrida, pobre condicionamento físico, sexo feminino, irregularidades menstruais e idade avançada. 1. Ossos metatarsais. As fraturas dos ossos metatarsais são mais fre- quentes nos adolescentes do que nos adultos. O colo e a diáfise do 2º e 3º ossos metatarsais são as regiões mais frequentemente acometidas, podendo ser observadas lesões bilaterais conco- mitantes. O tratamento abrange as fases de Clement acrescidas da utilização de calçados com solado de madeira ou até mesmo imobilizações gessadas. A maio- ria dos pacientes retorna ao esporte em um prazo de aproximadamente quatro a seis semanas.
As fraturas de Jones descritas no 5º osso metatarsal são fraturas trans- versas localizadas na área de transição metáfiso-diafisária cerca de 1,5 cm distal à tuberosidade. São mais frequentemen- te encontradas em atletas saltadores. Estas fraturas apresentam uma elevada incidência de retardo de consolidação e pseudoartrose. 2. Calcâneo. As fraturas de estresse de calcâneo foram originalmente descri- tas em recrutas militares, mas também relatadas entre atletas, principalmente nos corredores de longa distância (fig. 3). 3. Navicular. Representa 0,7% a 2,4% das fraturas por estresse nos esportes. A dor é localizada na região dorsal do pé e irradiada para o arco plantar medial. As fraturas podem ser parciais ou completas e apresentam-se com orientação linear no plano sagital, envolvem a superfície articular distal e geralmente não apresentam desvios. O diagnóstico deve ser lembrado sempre que um atleta queixar-se de dor de ca- ráter difuso no pé identificada no exame físico pela palpação dolorosa do arco longitudinal medial.
COLUNA
Alguns autores relatam que a fratura de estresse vertebral (espondilólise) é mais frequentemente encontrada em crian- ças, especialmente naquelas que executam precocemente movimentos de flexoextensão repetidos do tronco associa- dos a movimentos torcionais e saltos, como se encontra na ginástica, dança, atletismo e outros.
MEMBRO SUPERIOR
As fraturas de estresse dos mem- bros superiores são raras e suas ocor- rências na literatura são geralmente limitadas a relatos de casos. Os ossos mais frequentemente acometidos são o úmero e a ulna, porém existem descri- ções de fraturas por estresse no rádio em tenistas e ginastas.
Úmero As fraturas de estresse do úmero são descritas no beisebol, softbol, tênis, em levantadores de peso e lançadores de dardo. Muitas destas atividades
Figura 3. Ressonância magnética com fratura de estresse de calcâneo em corredor.
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE 7
envolvem movimentos de arremesso, gerando cargas axiais sobre o úmero durante a ação muscular do bíceps e tríceps. Nos atletas, geralmente as fraturas de estresse do úmero atingem preferencialmente indivíduos com idade superior a 30 anos.
Rádio O rádio distal é sede de fraturas de estresse em ginastas, jogadores de tênis, ciclistas e praticantes de badminton em decorrência dos movimentos de hiperextensão do punho.
Ulna A ocorrência de fraturas por estresse na ulna em atletas é rara, mas são descritas em jogadores de beisebol, levan- tadores de peso, tenistas, jogadores de boliche e arremes- sadores. Existem dois tipos distintos de fraturas com seus mecanismos próprios: fraturas da epífise proximal e fraturas da diáfise da ulna.
Metacarpiano As fraturas de estresse dos ossos que não suportam pesos são raras e dentre elas podemos identificar as fraturas dos metacarpianos nos praticantes de remo. AS LESÕES MUSCULARES
Os músculos são os únicos geradores de força capazes de produzir movimento articular. Realizam contração con- vertendo energia química em trabalho mecânico. São 434 músculos, representando 40% do peso corporal, dentre estes, 75 pares de músculos estriados são envolvidos na postura geral e movimentação do corpo. As lesões musculares estão entre as mais frequentes da traumatologia esportiva, representando 10 a 55% de todas as lesões no esporte.
ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES MUSCULARES
Podemos classificar as lesões musculares em: 1. Diretas e indiretas. Lesões diretas são decorrentes das situações de impacto, geradas durante as quedas ou traumatismos de contato. Lesões indiretas ocorrem na au- sência de contato e são observadas mais frequentemente nas modalidades esportivas que exigem grande potência na realização dos movimentos (estiramentos musculares e lesões por esforços repetitivos). 2. Traumáticas e atraumáticas. Lesões traumáticas são representadas pelas contusões, lacerações e o estira-
mento muscular. Lesões atraumáticas são representadas pelas cãibras e pela dor muscular tardia. 3. Parciais ou totais. Lesões parciais acometem parte do músculo. Lesões totais abrangem a totalidade do músculo e acarretam deformidade aparente (o ventre muscular encur- ta-se no sentido da sua origem óssea durante a contração muscular), causa assimetria e perda da movimentação ativa.
TIPOS DE LESÕES MUSCULARES
As contusões e lacerações musculares são causadas por traumatismos diretos e são mais frequentemente encontradas nos esportes de contato, enquanto os estiramentos muscula- res são lesões indiretas e ocorrem principalmente nos esportes individuais e com grande exigência da potência muscular.
1. Contusão muscular A contusão é um tipo de lesão muscular frequente nas modalidades esportivas coletivas, mas também acomete praticantes de esportes individuais. O traumatismo direto desencadeia um processo infla- matório imediato, com dor localizada, edema, presença ou não de hematoma, impotência funcional com limitação da força e da mobilidade articular, rigidez e dor ao alongamento passivo. Os músculos mais frequentemente acometidos por contusões são o quadriceps da coxa e o gastrocnêmico.
2. Laceração muscular As lacerações musculares são resultantes de traumatis- mos graves em sua maioria penetrantes e menos frequen- temente acometem os praticantes de esportes. O processo de reparo da lesão pode gerar extensa formação de tecido cicatricial e comprometer a capacidade funcional do músculo. A desnervação de parte das fibras pode gerar a perda da função contrátil do segmento acometido. O tratamento conservador está indicado nas pequenas lesões musculares, enquanto o tratamento cirúrgico está indicado nas lesões extensas, ferimentos abertos ou nas transições musculotendíneas.
3. Estiramento muscular Os estiramentos musculares figuram entre as lesões mais comuns registradas nos membros inferiores no esporte e resultam em dor, afastamento dos treinamentos, limitação funcional e redução do rendimento esportivo. Nos atletas, o estiramento muscular é uma das lesões mais recidivantes. Considerado uma lesão indireta, caracterizada pelo alongamento das fibras além dos limites fisiológicos. Tal fato ocorre predominantemente durante as contrações muscula-
Fraturas de estresse e sobrecargas ósseas8
res excêntricas, caracterizadas pelo alongamento gradativo das fibras musculares em decorrência do torque muscular ser de magnitude inferior à resistência imposta. Os esportes mais frequentemente envolvidos são todos aqueles que demandam rápida aceleração e desaceleração, como as corridas de velocidade, os saltos, os chutes e as mudanças bruscas de direção e as rotações, como no atle- tismo e no futebol. Os músculos mais frequentemente atingidos são os ísquiotibiais, o quadríceps femoral e o tríceps sural, que apresentam em comum as seguintes caraterísticas: são biarticulares e têm um predomínio de fibras musculares tipo II (fibras de contração rápida). Os músculos isquiotibiais são particularmente os mais frequentemente acometidos nos membros inferiores dos atletas (fig. 4) São representados pelos músculos bíceps femoral, o semimembranoso e o semitendinoso. Ocupam o compartimento posterior da coxa, são biarticulares e realizam movimentos combinados de flexão e rotação do joelho, além da extensão do quadril. Realizam a função de frenagem da extensão do joelho durante a corrida mediante uma contração excêntrica. A tensão gerada durante a con- tração excêntrica é muito maior do que durante a contração concêntrica, o que predispõe o músculo ao estiramento. A localização anatômica mais prevalente dos estiramen- tos musculares dos isquiotibiais é a transição miotendínea do músculo bíceps femoral e menos frequentemente no seu ventre muscular. Os estiramentos dos músculos adutores do quadril são gerados durante a realização de movimentos vigorosos de adução do quadril, adução forçada ou rotação externa com a perna abduzida. O principal músculo envolvido é o adutor longo. Na perna, as lesões mais comuns comprometem o músculo gastrocnêmico medial, seguido pelo gastrocnêmico lateral e o sóleo.
4. Dor muscular tardia A dor muscular tardia (DMT) é um fenômeno frequente que acomete indiví- duos que iniciaram uma atividade física após um período de inatividade, reinicia- ram a atividade com volume ou intensida- de desproporcional ao condicionamento físico, ou mesmo naqueles sem o hábito de praticar esportes, que realizaram uma carga de exercício muscular vigoroso.
O desconforto e a dor se iniciam geralmente algumas horas após o término da atividade física, sendo mais inten- sos ao redor de 24 a 48 horas. A história não se caracteriza por episódio traumático agudo e não é necessariamente relacionada com a fadiga muscular. A DMT apresenta rela- ção direta com a sobrecarga mecânica, a degradação do colágeno, a excreção urinária de hidroxiprolina e a elevação dos níveis de mioglobina. A fadiga muscular, por outro lado, está associada geralmente a exercícios concêntricos e a distúrbios metabólicos. São muitos os fatores envolvidos na geração da DMT, o que explica as limitações na prevenção e no diagnóstico preciso. A DMT e os decréscimos na função muscular são al- terações encontradas após a realização de exercícios ex- cêntricos. O processo inflamatório gerado após o exercício eleva-se à medida que ocorrem microrupturas de fibras musculares. As lesões induzem uma resposta inflamatória com migração de células e liberação de substâncias, que promovem a remoção dos tecidos lesados e estimula o processo de reparação. A duração e a intensidade da DMT, as alterações da contração muscular e a presença de substâncias químicas marcadoras da lesão na circulação sanguínea podem variar dependendo da duração, da intensidade e do tipo de exer- cício realizado. As estratégias de tratamento são: o alongamento, os métodos de fisioterapia (ultrassom), a massagem, a suplementação com antioxidantes e a administração de anti-inflamatórios e miorrelaxantes. Mais recentemente, a atenção tem sido dada à crioterapia (tratamento com gelo), no auxílio da re- cuperação da lesão muscular induzida pelo exercício. O propósito da crioterapia seria re- duzir o processo inflamatório, o edema, a formação de hematoma e também reduzir a dor. A imersão em água gelada (10 a 15 graus) apresenta benefícios relacionados à redução do edema, da tensão muscular e da atividade enzimá- tica. Após a imersão em água gelada, o indivíduo apresenta menor percepção da dor muscular até 48 horas depois do exercício e um menor decréscimo da contração voluntária máxima. Alguns autores atribuem também a diminuição da percepção da dor muscular ao efeito analgésico da água gelada. Figura 4. Atleta com lesão muscular isquiotibial na coxa esquerda.
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE 9
A redução da temperatura muscular entre 10 e 15 graus provoca redução da velocidade de condução nervosa, mo- difica a atividade do fuso muscular (estrutura importante na regulação do tônus muscular), reduz a disfunção microvas- cular pós-traumática, a inflamação e o desarranjo estrutural e atenua a destruição tecidual mediada por leucócitos, podendo diminuir a dor.
FATORES DE RISCO NAS LESÕES MUSCULARES
Alguns fatores de risco são considerados predisponentes, embora ainda sejam pobremente amparados por evidências científicas. São descritos os seguintes fatores de risco: as deficiências de flexibilidade, os desequilíbrios de força entre músculos de ações opostas (agonistas e antagonistas), as lesões musculares pregressas (reabilitação incompleta), os distúrbios nutricionais, os distúrbios hormonais, as altera- ções anatômicas e biomecânicas, as infecções e os fatores relacionados ao treinamento (o aquecimento inadequado, a incoordenação de movimentos, a técnica incorreta, a sobre- carga e a fadiga muscular).
1. Fadiga muscular A sobrecarga representa um dos princípios do treinamen- to esportivo. A fadiga muscular é definida pelo decréscimo transitório da capacidade de trabalho resultante de atividade física prévia, geralmente evidenciada pela falência de manu- tenção ou desenvolvimento de força muscular. A fadiga representa uma condição subjetiva, com sinto- mas diversos, tais como a perda da concentração, a baixa tolerância à atividade e o risco elevado para lesão muscular. A fadiga periférica abrange alterações na transmissão neuro- muscular, no sarcolema, causando acúmulo de metabólitos e desbalanço iônico.
2. Flexibilidade A flexibilidade nos músculos isquiotibiais e quadríceps tem sido relacionada com a prevalência de lesões musculoesque- léticas nos atletas. Nos músculos isquiotibiais, a flexibilidade pode ser medida através do ângulo poplíteo, onde quanto maior o ângulo, maior será a flexibilidade. O sexo feminino tem geralmente maior ângulo poplíteo.
3. Deficiências de força Diferenças de força muscular isocinética entre agonistas e antagonistas (isquiotibiais/quadriceps) inferiores a 60% sugerem predisposição a novas lesões. A recidiva de lesões musculares é menor nos atletas com normalização dos de- sequilíbrios musculares.
4. Músculos biarticulares Os grupos musculares biarticulares são geralmente super- ficiais, apresentam grande velocidade de contração e baixa capacidade de suportar tensão. São mais propensos às lesões por serem restritores dos movimentos articulares, atravessam duas articulações adjacentes (biarticulares) e apresentam predomínio de contração excêntrica, como observado nos músculos isquiotibiais, reto femoral e tríceps da perna. Os músculos isquiotibiais, os mais frequentemente aco- metidos por estiramentos, limitam a extensão do joelho com o quadril flexionado e atuam na desaceleração da extensão durante a corrida, mediante uma contração excêntrica. O músculo quadríceps, por sua vez, atua principalmente na extensão do joelho em contração concêntrica e na desace- leração da flexão de forma excêntrica, freando o movimento de aterrissagem. Os músculos gastrocnêmicos limitam a dorsiflexão do tornozelo com o joelho estendido no início da fase de aterrissagem ou mais especificamente no final da fase aérea de um salto ou uma corrida.
5. Tipos de fibras musculares Os grupos musculares com uma predominância estrutural de fibras do tipo II são os mais frequentemente acometidos pelos estiramentos musculares.
6. Lesões musculares pregressas As lesões musculares pregressas representam um fator de risco importante nos casos de estiramentos musculares. A perda de força e a perda de segmentos de fibras musculares substituídas por tecido fibroso não contrátil são algumas das razões que predispõem às recidivas na prática esportiva. Lesões pregressas podem produzir grandes áreas de tecido cicatricial não contrátil, o que pode comprometer a eficiência da contração muscular. As incoordenações nos movimentos podem ser decorrentes de desnervações ocorridas nas fibras musculares acometidas por estiramentos pregressos.
7. Patologias da coluna vertebral São descritas também como fatores predisponentes as hérnias discais (L5/S1), a espondilolistese (L5/S1) e a hiper- trofia do ligamento iliolombar.
QUADRO CLÍNICO
A história clínica do estiramento muscular é marcada por dor súbita localizada, de intensidade variável, algumas vezes acompanhada de um estalido audível. Ocorre geralmente durante um movimento de corrida, salto ou arremesso e
Fraturas de estresse e sobrecargas ósseas10
culmina com a interrupção do mesmo. A intensidade dos sinais e sintomas pode variar de acordo com a gravidade das lesões. A dor pode estender-se por todo o comprimento do músculo lesionado, e piorar durante a contração ativa ou alon- gamento passivo. A contração excêntrica súbita da mus- culatura dos gastrocnêmicos pode gerar uma ruptura de suas fibras, fato este que geralmente ocasiona a sensação do indiví- duo ter sofrido uma pedrada, o que carac- teriza a chamada “síndrome da pedrada”, mais frequentemente observada na porção medial do gastrocnêmico. A “síndrome da pedrada” é mais observada na faixa etária acima dos 35 anos de idade. O exame físico revela edema localiza- do, tensão aumentada do tecido ao redor e possibilidade de um defeito (área de depressão local) visível ou palpável. A presença de equimose ou hematoma tem o significado de uma lesão de maior extensão e gravidade (fig. 5). A contração contra resistência revela dor local e impotência funcional, caracterizada pela incapacidade de se mover a articulação. Algumas lesões de menor magnitude, por outro lado, podem dificultar a realiza- ção de diagnóstico precoce em virtude da pequena expressão de sinais e sintomas. Os estiramentos musculares geralmen- te não são precedidos por dor localizada ou tensão muscular aumentada no mesmo local, portanto prever o surgimento de tais lesões não é uma tarefa simples. Lesões antigas e cicatrizadas podem gerar áreas de tensão muscular elevadas, com limitações da amplitude articular ou perda da flexibilidade local quando com- paradas ao membro contralateral.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
O diagnóstico das lesões musculares deve abranger história e exame clínico adequados, podendo ser complemen- tados por métodos de diagnóstico por imagem. Os exames de ultrassonografia e
ressonância magnética são modalida- des úteis na avaliação e classificação das lesões musculares. As imagens são capazes de identificar o músculo acometido, as dimensões da lesão (ex- tensão, secção transversa), a localização (miotendínea, ventre muscular, inserção óssea) e presença ou não de hematoma. As imagens apresentam correlação entre as características da lesão e o tempo de recuperação. A ultrassonografia é um método dinâ- mico, examinador-dependente e permite avaliar a evolução do processo de recu- peração da lesão muscular. A ressonância magnética apresenta alta sensibilidade e especificidade e permite identificação das características anatômicas da lesão (fig. 6).
CLASSIFICAÇÃO DOS ESTIRAMENTOS MUSCULARES
Grau I Lesão de extensão ≤ a 5% da secção transversa do músculo. Sem perda da função ou força e há pequena resposta inflamatória. A dor é localizada durante a contração muscular contra resistência e pode ser ausente no repouso. Não há formação de hematoma e a limitação fun- cional é leve. Apresenta bom prognóstico e a restauração das fibras é relativamente rápida.
Grau II Lesão com dimensões >5% e < 50% da secção transversa do músculo. Carac- terizada pelos mesmos achados da lesão de primeiro grau, com maior intensidade e geralmente localizada na junção mio- tendínea. Acompanhada de edema, dor localizada, hemorragia leve ou moderada, defeito muscular palpável com pequena formação de hematoma e diminuição da capacidade funcional. A limitação funcio- nal é moderada na fase aguda, apresenta maior gravidade da lesão e resolução em médio prazo, tem bom prognóstico, mas pode evoluir com sequelas.
Figura 5. Hematoma da coxa após contusão muscular durante atividade esportiva.
Figura 6. Ressonância magnética da coxa com imagem em hipersinal em T2 identificando lesão muscular do bíceps da coxa.
B. Corte coronal
A. Corte axial
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE 11
Grau III Lesão superior a 50% do músculo ou ruptura completa, acompanhada de perda de função, presença de defeitos palpáveis (retração muscular) e presença de edema e he- matoma importante. A recuperação é lenta e o prognóstico é indeterminado, de um modo geral evoluindo com sequelas (deformidades).
TRATAMENTO
Os objetivos do tratamento são: o controle da dor e do processo inflamatório, redução do espasmo muscular, auxiliar a regeneração e a reparação tecidual, recuperar a flexibilidade pregressa, recuperar a função contrátil, restaurar a função normal do músculo, minimizar o risco de relesões e preparar o indivíduo para o retorno ao esporte nas condições ideais. Medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios não-este- roides e miorrelaxantes são utilizados largamente no controle da dor, da inflamação e do espasmo do tecido muscular. Os efeitos do uso dos anti-inflamatórios nos estiramentos musculares são controversos na literatura. Alguns estudos apontam para uma potencialização das ações da TGF-ß1, proporcionando um aumento do reparo cicatricial e um concomitante bloqueio dos mioblastos responsáveis pela regeneração de fibras musculares, o que poderia promover um comprometimento funcional e histológico. Os princípios do tratamento das lesões musculares na fase aguda seguem o método PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão local e elevação do membro acometido). O repouso do membro afetado mediante a utilização de órteses (tipoias, muletas, estabilizadores articulares) está in- dicado nos estiramentos de grande magnitude (lesões graus 2 e 3). Durante o processo de reabilitação, há a necessidade de modificar as atividades de risco. Durante as fases iniciais deve-se permitir a mobilização do membro acometido dentro dos parâmetros de segurança, para que não haja ampliação da área de lesão. A crioterapia (bolsas de gelo) na fase aguda é indicada com o objetivo de controlar o processo inflamatório, diminuir a dor e controlar o edema e o eventual sangramento. Utiliza- se o gelo em bolsas ou dispositivos específicos, mediante a compressão do local da lesão durante 20 a 30 minutos, com frequência de 3/3 horas, durante os dois primeiros dias. A elevação do membro acometido é indicada para uma drenagem mais eficiente do edema ou hematoma. A literatura apresenta poucas evidências científicas sobre a eficácia dos métodos de estimulação da regeneração das fibras musculares lesadas, muito embora haja evidências dos métodos de estímulo à reparação cicatricial das mesmas áreas.
As técnicas de analgesia abrangem a estimulação elétrica (TENS, as correntes interferenciais) e a crioterapia. O ultrassom pulsado auxilia na reparação cicatricial, gerando um aumento do metabolismo local, redução da inflamação e do espasmo muscular, enquanto o ultrassom contínuo estimula a circulação sanguínea. O laser pode ser aplicado na fase de cicatrização, pois estimula o processo cicatricial nos tecidos moles e atua na modulação da dor. O ondas-curtas pulsado está indicado na fase de cica- trização tecidual, auxiliando na reabsorção de hematomas, na redução do processo inflamatório, redução do espasmo e na reparação tecidual. Os exercícios de alongamento podem ser iniciados de dois a sete dias após a lesão e devem ser realizados de forma suave, de acordo com a resistência da dor. O fortalecimento muscular deve ser iniciado com leve resistência, tão logo o paciente apresente melhora da dor. Os exercícios devem ser iniciados com baixa intensidade, aumentando-se progressivamente conforme a tolerância do indivíduo. Os exercícios concêntricos isométricos são utilizados inicialmente, progredindo para os isotônicos e finalmente os excêntricos. O programa de fortalecimento deve ser adaptado conforme as atividades do indivíduo. Os exercícios excêntricos são fundamentais na recupera- ção da lesão e no retorno gradual aos movimentos específi- cos do esporte, devido a algumas vantagens biomecânicas, tais como o significativo ganho de força através de um menor recrutamento das unidades motoras quando comparados aos exercícios concêntricos. Os critérios para o retorno ao esporte são: a flexibilidade semelhante ao membro contralateral, a amplitude de movi- mento normal, a ausência de dor e critérios de força muscular semelhantes ao membro contralateral (acima de 80%). O dinamômetro isocinético pode ser utilizado na avaliação da força após o fim do tratamento, assim como na pré- temporada, com objetivos de prevenção de novas lesões. O tratamento cirúrgico é raramente indicado e prioriza as lesões completas por avulsão, lesões de grande impotência funcional, dissociação importante entre os dois bordos da lesão, embora alguns autores considerem o tratamento conservador nestas situações com bons resultados. Algumas razões importantes são apontadas como respon- sáveis pelo fenômeno da recorrência dos estiramentos muscu- lares. A principal delas é a provável alteração da biomecânica normal. O tecido formado no local da lesão combina tecido fibroso, sem características contráteis com tendências à rigidez do tecido, o que pode levar à limitação do arco de movimento. Por outro lado, fibras musculares regeneradas podem apresen-
Fraturas de estresse e sobrecargas ósseas12
tar comando neuromotor anormal, o que compromete a ação contrátil do músculo, proporcionalmente à área comprometida. O diagnóstico precoce e a prescrição de tratamento específico são de suma importância na abordagem dos esti- ramentos musculares, já que apresentam uma alta incidência de recidivas. Tal fato caracteriza o estiramento muscular, uma das lesões mais frustrantes, quanto ao tratamento, para médicos, fisioterapeutas treinadores e atletas. Novas técnicas e conceitos têm sido estudados nos tra- tamentos das lesões musculares, como: os fatores de cres- cimento derivados de plaquetas, a cultura de células-tronco autólogas, as drogas inibidoras da fibrose, a bioengenharia e a estimulação neuromuscular. AS
TENDINOPATIAS
Os tendões são estruturas complexas formadas de célu- las mergulhadas numa matriz de proteínas e fibras de tecido colágeno e desempenham uma importante função nos mo- vimentos. Não há movimento sem que ocorra a participação dos tendões na transmissão de forças geradas nos músculos. Um tendão normal é capaz de suportar estiramentos de até 4% de seu comprimento total sem sofrer lesão da sua estrutura. Após cessado o estiramento, o tendão retorna às condições estruturais prévias, caracterizando-se uma deformidade elástica. O colágeno tipo I constitui ao redor de 60% da massa seca do tendão e representa aproximadamente 95% do total dos tipos de colágeno existentes. O colágeno tipo III produz fibrilas menores e menos organizadas e representa 3% do total de colágeno dos tendões. Os tendões apresentam ge- ralmente baixa taxa de metabolismo e pobre vascularização.
NOMENCLATURA DAS PATOLOGIAS DOS TENDÕES
Tendinite foi o termo tradicionalmente usado para des- crever um tendão doloroso cronicamente. A terminologia “tendinite” significou classicamente que a lesão do tendão fosse acompanhada de uma resposta inflamatória. Tal afirmação foi recentemente discutida por novas evidências científicas observadas nos estudos histopatológicos, bioquí- micos e moleculares. A lesão crônica e degenerativa do tendão deve ser mais bem descrita como “tendinose”. Entretanto, como não se pode excluir a possibilidade de um processo inflamatório ter surgido em algum estágio da condição atual, o termo “ten- dinopatia” é atualmente utilizado para descrever desordens que afetam primariamente os tendões, as dores crônicas e as rupturas.
Outro termo frequentemente utilizado é a “ruptura es- pontânea do tendão”, usado para descrever rupturas sem sintomas clínicos pregressos. Rupturas espontâneas são precedidas por graus de degeneração da matriz do tendão, embora não sejam geralmente sintomáticos.
OS EFEITOS DO EXERCÍCIO SOBRE OS TENDÕES
Os tendões humanos são capazes de responder ao carregamento mecânico, promovendo adaptações espe- cíficas durante o exercício, como: o aumento da atividade metabólica e circulatória, o aumento da síntese de matriz extracelular, o aumento dos fatores regulatórios (IL-6, TGF ß1, MMP, IGF) e o aumento da massa seca. As propriedades mecânicas dos tendões recebem contri- buições reais do treinamento esportivo, tais como: o aumento da resistência ao carregamento mecânico, o aumento da tolerância a exercícios extremos e a prevenção de lesões. Portanto, há contribuições reais do treinamento sobre as propriedades mecânicas dos tendões, porém determinadas cargas suprafisiológicas podem acarretar lesões celulares.
A ETIOPATOGENIA DAS TENDINOPATIAS
O fenômeno inicial na fisiopatologia da tendinopatia permanece desconhecido, embora alguns eventos este- jam frequentemente presentes, tais como: o desarranjo do colágeno, as alterações no volume e conteúdo da matriz, a proliferação celular, a morte celular, a neovascularização e a neoinervação. A patogênese da tendinopatia é difícil de ser estudada em virtude da limitação das biópsias dos tendões humanos, que são raras de ser obtidas antes da ruptura do tendão. Cargas fisiológicas frequentemente causam menos do que 4% de aumento no comprimento do tendão. Estira- mentos superiores a 4% resultam em lesão de uma ou mais bandas fibrosas e estiramentos superiores a 8-12% resultam em rupturas completas do tendão. Estresses fisiológicos so- bre o tendão provocam deformações elásticas; no entanto, elevados níveis de estresse induzem lesões diversas nos diferentes tendões e são afetadas por fatores como a idade e o número e a qualidade das ligações cruzadas. Há uma variedade de alterações degenerativas associa- das à tendinopatia, incluindo o acúmulo de glicosaminoglica- nos, a calcificação e o acúmulo de lipídeos; entretanto, muitos destes achados são encontrados nos tendões normais e não são necessariamente patológicos. A lesão da matriz pode ser o evento primário da tendino-
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE 13
patia, gerando a ação reparadora da população de células residentes. A atividade celular é fundamental na manutenção do tecido conjuntivo. Mudanças no metabolismo celular, mais especificamente na síntese e degradação da matriz celular, podem influenciar as propriedades estruturais dos tendões. Portanto, mudanças na atividade celular em resposta ao carregamento mecânico podem ser o evento primário após uma microlesão. Nas tendinopatias, há um aumento na taxa de remode- lação da matriz, gerando um tendão de qualidade diferente, mecanicamente menos estável e mais suscetível a lesões. Tendões de locais particulares como ombro, cotovelo, joelho e tornozelo são mais associados a modificações degenerati- vas com o aumento da idade e demandas físicas elevadas. Embora algumas das modificações encontradas nos ten- dões que sofreram rupturas possam ser resultantes da lesão, há razões para suspeitar que as mudanças do “turnover” de colágeno precedem e predispõem à ruptura tendinosa. Tendinopatias são multifatoriais e o processo degene- rativo que precede a ruptura do tendão pode resultar de uma variedade de eventos, mas muitas questões ainda permanecem sem respostas sobre o papel dos tenócitos e outros tipos de células no processo patológico. A degene- ração tendinosa pode ser resultante da falha das atividades regulatórias específicas das metaloproteinases (MMPs) em resposta a lesões repetitivas ou estiramentos mecânicos. Os tenócitos sofrem um processo de metaplasia nas tendinopatias, modificando sua forma e função. A apoptose celular (morte celular programada) também tem sido obser- vada na fisiopatologia da tendinopatia. Nas tendinopatias, o processo de cura é falho e conse- quente ao deficiente processo de diferenciação celular. A diferenciação celular dos tenócitos em condrócitos nas de- generações tendinosas pode contribuir para o aparecimento de dor crônica e falência mecânica e estrutural.
A DOR NA TENDINOPATIA
Alguns mecanismos são propostos para explicar o fenômeno doloroso nas tendinopatias, como: o aumento da inervação (neoinervação), o aumento da vascularização (neoangiogênese), o aumento da produção de substância P (SP), aumento da produção de prostaglandina E2 (PGE2), o aumento das concentrações de receptores de glutamato, a fenotipia condrocítica (tendões com fenotipia de cartilagem) e fatores mecânicos. A maioria dos estudos nas tendinopatias crônicas falhou em demonstrar infiltrados inflamatórios em tendões humanos biopsiados. A identificação de aumento na produção de
glutamato e substância P, a presença de receptores NK-1 (substância P), a presença de nervos sensoriais SP e CGRP paralelos aos vasos, propõem que a dor na tendinopatia seja decorrente de fenômenos neurogênicos e não inflamatórios. As bases teóricas para a utilização de anti-inflamatórios nas tendinopatias crônicas ainda não são completamente compreendidas.
FATORES DE RISCO
A tendinopatia pode ser associada a uma variedade de fatores de risco extrínsecos e intrínsecos. Os fatores intrínse- cos estão relacionados às características individuais, como: o índice de massa corpórea elevado, a assimetria de membros, a genética individual, o sexo, a autoimunidade, os distúrbios metabólicos (alteração do perfil lipídico) e a frouxidão articular.
1. Defeitos genéticos Defeitos genéticos afetam a formação da fibra colágena e o seu metabolismo.
2. Doenças sistêmicas Muitas doenças sistêmicas são associadas a defeitos no metabolismo da matriz e na estrutura do tendão, que com- prometem a força e a elasticidade ou geram um processo inflamatório (tabela 1).
3. Fluxo vascular A distribuição anatômica dos vasos do tendão tem rela- ção com o aparecimento da tendinopatia, onde a diminuição do fluxo sanguíneo tem papel importante no desenvolvimento da degeneração tendinosa.
4. Idade As tendinopatias seguem perfis diferentes em função da faixa etária. A topografia mais frequente na faixa etária dos 8 aos 18 anos é a junção miotendínea. Entre os 18 e 55 anos ocorre o aumento na prevalência das tendinopatias, com predomínio da faixa etária acima de 30 anos. Após os 55 anos, as tendinopatias decorrem de modificações biomecânicas, como a diminuição da força, a diminuição da flexibilidade, a rigidez articular, as modificações no colágeno (tipo, distribuição). A taxa de degeneração tendinosa com a idade pode ser reduzida com o exercício adequado.
5. Carregamento assimétrico O estresse assimétrico das fibras colágenas aumenta a possibilidade das rupturas parciais, delimitando zonas de sobrecarga.
Fraturas de estresse e sobrecargas ósseas14
mento esportivo, diminuição da força e sensação de enrijeci- mento ou tensão aumentada sobre o tendão, que geralmente diminui após o aquecimento. Os achados de exame físico mais frequentes nas ten- dinopatias são: dor localizada, edema, espessamento, assimetrias e deformidades (rupturas totais). A palpação é dolorosa com frequência em determinados pontos específi- cos, como o polo inferior da patela, a tuberosidade da tíbia, o polo superior da patela, o epicôndilo lateral do fêmur e a cabeça da fíbula. A extensão do joelho ativa contra resistência apresenta-se com dor localizada durante determinado ângulo ou durante todo o movimento. Podemos classificar as tendinopatias segundo o tempo de ocorrência da lesão em: agudas (< 4 semanas), suba- gudas (4 a 6 semanas), crônicas (6 semanas). Os diversos métodos de tratamento clínicos ou cirúrgicos ainda hoje demonstram dificuldades na elaboração de pro- tocolos, e não raramente levam à frustração de esportistas, treinadores, fisioterapeutas e médicos.
A TENDINOPATIA DO APARELHO EXTENSOR DO JOELHO
O termo “jumper’s knee” ou “joelho do saltador” foi des- crito inicialmente por Blazina, e passou a designar algumas afecções peripatelares (ligamento patelar e menos frequen- temente no tendão do músculo quadríceps). As localizações preferenciais são a transição osteoligamentar (patela e ligamento patelar), o terço médio do ligamento patelar e a inserção na tuberosidade tibial. Os grupos de risco envolvidos nas patologias do aparelho extensor abrangem atletas ou praticantes de esportes envolvi- dos em atividades repetitivas com sobrecarga do mecanismo extensor do joelho, tais como saltos, corridas e chutes. Os fatores de risco biomecânicos são: a patela alta, a retra- ção dos músculos isquiotibiais, o desalinhamento do aparelho extensor, os picos de tensão durante o impulso e aterrissagem, os ângulos de flexão do joelho e o eixo anatômico. O treinamento frequente de corrida nas situações de de- clive propicia situações de risco para o atleta. A necessidade de controlar a velocidade da corrida na situação de declive torna necessária uma desaceleração do movimento. Os esportes mais acometidos por tendinopatias são: o atletismo, o vôlei, o basquete, o handebol, o futebol e o tênis. As alterações teciduais no “joelho do saltador” se localizam preferencialmente na transição entre o polo inferior da patela e o ligamento patelar, local de alta concentração de forças. O quadro clínico caracteriza-se por dor localizada no polo
Tabela 1. Doenças sistêmicas que afetam os tendões DOENÇAS DEFEITOS ESTRUTURAIS OU EFEITOS NOS TENDÕES Ocronose (homocistinúria) Defeitos no colágeno e nas ligações cruzadas de elastina Aspartilglicosaminúria Colágeno anormal e ligações cruzadas defi cientes Hemocromatose Acúmulo de ferro na matriz Mucopolissacaridose Fibrilas colágenas anormais e aumento de glicosaminoglicanos Síndrome de Marfan Estrutura fi brilar anormal Síndrome de Ehlers-Danlos Vários defeitos na formação e estrutura do colágeno Osteogênese imperfeita Defeito genético no colágeno tipo 1 Doenças nos depósitos de lipídeos Xantomas: depósitos de lipídeos Miopatias e distrofi as Estrutura fi brilar anormal Síndrome de Menkes Defeitos no colágeno e nas ligações cruzadas de elastina Diabetes mellitus Aumento das ligações cruzadas de colágeno Distúrbios da adrenal Metabolismo colágeno alterado Distúrbios da tireoide Calcifi cação e acúmulo de depósitos Amiloidose Acúmulo de depósitos entre fi brilas Doença renal Elastose: destruição das fi bras colágenas Artrite reumatoide Destruição do colágeno: infi ltrado infl amatório Espondiloartropatias Infl amação na inserção, fi brose e calcifi cação Artrite reativa Infl amação na inserção Síndrome de Reiter Infl amação na inserção Gota Depósito de cristais de urato e infl amação Pseudogota Depósito de pirofosfato de cálcio e infl amação
6. Flexibilidade diminuída A flexibilidade diminuída dos músculos isquiotibiais e quadríceps pode contribuir para o desenvolvimento da tendinopatia patelar.
7. Técnica de movimento incorreta As tendinopatias podem ser desencadeadas ou agrava- das pela realização de movimentos ou gestos esportivos com técnicas incorretas, o que proporcionaria estresses elevados sobre determinadas regiões dos tendões. O uso incorreto dos materiais esportivos também poderia contribuir para o agravamento das tendinopatias.
QUADRO CLÍNICO
A história clínica é marcada por episódios de dor locali- zada ou difusa, algumas vezes severa, ao longo do tendão durante ou após o esforço. Também se observa a ausência total de sinais e sintomas antecedendo a ruptura tendínea. O paciente apresenta diminuição progressiva do rendi-
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE 15
inferior da patela, de caráter geralmente insidioso, mas podendo ter início súbito durante um movimento de extensão do joelho contra a resistência, durante a contração excêntrica na aterrissagem de um salto ou na fase de aceleração da extensão. Os sintomas são subdivididos em três estágios, assim distribuídos pela classifi- cação de Blazina: Estágio 1. Dor apenas após as ativi- dades esportivas. Ausência de limitação funcional. Estágio 2. Dor durante e após as ati- vidades. Habilidade para a realização de atividades dentro de um nível satisfatório. Estágio 3. Dor prolongada durante e após as atividades. Incapacidade pro- gressiva de realizar atividades dentro de um nível satisfatório. Roels acrescentou à classificação de Blazina o estágio 4, caracterizado pela ruptura parcial ou completa do ligamento da patela (fig. 7). A ruptura parcial do ligamento patelar é um importante diagnóstico diferencial das dores localizadas na região anterior do joelho. O mecanismo característico da ruptura parcial ou total do ligamento patelar é a contração excêntrica súbita do músculo quadríceps com o pé fixo ao chão e o joelho flexionado na aterrissagem da fase aérea de um salto. O exame físico revela deformidade (patela alta ou luxada), inchaço, hematoma e limitação funcional. Cargas desproporcionalmente elevadas em relação à ca- pacidade de resistência dos tendões podem provocar rupturas parciais ou totais. Tendões doentes são vulneráveis, porém nem sempre são sintomáticos previamente à ruptura, o que diminui a percepção indivi- dual sobre a gravidade da lesão.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
As técnicas de diagnóstico por imagem permitem a melhor identificação das lesões, estadiamento e seguimento clínico. As radiografias simples em duas ou mais posições permitem a identificação da altura da patela, alinhamento, congruência articular, presença de osteófitos marginais e alterações ósseas degenerativas. A ultrassonografia é um método dinâmico examinador-dependente, importante
para o diagnóstico, avaliação funcional, seguimento do tratamento e avaliação da nutrição vascular. A ressonância magnética é conside- rada por muitos o padrão ouro de diag- nóstico das tendinopatias, embora seja um método de custo elevado, estático (não permite a realização de movimentos enquanto é realizada) e com limitações de curto e médio prazo no seguimento do processo de reparo (fig. 8). Alguns autores consideram as ima- gens obtidas pelos métodos de ultras- som e ressonância magnética como apenas informações anatômicas, mas com pouco valor sobre o metabolismo ou o estado funcional do tendão. Fato importante também é a dissociação encontrada entre os sintomas dos pacientes portadores de tendinopatias e as imagens encontradas nos métodos de diagnóstico por imagem.
TRATAMENTO
A abordagem terapêutica da tendinopatia é dificultada em função dos múltiplos fatores envolvidos nas lesões. Os atletas e pacientes portadores de tendinopatias geralmente desconhecem as características da patologia do tendão e sua evolução. Os diversos métodos de tratamento clínicos ou cirúrgicos ainda hoje demonstram dificuldades na elaboração de pro- tocolos, e não raramente levam à frustração de esportistas, treinadores, fisioterapeutas e médicos. Faltam estudos ran- domizados controlados sobre a eficácia das técnicas de tratamento existentes. Os objetivos do tratamento das ten- dinopatias são: a reversão da progressão da doença do tendão, o retorno aos níveis de atividade pregressos sem restrições, a prevenção das recidivas e informar ao paciente sobre as características e evo- lução de sua patologia. O tratamento clínico das tendinopatias abrange:
1. Medicação analgésica e/ou anti- inflamatória Os efeitos do uso de anti-inflamatórios nas tendinopatias são controversos na
Figura 7. Exame clínico do joelho com palpação de “gap” sobre o ligamento patelar, caracterizando uma ruptura total.
Figura 8. Imagem de Ressonância Magnética em corte sagital T2 com imagem de aumento da espessura do ligamento patelar no seu terço médio.
Fraturas de estresse e sobrecargas ósseas16
literatura. A presença de infiltrado inflamatório nas paraten- dinites ou peritendinites pode justificar a utilização de medi- camentos anti-inflamatórios, embora se discuta a presença de infiltrados inflamatórios nas tendinopatias crônicas. Alguns efeitos identificados na literatura sobre as ações dos anti-inflamatórios nas tendinopatias são: a inibição de tenócitos e agrecans (in vitro), a diminuição da força do tendão após a ruptura (em ratos), a diminuição do fluxo sanguíneo peritendíneo (em humanos) e a potencialização das ações da TGF-ß1. A infiltração do tendão com corticosteroides promove: a supressão da inflamação (peritendinites), a formação de aderências entre o tendão e sua bainha, a analgesia de curta a média duração, a inibição da síntese de colágeno, o dano estrutural, o prolongamento do tempo de reparo do tendão e a diminuição da capacidade de suportar tensão, culminando nas rupturas parciais ou totais.
2. Repouso modificado O que pode significar interrupção parcial ou total do gesto esportivo.
3. Órteses (Palmilhas, estabilizadores, bandagens, tiras subpa- telares), que são acessórios capazes de aliviar o estresse sobre o tendão e promover um melhor amortecimento e/ ou estabilidade.
4. Fisioterapia As evidências científicas sobre os efeitos das modalida- des terapêuticas nas tendinopatias crônicas são limitadas e controversas, com eficácia discutível de algumas de suas técnicas sobre a regeneração do tecido degenerado. As modalidades amplamente empregadas no tratamento das tendinopatias são: crioterapia, cinesioterapia, fonoforese (uso tópico de anti-inflamatórios, em forma de cremes ou de pomadas), iontoforese (associação de medicamentos com a corrente terapêutica), exercícios de alon- gamento e exercícios de fortalecimento. O laser estimula o processo cica- tricial nos tecidos moles e atua na mo- dulação da dor. O ultrassom pulsado auxilia na reparação cicatricial, gerando um aumento do metabolismo local, redução da inflamação, enquanto o ul- trassom contínuo estimula a circulação sanguínea, promovendo a remoção de algumas substâncias inflamatórias (prostaglandinas e bradicininas).
A orientação e supervisão de treinamentos excêntricos dentro da fisioterapia tem se mostrado eficiente na diminuição da dor e na satisfação do paciente portador de uma tendi- nopatia. Seus efeitos são o aumento da síntese de colágeno e ações sobre a neovascularização e neoinervação. A base teórica dos exercícios excêntricos é o chamado mecanismo de “mecanotransdução”, caracterizado pela transformação de uma ordem motora em estimulação bioquímica para o reparo tecidual. A teoria significa a transformação de movi- mento em reparo tecidual. A introdução de exercícios específicos, a substituição por exercícios de menor intensidade sobre o tendão e a realização de atividades aquáticas também contribuem para a melhora dos sintomas. Outras técnicas também foram empregadas com resul- tados positivos nas tendinopatias, como as injeções escle- rosantes de polidocanol, adesivos de óxido nítrico e terapias por ondas de choque. A acupuntura apresenta efeitos positivos na analgesia, resposta imunológica e na estimulação da circulação local. Os objetivos das cirurgias para o tratamento da tendino- patia patelar são: a remoção de adesões fibróticas e tecido degenerado e estimulação do processo de cicatrização. O tratamento cirúrgico é indicado para os casos refratários ao tratamento clínico, após um período esperado de seis meses em média, e baseia-se na realização de um ou mais procedimentos, como: tenotomias abertas ou percutâneas, incisões longitudinais múltiplas, ressecção de lesões intra- tendíneas (degenerativas, necróticas e calcificadas) (fig. 9), perfurações do polo inferior da patela (tentativa de aumentar o fluxo sangüíneo local), ressecção da porção não articular do polo inferior da patela com reinserção do ligamento patelar, reforço do retináculo, radiofrequência. Reparos e reconstruções são indicados nas roturas parciais ou totais com ou sem a utilização de enxertos. Os avanços recentes nas técnicas cirúrgicas permitem a reabilitação mais precoce dos pacientes operados.
PREVENÇÃO
A prevenção das tendinopatias é ainda motivo de investigação cientí- fica, embora possamos considerar alguns pontos: • Escolha adequada do equipamento esportivo (calçado, equipamento, superfícies). • Correção de desalinhamentos e assimetrias anatômicas.
Figura 9. Identificação de áreas de formação de fibrocartilagem mineralizada no interior do tendão do músculo quadríceps.
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE 17
• Utilização de órteses (palmilhas, estabilizadores) quando necessário. • Exercícios de aquecimento, alongamentos específicos e fortalecimento muscular. • Exercícios pliométricos: usados no treinamento de atletas para desenvolver força explosiva e melhorar a reatividade muscular. • Atividades físicas regulares adequadas para a idade, antecedentes ortopédicos e estado de saúde. • Programas de treinamento específicos e individualizados, visando objetivos definidos. • Adequação da periodização de treinamento às condições clínicas individuais. • Avaliação clínica prévia à realização de atividades físicas. • Diagnóstico precoce tão logo se iniciem os sintomas. • Comunicação adequada entre os membros da equipe esportiva nos atletas. • Seguimento dos casos clinicamente e através dos mé- todos de diagnóstico por imagem. • Informar o paciente sobre sua lesão, formas de tratamen- to, fatores de risco e prognóstico. • Nunca realizar a injeção de corticosteroides dentro dos tendões, pois aceleram o processo de degeneração tecidual.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Fraturas de Estresse 1. Niva MH, Kiuru MJ, Haataja R, Pihlajamäki HK. Bone stress injuries causing exercise-induced knee pain. Am J Sports Med 2006;34:78-83. 2. Warden SJ, Hurst JA, Sanders MS, Turner CH, Burr DB, Li J. Bone adaptation to a me- chanical loading program significantly increases skeletal fatigue resistance. J Bone Miner Res 2005;20(5):809-16. 3. O’Brien FJ, Taylor D, Clive Lee T. The effect of bone microstructure on the initiation and growth of microcracks. J Orthop Res 2005;23(2):475-80. 4. Shaffer RA, Rauh MJ, Brodine SK, Trone DW and Macera CA. Predictors of stress fracture susceptibility in young female recruits. Am J Sports Med 2006;34:108-115. 5. Snyder RA, Koester MC, Dunn WR. Epidemiology of stress fractures. Clin Sports Med 2006;25:37-52. 6. Nattiv A, Puffer JC, Casper J et al. Stress fracture risk factors, incidence, and distribution: a 3 year prospective study in collegiate runners. Med Sci Sports Exerc 2000;32(Suppl 5):S347. 7. Lavienja AJ, Braam LM, Marjo HJ, Knapen Geusens P, Brouns F, Vermeer C. Factors af- fecting bone loss in female endurance athletes. A two-year follow-up study. Am J Sports Med 2003;31:889. 8. Iwamoto J, Takeda T. Stress fractures in athletes: review of 196 cases. J Orthop Sci 2003;8(3):273-8. 9. Warren MP, Perlroth NE. The effects of intense exercise on the female reproductive system. Journal of Endocrinology 2001;170:3-11. 10. Armstrong DW, Rue JP, Wilckens JH et al. Stress fracture injury in young military men and women. Bone 2004;35:806-16. 11. Maquirriain J, Ghisi JP. The incidence and distribution of stress fractures in elite tennis players. Br J Sports Med 2006;40:454-9. 12. Diehl JJ, Best TM, Kaeding CC. Classification and return-to-play considerations for stress fractures. Clin Sports Med 2006;25(1):17-28, vii. 13. Gaeta M, Minutoli F, Scribano E, Ascenti G, Vinci S, Bruschetta D et al. CT and MR imag- ing findings in athletes with early tibial stress injuries: comparison with bone scintigraphy findings and emphasis on cortical abnormalities. Radiology 2005;235(2):553-61. 14. Boden BP, Osbahr DC, Jimenez C. Low-risk stress fractures. Am J Sports Med 2001;29:100-11. 15. Boden BP, Osbahr DC. High-risk stress fractures: evaluation and treatment. Am Acad Orthop Surg 2000;8(6):344-53. 16. Wheeler P, Batt ME. Do non-steroidal anti-inflammatory drugs adversely affect stress fracture healing? A short review. Br J Sports Med 2005;39(2):65-9.
17. Sanderlin BW, Raspa RF. Common stress fractures. Am Fam Physician 2003;68:1527-32. 18. Provencher MT, Baldwin AJ, Gorman JD, Gould MT, Shin AY. Atypical tensile-sided femo- ral neck stress fractures: The value of magnetic resonance imaging. Am J Sports Med 2004;32:1528-34. 19. Weistroffer JK, Muldoon MP, Duncan DD, Fletcher EH, Padgett DE. Femoral neck stress fractures: Outcome analysis at minimum five-year follow-up. Journal of Orthopaedic Trauma 2003;17(5):334-337. 20. Crowther MA, Mandal A, Sarangi PP. Propagation of stress fracture of the patella. Br J Sports Med 2005;39(2):e6. 21. Jensen A, Dahl S. Stress fracture of the distal tibia and fibula through heavy lifting. Am J Ind Med 2005;47(2):181-3. 22. Burne SG, Khan KM, Boudville PB, Mallet RJ, Newman PM, Steinman LJ et al. Risk factors associated with exertional medial tibial pain: a 12 month prospective clinical study. Br J Sports Med 2004;38:441-445. 23. Young AJ, McAllister DR. Evaluation and treatment of tibial stress fractures. Clin Sports Med 2006;25:117-128. 24. Stewart G, Brunet ME, Manning MR et al. Treatment of stress fractures in athletes with intravenous pamidronate. Clin J Sport Med 2005;15(2):92-4. 25. Milgrom C, Finestone A, Novack V et al. The effect of prophylactic treatment with risedronate on stress fracture incidence among infantry recruits. Bone 2004;35(2):418-24. 26. Mollon B, da Silva V, Busse JW, Einhorn TA, Bhandari M. Electrical stimulation for long- bone fracture-healing: a meta-analysis of randomized controlled trials. J Bone Joint Surg Am 2008;90(11):2322-30. 27. Gillespie WJ, Grant I. Interventions for preventing and treating stress fractures and stress reactions of bone of the lower limbs in young adults (Cochrane Review). The Cochrane Library, Issue 2;2001. 28. Swenson J, DeHaven KE, Sebastianelli WJ, Hanks G, Kalenak A, Lynch JM. The effect of a pneumatic leg brace on return to play in athletes with tibial stress fractures. Am J Sports Med 1997;25(3):322-329. 29. Rue JP, Armstrong DW, Frassica FJ et al. The effect of pulsed ultrasound in the treatment of tibial stress fractures. Orthopedics 2004;27(11):1192-5. 30. Baublitz SD, Shaffer BS. Acute fracture through an intramedullary stabilized chronic tibial stress fracture in a basketball player: A case report and literature review. Am J Sports Med 2004;32:1968-72. 31. Sherbondy PS, Sebastianelli WJ. Stress fractures of the medial malleolus and distal fibula. Clin Sports Med 2006;25:129-137. 32. Jowett AJ, Birks CL, Blackney MC. Medial malleolar stress fracture secondary to chronic ankle impingement. Foot Ankle Int 2008;29(7):716-21. 33. Morris SJ, Trieu J, Chin R, Allman K, Van Der Wall H. Fibula stress fracture and confounding myositis ossificans. Clin Nucl Med 2004;29(12):813-4. 34. Jones MH, Amendola AS. Navicular stress fractures. Clin Sports Med 2006;25:151-158. 35. Saxena A, Fullem B, Hannaford D. Results of treatment of 22 navicular stress fractures and a new proposed radiographic classification system. J Foot Ankle Surg 2000;39:96-103. 36. Weber JM, Vidt LG, Gehl RS, Montgomery T. Calcaneal stress fractures. Clin Podiatr Med Surg 2005;22(1):45-54. 37. Silva RT, De Bortoli A, Laurino CFS, Abdalla RJ, Cohen M. Sacral stress fracture: an unusual cause of low back pain in an amateur tennis player. Br J Sports Med 2006;40(5):460-1. 38. Coris EE, Higgins HW. First rib stress fractures in throwing athletes. Am J. Sports Med 2005;33:1400. 39. Brooks AA. Stress fractures of the upper extremity. Clin Sports Med 2001;20:613-620. 40. Maquirriain J, Ghisi JP. The incidence and distribution of stress fractures in elite tennis players. Br J Sports Med 2006;40:454-9. 41. Hoy G, Wood T, Phillips N et al. When physiology becomes pathology: the role of magnetic resonance imaging in evaluating bone marrow edema in the humerus in elite tennis players with an upper limb pain syndrome. Br J Sports Med 2006;40:710-13. 42. Lee JC, Malara FA, Wood T et al. MRI of stress reaction of the distal humerus in elite tennis players. AJR 2006;187:901-4. 43. Silva RT, Hartmann LG, Laurino CFS. Stress reaction of the humerus in tennis players. British Journal of Sports Medicine 2007:41:824-826. 44. Rao PS, Rao SK, Navadgi BC. Olecranon stress fracture in a weight lifter: a case report. Br J Sports Med 2001;35:72-73. 45. Rettig AC, Wurth TR, Mieling P. Nonunion of olecranon stress fractures in adolescent baseball pitchers: A case deries of 5 athletes. Am J Sports Med 2006;34:653-656. 46. Schickendantz MS, Ho CP, Koh J. Stress injury of the proximal ulna in professional baseball players. Am J Sports Med 2002;30:737-742. 47. Fragniere B, Landry M, Siegrist O. Stress fracture of the ulna in a professional tennis player using a double-handed backhand stroke. Knee Surg Sports Traumatol Arthroscopy 2001;9:239-41. 48. Parsons EM, Goldblatt JP, Richmond JC. Metacarpal stress fracture in an intercollegiate rower: Case report. Am J Sports Med 2005;33:293-294. 49. Abbot AE, Hannafin JA. Stress fracture of the clavicle in a female lightweight rower. Am J Sports Med 2001;29:370-2. 50. Fallon KE, Fricker PA. Stress fracture of the clavicle in a young female gymnast. Br J Sports Med 2001;35:448-9. 51. Shellhaas JS, Glaser DL, Drezner JA. Distal clavicular stress fracture in a female weight lifter. Am J Sports Med 2004;32:1755-8. 52. Yates B, White S. The incidence and risk factors in the development of medial tibial stress syndrome among naval recruits. Am J Sports Med 2004;32:772-780. 53. Boucheand RT, Johnson CH. Medial tibial stress syndrome (tibial fasciitis): A proposed pathomechanical model involving fascial traction. J Am Podiatr Med Assoc 2007;1(97):31-36. 54. Gaeta M, Minutoli F, Vinci S, Salamone I, D’Andrea L, Bitto L et al. High-resolution CT grad- ing of tibial stress reactions in distance runners. Am J Roentgenol 2006;1(187):789-793.
Fraturas de estresse e sobrecargas ósseas18
55. Busse JW, Kaur J, Mollon B, Bhandari M, Tornetta P, Schünemann H et al. Low intensity pulsed ultrasonography for fractures: Systematic review of randomised controlled trials. British Medical Journal 2009;338:b351.
• Lesões Musculares 1. Askling C, Karlsson J, Thorstensswon A. Hamstring injury occurrence in elite soccer players after preseason strength training with eccentric load. Scand J Med Sci Sports 2003;13(4):244-50. 2. Chan YS, Li Y, Foster W, Horaguchi T, Somogyi G, Fu FH, Huard J. Antifibrotic effects of suranin in injured skeletal muscle after laceration. J Appl Physiol 2003;95:771-80. 3. Chomiak J, Junge A, Peterson L et al. Severe injuries in football players: Influencing factors. Am J Sports Med 2000;28:S58-S68. 4. Croisier JL, Crielaard JM. Hamstring muscle tear with recurrent complaints:An isokinetic profile. Isokinetics Exerc Sci 2000;8:175-180. 5. Croisier J, Forthomme B, Namurois M, Vanderthommen M. Hamstring muscle strain recur- rence and strength performance disorders. Am J Sports Med 2002;30:199. 6. Fukushima K, Badlani N, Usas A, Riano F, Fu FH, Huard J. The use of antibibrosis agent to improve muscle recovery after laceration. Am J Sports Med 2001;29:394-402. 7. Drezner JA. Pratical management: Hamstring muscle injuries. Clin J Sports Med 2003; 13:48-52. 8. Dvorak J, Junge A, Chomiak J et al. Risk factor analysis for injuries in football players: Possibilities for a prevention program. Am J Sports Med 2000;28:S69-S74. 9. Frenette J, Cote CH. Modulation of structural protein content of the myotendinous junction following eccentric contractions. Int J Sports Med 2000;21:313-320. 10. Fiorini JR, Magri KA. Effect of growth factors on myogenic differentiation. Am J Physiol Cell Physiol 1989;256:C701-C711. 11. Fredericson M, Cookingham CL, Chaudhari AM, Dowdell BC, Oestreicher N, Sahrmann SA. Hip abductor weakness in distance runners with iliotibial band syndrome clinical. Journal of Sports Med 2000;10:169-175. 12. Frenette J, Cote CH. Modulation of structural protein content of the myotendinous junction following eccentric contractions. Int J Sports Med 2000;21:313-320. 13. Foster W, Li Y, Usas A, Somogyi G, Huard J. Gamma interferon as an antifibrosis agent in skeletal muscle. J of Orthopaedic Research 2003; 21:798-804. 14. Garett W. The management of muscle strain injuries: An early return versus the risk of recurrence. Clin J Sport Medicine 2002;12:3-5. 15. Gibbs NJ, Cross TM, Cameron M, Houang MT. The accuracy of MRI in predicting recovery and recurrence of acute grade 1 hamstring injuries in Australian rules football players. J Sci Med Sport 2004;7:2:248-258. 16. Hootman JM, Macera CA, Ainsworth BE, Martin M, Addy CL, Blair SN. Predictors of lower extremity injury among recreationally active adults. Clin J of Sports Medicine 2002;12:99-106. 17. Kliengele K, Sallay P. Surgical repair of complete proximal hamstring tendon rupture. Am J Sports Med 2002;30:742-746. 18. Krabak BJ, Laskowski ER, Smith J, Stuart MJ, Wong GY. Neurophisiologic influences on hamstring flexibility: a pilot study. Clin J Sport Med 2001;11:241-246. 19. Laurino CFS, Lopes AD, Mano KS, Cohen M, Abdalla RJ. Lesões músculo-esqueléticas no atletismo. Rev Bras Ortop 2000;35: 364-8. 20. Levine W, Bergfield J, Tessendorf W. Intramuscular corticosteroid injection for hamstring injuries. Am J Sports Med 2000:28;3:297. 21. Li Y, Huard J. Differentiation of muscle – derived cells into myofibroblasts in injured skeletal muscle. Am J of Pathology 2002;161:895-907. 22. Orchard JW. Intrinsic and extrinsic risk factors for muscle strains in Australian football. Am J Spots Med 2001;29(3):300. 23. Sato K, Li Y, Foster W, Fukushima K, Badlani N, Adachi N et al. Improvement of muscle healing through enhancement of muscle regeneration and prevention of fibrosis. Muscle Nerve 2003;28(3):365-72. 24. Smet AA, Best TM. MR imaging of the distribution and location of acute hamistring injuries in athletes. American Roentgen Ray Society 2000; 174:393-399. 25. Tubervile SD, Cowan LD, Asal NR, Owen WL, Anderson MA. Risk factors for injury in middle school football players. Am J Sports Med 2003;31:276-281. 26. Yeung EW, Yeung SS. Interventions for preventing lower limb soft-tissue injuries in runners (Cochrane Review). The Cochrane Library, vol. 4, 2003. 27. Verall GM, Slavotinek J, Barnes P. Diagnostic and prognostic value of clinical findings in 83 athletes with posterior thigh injury: comparison of clinical findings with magnetic resonance imaging documentation of hamstring muscle strain. Am J Sports Medicine 2003;31(6):969. 28. Withrouw E, Danneels L, Asselman P, D´Have T, Cambier D. Muscle flexibility as a risk factor for developing muscle injuries in male professional soccer players. Am J Sports Med 2003;31:41-46.
• Tendinopatias do Joelho 1. Enad JG, Loomis LL. Patellar tendon repair: Postoperative treatment. Arch Phys Med Rehabil 2000;81:786-788. 2. Laurino CFS, Pochini AC. Atletismo. In: Lesões nos esportes: diagnósticos, prevenção e tratamento. Rio de Janeiro: Livraria e Editora Revinter. 2002, v.1, p. 688-713. 3. Almekinders LC, Vellema JH, Weinhold PS. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc 2002;10:2- 5. 4. Warden SJ, Kiss ZS, Malara FA, Ooi ABT, Cook J and Crossley KM. Clinically diagnosed patellar tendinopathy comparative accuracy of magnetic resonance imaging and ultraso- nography in confirming. Am J Sports Med 2007;35:427. 5. Sture F, Ola G, Maria J, Håkan A, Patrik D. New insight into the non-neuronal cholinergic system via studies on chronically painful tendons and inflammatory situations. Life Sciences 2009;84(25-26):865-70. 6. Biundo JJ Jr, Irwin RW, Umpierre E. Sports and other soft tissue injuries, tendinitis, bursitis, and occupation-related syndromes. Curr Opin Rheumatol 2001 Mar;13(2):146-9.
7. Fredericson MF, Guillet M, DeBenedictis L. Quick solutions for iliotibial band syndrome. Phys Sports Med 2000;28(2): 53-68. 8. Brosseau L, Casimiro L, Milne S et al. Deep transverse friction massage for treating tendinitis. Cochrane Database Syst Rev 2002;(4):CD003528. 9. Kannus P. Structure of the tendon connective tissue. Scand J Med Sci Sports 2000;10: 312-320. 10. Khan KM, Cook JL, Kannus P, Maffulli N, Bonar SF. Time to abandon the ‘tendinitis’ myth. BMJ 2002;324:626-7. 11. Khan KM, Cook JL, Maffulli N, Kannus P. Where is the pain coming from in tendinopathy? It may be biochemical, not only structural, in origin. Br J Sports Med 2000;34:81-3. 12. Fenwick SA, Hazleman BL, Riley GP. The vasculature and its role in the damaged and healing tendon. Arthritis Res 2002;4:252-60. 13. Åström M. Laser Doppler flowmetry in the assessment of tendon blood flow. Scand J Med Sci Sports 2000;10:365-7. 14. Langberg H, Rosendal L, Kjaer M. Training-induced changes in peritendinous type I collagen turnover determined by microdialysis in humans. J Physiol 2001;534:297-302. 15. Langberg H, Olesen JL, Gemmer C, Kjaer M. Substantial elevation of interleukin-6 con- centration in peritendinous tissue, in contrast to muscle, following prolonged exercise in humans. J Physiol 2002;542:985-90. 16. Alfredson H, Bjur D, Thorsen K, Lorentzon R, Sandstrom P. High intratendinous lactate levels in painful chronic Achilles tendinosis. An investigation using microdialysis technique. J Orthop Res 2002;20:934-8. 17. Fu SC, Wang W, Pau HM, Wong YP, Chan KM, Rolf CG. Increased expression of transform- ing growth factor-beta1 in patellar tendinosis. Clin Orthop 2002;174-83. 18. Rolf CG, Fu BSC, Pau A, Wang W, Chan B. Increased cell proliferation and associated expression of PDGFRß causing hypercellularity in patellar tendinosis. Rheumatology 2001;40:256-61. 19. Kjaer M, Langberg H, Skovgaard D et al. In vivo studies of peritendinous tissue in exercise. Scand J Med Sci Sports 2000;10:326-31. 20. Fenwick SA, Curry V, Harrall RL, Hazleman BL, Hackney R, Riley GP. Expression of transforming growth factor-beta isoforms and their receptors in chronic tendinosis. J Anat 2001;199:231-40. 21. Williams RJ III, Attia E, Wickiewicz TL, Hannafin JA. The effect of ciprofloxacin on tendon, paratenon, and capsular fibroblast metabolism. Am J Sports Med 2000;28:364-9. 22. Ameye L, Aria D, Jepsen K, Oldberg A, Xu T, Young MF. Abnormal collagen fibrils in tendons of biglycan/fibromodulin-deficient mice lead to gait impairment, ectopic ossification, and osteoarthritis. FASEB J 2002;16:673-80. 23. Jepsen KJ, Wu F, Peragallo JH et al. A syndrome of joint laxity and impaired tendon integrity in lumican- and fibromodulin-deficient mice. J Biol Chem 2002;277:35532-40. 24. Nakamura N, Hart DA, Boorman RS et al. Decorin antisense gene therapy improves func- tional healing of early rabbit ligament scar with enhanced collagen fibrillogenesis in vivo. J Orthop Res 2000;18:517-23. 25. Beare AH, O’Kane S, Krane SM, Ferguson MW. Severely impaired wound healing in the collagenase-resistant mouse. J Invest Dermatol 2003;120:153-63. 26. Scude ri GS, Easley ME. Quadriceps and patellar tendon disruptions. In: Scott WN, ed. Surgery of the Knee. 3rd ed. WB Saunders Co 2001:1074-1086. 27. Chimera NJ, Swanik KA, Straub SJ. Effects of plyometric training on muscle-activation strategies and performance in female athletes. Journal of Athletic Training 2004;39(1): 24-31. 28. Fredericson M, Wolf C. Iliotibial band syndrome in runners: innovations in treatment. Sports Med 2005;35:451-459. 29. Fredericson M, White JJ, Macmahon JM et al. Quantitative analysis of the relative effective- ness of 3 iliotibial band stretches. Arch Phys Med Rehabil 2002;83:589-592. 30. Brosseau L, Casimiro L, Milne S et al. Deep transverse friction massage for treating tendinitis. Cochrane Database Syst Rev 2002;CD003528. 31. Fredericson M, Cookingham CL, Chaudhari AM et al. Hip abductor weakness in distance runners with iliotibial band syndrome. Clin J Sport Med 2000;10:169-175. 32. Panni AS, Biedert RM, Maffulli N, Tartarone M, Romanini E. Overuse injuries of the extensor mechanism in athletes. Clin Sports Med 2002;21:483-98. 33. Taunton JE, Ryan MB, Clement DB, McKenzie DC, Lloyd-Smith DR, Zumbo BD. A retro- spective case-control analysis of 2002 running injuries. Br J Sports Med 2002;36:95-101. 34. Riley G. The pathogenesis of tendinopathy. A molecular perspective. Rheumatology 2004;43:131-142. 35. Adler RS, Finzel KC. The complementary roles of MR imaging and ultrasound of tendons. Radiol Clin North Am 2005;43:771-807; 821-827. 36. Black J, Cook J, Kiss ZS, Smith M. Intertester reliability of sonography in patellar tendi- nopathy. J Ultrasound Med 2004;23:671-675. 37. Kettunen JA, Kvist M, Alanen E, Kujala UM. Long-term prognosis for jumper’s knee in male athletes. A prospective follow-up study. Am J Sports Med 2002;30:689-692. 38. Lian ØB, Engebretsen L, Bahr R. Prevalence of jumper’s knee among elite athletes from different sports: a cross-sectional study. Am J Sports Med 2005;33:561-567. 39. O’Connor PJ, Grainger AJ, Morgan SR, Smith KL, Waterton JC, Nash AF. Ultrasound assessment of tendons in asymptomatic volunteers: a study of reproducibility. Eur Radiol 2004;14:1968-1973. 40. Molloy TJ, de Bock C, Wang Y et al. Gene expression changes in SNAP- stimulated and iNOS-transfected tenocytes - expression of extracellular matrix genes and its implications for tendon healing. J Orthop Res 2006;24:1869-82. 41. Khan KM, Cook JL, Maffulli N, Kannus P. Where is the pain coming from in tendinopathy? It may be biochemical, not only structural, in origin. Br J Sports Med 2000;34:81-83. 42. Lai XN, Wang ZG, Zhu JM, Wang LL. Effect of substance P on gene expression of transforming growth factor beta-1 and its receptors in rat’s fibroblasts. Chin J Traumatol 2003;6:350-354.
ATUALIZAÇÃO EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA DO ESPORTE 19
Esta é uma publicação patrocinada pela Farmoquímica S/A, produzida pela Offi ce Editora e Publicidade Ltda. Diretor Responsável: Nelson dos Santos Jr. - Diretor de Arte: Roberto E. A. Issa - Diretora Executiva: Waléria Barnabá - Publicidade: Adriana Pimentel Cruz e Rodolfo B. Faustino - Jornalista Responsável: Cynthia de Oliveira Araujo (MTb 23.684) - Redação: Luciana Rodriguez, Flávia Lo Bello e Vivian Ortiz - Gerente de Produção Gráfi ca: Roberto Barnabá. Toda correspondência deverá ser enviada - Rua General Eloy Alfaro, 239 - Chácara Inglesa - CEP 04139-060 - São Paulo - SP - Brasil - Tels.: (11) 5594-5455/5594-1770 - e-mail: redacao.offi ce@uol.com.br. Todos os artigos pu- blicados têm seus direitos resguardados pela editora. É proibida a reprodução total ou parcial dos artigos sem autorização dos autores e da editora. Os pontos de vista aqui expressos refl etem a experiência e as opiniões dos autores. Antes de prescrever qualquer medicamento eventualmente citado nesta publicação, deve ser consultada a bula
Marcadores:
Araraquara,
ciatico,
coluna travada,
Dor nas costas,
esportiva,
Fisioterapia,
hernia de disco,
lesões no MMA,
Lucas,
Mendes,
Nogueira,
Palmilha de postura,
pilates,
Quiropraxia,
rpg
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Mensagens só serão respondidas com Nome e E-Mail