A pessoa que sente dor por mais de 3 meses seguidos apresenta, por definição, dor crônica. Na maioria desses casos já existem mecanismos envolvidos na percepção da dor que impedem a resolução do problema apenas pela eliminação do evento que desencadeou a dor inicialmente. Por exemplo, uma pessoa que tem hérnia de disco lombar, não fez o tratamento correto e sofre com a dor há mais de 3 meses, dificilmente resolverá o seu problema apenas com o tratamento da hérnia de disco. Isso acontece por um mecanismo de sensibilização do sistema nervoso central (SNC) e aparecimento da dor neuropática: concomitante ao estímulo doloroso estabelece-se uma geração de sinal doloroso dentro do SNC, que acaba se tornando independente com o tempo e a continuidade do evento inicial. Isso acontece por um aumento da função dos circuitos neuronais que acabam criando uma “memória da dor”, ou seja, as vias nervosas se adaptam à inflamação persistente e à lesão neural. De uma forma semelhante a quando fazemos alguma coisa várias vezes e começamos a fazê-la sem perceber. Por exemplo, andar ou dirigir um carro fica fácil e automático porque o nosso SNC se adaptou e criou um circuito neuronal rápido para tais atividades. Um circuito neuronal criado para a percepção de dor é um grande problema...
Parece que a minha dor lombar está piorando com o tempo. Agora, só de encostar na região eu já sinto dor. Alguma coisa deve estar piorando na minha coluna.
Sem dúvida, quando ocorre uma alteração dos sintomas deve-se investigar a presença um lesão que esteja piorando o problema. No entanto, a percepção da dor está sujeita a complexas influências positivas e negativas e a presença de dor por muito tempo acaba por diminuir o limiar da dor, aumentar a duração e intensidade do seu sinal e permitir que estímulos geralmente inocentes também gerem dor.
O que é possível fazer para evitar essa dor neuropática?
O mais importante é tratar da melhor forma e o mais rápido possível o evento desencadeador da dor, pois muitas vezes pode-se prevenir a transformação do problema em dor crônica. Alguns pacientes são mais susceptíveis a desenvolver a dor neuropática por apresentarem alguma condição clínica que já tenha sensibilizado o SNC. Nestes casos, vale a pena considerar o tratamento específicos desde o início do quadro através da Fisioterapia Quiropráxica.
Para melhores resultados você deve sempre procurar um Fisioterapeuta especialista em Quiropraxia pela ANAFIQ (Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia)
http://www.sogab.com.br/anafiq2016/buscas/
Referências
Nery SM. Atualização terapêutica em dor crônica e o uso de Duloxetina. Wolters Kluver. São Paulo 2010.
NICE CLinical Guideline. Neuropathic pain: the farmacological management of neuropathic pain in adults in non-specialist settings. Draft for consultation, Oct, 2009.
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