Joelho sofre com o abuso dos atletas
por Redação Tudo Bem
01.08.2006
Dentre todas as articulações do esqueleto humano, nenhuma é mais exigida no esporte do que o joelho. Pode ser futebol, vôlei, tênis ou até mesmo um inofensivo jogo de peteca no parque – se é preciso correr sobre duas pernas, é o joelho que carrega o corpo. Conseqüentemente, é ele também quem acaba sofrendo a maior parte das lesões. Afinal, qual é o atleta ou boleiro de fim de semana que nunca sentiu dores no joelho?
Exemplos não faltam. Talvez o mais drástico seja o do atacante Ronaldo, que rompeu completamente o tendão patelar durante uma arrancada em um jogo em 2000. E, assim como o Fenômeno, milhares de esportistas sem treinamento especializado e colocam seus joelhos em risco nos campos, quadras e tatames todos os dias.
“O esporte em geral é muito competitivo. Já vi lesões de menisco em garotos de 13 e 14 anos”, diz o médico Moisés Cohen, chefe do Centro de Traumatologia do Esporte da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “As pessoas sempre querem superar seus limites.”
Sem cuidados básicos, porém, o primeiro limite que acaba sendo rompido é o do joelho. A receita é simples: começa com aquecimento, alongamento e preparo físico adequados para cada atividade física. “Todo mundo sabe que tem que fazer, mas ninguém acha que é importante”, diz o ortopedista Dan Oizerovici, especialista em traumatologia esportiva do Hospital Albert Einstein.
O estudante Rodrigo Zanotti, 21 anos, sofreu os efeitos disso durante uma pelada com os amigos. Em um lance, pulou para dominar a bola e caiu com todo o peso do corpo sobre a perna esquerda. O joelho não agüentou, e o ligamento cruzado anterior (LCA) se partiu em dois. “Raramente fazia alongamento”, assume Zanotti.
Limite
O joelho é uma articulação complexa e pode ser lesionado de várias formas e em vários pontos: nos tendões, ligamentos, meniscos, cartilagem e até no próprio osso. Os traumas mais comuns são causados por excesso de carga – resultado do excesso de atividade ou da falta de preparo físico.
Ao contrário do cotovelo e do ombro, o joelho não tem nenhum mecanismo de “trava”. O fêmur e a tíbia estão “soltos” um sobre o outro, mantidos no lugar apenas pelos tendões e ligamentos.
“Na dúvida, o melhor é usar o bom senso – e, se possível, buscar orientação profissional”, avisa Cohen.”
Publicado originalmente no site do jornal Tudo Bem em 01/08/2006.
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