sexta-feira, 9 de abril de 2010

Lesão da cartilagem da articulação do joelho

Lesão Condral
Cartilagem
É um tipo de tecido rígido que oferece apoio e reveste várias estruturas. É composta por proteoglicanos que atuam como se fossem esponjas retendo grande quantidade de água, o que permite que a cartilagem retorne a forma inicial após ter sido comprimida. A cartilagem recebe pouco suprimento sanguíneo, desse modo a recuperação após a lesão é muito lenta. [2]
A cartilagem articular tem grande quantidade de água, girando em torno de 65% á 90% do peso do tecido, dependendo da idade, da localização e da espessura da camada articular. [2]
Lesão
As lesões nas superfícies da cartilagem articular da articulação do joelho, são freqüentemente mal diagnosticadas, pois podem ser difíceis de identificar. [3]
Um dos maiores fatores que implica na degeneração da cartilagem é o tamanho do stress e tensão que essa camada de cartilagem sofre durante o contato. Quando a cartilagem é comprimida, o liquido existente é consideravelmente pressionado, se o stress for mantido constantemente, aos poucos o liquido vai se deslocando para outras regiões de menor pressão, causando assim um aumento da deformidade.[2]
Causas:
Elas podem ocorrer em decorrência do impacto direto contra articulação do joelho, mas também podem ocorrer em associação com lesões meniscais e ligamentares. Qualquer condição que leve á repetição excessiva de força pode causar sintomas.[4]
Uma lesão na cartilagem pode causar grandes fissuras e defeitos nas superfícies articulares e degeneração continua. E o resultado final pode ser a osteoartrose prematura. [4]
Classificação: [3]
A lesão da cartilagem evolui em quatro fases:
1º estagio: (grau I): edema e amolecimento da cartilagem;
2º estagio: (grau II): aparecimento de fissuras na cartilagem;
3º estágio: (grau III): falhas na superfície do revestimento cartilaginoso;
4º estágio: (grau IV): aparecimento de erosões e de desnudamento do tecido ósseo subcondral;
Quadro clínico:
Há dor no terço anterior do joelho, principalmente ao descer escada e rampa . Ela se acompanha geralmente, de discreta atrofia dos músculos vasto interno e vasto interno oblíquo (quadríceps), bem como de um pequeno derrame sinovial.[4]
Tratamento:
Opata-se pelo tratamento conservador quando a lesão está na fase inicial, com a tentativa de minimizar a progressão da lesão. [1]
O tratamento cirúrgico é feito quando a lesão da cartilagem já esta mais avançada (grau 2 para cima). È indicada quando há dor que a impossibilita a pratica esportiva e muitas vezes até interfere nas AVD´s.[1]
Há vários tipos de técnicas cirúrgica para reparo desse tipo de lesão, hoje em dia as mais utilizadas são: debridamento e/ou toillet; microfraturas; abrasão; mosaicoplastia; transplate autólogos de condrócitos (ainda está em estudo). A escolha da técnica cirúrgica vai depender da gravidade da lesão e da necessidade do paciente. [1]
Debridamento Microfraturas
Abrasão Mosaicoplastia
Transplante Autólogo de Condrócitos
Conclusão
Já tivemos vários avanços no tratamento de lesão de cartilagem, tanto cirúrgico quanto fisioterápico, mas ainda não inventaram nada que faça com que esse lesão regrida ou seja recuperada 100%.
Camila Colombo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. ALVIN J. DETTERLINE, STEVEN GOLDBERG, BERNARD R.BACH, BRIAN J. COLE. Treatment Options for articular cartilage defects of the knee. Orthopaedic Nursing, 2005; 24 (5): 361-366.
2. GERARD A. ATESHIAN, CLARK T. HUNG. Patellofemoral Joint biomechanics and Tissue Engineering. Clinical Orthopaedics and Related Research, 2005; 81: 81-90
3. L. PETERSON, P. RENSTRÖM. “ Traumas no esporte:2 “. Ed. Novartis. São Paulo, 1993.
4. WILLIAN E. PRENTICE, “ Técnicas de Reabilitação e Medicina esportiva”. Ed. Manole. São Paulo, 2002.

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