sábado, 25 de julho de 2009

Fibromialgia

FIBROMIALGIA

Definição: Distúrbio musculoesquelético não-articular e não-inflamatório caracterizado por dor e fadiga musculares generalizadas (Snider, 2000)

Etiologia: causa desconhecida

Incidência: mulheres entre 2 e 60 anos

Sintomas clínicos
American College of Rheumatology
1. dor disseminada ocorrendo há 3 meses
2. Sensibilidade em 11 ou mais dos 18 pontos
Obs: dor disseminada é definida como dor em ambos os lados do corpo, dor acima e abaixo da cintura, e dor no esqueleto axial

- distúrbios do sono
- rigidez
- fadiga (pela manhã, e ao final do dia)
- alterações no estado de espírito
- depressão
- ansiedade
- diversas queixas somáticas
- cefaléias de tensão
- síndrome do intestino irritável
- parestesia nas mão e pés

Testes
- sensibilidade à palpação em diversos dos 18 pontos indicados
- qualquer manifestação de dor diante de um,a pressão suave é significativa
- articulações nada revelam de excepcional

Diagnóstico
- nenhuma alteração radiográfica
- nenhuma alteração laboratorial

Diagnóstico diferencial
- bursite ou tendinite (habitualmente em uma só articulação ou membro)
- síndrome do túnel do carpo (parestesias, teste de Phalen positivo, estudo de condução nervosa positiva)
- tenossinovite (foco isolado, associado ao movimento do tendão)

Tratamento
Terapêutica não medicamentosa
Comprovado
Exercícios aeróbicos
Acupuntura
Biofeedback
Terapia cognitiva comportamental
Não comprovado
Contraste gelo/calor
Laser/Tens
Massagem
Manipulação

Atividade física
- efeito analgésico
- liberação de endorfina
- antidepressivo
- proporciona bem estar global
- sensação de autocontrole
- atividade inicial aeróbica de baixo impacto
- natação
- caminhada
- hidroginástica

Atividade física
Independente da intensidade da dor nestes pacientes, devemos obrigatoriamente encoraja-los à prática de uma atividade física diária e evitar o repouso como tratamento da dor muscular. Vários trabalhos demonstram uma melhora global e do quadro doloroso nestes pacientes, de maneira persistente ao longo do tempo. A atividade física apresenta um efeito analgésico (por estimular a liberação de endorfinas), funciona como antidepressivo e proporciona uma sensação de bem estar global e autocontrole. Esta deve ser bem dosada para que não seja muito extenuante, Seu início deve ser leve e a sua “intensidade” aumentada gradativamente. Deve ser bem planejada para ser tolerada desde o início para manter a aderência do paciente por um período prolongado. A princípio, qualquer atividade física aeróbica de baixo impacto, tal qual natação, hidroginástica, caminhada são as mais recomendadas. Em geral, uma caminhada, ao passo normal do paciente, durante 30 minutos todos os dias proporcionam efeitos terapêuticos encorajadores. Em alguns casos, esta atividade se torna a única terapêutica necessária. O objetivo final a ser alcançado a longo prazo, é o de restabelecer um estilo de vida funcional aos pacientes.

Acupuntura
A maioria dos estudos que envolvem esta modalidade terapêutica, apresenta métodos de estudo criticável do ponto de vista científico. Estudos mais recentes demonstraram que um grupo de pacientes pode melhorar da dor com a eletroacupuntura.

Cognitivo-comportamental
Estudos suportam a terapia CC como um tratamento complementar na fibromialgia. Trata-se de um programa educacional, que ensina técnicas de autocontrole a estes pacientes, com o objetivo de melhorar seus sintomas. As técnicas mais relacionadas à dor incluem as de relaxamento e estratégia de distração. O objetivo desta modalidade terapêutica é fazer com que o paciente obtenha melhor controle sobre os sintomas se sua doença. Esta terapêutica é efetiva, inclusive a longo prazo.

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