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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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terça-feira, 16 de julho de 2013

Auto-Ajuda para Disfunção e/ou Desordens da ATM.

Auto-Ajuda para Disfunção e/ou Desordens da ATM. Se você acha que pode ter um problema de DTM, primeiro consulte um médico para descartar doenças ou problemas que possam imitar ou expressar sintomas semelhantes aos das doenças de DTM. Muitas pessoas que têm sintomas de DTM têm grandes chances de melhorar com tratamentos reversíveis. Às vezes, o problema melhora gradualmente. Nós gostaríamos de oferecer técnicas de auto-ajuda que podem aliviar os sintomas: Calor úmido: O calor reduz a inflamação e melhora a função. Use uma bolsa de água quente ou garrafa de água quente ou uma toalha morna embrulhada ao redor do rosto, com cuidado para não se queimar. Há várias bolsas térmicas no mercado e a preços acessíveis. Gelo: O gelo tem o mesmo efeito que o calor e também aumenta o fluxo de sangue promovendo o relaxamento muscular. Se você for usar uma bolsa de gelo, embrulhe-a em um pano e coloque-a no rosto por no máximo 10 minutos, para não danificar sua pele. Dieta macia: As comidas brandas temporariamente podem ajudar, ao permitir que a mandíbula e músculos circunvizinhos descansem. Evite especialmente comidas duras, crocantes ou mastigáveis que possam traumatizar a articulação, ou comidas que lhe exijam abrir a boca grandemente, como uma maçã ou uma espiga de milho. Não mastigue chicletes. Uso de analgésicos: Talvez você tenha que experimentar vários analgésicos até encontrar um que melhor se adapte ao seu organismo. Acetominofen, como Tylenol, ajudam algumas pessoas, outros acham alívio com o uso da Aspirina ou Ibuprofen. Alguns medicamentos necessitam de prescrição. Confira com seu cirurgião oral antes de tomar qualquer tipo de medicamento. Exercícios de mandíbula: Exercitar a mandíbula, abrir e fechar lentamente sua boca mover a mandíbula para os lados, isto às vezes melhora a mobilidade. Exercícios que causam um aumento da dor ou deficiência devem ser descontinuados. Técnicas de relaxamento: Há evidências de que técnicas de relaxamento diminuem o sofrimento em casos de dor crônica. Respire lenta e profundamente, enrijeça e relaxe seus músculos, alternadamente, yoga e/ou hipnose são úteis para algumas pessoas. Se você foi diagnosticado com Disfunção de ATM. Auto-educação: Um paciente bem informado, pode tornar melhor as difíceis decisões relativas as opções de tratamentos e discutir estas opções com o profissional. Descubra tanto quanto possível, lendo e falando com outras pessoas que têm ATM. Tratamento Há várias opções de tratamento e uma variedade de termos usados para descrever estes diferentes métodos de tratamento. Porém, a maioria dos cuidados que seu cirurgião oral oferecerá vai incluir pelo menos três ou mais dos seguintes tratamentos: - Educação do paciente e auto-cuidado - Modificação de comportamento, incluindo técnicas de relaxamento e cuidados com o estresse, - Medicamentos, - Terapia física, - Terapia de aplicação ortopédica (placa estabilizadora), - Terapia oclusal (ortodontia, reabilitação oral, etc ), às vezes é necessário. - Cirurgia. Os objetivos do tratamento são: Reduzir a dor; Restabelecer confortável função mandibular; Limitar a recorrência da dor; Restabelecer padrão de vida normal o mais rápido possível. Recomendações de tratamento: Freqüentemente, somado a dor física existe o estigma que muitos cirurgiões maxilo-faciais ou médicos afirmam para seus pacientes de ATM que eles só têm um problema psicológico e não querem melhorar, ou não podem corrigir o estresse. Foi enfatizado que o tratamento farmacológico que se utiliza para aliviar as dores persistentes relacionadas com DTM (ATM), são iguais aos tratamentos de outras condições de dores crônicas. Opiáceos e AINEs (medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais) são reconhecidos como analgésicos e deveriam ser implementados proporcionalmente à intensidade da dor apresentada pelo paciente". Nós podemos presumir que com estas recomendações a dor relacionada à ATM é adequadamente controlada, portanto, os pacientes poderiam desfrutar de uma melhor qualidade de vida cessando a sua desesperada busca por um tratamento mágico para aliviar a dor. Um grande esforço educacional tem que acontecer para os profissionais da saúde sobre Disfunções/Desordens da ATM. É imperativo que os profissionais que tratam pacientes com dor crônica, tenham que acreditar que esta dor está relacionada com ATM e é real. Recentemente, houve uma explosão de pesquisas científicas que está aumentando a compreensão dos mecanismos de neurofisiologia da dor, os neurotransmissores da dor e sistema nervoso periférico e central. escrito por: Dr. Nicolas e Dra.Francine fonte:http://www.wmulher.com.br/template.asp?canal=saude&id_mater=1266&parte=1

Presença de desconforto na articulação temporomandibular ...

Presença de desconforto na articulação temporomandibular ... Presença de desconforto na articulação temporomandibular relacionada ao uso da chupeta Introdução A articulação temporomandibular (ATM) constitui a ligação móvel entre o osso temporal e a mandíbula1. É uma articulação do tipo sinovial, que se inter-relaciona anatômica e cinesiologicamente com as articulações adjacentes e da coluna cervical2. Disfunções nessa articulação são resultado de seu funcionamento anormal e podem aparecer por diversos motivos, como alterações posturais, desarmonia do côndilo com o disco, parafunções, fatores psicológicos, alterações proprioceptivas, decorrentes de desequilíbrios oclusais, entre outros3. As disfunções da articulação temporomandibular (DTM) são descritas por Siqueira & Ching4 como um grupo de condições dolorosas orofaciais com alterações funcionais do aparelho mastigatório. Essas disfunções podem levar a diversos sinais e ou sintomas, estando em muitos casos, presentes dores musculares nos masseteres e temporais, dores articulares, dores de ouvido, entre outros5,6. Estas disfunções na ATM são mais freqüentes no sexo feminino; Correia7 e Ramos8 e Souza9 mostraram que 97,9% das alterações ocorrem em mulheres e são acompanhadas de sinais e ou sintomas característicos. Geralmente, problemas nessa articulação são descobertos na fase adulta, porém eles podem começar cedo, ainda na infância, e estarem relacionados com hábitos da criança. A sucção, considerada um hábito nutritivo até os três anos de idade e vicioso após esta idade, têm sido tema de estudo, por tratar-se de um hábito comum e pelos danos que pode causar10,11. Alamoudi et al.12 mostraram que os distúrbios funcionais do sistema mastigatório são comuns em crianças e adolescentes, e tendem a aumentar na fase adulta. Thilander et al.13 colocam que as disfunções temporomandibulares em crianças também apresentam etiologia multifatorial, podendo citar hábitos parafuncionais e alterações oclusais que influenciam na função natural da musculatura mastigatória. Assim, atividades parafuncionais como o uso da chupeta, normalmente mais visto em meninas14, podem ser desencadeadores de disfunções na articulação temporomandibular, por causarem mordida aberta anterior, retrusão da mandíbula, protusão do maxilo, sobremordida excessiva, vestíbulo versão de incisivos superiores, mordida cruzada posterior, palato ogival e deformidades angulares15. Martins et al.16 concluíram que em um estudo realizado com crianças entre dois e seis anos de idade, que o hábito de sucção de chupeta pode desencadear anomalias na oclusão dentária. Cavassani et al.17 encontraram distúrbios articulatórios em 55,56% da amostra estudada, a qual era formada por crianças entre cinco e nove anos de idade, que apresentavam hábitos orais viciosos de sucção. Sendo assim, nota-se que os hábitos orais, freqüentes em crianças, desequilibram o sistema estomatognático, e podem aparecer como fator etiológico de disfunção temporomandibular. Com isso, o presente estudo teve por objetivo analisar se o tempo de uso da chupeta influenciava no aparelho estomatognático em crianças que não apresentavam outros hábitos parafuncionais. Método Antes da coleta dos dados, o projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética da Universidade de Mogi das Cruzes. Após aprovação, foi pedida autorização às diretorias de dois colégios (uma escola particular e uma escola pública, ambas da mesma cidade, na Grande São Paulo). Já com essa autorização, foram explicados a mães de 150 crianças os objetivos da pesquisa, e estas assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Foram incluídas no estudo todas as crianças as quais as mães responderam o questionário por completo, e que não apresentavam outros hábitos parafuncionais além do uso da chupeta verificado através do questionário. Foram excluídas as crianças as quais as mães não fizeram o preenchimento completo dos questionários ou não quiseram responder o mesmo, e as crianças que apresentavam outros hábitos parafuncionais além do uso da chupeta, como chupar o dedo, ranger ou apertar os dentes, roer unhas ou mascar chiclete. Os questionários foram entregues para as mães, com um folheto explicativo sobre disfunção temporomandibular, e telefone para contato em caso de dúvidas. Após análise dos resultados, 60 crianças foram excluídas por apresentarem outros hábitos parafuncionais. Foram incluídas no estudo 90 crianças, entre três e sete anos de idade, sendo 49 meninas e 41 meninos. O questionário iniciava com a coleta dos dados pessoais, e era composto das seguintes perguntas: 1. Se a criança apresenta dor na articulação temporomandibular; 2. Se a criança apresenta cefaléia; 3. Se a criança apresenta dor no ouvido; 4. Se a criança apresenta cansaço ao mastigar os alimentos; 5. Se a criança apresenta dificuldade ao mastigar os alimentos; 6. Se a criança usou chupeta e se sim, até que idade; 7. Se a criança chupa o dedo; 8. Se a criança range ou aperta os dentes; 9. Se a criança rói unhas; 10. Se a criança masca chiclete. Para análise dos resultados, as crianças foram divididas em três grupos, de acordo com o tempo de uso da chupeta: - Crianças que não usaram chupeta (33 crianças); - Crianças que fizeram uso de chupeta até dois anos de idade (14 crianças); - Crianças que fizeram uso de chupeta até mais de dois anos de idade (43 crianças). Análise dos resultados Após as avaliações foi calculado o grau de correlação entre as variáveis colhidas, tempo de uso da chupeta. Para se medir e avaliar o grau de relação existente entre as variáveis aleatórias foi utilizado o Coeficiente de Correlação de Pearson18. Para o cálculo deste coeficiente utilizou-se a seguinte fórmula: O campo de variação do Coeficiente "r" situa-se entre -1 e +1, sendo que sua interpretação depende do valor numérico e do sinal. Valor de Alfa Foi utilizado o valor de alfa (a) igual 0,05 no teste estatístico para rejeitar a hipótese de nulidade. Este objetivou verificar se o tempo de uso da chupeta alterava a prevalência de sinais e ou sintomas de disfunção temporomandibular. Estes dados são demonstrados na Tabela 1. Resultados Entre as crianças que não usaram chupeta, 32,2% apresentaram alguma dor; 17,7% cansaço ou dificuldade ao mastigar os alimentos; e 5,8% dor, cansaço e dificuldade na mastigação. Das crianças que usaram chupeta até dois anos, 15,3% apresentaram dor e 7,6% cansaço ou dificuldade ao mastigar os alimentos. Já entre as crianças que fizeram uso da chupeta até mais de dois anos, 34,8% apresentaram alguma dor; 13,9% cansaço ou dificuldade ao mastigar e 2,3% dor, cansaço e dificuldade na mastigação, como demonstrado no Gráfico 1. Quando se aplica o Coeficiente de Correlação de Pearson, observa-se que entre as crianças que não usaram chupeta e aquelas que usaram até dois anos (24 meses), o aumento do tempo de uso da chupeta diminui de maneira significativa a média do número de sintomas de disfunção temporomandibular (r = -1,00). Já depois dos dois anos (sendo que foi considerado até 84 meses, pois foi o máximo de tempo de uso encontrado nos voluntários avaliados), o aumento do tempo de uso da chupeta aumentou também de forma significativa a média do número de sintomas de disfunção temporomandibular (r = 1,00) (Tabela 1). Notou-se também maior prevalência de sintomas de disfunção entre as meninas do que entre os meninos. Das meninas entrevistadas, 53% apresentavam dor ou desconforto na região da articulação temporomandibular; já entre os meninos, 39% apresentaram algum sintoma de disfunção. Discussão Após a análise dos resultados obtidos através dos questionários respondidos pelas mães das crianças, como feito em outros estudos, que demonstram que há validade nas respostas dadas pelas mães19, notou-se alta prevalência de dor ou desconforto no aparelho estomatognático, mostrando que as disfunções temporomandibulares constituem um distúrbio comum entre as crianças. Verificou-se uma maior prevalência de sintomas de disfunção temporomandibular nas meninas, o que condiz com a literatura, que mostra uma incidência maior dessas disfunções no sexo feminino7-9. Foi possível observar também correlação significante entre o tempo de uso da chupeta com o aparecimento dos sintomas entre crianças que não apresentavam outros hábitos parafuncionais. Dor ou cansaço/dificuldade ao mastigar os alimentos apareceu principalmente naquelas que não usaram chupeta ou fizeram esse uso até mais de dois anos. Assim, a falta da chupeta pode fazer com que a criança não prepare sua musculatura mastigatória, apresentando fadiga ao mastigar alguns tipos de alimentos. Felício20, mostra que a sucção é um exercício muscular necessário, que prepara língua, lábios e mandíbula para a mastigação. Sendo assim, se a musculatura não estiver preparada, quando os alimentos sólidos são introduzidos na dieta da criança esta pode apresentar fadiga muscular, a qual pode ser responsável pelo aparecimento de dor. Gráfico 1. Presença de sintomas de DTM relacionados ao tempo de uso da chupeta Já o uso excessivo da chupeta pode ocasionar alterações da oclusão21, distúrbios miofuncionais ou interposição lingual, interferindo na biomecânica da articulação temporomandibular. Isso também gera dor, e essa dor pode ser o fator desencadeante do cansaço e da dificuldade ao mastigar. Frente aos resultados obtidos, é verificável que a chupeta pode ser importante por fazer com que a criança realize movimentos de sucção, preparando-a para a introdução de alimentos sólidos22. Porém, se usada por tempo prolongado, pode prejudicar a articulação e, conseqüentemente, a qualidade de vida da criança. Conclusão Foi possível concluir que o tempo de uso da chupeta influenciou na prevalência de sintomas de disfunção temporomandibular de forma significativa. Referências Bibliográficas 1. Savalle WPM. Anatomia do Aparelho Mastigatório. In: Steenks MH, Wijer A. Disfunções da Articulação Temporomandibular do Ponto de Vista da Fisioterapia e da Odontologia. São Paulo: Santos; 1996. 2. Okeson JP. Fundamentos de Oclusão e Desordens Temporomandibulares. São Paulo: Artes Médicas; 1992. 3. Teixeira ACB, Marcucci G, Luz JGC. Prevalência das maloclusões e dos índices anamnésicos e clínicos em pacientes com disfunção da articulação temporomandibular. Rev Odonto USP 1999; 13(3): 251-6. 4. Siqueira JTT, Ching LH. Dor Orofacial/ATM. Bases para Diagnóstico Clínico. Curitiba: Maio; 1999. 5. Barbosa GAS et al. Distúrbios Oclusais: Associação com a Etiologia ou uma Conseqüência das Disfunções Temporomandibulares? JBA 2003; 03(10): 158-63. 6. Magnusson T et al. Changes in clinical signs of craniomandibular disorders from the age of 15 to 25 years. J Orofac Pain 1994; 8: 207-13. 7. Correia FAS. Prevalência da sintomatologia nas disfunções da articulação temporomandibular e suas relações com idade sexo e perdas dentais (dissertação). São Paulo: Faculdade de Odontologia Universidade de São Paulo; 1983. 8. Ramos HAD et al. Sinais e sintomas das disfunções dolorosas da articulação temporomandibular. Odonto Cad Doc 1992; 34(2): 252-5. 9. Souza JAS. Síndrome da articulação temporomandibular. RGO 1980; 38: 295-8. 10. Bayardo RE, Mejla JJ, Orozco SLE. Montoya K.B.S. Etiology of oral habits. J Dent Child 1996; 63(5): 350-3. 11. Turgeons B, Lachapelle D. Nutritive and nonnutritive sucking habits. J Dent Child 1996; 63(5): 321-7. 12. Alamoundi N, Farsi N, Salako N, Feteih R. Temporomandibular disorders among school children. J Clin Pediatr Dent 1998; 22: 323-9. 13. Thilander B, Rubio G, Pena L, Mayorga C. Prevalence of Temporomandibular Dysfunction and its association with malocclusion in children and adolescents: an epidemiologic study related to specified stages of dental development. Angle Orthodontist 2002; 72(2): 146-53. 14. Jersil AJ. Psicologia da criança. 2ª ed. Minas Gerais: Itatiaia; 1973. 15. McDonald HE, Avrry DH. Odontopediatria. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1986. 16. Martins JCR, Sinimbu CMB, Dinelli TCL, Martins LPM, Rauelli DB. Prevalência de má oclusão em pré-escolares de Araraquara: relação da dentição decídua com hábitos e nível sócio-econômico. Revista Dent Press Ortod Ortop Facial 1998; 3(6): 5-43. 17. Cavassani VGS, Ribeiro SG, Nemr NK, Greco AM, Kohle J, Lehn C. Hábitos orais de sucção: estudo piloto em população de baixa renda. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 2003; 60(1): 106-10. 18. Toledo GL, Ovalle I. I. II Estatística Básica. São Paulo: Atlas 1995. 19. Cirano GR et al. Disfunção de ATM em crianças de 4 a 7 anos: prevalência de sintomas e correlação destes com fatores predisponentes. RPG 2000; 7(1): 14-21. 20. Felício CM. Fonoaudiologia na desordens temporomandibulares - Uma ação educativa terapêutica. São Paulo: Pancast Editora; 1994. 21. Tomita NE, Sheiham A, Bijella VT, Franco LJ. Relação entre determinantes sócio econômicos e hábitos bucais de risco para más-oclusões em pré-escolares. Pesq Odont Brás 2000; 14: 169-75. 22. André M. Tratamento odontopediátrico. Em: Altmann EBC. Fissuras labiopalatais. São Paulo: Pró Fono; 1990. escrito por:Juliana de Paiva Tosato, Daniela Aparecida Biasotto-Gonzalez, Tabajara de Oliveira Gonzalez fonte:http://www.rborl.org.br/conteudo/acervo/acervo.asp?id=3240

A Disfunção Craniomandibular e a Disfunção Temporomandibular

A Disfunção Craniomandibular e a Disfunção Temporomandibular As DCMs são alterações que comprometem a relação natural entre o crânio e a mandíbula. Entre essas alterações, a mais encontrada é a Disfunção Temporomandibular, DTM, que acomete as estruturas do sistema de mastigação, como músculos, dentes e articulações. A DTM é mais encontrada em mulheres entre 20 e 40 anos, mas pode acometer também homens e crianças, porém com uma freqüência menor. Os sintomas (ver abaixo), podem aparecer sozinhos ou em conjunto e as causas da DTM, como explica Andréa Machado, são de origem multifatorial, ou seja, uma associação de fatores etiológicos e agravantes. "As causas da DTM podem ser várias, mas o fator determinante é a predisposição do paciente", afirma. Como fatores etiológicos temos: - fatores oclusais: dificuldades de encaixe dos dentes; - fatores sistêmicos: como doenças reumáticas e infecções; - traumas: acidentes envolvendo a região da face. - hábitos parafuncionais: como o ato de roer unhas, mascar chiclete, chupar o dedo e o bruxismo, ato inconsciente de ranger os dentes. Esses são hábitos que não fazem parte do funcionamento natural do sistema mastigatório. Já os fatores agravantes podem ser o stress ou também os hábitos parafuncionais. "Os hábitos parafuncionais estão diretamente relacionados com as disfunções, levando a alterações na maioria dos casos, por isso, sempre são alvos de orientações nos atendimentos", ressalta a supervisora. O tratamento O atendimento para a Disfunção Temporomandibular é realizado na clínica, mas o paciente deve continuar com os exercícios em casa. “O sucesso do tratamento depende quase que exclusivamente do paciente”, diz Andréa Machado. Na Clínica da Uniara são utilizados a Cinesioterapia, exercícios para contribuir com o alongamento e fortalecimento da musculatura da face; o TENS, aparelho utilizado para aliviar as dores; o Laser, para combater a inflamação e também as dores; reeducação postural, além de outros recursos. Além desses tratamentos, os pacientes também recebem orientações sobre exercícios para serem feitos em casa, sobre hábitos de postura e os hábitos parafuncionais. Na Disfunção Temporomandibular, segundo a supervisora, não se fala em cura, principalmente quando são disfunções crônicas, que envolvem o sistema nervoso central. “Controlando os fatores agravantes e mantendo a qualidade do sistema mastigatório pode-se ter altos índices de satisfação dos pacientes”, revela Andréa. Ainda sobre tratamento, Andréa explica que “é muito importante ter a união de fisioterapeutas, psicólogos, médicos, dentistas e outros para um tratamento mais completo, devido a característica multifatorial dessas disfunções”. O sintomas mais comuns da Disfunção Têmporomandibular são: - dificuldades de mastigação e de movimentação da mandíbula; - dores na cabeça e no pescoço; - acometimento dos dentes, como dores e desgaste; - dores e barulhos no ouvido, como zumbidos e estalos, entre outros escrito por:Daniela Silotto fonte:http://www.uniara.com.br/projeto/noticia.asp?codigo=96

As desordens temporomandibulares e suas implicações psicológicas

As desordens temporomandibulares e suas implicações psicológicas As Desordens Temporomandibulares (DTMs) estão relacionadas com o estresse, dor e irritação, criando assim um círculo vicioso, que será interrompido pela cessação dos fatores que causam esta contração muscular. As Desordens Temporomandibulares (DTM), são desordens músculo-esqueletais, associadas as dores de face. A sintomatologia dolorosa encontrada nos pacientes são da ordem de 80% das dores da região da face, outros diagnósticos corresponderiam as doenças intra-articulares ou de ordem inflamatória de outras estruturas. Os estudos das DTMs , apresentam na atualidade um grande interesse dos profissionais da área da saúde, porque é cada vez maior o número de pacientes com sintomatologia dolorosa referida a essa articulação, estes pacientes apresentam um quadro clínico, que muitas vezes é obscuro, devido a complexidade anatomo-funcional da cabeça, e o comprometimento emocional do paciente O trauma apresenta um papel importante como etiologia das DTMs, o trauma pode ter sido diretamente na face ou cabeça, ou indiretamente como o whiplash, ou microtraumas por apertamento dentário repetidamente, por estresse emocional; muitas vezes a dor começa meses depois ou ainda anos após o trauma inicial, outras vezes pode ser uma sucessão de traumas até que finalmente se inicia a disfunção. As DTMs caracterizam-se por apresentarem dores de face, cefaléias, dor de ATM, ruídos articulares, limitação da abertura bucal e estruturas anexas como cervicalgias e dor no ombro. Se conhece que um dos fatores que influenciam na produção da dor é o estresse que produz apertamento muscular crônico, isso criaria uma diminuição do oxigênio nos músculos da mastigação com o conseqüente acúmulo de ácido láctico e portanto dor, o grau de dor e sofrimento pode variar desde uma dor crônica intermitente e tolerável até dores intensas e incapacitantes. Os fatores psicológicos têm um papel importante nas DTMs, o estresse produz o apertamento dentário, contraem os músculos consciente ou inconscientemente e causam danos criando um ciclo vicioso de dor/estresse/dor, esta dor produz mudanças de comportamento do paciente que passa a estar irritado por qualquer estímulo, observando neles mudanças no comportamento, sentimentos e pensamentos e por tanto em cada aspecto de suas vidas . Os dias de acontecimento maiores dos pacientes com dor produzem grandes mudanças, esse estresse emocional aumenta o estresse físico a fadiga e a depressão, e os músculos da mastigação são especialmente susceptíveis a estarem tensos pelo estresse e isso causa o incremento da dor tornando o tratamento e a recuperação mais difícil. O tratamento das DTMs exigem uma visão multidisciplinar. Profissionais diversos são geralmente implicados no tratamento de pacientes com dores crônicas que não respondem aos tratamentos convencionais ou causam incapacidade. Quando haver situações onde não se tenha resposta aos tratamentos convencionais é de grande importância a condução desses pacientes para a realização de atividades que possam alterar seu comportamento, trazendo dessa forma alívio para a dor, já que se conhece que as reações do paciente a determinadas situações é que desencadeiam aquele processo, dor/estresse/dor. Recomendações: As primeiras medidas realizadas, são conducentes ao alivio da dor, o uso de medicamentos, de acordo à intensidade da dor, a ingestão de água, em quantidade de 2 litros aproximadamente ao dia, evitar o álcool, fumo e café . Do ponto de vista físico é recomendado ao paciente o uso de uma placa de re-coordenação muscular e acompanhamento desta, fisioterapia doméstica ou em instituições de fisioterapia. Aos pacientes com estas características são recomendadas as técnicas de relaxamento muscular, prática de esportes, contatos sociais mais freqüentes, férias e todo tipo de atividade que permitam interação com outras pessoas, formar e fazer parte de clubes de pessoas para discutir seus problemas com esclarecimento sobre as desordens temporomandibulares, tal como existem nos AAA. CCV, etc. escrito por:Nicolas Tenorio Cabezas, Francine Ribeiro de Arruda fonte:http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias.php?noticiaid=10821&assunto=Odontologia%20Preventiva

Placas V.A. – Aparelho dentário para fisioterapia por cinesioterapia...

Placas V.A. – Aparelho dentário para fisioterapia por cinesioterapia... Placas V.A. – Aparelho dentário para fisioterapia por cinesioterapia dos músculos mastigadores e faciais Variação do aparelho placas planas com pistas oclusais, encapsulamento de todos os dentes e com retenção adicional por grampos de contenção do tipo Benac ou Seta. Consiste em placas duplas simples, porém encapsulando todos os dentes das duas arcadas, inclusive os anteriores, o que reduz sensivelmente as modificações de posicionamento dentário passíveis de ocorrer com o uso de outras aparatologias com adição das pistas oclusais e de grampos de retenção. Possui alguns diferenciais com os aparelhos até aqui usados em DTM principalmente por poder ser usada como meio para fisioterapia e condicionamento muscular, procedimentos que a cada dia se mostram mais úteis no tratamento das DTMs. A adição das Pistas Oclusais tem as seguintes funções: - Manter os músculos na posição de repouso ou Dimensão Vertical de Repouso Muscular e em Relação Cêntrica. - Guiar os movimentos bordejantes da mandíbula, eliminando ou minimizando desvios.Estes desvios serão eliminados na maioria das vezes, mesmo nos casos de Deslocamento do Disco Sem redução, alguns Desvios de Forma etc. Não conseguiremos eliminá-los nos casos de Anquilose, Impedância do Processo Coronóide, Adesões, Fibrose Capsular, Contratura Miofibrótica, Desordens de Crescimento e Desenvolvimento e Edemas das Estruturas capsulares - Se montadas criando ângulos predeterminados com o Plano Oclusal, criará modificação não compulsória da posição de fechamento mandibular, modificando a relação côndilo/fossa, como por exemplo, projetar a mandíbula, deixando-a em uma posição mais estável para os côndilos e relaxante para os músculos. Cabem aqui considerações a respeito desta manobra que vários autores preconizam e que é conhecida pela Ortopedia Maxilar como “Mordida Construtiva” e vem por esta Ciência sendo usada para a correção dos problemas ortopédicos a mais de 100 anos com poucos relatos de Contratura Miostática tendo sido esta observada apenas nos Pacientes que por algum motivo pessoal, como por exemplo, trauma psicológico por sua condição estética, usam o aparelho ortopédico por praticamente 24hs. por dia, mas que, como toda a Contratura desta natureza, é indolor e de resolução simples. - Deixar livres de quaisquer guias os movimentos mandibulares. Tal como ocorre com a mandíbula do recém nato o que, em teoria, tende a estimular de forma mais efetiva a cicatrização dos tecidos retrodiscais e formação de tecido não vascularizado e inervado (Gaspard,1978; Moffet,1966), eliminando a sensibilidade decorrente da Retrodiscite. - A montagem das pistas levando a mandíbula ao fechamento em posição mais anterior e que por acontecer sem “obrigar” ao fechamento na nova posição, portanto de forma suave e assim “Progressiva”, pode ser usada na diminuição de “Clique” de alto volume que esteja causando incômodos ao Paciente, comuns no Deslocamento do Disco sem Redução. Manobra a ser feita com muita atenção, para evitar a perfuração Disco Articular. - A principal diferenciação das Placas V.A é que estas podem ser usadas como instrumento para exercícios fisioterápicos pois permitem que prescrevamos exercícios de movimento, que graças a Graduação de Esforço de Movimentação Muscular nos possibilita aplicar o “ Princípio de Inibição Recíproca”: - A contração forçada de músculos agonistas causa relaxamento reflexo de músculo antagonista, o que explica o relaxamento e a diminuição da dor conseguidas após os exercícios cinesioterápicos efetuados com as placas . Baseado neste princípio, concluímos ser seu uso útil na maioria dos casos de dor muscular em DTM. - Reduzem, como muitos dos aparatos utilizados nesta área, a sobrecarga articular e, produzem todos os sete aspectos gerais da Terapia Por Aparelhos. Graduação de esforço para movimentação muscular: (Seu uso deve ser precedido dos exercícios, se necessários, de alongamento passivo e do controle da dor, a critério do profissional). São recursos que permitem que possamos gradualmente aumentar o esforço despendido pela musculatura e com isto desenvolver maior resistência desta aos esforços despendidos em suas funções.Deste aumento de resistência depende, em grande parte, a solução de problemas como Mioespasmos recorrentes, Co-contração e Sensibilidade Muscular Local que acometem, por exemplo, aos mastigadores unilaterais quando estes necessitam, em função de algum problema no lado mastigatório habitual (cárie, perda dentária etc.) mastigar do lado não preferencial, ou destes mesmos. Pacientes quando perdem os dentes e precisam usar dentaduras, que como se sabe, ocluem dos dois lados simultaneamente na mastigação (não possuem lado de equilíbrio). Devemos ainda considerar que segundo diversos autores como Bell em sua obra “Dores Orofaciais” e J.P. Okeson em sua mais recente obra, citam que a vasoconstrição que sofre a musculatura devido às substâncias algogênicas pelos músculos liberadas em episódios de dor é o elemento chave no entendimento da atrofia por estes músculos desenvolvida após episódios de dor. Esta graduação é feita nesta placa com forças específicas e conhecidas e como é uma manobra “simples”, pode ser graduada e feita até mesmo pelo próprio Paciente. Ao montarmos a Placa VA com a intenção de usá-la também como instrumento para fisioterapia, montaremos as pistas em plano paralelo ao Plano Oclusal do Paciente para evitarmos movimentos fora do padrão efetuado pelo Paciente e criaremos retenção adicional às Placas com o uso de grampos de retenção que creio serem os em Seta e os de Benac os mais apropriados neste caso, desaparece a necessidade do uso dos grampos Prendedores de Elásticos. É importante salientar que após fazer os exercícios o paciente relata no mais das vezes grande relaxamento muscular, o que se explica pelo princípio fisioterápico da Inibição Recíproca. O que é capaz de proporcionar ao paciente uma noite de sono de melhor qualidade. Devo lembrar que os autores mais modernos como J.P.Okeson em seu livro mais recente atentam para a relação existente entre o mau dormir e a Disfunçao Têmporomandibular. Sugestão para aplicação de exercícios fisioterápicos - cinesioterápicos: Começaremos esta graduação com o mínimo esforço que o atrito das pistas já oferece normalmente, prescrevemos exercícios de rotação mandibular na freqüência de duas vezes ao dia, uma ao deitar e outra ao despertar aonde o Paciente fará duas seções de 20 rotações à direita e 20 à esquerda. O exercício seguinte será o de abertura e fechamento efetuado também 20 vezes com o uso do elástico 3/8 suave, que deverá ser trocado dia sim, dia não. Na semana seguinte, o elástico passa a ser usado também como forma a dificultar o movimento de lateralidade, sendo colocado no lado de equilíbrio do grampo medial superior ao grampo distal inferior e de forma inversa no lado de trabalho. Ao invertermos o lado que será de trabalho inverteremos também a posição dos elásticos que será, como na semana anterior, o de graduação “suave”, indicamos o mesmo n? de repetições . Na semana a seguir, trocaremos o elástico para a graduação “médio” e não mudaremos o n? de repetições. Na semana seguinte passaremos a usar o elástico de graduação “pesado” ainda sem aumento no n.º de repetições para então passarmos ao aumento do n.º de elásticos ou de repetições Podemos ainda, se o caso assim necessitar, aumentar até o limite que o nosso bom senso definir, as repetições, mas não aconselho o uso de mais de quatro elásticos pesados em cada lado pois a Placa VA tenderá a se soltar, de qualquer forma, o que sente nosso Paciente e as necessidades específicas do caso é que serão guia às nossas atitudes. Os exercícios de Abertura devem ser complementados por exercícios de Fechamento para o qual usaremos os métodos correntes com por exemplo o “Hiperbolóide”. É ilustrativo lembrar que a Placa VA pode ser usada no tratamento de várias atrofias ósseas e musculares, hipoplasias etc. e pode também receber quase todos os recursos aplicáveis aos aparelhos Ortopédicos para os Maxilares, tornando-se ativa na resolução da maloclusão. Diferenciais entre as Placas V.A e as outras placas usualmente utilizadas: - Graduação da Dimensão Vertical- Por usar pistas oclusais, podemos graduar a dimensão vertical atingida pelo paciente com as placas em posição, e podemos a qualquer momento, aumentá-la ou diminui-la conforme alcançarmos ou não nosso objetivo. Cabe aqui sugestão de como melhor utilizarmos este recurso. Ao montarmos as Placas V.A para paciente que não seja Bruxômano, deveremos montar as placas dando um espaço entre as oclusais de uma distância entre 3 e 4mm pois corresponde ao Espaço Interoclusal de Repouso referido amplamente na literatura, o que garantirá à musculatura se estabilizar na Dimensão Oclusal de Repouso muscular peremptoriamente. Cabe aqui considerar que o local mais adequado para se efetuar esta medição é o chamado “Centro Masticale” (Bimler) pois é a única região do plano oclusal que não sofre alterações em caso de curvaturas oclusais (Spee e Wilson) alteradas, o que é muito comum nas maloclusões de Classe II e III e em caso de perdas de dentes posteriores. - Se desejarmos uma manobra mais precisa, podemos medir em nosso paciente qual a sua Dimensão Vertical de Repouso individual e então montar a placa nesta dimensão. Porem, se nosso cliente é um Bruxômano, devemos montá-lo com uma dimensão de 5 ou 6mm, pois este aumento da Dimensão Vertical, segundo diversas pesquisas, divulgadas por diversos autores, tende a eliminar o Bruxismo. Se a dimensão em que foi montada a placa ainda for insuficiente para eliminar o Bruxismo, podemos recortar em acrílico uma nova pista e adiciona-la à placa, elevando assim mais um pouco a Dimensão Vertical. É importante também relatar que com adendos (pistas de acrílico recortadas e confeccionadas em espessura predeterminada) podemos a qualquer momento e de maneira muito fácil, aumentar a dimensão vertical obtida com o aparelho ou diminuí-la, retirando-a. - Pequenas Movimentações Dentárias- A Placa V.A. é um instrumento que permite pequenos movimentos dentários que utilizaremos quando for necessário ou importante para o caso. Podemos, por exemplo, regularizar um molar que esteja na maloclusão conhecida como “Degrau Oclusal”, acrescentando a cada atendimento do nosso cliente em sua placa uma gota de acrílico na oclusal da placa na região correspondente àquele dente na região do degrau. Podemos ainda utilizar os grampos retencionais de Benac para mesializar ou distalizar um ou mais elementos dentários, conforme seja necessário ao nosso caso. Podemos ainda vestibularizar elementos dentários através do processo já demonstrado de acrescentar acrílico e podemos ainda após montagem de torno expansor resolver apinhamentos acrescentando e desgastando acrílico, tendo esta manobra que ser precedida da montagem na placa de um arco vestibular. Os grampos de Benac por sua vez também podem ser usados para movimentação dentária, pois são grampos ativos. - Possibilidade de intervenção em maloclusões- As maloclusões mais significativas para a DTM (segundo Okeson, mordida aberta, mordida coberta (? 4mm), desvios para alcance de OC de 2mm ou mais) podem ser minimizadas e até extintas com a correta manipulação da placa V.A. - Estabilidade de Posicionamento Dentário- As Placas V.A por sua peculiar montagem encapsulando “Todos” os dentes, inclusive os anteriores, impede extrusões dentárias, mesializações ou distalizações dentárias e principalmente as desagradáveis vestibularizações dos Incisivos, tão comuns e desagradáveis à estética do nosso paciente, que em geral, muito reclama quando isto acontece. Devemos sobre isto considerar que o uso da placa pelo portador de DTM pode ser algo para tempo suficiente para que estes e outros inconvenientes, corram como por exemplo, retrações gengivais. - Desprogramação Oclusal- As placas V.A possuem capacidade ímpar de Desprogramação Oclusal, o que segundo autores diversos como W.E. Bell e J.P.Okeson induz um substancial efeito benéfico no desconforto das desordens temporomandibulares diversas. - Os exercícios fisioterápicos de movimentos contra-resistência feitos à noite, imediatamente antes do deitar, concorrem à rápida diminuição ou extinção das dores musculares, o que proporciona ao paciente melhor qualidade de sono. contribuindo assim à maior resistência ao estresse. além disto, diversos estudos ligam alguns tipos de dores da DTM à má qualidade do sono. - Maior rapidez na instituição do “Molde Cortical” - A instituição de um limite de cerebral a amplitude de movimento é importante para o controle de diversas patologias como, por exemplo o “Deslocamento Espontâneo Condilar” e se faz mais rapidamente com exercícios Contra Resistência. Podemos também neste caso utilizar um “ Limitador de Movimentos”, que pode ser construído da seguinte maneira: 1º- Definimos o limite ao movimento de abertura necessário 2º- Cortamos um fio de nylon de qualquer espessura, com o comprimento exato ao limite de movimento 3º- Num colchete pré-fabricado, destes usados na confecção de roupas, amarramos o fio de naylon em uma das extremidades. Medimos novamente o fio e verificamos o que falta para atingir a medida que desejamos instituir ao movimento, medimos o colchete e a diminuímos sua medida do comprimento do fio, medimos o colchete do ponto onde o fio vai ser amarrado e sua ponta ativa, diminuímos desta medida à que corresponde ao que foi perdido do comprimento desejado após ter sido amarrado o primeiro colchete e a diminuímos do comprimento do colchete e cortamos a diferença entre eles do fio, e então amarramos o colchete nesta ponta. Repetimos para confeccionarmos outro fio limitador de movimento para ser usado do lado oposto (para, por exemplo abertura bucal) e após mostrarmos ao cliente como prender os limitadores na placa, prescrevemos exercícios com o aparelho e limitador em posição, na freqüência que acharmos necessária. Estes exercícios podem ser feitos com elásticos oferecendo contra-resistência, o que pode favorecer a instituição do molde cortical pretendido. Desvantagens: - As Placas V.A. tem como desvantagem o maior gasto de tempo para sua confecção e a necessidade de se possuir os alicates especiais para ortodontia do tipo “bico reto” e “1/2 cana” para a confecção dos grampos de Cid Benac. Como dependem da presença de dentes para sua melhor retenção, esta fica prejudicada com a ausência não devidamente recuperada destes, o que algumas vezes pode ser compensado usando grampos de retenção diferentes, por exemplo, grampo de Adams em um molar sem dente adjacente. Conclusão: - As placas V.A inauguram um novo segmento de possibilidades de tratamento das DTMs: A aplicação de recursos da Fisioterapia, para se alcançar relaxamento muscular, instituição de Molde Cortical com maior eficiência e rapidez e contribuição para uma melhor qualidade de sono alcançada rapidamente pelo paciente. O que os autores mais modernos revelam ser de grande importância para se conseguir o controle dos sintomas desta síndrome de caráter tão renitente ao tratamento e que tanto desconforto traz aos seus portadores. fonte:http://www.odontologia.com.br/artigos.asp?id=513&idesp=9&ler=s

A importância da avaliação postural no paciente com disfunção da articulação ...

A importância da avaliação postural no paciente com disfunção da articulação ... O sistema estomatognático é uma unidade funcional do organismo em que tecidos diferentes e variados quanto à origem e à estrutura agem harmoniosamente na realização de variadas tarefas funcionais. Fazendo parte deste sistema temos os componentes esqueletais (maxila e mandíbula), arcadas dentárias, tecidos moles (glândulas salivares, suprimento nervoso e vascular), ATM e músculos. Tais estruturas encontram-se interligados e relacionados e, quando em função, visam alcançar o máximo de eficiência com a proteção de todos os tecidos envolvidos(23). Fazendo parte deste complexo sistema temos a ATM, "Um conjunto de estruturas anatômicas, que com a participação de grupos musculares especiais, possibilitam a mandíbula executar variados movimentos durante a mastigação (7)" . Ela representa a ligação articulada da mandíbula com a base do crânio. Este por sua vez, apresenta conexões musculares e ligamentares com a região cervical que juntos formam um sistema funcional denominado sistema crânio-cervico-mandibular (19). Devido à íntima relação existente entre os músculos da cabeça e região cervical com o sistema estomatognático, iniciaram-se estudos que visavam confirmar que alterações posturais da cabeça e restante do corpo poderiam levar a um processo de desvantagem biomecânica da ATM, levando a um quadro de disfunção temporomandibular. O objetivo deste trabalho é avaliar a interferência da má postura nos pacientes com DTM, bem como promover a importância de equipes multidisciplinares formadas por ortopedistas, cirurgiões dentistas e fisioterapeutas, para que juntos possam aprimorar o diagnóstico e tratamento aos pacientes acometidos por tais distúrbios. REVISÃO DE LITERATURA Postura: Define-se como postura ideal àquela em que há um equilíbrio entre as estruturas de suporte envolvendo uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga com uma máxima eficiência do corpo(6). A postura de cada indivíduo será determinada por cadeias musculares, fáscias, ligamentos e estruturas ósseas, que possuem solução de continuidade, são interdependentes entre si e abrangem todo o organismo(13). Um método de avaliação postural foi descrito por Kendall para se determinar possíveis alterações da postura corporal. Os pacientes são posicionados em ortostatismo à frente de um espaço quadriculado e, com auxílio de um fio de prumo, a postura é avaliada. Em vista lateral o fio deverá ascender logo à frente do maléolo lateral; em vista anterior entre os maléolos mediais e na vista posterior entre os maléolos mediais. No indivíduo normal o fio passará pelas seguintes estruturas(13): Vista lateral: Ligeiramente anterior ao eixo da articulação do joelho Corpo das vértebras lombares Processo odontóide do axis Meato auditivo externo Vista anterior: Entre as articulações do joelho Através da sínfise púbica Sobre a cicatriz onfálica Sobre o processo xifóide Sobre a ponta do nariz Vista posterior: Entre as articulações dos joelhos Sobre a prega glútea Corpos vertebrais Processo espinhoso de C7 Quando se verifica desvio destas posições teremos então alterações da postura corporal. A globalidade do organismo humano faz com que a menor anomalia das estruturas de suporte leve a uma desarmonia postural. Segundo Souchard, 1986, uma tensão inicial nas cadeias musculares é responsável por uma sucessão de tensões associadas. Cada vez que um músculo se encurta, ele aproxima suas extremidades e desloca os ossos sobre os quais ele se insere, assim, as articulações se bloqueiam e o corpo se deforma. Portanto, todos os outros músculos que se inserem sobre esse osso, serão alterados pelo deslocamento que se propagará sobre outros ossos e músculos, e assim sucessivamente(24). Disfunção Temporomandibular: O termo disfução temporomandibular (DTM) é utilizado para reunir um grupo de doenças que acomete os músculos mastigatórios, ATM e estruturas adjacentes. É altamente debilitante e altera a perfeita realização de algumas funções essenciais como mastigar alimentos ou falar adequadamente. Sua incidência na população vem aumentando consideravelmente, principalmente entre as mulheres de meia idade, 80% dos pacientes (25). Um desequilíbrio entre a A.T.M., articulação alvéolo dentária e a oclusão, juntamente com a ação desequilibrada dos músculos mastigatórios, levam a esta disfunção miofascial (25). Pacientes com D.T.M. apresentam como principal sintoma dor miofascial associada com função mandibular alterada. A dor normalmente se localiza na área pré-auricular irradiando-se para a região temporal, frontal ou occipital. Pode apresentar-se como uma cefaléia, otalgia, zumbido no ouvido ou mesmo dor de dente(18). Acredita-se que o espasmo dos músculos da mastigação é o principal responsável pela sintomatologia dolorosa na DTM e pode ser desencadeado por distensão, contração ou fadiga muscular (25). Estes por sua vez, geralmente são causadas pela hiperatividade muscular, correspondendo a 80% da etiologia da DTM (15). A hiperatividade muscular possui como principal causa à prática de hábitos parafuncionais (bruxismo, onicofagia), sendo agravados e influenciados pelo estresse emocional(19). Disfunção da articulação temporomandibular e sua relação com a postura: Ao analisarmos a relação crânio-coluna cervical em norma lateral, pode-se notar que a maior parte do peso do crânio, seu centro de gravidade, descansa na região anterior da coluna cervical e nas articulações temporomandibulares. Sendo assim, sua posição ortostática é mantida por um complexo mecanismo muscular envolvendo músculos da cabeça, pescoço e cintura escapular. Devido a estas intimas relações, qualquer alteração em uma destas estruturas poderá levar a um desequilíbrio postural, não somente nestes locais, como também nas demais cadeias musculares do organismo (21). As complexas interações anatômicas e biomecânicas entre o sistema estomatognático e a área de cabeça e pescoço permitiram uma relação entre DTM e postura. Diversos estudos têm demonstrado que pacientes com DTM possuem alterações na posição da cabeça e ombros, bem como aumento da lordose cervical. Desvios no posicionamento da cabeça e ombros podem ocorrer como conseqüência de diferentes alterações, como anomalias podais ou mesmo distúrbios crânio-madibulares. Distúrbios do aparelho estomatognático, como a hiperatividade muscular por exemplo, levam a anteriorização cervico-escapular (3,16). A atividade aumentada da musculatura mastigatória interfere nos músculos chamados de contra apoio (esternocleidomastoideo, trapézio) levando ao encurtamento dos músculos posteriores do pescoço e alongamento dos anteriores, acarretando em uma projeção anterior do corpo, ultrapassando o quadrilátero de sustentação(3). Simultaneamente, a posição anterior da cabeça irá acarretar em distúrbios de posicionamento e funcionamento mandibular, levando a uma crescente tensão na musculatura mastigatória e, conseqüentemente, DTM(1,8,12, 20). A lordose cervical aumentada também é um sinal importante encontrado em pacientes com DTM(4,5,10,14,15,17). A explicação para a origem de tal alteração postural foi abordada em diversos estudos. Alguns trabalhos afirmam que ao realizar a anteriorização da cabeça , o olhar passa a ficar baixo e na tentativa de nivelar este olhar tornando-o funcional, ocorre o aumento da lordose cervical(11). Outros autores explicam que sendo os músculos da mastigação sinérgicos aos da cervical, um desequilíbrio entre eles, causa forças retrusivas na mandíbula, alterando o seu posicionamento de repouso e levando a hiperatividade muscular(5). Já o trabalho de Gillespie, em 1990, mostrou que o aumento da lordose cervical é conseqüência de um aumento na atividade dos músculos da mastigação, devido à alteração de tensão das estruturas associadas (músculos, fáscias e ligamentos)(10). Ainda com relação ao posicionamento da cabeça, estudos demonstraram que esta possui a tendência em ficar inclinada e/ou rodada para o lado da ATM que se esta sofrendo o processo doloroso(20). O posicionamento dos ombros também poderá ser alterado com o aumento da atividade muscular mastigatória(4,9,15,22). Observa-se o não nivelamento destes(4,9,15,22), podendo estar protuídos ou elevados do mesmo lado da ATM afetada(20). Isto ocorre já que a hiperatividade dos músculos da mastigação levam a hiperatividade da músculatura cervical, determinando assim a contração dos músculos responsáveis pela elevação e protusão dos ombros(16). Paralelamente a estes achados, alguns autores não encontraram uma relação significativa entre desnivelamento dos ombros e atividade muscular(26). DISCUSSÃO Ao analisar pacientes portadores de distúrbios da articulação temporomandibular verifica-se que estes possuem alterações importantes na postura corporal. Devido a estes achados e a complexa interação anatômica e biomecânica entre sistema estomatgnático e região de cabeça e pescoço, muitos estudos foram iniciados a fim de se discutir tais relações(4,5,9,10,14,15,16,17,20,22) . O posicionamento anteriorizado da cabeça em pacientes portadores de DTM é discutido em diversos trabalhos(1,3,8,12,16,20). Em todos estes estudos se verificou uma postura anterior da cabeça, à frente do centro de gravidade, confirmando a inter-relação entre postura corporal e distúrbios da articulação. Apesar das diferentes teorias para se explicar o aumento da lordose cervical aumentada em pacientes com DTM(5,10), todas elas concordam que tal alteração é um sinal importante e muito encontrado nos pacientes que sofrem de disfunção articular(4,5,10,14,15,17). Com relação à tendência de rotação e/ou inclinação da cabeça para o lado da ATM afetada(20), não foi encontrada na literatura consultada outros trabalhos que relatam esta característica. Com relação ao posicionamento dos ombros foi constatado o não nivelamento em diversos trabalhos(4,9,15,22), confirmando que a hiperatividade dos músculos da mastigação podem levar a contração dos músculos cervicais, alterando o posicionamento da cintura escapular(16). Apesar de os trabalhos de Zonnenberg (26) não encontrarem relação entre atividade aumentada dos músculos da mastigação e não nivelamento dos ombros, estudos realizados por Bienfat (2) relataram que o não nivelamento entre os ombros é resultado de um processo tardio de adaptação das estruturas corporais, tendo como etiologia a hiperatividade dos músculos da mastigação e lordose cervical aumentada CONCLUSÃO Diante dos estudos realizados na literatura consultada concluímos que o objetivo deste trabalho foi alcançado. Foi confirmado que existe uma intima relação entre DTM e alterações na postura corporal. Devido a esta inter-relação, pacientes portadores de tal doença articular, deverão apresentar também desvios posturais como anteriorização da cabeça, aumento da lordose cervical e não nivelamento entre os ombros (Quadro 1). Além destas verificações, podemos concluir a imperativa necessidade de se encarar o paciente com alterações da articulação temporomandibular como um todo. Este deverá passar não só por uma avaliação do aparelho estomatognático, realizado pelo cirurgião dentista, mas também, uma avaliação postural, realizado pelo ortopedista, para que juntos encontrem a solução para doença que acomete o paciente. escrito por:Daniela Vieira Amantéa; Ana Paula Novaes; Gabriel Denser Campolongo; Tarley Pessoa de Barros fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-78522004000300004&script=sci_arttext&tlng=pt

Deslocamento do disco da articulação têmporo-mandibular: US x RM

Deslocamento do disco da articulação têmporo-mandibular: US x RM Segundo estudo, a ultra-sonografia dinâmica realizada por especialistas fornece informações importantes sobre o deslocamento do disco da articulação têmporo-mandibular (ATM). Os pesquisadores afirmam que a ultra-sonografia é capaz de demonstrar o desarranjo interno e o deslocamento discal com ou sem redução. O desarranjo interno é definido como uma anomalia da posição do disco articular em relação ao côndilo mandibular e a eminência articular. O exame ultra-sonográfico da ATM direita e esquerda de 64 pacientes consecutivos foi realizado com a boca fechada e em abertura máxima, bem como durante a abertura e fechamento bucal. A orientação do feixe ultra-sonográfico foi baseada em um protocolo padronizado para obter imagens seccionais incluindo o compartimento ântero-superior da articulação em um planto frontal-sagital, afirmam os autores. Com o paciente em posição supina, o transdutor foi colocado ao longo do maior eixo do ramo mandibular sobre a ATM e o arco zigomático. De acordo com os autores, os pontos ósseos de referência – o côndilo mandibular e a eminência articular – foram visualizados como linhas hiperecogênicas. Foi possível identificar a amplitude de movimento do disco, com movimentos suaves da mandíbula do paciente. Eles ressaltam que a orientação do transdutor deve ser mantida durante o movimento para evitar alterações artificiais no aspecto do disco, em particular sua ecogenicidade. Na análise dos achados com a boca fechada, considerou-se a posição do disco normal quando a zona intermediária estava localizada entre o aspecto ântero-superior do côndilo e póstero-inferior da eminência articular. Os discos com a zona intermediária localizada anteriormente a essa posição foram considerados deslocados. Foram observados 87 casos de desarranjo interno. Utilizando a RM como o método padrão-ouro, a ultra-sonografia dinâmica diagnosticou corretamente o desarranjo interno em 93% dos casos, o deslocamento com redução em 82% e sem redução, em 83% dos pacientes. Conclui-se que a acurácia da interpretação prospectiva da ultra-sonografia de alta resolução do desarranjo interno, do deslocamento discal com redução e sem redução foi, respectivamente, de 95%, 92% e 90%. Referência R Emshoff et al. AJR 2002 June; 178:1557-1562 escrito por:Dra. Elisabete Almeida fonte:http://www.lincx.com.br/lincx/cientificos/medicos/buco_maxilo/deslocamento_disco.asp

Deslocamento do disco da articulação têmporo-mandibular: US x RM

Deslocamento do disco da articulação têmporo-mandibular: US x RM Segundo estudo, a ultra-sonografia dinâmica realizada por especialistas fornece informações importantes sobre o deslocamento do disco da articulação têmporo-mandibular (ATM). Os pesquisadores afirmam que a ultra-sonografia é capaz de demonstrar o desarranjo interno e o deslocamento discal com ou sem redução. O desarranjo interno é definido como uma anomalia da posição do disco articular em relação ao côndilo mandibular e a eminência articular. O exame ultra-sonográfico da ATM direita e esquerda de 64 pacientes consecutivos foi realizado com a boca fechada e em abertura máxima, bem como durante a abertura e fechamento bucal. A orientação do feixe ultra-sonográfico foi baseada em um protocolo padronizado para obter imagens seccionais incluindo o compartimento ântero-superior da articulação em um planto frontal-sagital, afirmam os autores. Com o paciente em posição supina, o transdutor foi colocado ao longo do maior eixo do ramo mandibular sobre a ATM e o arco zigomático. De acordo com os autores, os pontos ósseos de referência – o côndilo mandibular e a eminência articular – foram visualizados como linhas hiperecogênicas. Foi possível identificar a amplitude de movimento do disco, com movimentos suaves da mandíbula do paciente. Eles ressaltam que a orientação do transdutor deve ser mantida durante o movimento para evitar alterações artificiais no aspecto do disco, em particular sua ecogenicidade. Na análise dos achados com a boca fechada, considerou-se a posição do disco normal quando a zona intermediária estava localizada entre o aspecto ântero-superior do côndilo e póstero-inferior da eminência articular. Os discos com a zona intermediária localizada anteriormente a essa posição foram considerados deslocados. Foram observados 87 casos de desarranjo interno. Utilizando a RM como o método padrão-ouro, a ultra-sonografia dinâmica diagnosticou corretamente o desarranjo interno em 93% dos casos, o deslocamento com redução em 82% e sem redução, em 83% dos pacientes. Conclui-se que a acurácia da interpretação prospectiva da ultra-sonografia de alta resolução do desarranjo interno, do deslocamento discal com redução e sem redução foi, respectivamente, de 95%, 92% e 90%. Referência R Emshoff et al. AJR 2002 June; 178:1557-1562 escrito por:Dra. Elisabete Almeida fonte:http://www.lincx.com.br/lincx/cientificos/medicos/buco_maxilo/deslocamento_disco.asp

Distúrbio da ATM e Terapia Craniossacral

Distúrbio da ATM e Terapia Craniossacral " Mais um artigo enviado pela usuária do Portal "Aziza" ! Confiram... Disfunção ou Distúrbio da ATM ou Disfunção Temporo-Mandibular (DTM) é um termo usado para descrever vários sintomas que envolvem a ATM e as estruturas relacionadas a ela. Aproximadamente 60% da população mundial sofre de alguma disfunção nesta articulação. A ATM é a articulação mais usada do corpo humano, sendo responsável pela abertura e fechamento da boca durante a mastigação, fala e deglutição. Cada articulação temporomandibular é composta pelos ossos temporais e a mandíbula, e está localizada a alguns centímetros anterior aos ouvidos. Os sintomas que a disfunção temporomandibular pode apresentar são variados: dores na ATM, dor facial, dor ao redor do ouvido, dores de cabeça, sensação de ardência no nariz, garganta e língua, rigidez e inchaço na ATM, mastigação dolorida, estalos e crepitação ao fechar e abrir a boca, pressão e zumbido nos ouvidos, perda de audição, dores no pescoço e ombros, além de desordens emocionais como irritabilidade, depressão e estresse. Outro sinal que pode indicar uma disfunção na ATM é a amplitude da abertura da boca que deve ser de 3 dedos (4,5 cm) aproximadamente. Bruxismo (apertar e ranger os dentes) e problemas de oclusão ( mordida aberta, cruzada, desvio da linha mediana) também podem estar presentes na DTM. As causas gerais que podem provocar ou contribuir para a Disfunção na ATM podem ser: • Desequilíbrio do Sistema Craniossacral: posicionamento irregular dos ossos temporais, palato duro e osso esfenóide, devido à tensões e contrações dos músculos e ligamentos da mastigação, desalinhamento postural, má formação genética, traumatismo físico e emocional • Estresse físico, mental, e emocional • Nevralgia do trigêmio • Doenças degenerativas • Problemas dentários Por se tratar de causas tão variadas e interligadas, o tratamento holístico da DTM deve incluir as terapias corporais, psicoterapias e terapias alternativas no trabalho conjunto com a medicina alopática e a odontologia para a obtenção de um resultado positivo duradouro. A Terapia Craniossacral atua no funcionamento do Sistema Craniossacral através de manipulações não-invasivas dos ossos cranianos e sistema miofascial, encorajando uma oclusão balanceada e um melhor posicionamento dos dentes. Promovendo também um profundo relaxamento e equilibrando o Sistema Nervoso, auxilia na redução do estresse e problemas psicossomáticos que estão causando ou agravando a DTM. O tratamento craniossacral deve ser feito anteriormente à intervenção ortodôntica, porque produz uma mudança no sistema mastigatório que pode reduzir o tempo de uso dos aparelhos ortodônticos e até eliminar a necessidade de cirurgia dependendo do caso. A Terapia de Integração Craniossacral considera que a DTM faz parte da totalidade do paciente e é esta complexidade que deve ser avaliada e tratada. Escrito por: Aziza(Dra. Lurica Noguchi) Fonte: http://www.integracranio.com.br

Fisioterapia e Odontologia no Tratamento das DTMs

Fisioterapia e Odontologia no Tratamento das DTMs Atualmente fala-se muito no tratamento efetuado por uma equipe multidisciplinar. No tema em questão, a Fisioterapia como a Odontologia unem-se para uma melhor resposta aos males da ATM. A articulação temporomandibular constitui um órgão dinâmico formado por um grande número de estruturas internas e externas, que não deve ser tratado isoladamente em relação a oclusão e ao resto do organismo. Esta articulação é uma das mais especializadas e diferenciadas do organismo porque é capaz de realizar movimentos complexos e está relacionada praticamente com todos as funções do aparelho estomatognático. A mastigação, deglutição, fonação e postura dependem muito da função, saúde e estabilidade da articulação temporomandibular 06. A prevalência dos distúrbios temporomandibulares em humanos não foi precisamente medida e permanece desconhecida, embora as queixas ou observações de dor facial, padrões alterados de movimento mandibular e ruído articular (crepitação ou estalido) sejam citados por diversos autores como freqüentes. Para se diagnosticar problemas com relação ATM/músculos O antigo procedimento: história do paciente, exame clínico e avaliação radiográfica, continua sendo o melhor método de diagnóstico 09.Com a história e o exame clínico freqüentemente encontramos as mais variadas queixas como dor facial ou cervical, movimentos mandibulares limitados, sons na ATM, sensações anormais na oclusão e na cavidade oral, e as vezes ainda, alterações da audição, equilíbrio, visão ou mesmo queixa de mal estar podem ser relatadas 09. Fatores que induzem estes sintomas incluem estresse, bruxismo (cerrar os dentes durante a noite), maloclusão durante a mastigação, bocejar, mordida brusca de substância dura e trauma. Adicionalmente fatores relacionados com tratamento dentário tais como abertura bucal prolongada, ajustes oclusais e restaurações com coroa ou próteses podem estar envolvidos. Em muitos casos, entretanto, fatores que induzem problemas na ATM permanecem desconhecidos 09. Para se ter certeza do diagnóstico de disfunção temporomandibular o máximo de dados bem como sinais e sintomas relatados são reunidos para se determinar se trata de alteração da ATM, do músculo ou ambos 09. As causas mais comuns das disfunções temporomandibulares são distúrbios musculares, que comumente são referidos como dor e disfunção miofascial. Estes distúrbios musculares em geral são bem tratados com uma variedade de métodos de tratamento não cirúrgico reversíveis para redução da dor e do desconforto, da inflamação nos músculos e articulação e a melhora da função mandibular 09. Onde a fisioterapia desenvolve um papel de grande importancia no alívio dessas condições musculares. Em alguns poucos casos , tais como a anquilose ou a degeneração articular avançada, o tratamento cirúrgico pode representar o curso inicial preferido da terapia, todavia, na maioria dos casos incluindo a dor e disfunção miofascial os distúrbios de deslocamento de disco, e as alterações articulares degenerativas e sistêmicas, uma fase não cirúrgica de tratamento pode proporcionar redução significativa da dor e melhoria da função 09. Entre as modalidades de tratamento recomendadas encontramos: - medicamentos e restrição da dieta - fisioterapia - modificações de comportamento (aconselhamento, hipnose e meditação) - tratamento com férula oclusal - correção de interferências oclusais (contatos prematuros) - tratamento cirúrgico (em um primeiro momento nunca é indicado para tratamento de disfunção) 01. A Fisioterapia com a utilização de técnicas massoterápicas, cinesioterápicas, crioterápicas, eletroterápicas, propõe-se um tratamento em conjunto multidisciplinar com a Odontologia, proporcionando um alívio das condições sintomatológicas do paciente, buscando restabelecer a função normal do aparelho estomatognático do paciente.. Dentre as formas de tratamento realizadas pela Fisioterapia no tratamento da disfunção temporomandibular, destacamos: ¨ Massoterapia A massagem é uma das formas mais antigas no tratamento das doenças humanas. Há séculos vem sendo referida na história, literatura e arte, assim como na medicina. Muitas recomendações foram feitas sobre sua eficácia no auxílio dos tratamentos de várias alterações e pessoas com diversas qualificações têm prescrito e realizado amassagem. 10 Contudo a massoterapia não pode ser a única forma de tratamento empregada pelo fisioterapêuta. A massoterapia não visa o tratamento específico de um órgão, mas sim do todo. Contudo a utilização da massagem, local ou adjacente, provavelmente trará alívio da dor, diminuindo possível contraturas ou hipertonias musculares. A utilização de técnicas de relaxamento através de um deslizamento superficial da região em questão, sem esquecer de se respeitar os limites fisiológicos do paciente, pois irá diminuir o espasmo protetor desta região, com isso, trará um alívio da dor. Além do intuito de relaxar a musculatura da ATM, a massoterapia utiliza-se da fricção leve, para proporcionar um aumento na produção de líquido sinovial assim, uma melhora no deslizamento do côndilo mandibular na fossa mandibular do osso temporal. ¨ Cinesioterapia O tratamento cinesioterápico tem por finalidade alongar e fortalecer a musculatura em questão. Através da utilização de FNP (Facilitação neuro-muscular propioceptiva). Utiliza-se da tração manual da coluna cervical, para posicionar a mandíbula em seu eixo normal de movimento obtendo assim, o alívio da dor. ¨ Crioterapia A utilização da crioterapia (gelo), numa fase aguda, talvez traga muitas controvérsias, devido a proximidade da ATM com o meato acústico externo. Seguindo-se com cautela não existe nenhum impecilho para que se utilize desta técnica. Os efeitos fisiológicos da crioterapia podem ser resumidos em seis categorias 10. - Efeito circulatórios (diminuem ou aumentam). - Decréscimo da dor. - Diminuição do espasmo muscular. - Diminuição do metabolismo. - Efeitos inflamatórios (diminuem ou aumentam). - Aumento da rigidez do tecido. Os efeitos de diminuição da dor, espasmo muscular, metabolismo e inflamação parecem ser aceitos universalmente, mesmo não sendo estes mecanismos, muito bem explicados. Eletroterapia A utilização de correntes elétricas com a finalidade de analgesia, aumento da capacidade de regeneração,aumento da circulação local, aumento da atividade anti-séptica. Através da aplicação de radiação Laser, TENS, na região da ATM, consequentemente melhora na função da articulação. ¨ Laser A radiação laser para se fazer produtiva no corpo humano, necessita que a mesma sofra integração com as células dos tecidos irradiados. A aplicação de laser no processo de cicatrização de feridas se da através do aumento de fibroblastos, fibras colágenas, inclusive um acréscimo de corpúsculos intracelulares do tipo lisossoma e vesículas intracelulares. Após a irradiação e absorção deste tipo de energia pelos tecidos estudos observaram transformação imediata em outro tipo de energia ou efeito biológico. Dividindo-se didaticamente em : efeitos primários, secundários e terapêuticos. os efeitos secundários e terapêuticos . Os efeitos secundários são : Estímulo à microcirculação e estímulo ao trofismo celular. Estímulo à microcirculação consiste na ação da radiação sobre os "esfíncteres pré-capilares". Provavelmente devido a liberação da histamina pela radiação laser, os esfíncteres pré-capilares sofrem paralisia e com o fluxo sangüíneo aumenta.Estímulo ao trofismo celular, devido ao aumento da produção de ATP, a velocidade da reprodução celular aumenta,com isto, aumenta o poder de regeneração de áreas lesadas. Os efeitos terapêuticos são : efeito analgésico, efeito anti-inflamatório, efeito antiedematoso e efeito cicatrizante. Efeito analgésico, a primeira etapa do tratamento consiste no alívio da dor, sendo o efeito buscado pelo terapeuta. Através da redução da inflamação, interferindo na mensagem elétrica durante o impulso doloroso ou ainda agindo direto na liberação de b-endorfinas. Efeito anti-inflamatório apresenta-se na interferência na síntese de prostagladinas e na estimulação damicrocirculação. Os efeitos antiedematoso e o efeito cicatrizante são semelhantes aos efeitos secundários da radiação laser. ¨ TENS (Estimulação Nervosa Trans-cutânea) - Convencional. E talvez a principal corrente utilizada o TENS, para analgesia da articulação através de impulsos elétricos que bloqueiam a dor. Estudos tem comprovado que a estimulação elétrica transcutânea é uma técnica confiável e pode adotada no tratamento de qualquer sintomatologia dolorosa desde que o profissional possua o embasamento teórico do mecanismo de ação neurofisiológica. Da mesma forma que existe uma gama enorme de modalidades de tratamento, há também uma série casos que se diferenciam entre si, onde cada um merece uma forma peculiar de tratamento; o que torna cada vez mais necessário a integração dos profissionais competentes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 01. ASCH, M. M. et al. Oclusão. São Paulo: Pancast, 1998. 195p. 02. GARDINER, D. M. Manual de terapia por exercícios. 4 ed. São Paulo: Santos, 1998. 274 p. 03. GOULD, J. A. Fisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte. São Paulo: Manole, 1993. p.569-588. 04 KISNER, C. & COBLEY, L.. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 2 ed. São Paulo : Manole, 1992. p. 505-510. 05. MINORU, A. Disfunção Temporomandibular. ATM: diagnóstico e tratamento. São Paulo: Santos, 1995. 46p. 06. MOLINA, O. F. Fisiopatologia Craniomandibular. Oclusão e ATM. São Paulo: Pancast, 1989. 595p. 07. PAIVA, G. IN: COLOMBINI, N. E. P. Cirurgia Maxilofacial. Cirurgia do terço inferior da face. São Paulo: Pancast, 1991. 803p. 08. RODRIGUES, E. M. & Guimarães, C. Manual de Recursos terapêuticos. Rio de Janeiro: Revinter, 1998. p. 17-35. 09. TUCKER, M. R. & DOLWICK, M. F. IN: PETERSON, L. J. et al. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. 702p. 10. WOOD, Elizabeth C. & BECKER, Paul D. Massagem de beard. 3 ed., : São Paulo: Manole, 1990. p.03. escrito por:Juliano Márcio Oliveira Graduando de Fisioterapia (UNIVALI – ITAJAÍ- S.C.) Marcus Woltmann Graduando de Odontologia (UNIVALI – ITAJAÍ – S.C.) fonte:http://www.odontogeral.hpg.ig.com.br/fisioterapianasdtm.html

Avaliação fisioterapêutica dos sistemas mastigatório e respiratório ...

Avaliação fisioterapêutica dos sistemas mastigatório e respiratório ... Síndrome Otodental1, também chamada Otodentodisplasia2, Displasia Otodental3 e Globodontia4, foi citada como um tipo de displasia ectodérmica, com uma herança autossômica dominante de expressividade variável2. Alguns autores1,5,6 descrevem as coroas dos caninos e dentes posteriores alargadas, bulbosas e malformadas, com múltiplos lóbulos proeminentes. A relação entre cúspides e as principais fissuras entre os dentes são eliminadas (por isso, o uso do termo globodontia)1. Os dentes pré-molares são freqüentemente ausentes ou pequenos e ocorre, freqüentemente, erupção tardia com má-formação dos dentes posteriores decíduos e permanentes, além da perda da audição a altas freqüências1,2,3,4,6,7. As alterações na dentição decídua são mais intensas, acarretando alterações faciais como anteversão das narinas, face alongada, um longo filtrum, bochechas protuberantes, mordida aberta anterior e contração dos músculos orbiculares e mentoniano na tentativa de fechar a boca, esta dificuldade muitas vezes leva o indivíduo a adotar uma mudança no padrão respiratório, a fim de facilitar as trocas gasosas, passando a utilizar assim, a respiração bucal4,6,8. Para facilitar a passagem do ar pela cavidade oral é necessário o aumento do espaço funcional interoclusal. Para isto o indivíduo respirador bucal realiza o abaixamento mandibular e a extensão da cabeça prejudicando seu campo visual e, como compensação, ocorre a flexão cervical9. Estas sucessivas mudanças provocam desequilíbrios em todo sistema estomatognático, alterando a postura de repouso e as funções mastigação, fala e deglutição9. Os respiradores bucais apresentam alterações no sistema estomatognático, que se manifestam na conformação e estrutura dos órgãos, fazendo com que o corpo saia de seu eixo, se estas alterações não forem detectadas a tempo, poderão transformar-se em deformidades esqueléticas degenerativas, provocando graves conseqüências10. Este estudo tem por objetivo detectar possíveis alterações nos sistemas mastigatório, respiratório e na postura de um portador da Síndrome Otodental, e desta forma contribuir para o conhecimento científico sobre esta patologia. METODOLOGIA A metodologia a seguir foi submetida à avaliação e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Araraquara (protocolo nº 252/2004). Foi realizada, na Clínica de Fisioterapia do Centro Universitário de Araraquara, a avaliação fisioterapêutica de uma criança, 10 anos de idade, sexo feminino, portadora da Síndrome Otodental. A avaliação foi realizada por um único examinador, previamente treinado. A ficha de avaliação elaborada para este estudo foi dividida em anamnese e exame físico. Na anamnese foram colhidas informações sobre problemas respiratórios e alterações do sistema mastigatório como dor na articulação temporomandibular ou músculos mastigatórios, dores de cabeça e dificuldades na mastigação. No exame físico foram realizadas inspeção geral da face, pescoço e tórax, avaliação postural, investigação do tônus dos músculos mastigatórios e respiratórios, avaliação da amplitude da articulação temporomandibular e cirtometria toracoabdominal. Todas as medidas foram realizadas três vezes, sendo considerada a média aritmética dos valores obtidos. Na avaliação postural foram investigados a postura da cabeça e coluna cervical, posição de ombros e pelve e alterações das curvaturas da coluna. Na inspeção das características faciais foram observados a fisionomia, formato e altura da face, tônus muscular e assimetrias, e ainda, o padrão respiratório e o tipo de tórax12. A palpação dos músculos acessórios da respiração12 e dos músculos masseter e temporal11 foi realizada com o objetivo de determinar o tônus e a presença de dor muscular, e foi mensurada a amplitude dos movimentos da articulação temporomandibular com o auxílio de um paquímetro da marca Vonder11. A determinação do tônus dos músculos intercostais e diafragma foram realizados e graduados segundo parâmetros e escala pré-determinada12. A cirtometria toracoabdominal foi realizada utilizando-se uma fita métrica nos níveis axilar, xifoideano e abdominal (cicatriz umbilical), sendo o diâmetro da caixa torácica mensurado no repouso respiratório e ao final da inspiração e expiração máximas12. Para garantir a confiabilidade dos valores obtidos, todas as medidas foram realizadas duas vezes, utilizando-se a média dos valores obtidos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Através dos dados colhidos na anamnese foi relatada perda gradual da audição detectada em avaliação otorrinolaringológica, o que representa um achado comum já descrito em outros estudos1,2,3,4,6,7, além doatraso na erupção dentária primária e secundária2,4,6. A voluntária relatou ainda ser portadora de alterações respiratórias como rinite alérgica e dificuldade na respiração nasal noturna. Sobre presença de hábitos parafuncionais do sistema mastigatório foram relatados roer unhas, morder tampas de caneta e apoiar o queixo na mão. À inspeção e nos registros fotográficos foi observada fisionomia inexpressiva, face alongada, anteversão das narinas, longo filtrum, lábio superior hipotônico, bochechas flácidas e hiperatividade do músculo mentoniano ao cerramento labial, características estas, encontradas em outros indivíduos portadores da Síndrome Otodental4 como também em respiradores bucais8,9,13. Foram encontradas ainda características posturais coincidentes com as encontradas em respiradores bucais, já citadas na literatura10,13 como a anteriorização da cabeça com retificação de coluna cervical, protrusão dos ombros, protrusão abdominal e hiperlordose lombar com anteversão pélvica. A cirtometria tóraco-abdominal evidenciou uma maior mobilidade da região axilar, o que infere o padrão apical da respiração, não sendo, no entanto, encontradas alteração do tórax, anormalidades à palpação dos músculos acessórios da respiração, nem dos músculos intercostais e diafragma que foram classificados como "bons"12. Não foram encontradas alterações do tônus dos músculos masseter e temporal à palpação, o que contradiz alguns achados da literatura sobre respiradores bucais13, nem restrição da amplitude mandibular. Foi encontrado apenas aumento da sensibilidade dolorosa bilateral do músculo masseter, possivelmente devido à presença dos hábitos parafuncionais10. Apesar de não terem sido encontrados sinais ou sintomas de desordens temporomandibulares, os hábitos parafuncionais são importantes fatores etiológicos de tais condições, podendo colaborar para o desenvolvimento das mesmas. Os achados das características faciais e postura da voluntária são comuns aos de portadores de respiração bucal 8,10, sugerindo um desenvolvimento de alterações respiratórias secundárias à Síndrome Otodental. A relação encontrada entre as alterações dentárias associada a desvios posturais e respiração bucal requerem diagnóstico e intervenção precoce, objetivando minimizar suas conseqüências. Contudo, maiores estudos deverão ser realizados para garantir a confiabilidade dos achados em portadores de síndrome Otodental. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Gorlin RJ, Cohen MMJr, Hennekan RCM. Syndromes of Head and Neck. 3ª ed. Ed. New York: Oxford University Press; 2001 p. 859-77. 2. Levin LS, Jorgenson RJ. Familial otodentodysplasia: A "new" syndrome. Am. J. Human Genetic 1972 Philadelphia p. 61 a. 3. Jorgenson RJ, Marsh SJ, Farrigton FH. Otodental dysplasia. Birth Defects 1975; 11: 115-9. 4. Witkop CJJr. Globodontia in the otodental syndrome. Oral Path 1976; 41: 472-83. 5. Toledo AO, Bausells HII, Vono RMG, Rocca RA. Anomalia dental múltipla em três irmãos: Caso clínico. Rev. Fac. Farm. Odont. Araraquara 1971; 5: 207-14. 6. Santos-Pinto L, Oviedo MDO, Santos-Pinto A, Iost HI, Seale NS, Reddy AK. Otodental syndrome: three familial case reports. Pediat. Dent 1998; 20(3): 208-11. 7. Cook RA, Cox JR, Jorgenson RJ. Otodental dysplasia: a five year study. Ear Hear 1981; 2: 90-94. 8. Aragão W. Respirador bucal. J. Ped. Boston 1998; 64(8): 349-52. 9. Felício CM.Fonoaudiologia Aplicada a Casos Odontológicos. Ed. Pancast; 1999. p. 40-46. 10. Marins RS. Síndrome do respirador bucal e modificação posturais em crianças e adolescentes: a importância da fisioterápica na equipe multidisciplinar.Fisio. em mov 2001; 14(1): p. 45-52. 11. Okeson JP. Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. 4ºed. São Paulo: Artes médicas; 2000. p. 190-200. 12. Costa D. Fisioterapia Respiratória Básica. São Paulo. Ed. Manole; 1999 p. 28-35. 13. Bianchini EMG. A cefalometria nas alterações miofuncionais orais: diagnóstico e tratamento fonoaudiológico. Pró-Fono São Paulo 1993; p. 27-28. escrito por:Silva FB; Sampaio LMM; Carrascosa AC fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552006000100018&lng=es&nrm=&tlng=pt

Posturas Assimétricas Como Recurso Para Orientação Mastigatória

Posturas Assimétricas Como Recurso Para Orientação Mastigatória O objetivo deste trabalho foi, por meio de experiência prática, demonstrar a eficácia de um recurso para auxiliar a orientação mastigatória com base na relação existente entre a função mastigatória e a postura corporal. Participaram 45 indivíduos adultos de ambos os sexos, os quais foram submetidos a posturas assimétricas durante o ato mastigatório. A experiência demonstrou que uma mudança na postura vai acarretar alteração no lado de trabalho mastigatório. INTRODUÇÃO Uma alimentação correta é a base para o crescimento e desenvolvimento do ser humano (MORALES, 1999). A mastigação é considerada por muitos autores como a principal função do Sistema Estomatognático. O estímulo provocado pela função mastigatória contribui para o desenvolvimento das estruturas faciais (PLANAS, 1988; MOLINA, 1989; ENLOW, 1993) e conseqüentemente para o estabelecimento de padrões corretos das demais funções estomatognáticas. O ato mastigatório exige importantes movimentos dissociados de língua, lábios e mandíbula que preparam a musculatura orofacial para a fonoarticulação propiciando o desenvolvimento dos movimentos refinados da fala. Um distúrbio em uma parte do complexo oro-facial manifesta-se não apenas no local, mas perturba o equilíbrio de todo o sistema orgânico. A observação clínica mostra que uma postura patológica ou defeituosa da cintura pélvica influi na posição da mandíbula, podendo causar assim problemas fonoarticulatórios (MORALES,1999). As funções das estruturas deste sistema estão intimamente envolvidas e mantém uma relação direta com a postura de cabeça, cintura escapular, que por sua vez tem uma estreita relação com a cintura pélvica e os pés. Em pesquisas realizadas em uma população jovem foram verificados movimentos sincronizados de cabeça durante mastigação unilateral, bem como alterações posturais no sentido frontal (escoliose), demonstrando associação dos movimentos repetidos com os desvios posturais (LEFÈVRE, 2003; SAMPAIO, 2003). Este artigo descreve um trabalho prático realizado com indivíduos adultos utilizando posturas assimétricas com o objetivo de experimentar as variações da função mastigatória. Justifica-se esse trabalho como a busca de um recurso alternativo que facilite a orientação mastigatória. O objetivo foi apresentar esse recurso testado por nós que se mostrou eficiente como método e eficaz como resultado, aos colegas fonoaudiólogos, dentistas e fisioterapeutas que trabalham na orientação mastigatória e postural. MASTIGAÇÃO E POSTURA Postura é, segundo Lehmkuhl & Smith (1989), uma posição ou atitude do corpo, o arranjo relativo das partes corporais para uma atividade específica, ou uma maneira característica de uma pessoa sustentar seu corpo. Utilizada para realizar atividades com o menor gasto de energia, prepara o indivíduo para a realização de um movimento, bem como promove a sustentação durante o mesmo. Segundo Castillo Morales o movimento, por sua vez, não deve ser considerado como uma simples função motora isolada, mas como a inter-relação motora dos processos segmentários coordenados, os quais se desenvolvem e se manifestam em seqüência tendo como fim essencial a percepção de si mesmo (esquema corporal), do meio e do vínculo entre ambos. Os engramas motores se produzem pela experiência com variabilidade e funcionalidade. A mandíbula é formada por dois segmentos embrionários que correspondem às vias de recepção neural, enquanto a maxila recebe informações por três diferentes vias. O sistema mastigatório só é posto em funcionamento durante o ato da mastigação que se realiza unilateral e alternadamente promovendo a recepção neural através dos dentes da hemiarcada direita ou esquerda, de acordo com o lado que se mastiga. Neste ato alternam-se os movimentos de lateralidade, os quais correspondem ao deslizamento da parte superior da articulação têmporo-mandibular (ATM) no lado de balanceio e uma fricção oclusal mais potente no lado de trabalho Para que haja estímulo adequado, a mastigação deve ser bilateral e alternada, o que corresponde a uma harmonia funcional. Por volta de quatro anos de idade a criança já deverá ter um ciclo mastigatório, com movimentos alternados para a direita e a esquerda (PLANAS, 1988). O Sistema Estomatognático realiza uma série de funções que se relacionam com o restante do organismo sendo dependente não só das estruturas topograficamente envolvidas mantendo estreita relação com o posicionamento da cabeça. Os músculos que ligam a cabeça à cintura escapular formam uma cadeia cinemática fechada. Quando um deles é acionado, os demais sofrem adaptações. A modificação do posicionamento de uma das estruturas acarretará alteração no posicionamento das demais, sendo a função mastigatória dependente da postura da cabeça (Brodie, 1950; Solow & Tallgreen, 1976; Segóvia, 1977; Rocabado, 1979; Huggare & RAUSTIA, 1992; Gelb, 1994; Scnhinestsck, 1997; Bernkopf et al., 1997-1998; Bricot, 1999; Manheimer, 2001; Douglas, 2002). BRICOT (1999) afirma que os ciclos mastigatórios devem ser equilibrados, sendo a mastigação unilateral fonte de desequilíbrio sobre os músculos do pescoço e das cadeias musculares anteriores. O desequilíbrio induzido por uma disfunção mastigatória descompensa o sistema tônico postural e o desequilíbrio deste também perturba o aparelho mastigatório. “A adaptação do sistema manducatório sobre o pé foi demonstrada experimentalmente (Toubol e Perez): uma modificação do apoio no chão, mesmo mínimo, modifica o ciclo mastigatório de um indivíduo, sua correção também.” BRODIE (1950) relaciona os elementos do crânio até a cintura escapular em um esquema modificado por MORALES (1999) que incluiu as assimetrias corporais acompanhadas das funções, considerando que “em função estamos sempre em assimetria”. Para que as atividades funcionais estejam coordenadas à motricidade, deve-se ter em conta as relações sensoriais - percepções individuais. São as percepções que ordenam a integração das posturas funcionais. As informações das atividades sensório-motoras chegam até o indivíduo e se cruzam em diagonais na região dorso-lombar, mais especificamente na região das duas primeiras vértebras lombares (L1 e L2), onde há maior concentração de neurônios que informam atividade de membros inferiores em relação a membros superiores. Em uma vista frontal, o corpo descreve dois triângulos que se cruzam nesta região (Figura 1) e cujas bases são representadas pelas extremidades superiores (mãos) e inferiores (pés). Os vértices de ambos os triângulos se unem na região dorso-lombar, centro de informação e encontro funcional (MORALES, 1999). Muitas vezes, quando se trata uma determinada parte do corpo, pode-se estar dando origem a desvios e “stress” postural em outra região. É necessário, portanto, que os profissionais da saúde se dediquem a conhecer, não só o funcionamento de um determinado sistema, mas também seus relacionamentos com os demais sistemas do organismo. MORALES (1999) propõe uma terapia corporal e de regulação orofacial para indivíduos com patologias centrais e periféricas, podendo ser também aplicado a indivíduos sem estas alterações. Considera o ser humano como único e exclusivo e elabora o plano terapêutico de acordo com cada indivíduo considerando que o resultado orofacial só é obtido se trabalharmos a postura corporal. Partindo dessa premissa buscou-se nessa experiência posturas que pudessem alterar o padrão mastigatório. MATERIAL E MÉTODO Sujeitos Essa experiência foi realizada com um grupo de 45 indivíduos adultos, de ambos os sexos, sem conhecimento prévio a respeito do assunto descrito nesse artigo. Os indivíduos foram selecionados aleatoriamente independente do tipo de oclusão, da existência ou não de alterações funcionais ou posturais. Local A experiência foi realizada durante o evento “POSTURA – Equilíbrio do Homem” promovido pelo Núcleo Multidisciplinar de Saúde Corporal do SESC Consolação, no dia 19 de Outubro de 2000. Materiais · Cadeira tipo “universitária” · Pão de queijo caseiro · Colchonetes Procedimentos Primeira Fase Foi aplicada uma técnica de relaxamento induzido, com os indivíduos deitados nos colchonetes em decúbito dorsal, por meio de exercícios ideoplásicos com o objetivo de eliminar as possíveis tensões decorrentes do dia. Segunda Fase Foi oferecido aos participantes pães de queijo para que mastigassem na posição sentada habitual (ortostática individual – sem correção prévia), observando e anotando a maneira como cada um mastigava. Terceira Fase A experiência foi repetida com os participantes em pé na posição habitual (ortostática - sem correção). Após observação e anotação individual, os participantes comentaram com o grupo suas percepções a respeito da mastigação. Quarta Fase Foi solicitado aos participantes que mastigassem em quatro diferentes posturas assimétricas (Figuras 2 e 3): · elevando um dos membros inferiores apoiando o pé sobre a grade inferior de uma cadeira tipo “universitária”; · elevando o outro membro inferior da mesma maneira; · sentados com uma das pernas dobrada sob o ísquio do lado contrário; · sentados com a outra perna dobrada sob o ísquio oposto. Novamente o grupo comentou suas observações que foram anotadas. RESULTADOS Independentemente da existência de alterações oclusais, posturais e ou funcionais, os indivíduos foram capazes de identificar e descrever alterações nos padrões mastigatórios. Nas observações iniciais, alguns indivíduos foram capazes de identificar um lado como sendo o predominante durante a mastigação. Após alterarmos as posturas habituais para posturas assimétricas a observação geral foi que, independentemente da existência anterior de um lado predominante na mastigação, a elevação de uma das pernas modificava imediatamente o lado de trabalho. Quando a postura assimétrica era feita com os indivíduos sentados, o corpo flexionava em direção a um dos lados, modificando novamente o lado de trabalho. DISCUSSÃO Existe uma relação muito estreita entre a coluna cervical, a postura da cabeça, a posição do tronco e dos pés. Sempre que houver uma mudança de postura da cabeça, mecanismos compensatórios serão ativados por todo o corpo, buscando a manutenção dos planos bipupilar e coclear. A musculatura do Sistema Estomatognático está diretamente ligada a manutenção da postura, portanto qualquer fator influirá na relação crânio-cervical, desencadeando mecanismos compensatórios. A avaliação da estabilidade postural do paciente é um fator importante no diagnóstico de transtornos crânio-mandibulares, tanto em crianças como em adultos. Estas informações são essenciais para o diagnóstico do caso e tornam evidente a necessidade de um trabalho coordenado entre dentistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e médicos (transdisciplinar). Os desvios posturais são quadros patológicos freqüentes. É comum que passem desapercebidos pela capacidade interpretativa e terapêutica de profissionais da Odontologia ou Fonoaudiologia. O trabalho transdisciplinar surgiu da necessidade de se buscar uma mesma linguagem entre profissionais da área de saúde para que se possa avaliar o paciente a partir das mesmas premissas, com o objetivo de se conhecer um pouco o trabalho do outro, a fim de detectar distúrbios que não sejam de sua área específica. As posturas assimétricas podem ser utilizadas para auxiliar o trabalho de adequação da mastigação em indivíduos com alterações oclusais ou funcionais.Foi demonstrado que é possível se trabalhar a função mastigatória, mesmo quando não houve correção da forma. A orientação mastigatória é uma das formas mais utilizadas para a prevenção e ou correção dos desvios oclusais e funcionais. Apesar disso, nem sempre é possível ao paciente executar uma mastigação adequada, devido a alterações oclusais e posturais.O padrão mastigatório é determinado não pela vontade do indivíduo mas por padrões neuromusculares e biomecânicos em resposta as condições morfológicas e funcionais individuais, sendo a postura corporal um dos fatores a ser considerado. Segundo YAMABE et al. (1999) investigar a mudança de postura mandibular a partir de outra perspectiva pode oferecer informações a cerca de posturas corporais que facilitem a mastigação. Com o emprego das posturas assimétricas preconizadas por MORALES (1999) aumentam, substancialmente, as possibilidades de sucesso. É importante observar a postura para se iniciar ou finalizar um tratamento seja ele, Fonoaudiológico, Ortopédico Funcional ou Ortodôntico. CONCLUSÕES A adoção de posturas assimétricas mostrou-se eficaz como recurso para a alteração do lado da mastigação nos indivíduos testados · A mudança de postura corporal pode inverter o lado de trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERNKOPF, E., BROIA, V., BERTARINI A. M. Diagnóstico Gnatológico por Malposiciones de la Columna Vertebral. In J. de Clínica en Odontologia, 1-21-28 –1997/1998. Bricot, b. Posturologia. São Paulo: Ícone Editora, 1999. BRODIE, A.G. Anatomy and Physiology of Head and Neck Musculature. In American Journal Orthod., 36:831-40,1950. CASTILLO MORALES, R. Terapia de Regulação Orofacial. São Paulo: Mnemon, 1999. ______. Conceito Castillo Morales. 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Fonte:http://www.respiremelhor.com.br/detartigo.php?id=684

Hidroterapia nas Disfunções Cárdio-Pulmonares

Hidroterapia nas Disfunções Cárdio-Pulmonares A Hidroterapia é um recurso fisioterapêutico que tem sido cada vez mais utilizado na área Médica... Introdução: A Hidroterapia é um recurso fisioterapêutico que tem sido cada vez mais utilizado na área Médica, como um recurso a mais para se obter uma recuperação mais rápida e melhor dos pacientes. Dentre as diversas especialidades Médicas, a Cardiologia e a Pneumologia são áreas onde a Hidroterapia como recurso coadjuvante de tratamento é ainda pouco difundida. Vantagens da Hidroterapia na Disfunções Cárdio-Pulmonares: Aumento do retorno venoso e do débito cardíaco; Diminuição da dor; Aplicação de força externa sobre todo o tórax; Melhora da flexibilidade; Melhora a capacidade respiratória; Trabalho de força dos músculos respiratórios; Melhora da resistência cardiovascular, melhora da oxigenação sanguínea e da circulação como um todo (inclusive a coronariana); Melhora da capacidade aeróbica; Relaxamento muscular; Diminuição da ansiedade (fator desencadeante da asma); Melhora da higiene brônquica; Promove aumento da autoconfiança, prevenindo ausência do trabalho e depressão pela inatividade; Melhora a sociabilidade. Tipos de pacientes indicados para Hidroterapia: Portadores de DPOC´s; Portadores de Fibrose Cística; Portadores de Coronariopatias; Portadores de Hipertensão Arterial controlada; Portadores de Cardiopatias; Portadores de Valvopatias. No caso especial da Asma, a Hidroterapia pode ser um grande coadjuvante no seu tratamento, mesmo na Asma induzida pelo exercício. São numerosas as causas de Asma induzida pelo exercício, como o ar frio, a baixa concentração de CO2, a alcalose respiratória e, especialmente, a intensidade e duração do exercício. Hoje a atenção está voltada para o resfriamento e ressecamento do trato respiratório, que ocorre quando grandes volumes de ar seco são inalados durante o exercício. Portanto o ambiente úmido da piscina terapêutica é bastante propício para a realização de exercícios físicos para pacientes portadores de Asma, pois permite a inalação de um volume de ar bastante umidificado. Fonte:http://www.corporesanu.com.br/terapias/hidroterapia.htm

O PAPEL DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DA INSTABILIDADE E QUEDAS EM IDOSOS

O PAPEL DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DA INSTABILIDADE E QUEDAS EM IDOSOS INTRODUÇÃO Sabemos que o envelhecimento traz várias alterações anatômicas e fisiológicas, e que estas alterações que tornam o paciente idoso mais frágil, desta forma ele estará mais propenso a sofrer quedas. A fisioterapia preventiva, ajuda para que estes pacientes consigam superar as constantes ameaças ao seu equilíbrio, não só melhorando suas capacidades funcionais como também lhes conscientizando de suas limitações, e sugerir algumas alterações em seus lares para lhes conferirem maior segurança, para que não venham a sofrer uma queda. A proposta preventiva visa melhorar a qualidade de vida destes idosos, visto que as quedas trazem inúmeras conseqüências podendo em casos mais graves levar o idoso a óbito. QUEDAS Devido a melhora da assistência médica e prevenção de complicações após queda, tem ocorrido uma redução nas mortes, principalmente do sexo feminino atribuídas a quedas. As lesões acidentais são a sexta causa de morte em pessoas de 75 anos ou mais, e representam a causa isolada mais comum de mortalidade acidental, correspondendo a 70%. Nos indivíduos com 65 anos ou mais as quedas matam mais do que a pneumonia ou diabetes , e todos os tipos de acidentes combinados. No entanto a maior parte das quedas não resulta em morte, a queda ainda está associada com morbidade significativa. Aproximadamente 40% das quedas em mulheres com mais de 75 anos de idade resultam em fraturas, comparados com 27 % em homens. A fratura de quadril é a lesão por conseqüência da queda que mais comumente leva à hospitalização e a duração da internação é quase o dobro daquela para todas as outras causas de internação hospitalar no idoso. DEFINIÇÃO DE QUEDA A instabilidade seria definida como: “falta de capacidade para corrigir o deslocamento do corpo, durante seu movimento no espaço”. A instabilidade acarreta o risco de queda, mas a decisão a respeito do que constitui uma queda não é simples, especialmente para fins de pesquisa. Numerosas definições foram apresentadas, e a maioria delas leva em conta pelo menos três dos seguintes fatores: 1. Que pelo menos parte do corpo da pessoa acabe em contato com o chão ou com algum nível mais baixo isto, é, abaixo da cintura pélvica. 2. Que se trate de um acontecimento inesperado e não intencional; 3. Que a circunstâncias não sejam capazes de provocar a queda de uma pessoa em boa forma, como seria, por exemplo, escorregar sobre o gelo; 4. Que o evento não possa se explicado como sendo consecutivo a algum fator intrínseco sério, tais com derrame cerebral, lipotimia ou ataque cardíaco. As quedas nem sempre resultam em contato súbito e violento com o piso ou com a mobília. São às vezes precedidas por movimentos vacilantes, agarrando-se a pessoa nos móveis ou contra a parede, antes de cair ao chão. Outras vezes, o indivíduo acaba deitado no piso ou no solo de maneira lenta, mas incontrolável. Por exemplo, ele pode deslizar sobre o chão depois de ter adormecido dentro de uma cadeira escorregadia. CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DAS QUEDAS As causas de uma queda podem ser de natureza intrínseca ( relacionada com o indivíduo ), ou extrínseco ( que é relacionada com o ambiente ). Os fatores intrínsecos incluem alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento, doenças e medicamentos que acarretam risco de queda para os idosos. As causas extrínsecas incluem perigos ambientais, como chão escorregadio e áreas pouco iluminadas. E pela análise e interpretação de cada queda isoladamente pode - se chegar a um plano de tratamento. TABELA DE ALTERAÇÕES SÊNIS QUE PREDISPÕEM A QUEDA Neurológico => Acidente Vascular Encefálico => Ataque Isquêmico Transitório =>Parkinsonismo => Confusão =>Convulsões => Insuficiência Vertebrobasilar => Hipersensibilidade de Seio Carotídeo => Distúrbios Cerebelares => Neuropatia => Demência Cardiovascular => Infarto do Miocárdio => Hipotensão Ortostática => Arritmia Gastrointestinal => Sangramento => Diarréia => Síncope de defecação Metabólico =>Hipotireoidismo =>Hipoglicemia =>Anemia =>Desidratação =>Hiponatremia Genitourinário =>Síncope Miccional =>Incontinência Musculoesquelético => Artrite => Miosite =>Deformidade Espinhal => Fraqueza Muscular => Descondicionamento => Psicológico => Depressão => Ansiedade => Induzido Por Droga Estados patológicos atribuíveis a diuréticos => anti-hipertensivos => cardiotônicos => hipnóticos => sedativos => psicotrópicos. ACUIDADE VISUAL O declínio da acuidade visual é uma das causas mais significativas. Com o envelhecimento, o tamanho e resposta das pupilas diminuem. Ao entrar em um recinto escuro ou sair à noite, o indivíduo idoso tem risco de queda aumentado , pois o tempo necessário para que o olho senescente atinja um nível de sensibilidade à luz igual ao de uma pessoa jovem está prolongado. Por conseqüência, indivíduos mais velhos precisam de iluminação adequada para andar com segurança. Com o envelhecimento, a “lens” se torna mais opaca, levando à intolerância do brilho forte e a um declínio na percepção da profundidade. A alteração da percepção de profundidade pode levar a quedas associadas com subir e descer escadas. Como a “lens” fica amarelada com o envelhecimento, isto resulta em uma filtração do espectro verde-azulado. PRESBIACUSIA A presbiacusia é um declínio na acuidade auditiva com o envelhecimento, pode levar à queda quando o indivíduo é incapaz de ouvir os ruídos que alertam para a aproximação de um automóvel, por exemplo, e, portanto não tem tempo suficiente para evitar um acidente. Comprometimento da discriminação da fala Aumento no limite para tons puros ( os sons de alta freqüência são afetados predominantemente). Acumulo excessivo de cera. FRAQUEZA MUSCULAR A fraqueza muscular é sugerida por uma incapacidade do paciente para andar sobre seus calcanhares ou artelhos, levantar-se de uma cadeira ou após abaixar-se sem utilização dos braços ou segurar-se no assento da cadeira. Freqüentemente associada com quedas e tropeços. Pode ocorrer debilidade muscular difusa com em apenas de 4 a 6 semanas de repouso absoluto no leito. INSTABILIDADE POSTURAL A instabilidade postural aumenta com o envelhecimento e se manifesta por uma perda de reflexos de correção e um aumento na oscilação do corpo. A manutenção da estabilidade postural é uma função complexa, que requer integração central apropriada de sensações visuais, vestibulares e proprioceptivas, todas sofrendo declínio funcional com o envelhecimento. O tempo da reação também aumenta, aumentando o intervalo entre a percepção do perigo e a ação para evitá-lo. SISTEMA NERVOSO => Tempo de reação mais lento => Consciência sensorial diminuída para toques leves, vibração, temperatura => Oscilação do corpo aumentada => Comprometimento dos reflexos de proteção DOENÇA CEREBROVASCULAR E NEUROLÓGICA Um acidente vascular encefálico franco ou um episódio isquêmico transitório podem provocar uma queda devido à perda de função motora ou sensorial em uma extremidade inferior, alteração súbita da percepção visual, alterações no nível de consciência ou convulsão. A doença cerebrovascular, que envolve a circulação posterior ( cerebelar ), dá origem a tontura e ataxia, estas podem predispor a quedas. DEMÊNCIA Nos indivíduos idosos com demência aguda ou crônica, a freqüência de quedas aumenta devido à falta de percepção de perigos ambientais das próprias capacidades do indivíduo. PARKINSON A doença de Parkinson é comum e associada com distúrbios de marcha e do equilíbrio postural. Os pacientes parkinsonianos são mais lentos ao reagir a perigos ambientais, levando a quedas. HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA A hipotensão ortostática é uma queda de 20mmHg na PA sistólica ou de 10mmHg na PA diastólica. Pacientes diabéticos freqüentemente são acometidos por quadros de hipotensão ortostática, secundária à disfunção do sistema nervoso autônomo. ARRITMIA Quando ocorre uma queda abrupta, com ou sem perda da consciência, ou que é precedida por tontura ou palpitações, sugere uma arritmia cardíaca. Este tipo de quedas estão, às vezes, associadas com exercícios ou com ficar em pé, se o paciente apresente uma estenose aórtica que provoca uma redução de perfusão cerebral. Uma queda pode ser o primeiro indicio de um infarto agudo do miocárdio, sendo que ataques cardíacos silenciosos em pacientes idosos são comuns, principalmente nos diabéticos. QUEDAS PREMONITÓRIAS Toda queda precisa ser considerada como possível sinal de uma doença importante iminente. As quedas podem ser provocadas por qualquer doença aguda ou crônica que resultem em fraqueza ou tontura. Nos casos de, infarto agudo do miocárdio, acidentes vasculares encefálicos, ou sangramento gastrointestinal, que podem apresentar primeiramente como uma queda. CONVULSÃO Pacientes com histórico de epilepsia ou de acidente vascular encefálico recente, e aqueles que recebem certas drogas, estão em risco para o desenvolvimento de convulsões, com episódios de síncope. A possibilidade de convulsão deve ser sempre considerada se existe uma razão para se suspeitar de que o paciente tem tido quedas repetidas, não percebidas, com micção involuntária, ou tem uma história de acidente vascular encefálico prévio. MARCHA COMPROMETIDA Muitas alterações artríticas e neuromusculares patológicas podem prejudicar a marcha e aumentar o risco de queda. Na doença de Parkinson é afetada muito a estabilidades postural, e assumem uma postura fletida, inclinada para frente e uma marcha arrastada, levantando ligeiramente os pés do solo. Outro fator é a fraqueza muscular secundária à , hiper e hipotireoidismo, polimialgia reumática e osteoartrite do joelho contribuem para uma marcha lenta, cautelosa e fixa, acompanhada de gingado, dificuldade para subir escadas e propensão a sofrer uma queda. Os médicos devem inspecionar rotineiramente os pés dos pacientes para investigar anormalidades, como esporões, calos e joanetes, que podem levar ao comprometimento da marcha e predisposição a quedas. DROGAS Pessoas idosas que recebem terapêutica medicamentosa caem mais freqüentemente do que as que não recebem. O uso de múltiplos medicamentos associados a múltiplas doenças, e a suscetibilidade à toxidade por drogas relacionadas à idade levam coordenação deficiente, confusão e arritmias cardíacas. O uso crônico de esteróides pode provocar osteoporose, uma razão importante para fratura de quadril e queda. FATORES PSICOLÓGICOS Pacientes idosos não aceitam o declínio das suas capacidades sensoriais e motoras, e tendem a sofrer quedas como um resultado da superestimação de suas capacidades de realizar as atividades da juventude. Para manter uma imagem de capacidade e independência, uma pessoa idosa pode se recusar a usar um dispositivo de apoio ou de aceitar assistência para realizar atividades como levantar da cama ou ir ao banheiro. Um grande número de quedas acontecem quando há um período de estresse emocional transitório. Como resultado, os pacientes de tornam raivosos, ansiosos, desorientados ou deprimidos, e menos atentos aos perigos ambientais. Pessoas idosas com depressão freqüentemente se tornam confusas e desorientadas e com falta de percepção do ambiente. CAUSAS EXTRÍNSECAS DAS QUEDAS Existem muitos obstáculos ambientais que podem predispor o paciente a cair. Na comunidade, a maioria das quedas ocorre na própria residência dos pacientes. As atividades rotineiras relacionadas a quedas incluem sentar ou levantar de camas e cadeiras; tropeçar em objetos da casa, ou revestimentos do assoalho, como tapetes, carpetes e soleiras de portas e escorregar em superfícies molhadas, ou usando calçados inadequados ou descendo escadas. Nos hospitais e casas de repouso, o lugar mais comum de quedas é o quarto do paciente. A maioria destas quedas acontece à beira da cama, quando o paciente está se deitando ou levantando. O banheiro é um local que oferece um grande risco em instituições, pelo fato dos pacientes entrarem ou saírem do banheiro sozinhos com pressa de chegarem ao vaso sanitário ou escorregarem no chão molhado. Cadeiras normais e cadeiras de rodas estão implicadas em episódios de queda por causa de equipamento inapropriadamente planejado, ou de técnicas ruins de transferência, quando o paciente está se sentando ou levantando. A queda sobre a cadeira que são difíceis de ver, tropeçar nos pés das cadeiras ou em suportes para os pés de cadeiras de rodas e cair sobre as grades da cadeira de rodas travadas ao levantar são outras causas de quedas. TABELA DE CAUSAS EXTRÍNSECAS DE QUEDAS Superfície do Solo => Assoalhos escorregadios ( assoalhos muito polidos/encerados ) => Tapetes soltos => Carpete muito espesso => Tacos soltos => Iluminação => Brilho excessivo => Escadas => Falta de corrimão => Pouca iluminação => Degraus altos => Escada rolante => Banheiro => Chão escorregadio => Banheira ou chuveiro escorregadios => Falta de barras de apoio => Assentos sanitários baixos => Quarto => Cama alta => Cama muito longe do banheiro => Tapetes soltos => Rodas de cama que não travam => Outros Cômodos => Assoalhos escorregadios => Cadeiras em altura incorreta => Falta de descanso de braço nas cadeiras => Quinas => Prateleiras muito altas => Pessoal => Roupas desajustadas (barras compridas ou descosturadas) => Sapatos inapropriados ou muito gastos => Outras Causas => Raízes de árvore => Subir em ônibus => Farol de pedestre muito rápido =>Animais Domésticos CONSEQÜÊNCIAS MAIS COMUNS EM IDOSOS QUE SOFRERAM QUEDA Quedas são a causa mais comum de fraturas. A freqüência de queda entre os idoso é devido, em parte, a uma incidência elevada de condições clínicas de base, já citadas acima. FRATURA DO ÚMERO PROXIMAL Ocorre comumente com uma queda com a mão estendida FRATURA DE COLLES No ano de 1814, Abraham Colles descreveu esta fratura da extremidade distal do antebraço, ocorre devido a queda sobre o braço estendido. FRATURAS DO FÊMUR A fratura do fêmur é comum entre indivíduos idosos. Possui elevados índices de mortalidade e morbidade, e grande custo financeiro. Quando sua incidência, a fratura do fêmur aumenta com a idade, a partir dos 50 anos; é duas vezes mais freqüente nas mulheres. Estas fraturas da extremidade superior do fêmur são menos freqüentes do que as fraturas vertebrais, no entanto trazem maior morbidade e mortalidade. De 80 a 90% das fraturas de fêmur ocorrem por conseqüência de queda. No idoso, a massa muscular e de tecidos moles em torno dos quadris costuma estar diminuída , de modo que o quadril é menos capaz de resistir ao impacto da queda. FRATURA DO COLO DO FÊMUR Esta fratura localiza-se no colo do fêmur, e pode ser dividida em: Fratura intracapsular que leva geralmente à interrupção do aporte sangüíneo à cabeça do fêmur, e isto explica a grande incidência de necrose asséptica e de falta de consolidação neste tipo de fratura. As fraturas extracapsulares, dificilmente leva a um comprometimento da irrigação da cabeça do fêmur. FRATURA INTERTROCANTÉRICA São fraturas geralmente provocadas por uma queda, normalmente ao nível do solo. Estas fraturas são classificadas de acordo com o número de fragmentos ósseos. FRATURA DE VÉRTEBRA Esta lesão normalmente é provocada por um atividade que aumenta a carga compressiva sobre a coluna ( por exemplo, levantar um peso, inclinar-se para frente ,pisar em falso ao andar ou por uma queda. SÍNDROME DO IMOBILISMO É quando a pessoa idosa precisa ficar imobilizada, devido uma queda, resultando em uma fratura. O repouso beneficia a região lesada, mas seu prolongamento prejudica o resto do organismo. As complicações afetam sistemas com o cardiorespiratório, vascular, endócrino, gastrointestinais, urinário, muscular, esquelético e neurológico. Sendo que estas complicações podem ser aumentadas dependendo dos fatores pré existentes de cada paciente. FISIOTERAPIA O ponto principal encontrado na literatura, é a prevenção de futuras quedas; o segundo é treinar os pacientes sobre como lidar com as quedas; o terceiro é recuperar a segurança e a auto estima do paciente idoso. Os fisioterapeutas identificam os fatores tanto intrínsecos como extrínsecos que aumentam a possibilidade da ocorrência de uma queda em uma pessoa idosa, também como nas suas conseqüências desde que estes fatores identificados se que sejam acessíveis às medidas de fisioterapia. Uma medida importante é ajudar o indivíduo da terceira idade a recuperar sua autoconfiança no que diz respeito a suas capacidades posturais. É necessário evitar a imobilização desnecessária e suas conseqüências, para diminuir os efeitos de futuras quedas. Deste modo podemos realizar um impacto sobre a autoconfiança. Para resumir os objetivos fisioterapêuticos nas pessoas da terceira idade que correm o risco de sofrer quedas são: I. melhorar a capacidade do indivíduo para resistir às ameaças ao seu equilíbrio. II. aumentar a segurança deste indivíduo em seu ambiente. III. recuperar a confiança do paciente e das pessoas cuidadoras deste, no que fiz respeito a sua capacidade de se locomover da maneira mais segura e eficaz em seu ambiente. AUMENTANDO A ESTABILIDADE POSTURAL E O EQUILÍBRIO A fraqueza dos membros inferiores é mais freqüente em pessoas da terceira idade que já sofreram quedas, em relação com aquelas que não referem quedas; um fator importante parece ser a fraqueza dos músculos responsáveis pela flexão dorsal ao nível do tornozelo. A fraqueza das pernas favorece as quedas, como acontece nas pessoas incapazes de fazer um traslado bem sucedido ou que não conseguem ficar em pé por muito tempo, sem segurar-se em alguma coisa, ao se vestir após usar o banheiro. Esta fraqueza muscular diminui a capacidade para resistir a queda, em seguida vem perturbação do equilíbrio. Na clínica, há limitação de tempo disponível, deste modo é recomendado que o fisioterapeuta se dedique aos movimentos e as atividades nas quais o paciente deseja adquirir maior estabilidade, aplicando os princípios da especificidade e da sobrecarga que regem a fisiologia do esforço. A intensidade do regime de exercícios deve ser maior que o paciente puder tolerar, no que diz respeito ao número de repetições por sessão e de sessões por dia; em hospitais e instituições. É necessário que possamos ajudar a pessoa idosa debilitada a melhorar sua capacidade para: » Ficar em pé sem apoio ou apenas com um mínimo de apoio, progredindo daí para a capacidade de manter-se em pé enquanto abrir cintos e botões, de procurar objetos colocados em prateleiras cada vez mais altas ou pegar objetos do assento de uma cadeira ou do piso. ( O paciente pode tentar chegar a um nível mais alto, mantendo-se em pé com os olhos fechados ou em pé sobre uma espuma de espessura cada vez maior; ele pode inclusive tentar fazer as duas coisas.) » Opôr-se às perturbações do equilíbrio, dando passos compensadores em resposta a um empurrão leve contra o esterno ou contra a face lateral da pelve. » Andar firmemente ( sem ajuda de terceiros), na maior distância necessária dentro da própria residência ( insista inclusive na amplitude do passo). Comece o treinamento pela menor distância que o paciente se considera capaz de vencer. » Virar-se no mesmo ponto, dando número cada vez menor de passos, quatro a seis no máximo. EQUILÍBRIO Podemos trabalhar o paciente com atividades de transferência de peso de um lado para o outro, marcha sobre uma esteira de equilíbrio, exercícios de agilidade e manobras com obstáculos. E por fim podemos também progredir com um trabalho de treino do paciente em padrões funcionais e atividades que usem movimentos repetitivos para aumentar a resistência à fadiga. Todos exercícios citados neste trabalho, podem ser adaptados, para o paciente idoso de acordo com suas capacidades e limitações. RESTABELECENDO A CONFIANÇA Os programas educacionais e de tratamento devem inspirar sentimentos de auto-eficácia no paciente da terceira idade e restabelecer sua confiança na própria capacidade para dar conta da situação. Mas também é preciso diminuir o receio de queda e o medo de não conseguir levantar-se; desta forma podemos aumentar a segurança durante a marcha e reduzir o risco de queda. Nestes casos a abordagem combinada, psicológica e fisioterapêutica, parece ser particularmente útil no lidar com esses problemas. É importante que o fisioterapeuta escolha uma tarefa que não ultrapasse a competência do cliente, e depois dela ter sido realizada com êxito, o cliente deve ser animado a reconhecer o próprio desempenho e a sua competência afetiva. DISPOSITIVOS AUXILIARES PARA PACIENTES IDOSOS COM MARCHA A COMPROMETIDA Existem três categorias de dispositivos deambulatórios auxiliares: bengalas, muletas, e andadores. Tais dispositivos auxiliares da marcha são prescritos por uma série de fatores, como problemas de equilíbrio, dor, fadiga, fraqueza, instabilidade articular, carga esquelética excessiva. Uma das funções dos dispositivos auxiliares é a eliminação da carga de modo parcial ou completo, sobre um segmento corpóreo, e isto se da pela transmissão da força dos membros superiores até o piso, pela pressão dirigida para baixo e exercida sobre o dispositivo auxiliar. ANDADORES O fisioterapeuta tem que estar preparado para recomendar um de quatro rodas rolador, que possibilita uma marcha natural ininterrupta e confere ao usuário da terceira idade maior grau de mobilidade independente, porem sua desvantagem é dentro de casa pela dificuldade nas manobras pelo espaço limitado. O andador sem nenhuma roda precisa ser levantado antes de cada passo , em desacordo com o ritmo normal e criando um momento de instabilidade, durante o qual o paciente idoso fica sem qualquer apoio. MULETAS Estas podem ser indicadas para uso temporário, dificilmente são indicadas por tempo prolongado em pacientes idosos, e sua vantagem é que podem ser usadas em degraus e escadas. BENGALAS Pode ser recomendada uma bengala simples ou a quadrúpede ( esta é segura com uma das mãos, possuindo uma base de quatro pés), e o cabo possui um formato ergonômico. As bengalas são úteis quando o paciente idoso requer um apoio mínimo, ou quando ele percorre apenas um trecho curto, ou quando há pouco espaço dentro de casa e não possibilidade do emprego de um aparelho de maior tamanho. AUMENTANDO O GRAU DE SEGURANÇA NO AMBIENTE DA PESSOA IDOSA É difícil prever o que poderá ser motivo de tropeço; e a pessoa da terceira idade, nem sempre obedecem às instruções para modificar o seu ambiente. É interessante focalizar a prevenção das quedas nos fatores cognitivos, “treinando a pessoa da terceira idade a ficar atenta aos perigos ambientais no lar e na comunidade e ensinando-a a proceder de modo preventivo a considerar os riscos que está correndo MOBÍLIA Obstruir passagem arrumar os móveis de forma que os caminhos não fiquem obstruídos; evitar corredores atravancados ajuda a mobilidade de pessoas com visão periférica comprometida Cadeiras, mesas instáveis precisam ser suficientemente estáveis para suportar o peso da pessoa apoiada sobre as bordas de mesa ou encosto e braços das cadeiras, pessoas com comprometimento de equilíbrio usam a mobília como apoio. COZINHA Gabinetes Prateleiras muito altas manter os itens usados freqüentemente ao nível da cintura; Instalar prateleiras e armários a uma altura acessível reduz o risco de cair por causa de tentar alcançar ou subir em escadas ou cadeiras instáveis. Registro de gás botão difícil de ver, assinalar claramente as posições “ligado” e “desligado” nos botões. Pernas de cadeira mau estado Evitar cadeiras com rodas; consertar pernas frouxas cadeiras resistentes e estáveis não escorregam durante a transferência. Mesa Bambas, instáveis Instalar mesa com pernas resistentes de boa altura; evitar mesa sobre tripés ou pedestais Pessoas com comprometimento da marcha freqüentemente usam a mesa como apoio. BANHEIRO Banheira com fundo escorregadio Instalar faixas antiderrapantes ou capacho de borracha; usar chinelos para chuveiro ou cadeiras para banho, evita escorregar na banheira molhada Suporte de toalha e topo da pia instáveis para uso como suporte ao transferir do vaso sanitário, fixar grades de apoio em pinos na parede próximo ao vaso sanitário ajuda a transferência para os vaso sanitário e dele para outro local Assento sanitário muito baixo Usar acento sanitário elevado ajuda a transferência para o vaso sanitário e para fora dele Drogas rotuladas inadequadamente Rotular todas as drogas de acordo com a necessidade de uso interno ou externo; manter uma lupa dentro ou próximo ao gabinete Porta / Fechadura Evitar fechaduras nas portas do banheiro ou usar apenas as que podem ser abertas dos dois lados da parta Permite o acesso de outras pessoas no caso de ocorrer uma queda Iluminação Instalar iluminação adequada no topo e na base da escada; luzes noturnas ou faixas adesivas coloridas podem ser usadas para assinalar claramente os degraus Define a localização dos degraus, especialmente para pessoas com comprometimento de visão ou da percepção CONCLUSÃO Foi possível concluir que os idosos sofrem quedas que trazem conseqüências que normalmente são fratura de úmero proximal, radio distal, fraturas de fêmur, e de vértebras, e as complicações destas, que podem ou não evoluir para deformidades, diminuição da capacidade funcional, independência, óbito, é uma maior pré disposição a sofrerem uma nova queda. Essas lesões muitas vezes requerem grandes gastos, com internações hospitalares. A fisioterapia atua na identificação das causas intrínsecas e extrínsecas, direcionando seu tratamento na prevenção diminuindo ao risco do idoso sofrer uma queda, aumentando sua capacidade de resistir a uma ameaça ao seu equilíbrio. Desta forma não só diminui a possibilidade de uma nova queda, como também diminui a gravidade das conseqüências e acelera a recuperação do paciente, diminuindo gastos com internações, embora este não seja o objetivo deste trabalho. É muito importante a recuperação da auto estima do paciente idoso, e conscientizá-lo de suas limitações, e dos riscos ambientais para que este paciente idoso não só viva mais como também viva bem. A fisioterapia, não só tem importante papel na prevenção das quedas evitando gastos com internação hospitalar, como acelera a recuperação e evita as complicações de lesões que acometem idosos que sofreram queda. BIBLIOGRAFIAS APLEY, G. A. 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