segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A lesão de Anderson Silva.

O trabalho da Fisioterapia Esportiva vai muito além do que aplicar condutas para a lesão. Tem que dominar o que é o esporte e o que se passa quando ocorre uma lesão. Vamos entender basicamente a lesão de Anderson Silva. Ossos longos são divididos basicamente em duas partes, diáfise e epífises. A mecânica da fratura foi basicamente o choque entre as tíbias. No caso do Anderson, a parte que se chocou foi a medial, ou seja, a parte onde se compreende a diáfise. E a do seu adversário, a parte da tíbia que se chocou foi a extremidade, que corresponde também a epífise. Porque Anderson teve a fratura e seu adversário saiu ileso? A parte que compõe os ossos longos é composta por osso cortical, com alto conteúdo mineral, compacto, isso lhe confere uma maior capacidade de resistir ao stress que no osso trabecular. Só que, no caso do osso trabecular, osso esponjoso ou reticular, que compões as extremidades ósseas, que é menos compacto e lembra ao favo de mel, pode tolerar maior deformação relativa antes de sofrer uma fratura. Quando essas duas estruturas se chocam, como no caso da luta de hoje, a extremidade óssea leva vantagem devido a constituição óssea, tamanho e espessura. Outra explicação é que a fratura foi em T, ou seja, quando uma estrutura se choca com uma resistência contrária no ângulo de 90º, a capacidade de dissipação de força é muito pequena. Foi o que também aconteceu na mecânica de trauma do Anderson Silva. Pode se destacar três causas possíveis para a lesão: 1) Trauma de grande energia. Que de fato aconteceu como tomo mundo viu! 2) Desidratação. O teor de água equivale a aproximadamente a 25 a 30% do seu peso total. A água presente do tecido ósseo contribui de maneira significativa na capacidade do osso em resistir sobrecargas. Dentre outras funções importantes. 3) Fratura por stress. São microfissuras que ocorrem nos ossos devido a uma elevada exigência deste tecido. Esse esforço físico repetitivo ultrapassa a resistência normal, favorecendo a lesão. Uma das principais causas é o excesso ou erro na modulação volume x intensidade de treinamento. Muito comum no osso tíbia. O tempo de recuperação desta lesão é de 3 a 6 meses. Eu como admirador deste atleta, espero que volte e despeça dos tatames em grande estilo, pois merece por tudo que conquistou. Texto criado por Bruno Medeiros. https://www.facebook.com/brunoeducadorfisico Referência: Biomecânica Básica. Suzan J. Hall. Anatomia da Depressão (JL)

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013