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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Pubalgia: difícil de diagnosticar e de tratar

Pubalgia: difícil de diagnosticar e de tratar

Edição 176 - MAIO 2008 - ALESSANDRA ARKIE E KENIA GUERRA BAUMANN


Existem muitas dores que rondam atletas e esportistas em geral, sendo que algumas têm características que chegam a ser confundidas com outras patologias. Nestes casos, o diagnóstico correto é imprescindível para que o tratamento dê resultado. Uma dessas dores é a pubalgia, que incomoda alguns corredores e que precisa ser tratada para não atrapalhar os treinos e as competições. Como foi o caso de Vanderlei Cordeiro de Lima, que iria correr a Maratona de Turim (dia 13/4) em busca do índice para Pequim, e foi obrigado a parar por uns dias os treinamentos para tratar de uma inflamação no púbis. Em função do problema, ele adiou para a Maratona de Praga (dia 11 deste mês, data-limite para a marca) sua busca de um bom resultado.




O termo pubalgia denomina dor no púbis (o osso que se localiza no final do músculo do abdome, sob a região genital; faz parte do osso do quadril - veja figura na página seguinte). Essa denominação é muito abrangente, o que muitas vezes gera confusão, pois seus sintomas podem se assemelhar a outras patologias. Para alguns autores este termo é usado para a ocorrência da lesão do canal inguinal, mais conhecida como hérnia inguinal.


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Outras patologias que têm sintomas parecidos são: hérnia inguinal, doenças geniturinárias, osteítes púbicas (síndrome do músculo grácil e síndrome do músculo piriforme), prostatite, bursites na região do quadril ou artrite do quadril. Porém, mais de uma causa pode estar associada à dor no quadril. Abordaremos nesta matéria somente a dor na virilha relacionada à tensão da musculatura dessa região com ou sem alteração do osso do púbis e sem hérnia inguinal.



A dor na região do púbis ou na virilha é muito comum em atletas e pode ser aguda ou crônica. Acomete principalmente jogadores de futebol e tênis, mas também corredores de longa distância (maratonistas) quando em treinos de tiro, ou corredores de aventura. É mais freqüente em homens do que em mulheres devido à quantidade proporcional de praticantes de futebol e também às diferenças anatômicas e biomecânicas dessa região do corpo (a bacia da mulher se adapta melhor aos impactos dos esportes).



Mecanismos de lesão e causas. Os mecanismos de lesão podem incluir alterações rápidas de direção, movimentos repetidos de corrida associados a desequilíbrios musculares, traumas diretos, diferenças no comprimento dos membros inferiores, prática esportiva em pisos duros, uso de calçados inadequados e excesso de treino.



A causa mais comum da dor na virilha é a distensão ou tensão exagerada da musculatura que envolve esta região, abrangendo os músculos adutor longo, reto abdominal, iliopsoas, pectíneo e reto femoral. Pouca flexibilidade da musculatura da região do quadril e pélvis, assim como instabilidade de quadril e desequilíbrio muscular entre adutores e músculos do abdômen, também podem contribuir para o surgimento da pubalgia.



Quando a pubalgia tem sua causa na musculatura, o músculo e tendão mais acometido normalmente é o do músculo adutor (porção longa), podendo apresentar uma inflamação crônica ou até uma lesão das fibras (ruptura de uma parte do tendão ou músculo). Outro músculo comumente acometido é o reto abdominal na porção que se insere no osso púbis. A tensão nestes dois músculos desequilibra o quadril, pois o músculo reto abdominal traciona o osso do quadril para cima, enquanto o adutor puxa para baixo.



Sintomas. A dor é bem localizada na virilha e pode acometer apenas um lado ou os dois. Normalmente ocorre durante a corrida (ou outro esporte), mas se o atleta continuar correndo a dor pode aparecer durante outras atividades como sentar-se e levantar-se de uma cadeira, subir e descer escadas, agachar, mudanças de direção abrupta, aceleração e chute. Corredores normalmente apresentam dor localizada e forte desde o início da doença.



Se houver irradiação da dor, o atleta pode sentir incômodo na região de abdome inferior, adutores, região genital e lombar, caso haja associação com alterações da articulação sacroilíaca (junção do quadril e porção final da coluna).



Diagnóstico. Quanto mais demorado for o início do tratamento maior será o tempo de recuperação. Quando diagnosticado e tratado rapidamente o corredor tem a chance de não se afastar da corrida, tendo apenas o seu treino modificado até a recuperação total. O tempo de afastamento do esporte depende de cada caso.



O diagnóstico médico é de extrema importância. Além do exame físico, os exames de imagem auxiliarão o médico a fazer o diagnóstico correto. O raio X pode mostrar lesão do osso púbis, calcificação dos tendões acometidos, osteoartrite ou instabilidade pélvica. Já a tomografia computadorizada e a ressonância magnética podem evidenciar outras causas da dor na virilha, como a existência de hérnia inguinal ou lesões musculares e tendíneas.



Tratamento. O tratamento para dor na virilha decorrente da hérnia inguinal é, na maioria das vezes, cirúrgico. Já o tratamento para pubalgia decorrente das alterações musculares e ósseas é conservador. Esse é o principal motivo de escolhermos o segundo tipo para aqui abordarmos. Além do tratamento médico, a acupuntura e a fisioterapia auxiliarão a completa recuperação.



O objetivo do tratamento fisioterápico consiste em diminuir a dor e a inflamação, aumentar a resistência do tendão ou tendões acometidos, restabelecer o equilíbrio muscular, melhorar a estabilidade do quadril e da coluna. É recomendada a aplicação de bolsa de gelo por 20 minutos no local da dor, duas a três vezes por dia, desde o início do aparecimento da dor até o final do tratamento.



No início da patologia não se deve correr com dor. Muitas vezes, após a realização do tratamento correto, no retorno ao esporte pode acontecer um pouco de dor durante a corrida, mas essa dor pode ser descrita mais como um incômodo do que dor. A musculatura acometida precisa de um tempo de adaptação, o que justifica esse incômodo, bem diferente da dor durante a pubalgia.



A pubalgia é um grande desafio na medicina esportiva. Não é apenas um problema para ser diagnosticada, mas também de difícil tratamento. Se não tratada corretamente pode se tornar crônica e atrapalhar a vida esportiva dos atletas. É uma patologia que requer um acompanhamento multidisciplinar. Siga a orientação do seu médico e procure um profissional capacitado para acompanhar a sua reabilitação. O fisioterapeuta poderá utilizar técnicas de terapia manual e correções posturais como RPG (Reeducação Postural Global) para proporcionar uma recuperação segura e completa (sem recidivas). Dessa forma você não sentirá tantas saudades da corrida...

O que é pubalgia?

Você sabe o que é pubalgia?


Você sente uma dorzinha na região da bacia ou até mesmo nas coxas por causa da corrida? Isso pode ser sinal de pubalgia. Saiba o que é a lesão e como tratar.

São Paulo - A pubalgia consiste em dor inguinal crônica e dor púbica unilateral ou bilateral. A incidência desta lesão é mais freqüente em homens, devido às atividades físicas intensas, principalmente ao futebol, tênis e corrida.

Tire dúvidas sobre causas, sintomas e tratamentos da pubalgia

Os sintomas da pubalgia são:


•Dor na região púbica, principalmente ao levantar, sentar e ao tossir

•Aumento da dor com apoio unipodal e exercícios de alta intensidade (corrida)

•Sensação de ardor na região da virilha

•Crepitação na sínfise púbica

•Espasmos de adutor

•Diminuição da amplitude de movimento do quadril

•Possível dor lombar

•Marcha Anserina (marcha com rotação lateral dos membros inferiores)

•No futebol, dor no primeiro passe ou chute

O diagnóstico diferencial deve ser feito para descartar doenças como: prostatite, infecção urinária, fratura por stress, dor irradiada da coluna e principalmente hérnia inguinal, a qual é confundida em 50% das vezes. Os exames de imagem podem estar normais. No raio-x pode haver deslocamento púbico para cima, e nos demais exames sinais de inflamação local.

Os sintomas da pubalgia são na maioria das vezes causados pelo desequilíbrio muscular entre os músculos abdominais e adutores. A ação dos abdominais leva a uma elevação pélvica e os adutores acabam por tracionar, afastando a sínfise púbica, levando então a um stress ligamentar e inflamação local.

Outro grupo muscular que interfere neste desequilíbrio biomecânico são os posteriores da coxa (isquiotibiais). Quando estes estão encurtados ocorre uma tração lombar, potencializando o desequilíbrio de abdominais de adutores, principalmente no movimento de chute do futebol.

Tratamento - O tratamento inicial é sempre conservador. Repouso completo, administração de antiinflamatórios e aplicação de compressa de gelo por quinze minutos no local, para aliviar a dor. Pode-se alongar levemente os músculos abdominais, adutores e isquiotibiais (nos casos de término da dor, alongar normalmente).

A fisioterapia tem papel fundamental no re-equilíbrio muscular e no retorno as atividades desportivas. O tratamento cirúrgico só é utilizado caso o tratamento conservador falhe.


David Homsi
Consultor Webrun da seção Fisioterapia. Ministra cursos e palestras em diversas universidades e congressos no Brasil.

Cadeia Cinética Fechada nos membros Superiores

Cadeia Cinética Fechada nos membros Superiores





Embora seja verdade que os exercícios em Cadeia Cinética Fechada (CCF) sejam mais comuns para a reabilitação das extremidades inferiores, existem muitas situações onde exercícios em CCF devem ser incorporados no processo de reabilitação das extremidades superiores. Ao contrário das pernas, os braços são muito mais funcionais ao agirem como um sistema de Cadeia Cinética Aberta (CCA). A maior parte das atividades de membro superior exigem que a mão se movimente livremente. Nestes movimentos, os segmentos proximais da cadeia cinética tem a função de estabilização para permitir a mobilidade do segmento distal.
Exercícios de flexão de braço ou exercícios na barra fixa são exemplos de atividades em CCF da extremidade superior. Nestes casos, as mãos estão estabilizadas, e as contrações musculares ao redor dos segmentos mais proximais como o cotovelo e ombro têm a função de elevar o corpo. Além disso, outras atividades como nadar e esquiar no estilo cross-country envolvem uma rápida alternância de movimentos de CCA e CCF, muito parecidas com os que acontecem nos membros inferiores durante a corrida.
Durante a reabilitação, exercícios em CCF são utilizados primariamente para fortalecimento e para reestabelecer o controle neuromuscular dos músculos que agem na estabilização da cintura escapular. Em particular, para treinar simultaneamente a função dos estabilizadores escapulares e dos músculos do manguito rotador ou em isolado para treinar o controle destes músculos sobre o ombro. É essencial desenvolver tanto força e controle neuromuscular nestes grupamentos, permitindo assim que eles forneçam uma base estável para os movimentos dinâmicos que ocorrem no segmento distal.

COMPLEXO DO OMBRO
Atividades com descarga de peso em CCF podem ser utilizadas tanto para promover quanto para melhorar a estabilização dinâmica articular. Os exercícios em CCF são utilizados freqüentemente com as mão fixas, de modo que nenhum movimento ocorra. A resistência é então aplicada tanto axial quanto rotacionalmente. Estes exercícios produzem tanto compressão articular quanto aproximação, as quais agem para melhorar a co-contração ao redor da articulação produzindo estabilização dinâmica.
Dois pares de força essenciais devem ser reestabelecidos ao redor da articulação glenohumeral: O deltóide anterior junto com o infraespinhoso e redondo menor no plano frontal, e o subscapular contrabalançado pelo infraespinhoso e redondo menor no plano transverso. Estes músculos em oposição funcionam como estabilizadores da articulação glenohumeral ao aproximar e comprimir a cabeça humeral na cavidade glenóide via co-contração muscular.
Os músculos escapulares têm a função de posicionar dinamicamente a glenóide em relação à posição do úmero em movimento, resultando em um ritmo escapulohumeral normal de movimento. No entanto, eles podem também garantir uma base estável sobre a qual o úmero altamente móvel possa funcionar. Se a escápula for hipermóvel, a função de toda a extremidade superior estará comprometida. Deste modo, pares de força entre o trapézio inferior, contrabalançado pelo trapézio superior e elevador da escápula, e os rombóides e trapézio médio contrabalançado pelo serrátil anterior são críticos na manutenção da estabilidade escapular. Novamente, atividades em CCF realizadas com as mãos fixas devem ser utilizadas para melhorar a estabilidade escapular.

EXERCÍCIOS EM CCA E CCF PARA A REABILITAÇÃO DE LESÕES DA EXTREMIDADE SUPERIOR
Geralmente, execícios em CCF para a glenoumeral são utilizados nas fases iniciais do programa de reabilitação, particularmente nos casos de ombro instável, com o objetivo de promover co-contração e recrutamento muscular. Da mesma forma, exercícios em CCF devem ser utilizados nas fases finais para promover resistência muscular dos músculos ao redor das articulações glenoumeral e escapulotorácica. Podem também ser utilizados em conjunto com atividades em CCA para aumentar a estabilidade durante os movimentos balísticos.
Em relação ao cotovelo, os exercícios devem ser planejados para melhorar o equilíbrio muscular e o controle neuromuscular entre agonistas e antagonistas. Exercícios em CCF devem ser utilizados para melhorar a estabilidade dinâmica dos grupos musculares mais proximais, nas atividades em que o cotovelo deve fornecer estabilidade proximal . Exercícios em CCA para fortalecimento dos flexores, extensores, pronadores e supinadores são essenciais para a recuperação de movimentos de alta velocidade, necessários para atividades tipo arremesso.

TRANSFERÊNCIA DE PESO EM CCF
Uma grande variedade de exercícios envolvendo deslocamento de peso podem ser realizados de modo a gerar compressão axial para facilitar a estabilização da glenoumeral e da escapulotorácica. A transferência de peso pode ser feita nas posições de pé, no apoio quadrúpede, tripé, ou bípede (braço e perna opostos) com o peso apoiado sobre uma base estável ou sobre uma superfície instável.

O deslocamento de peso pode ser feito de um lado para o outro, para frente e para trás ou em diagonal. A posição da mão pode ser ajustada desde uma grande base de apoio até uma base estreita, com uma mão apoiada sobre a outra para aumentara a dificuldade. Os pacientes podem ajustar a quantidade de peso descarregado sobre os membros conforme a tolerância. Um padrão de PNF tipo D2 pode ser utilizado no apoio tripé para forçar o membro no apoio contralateral a produzir uma co-contração e desta forma gerar estabilização. A estabilização rítmica pode também ser utilizada para recuperar o controle neuromuscular dos músculos escapulares com a mão em CCF em presões aleatórias aplicadas sobre as bordas escapulares.



FLEXÕES DE BRAÇOS E SUAS VARIAÇÕES EXÓTICAS
Exercícios de flexão de braços são utilizados para reestabelecer o controle neuromuscular. Este exercício realizado sobre uma superfície instável, como a plyoball exige uma boa dose de força além de gerar uma carga axial que exige co-contração dos pares de forças agonistas e antagonistas ao redor das articulações glenoumeral e escapulotorácica. Uma variação do exercício padrão de flexão de braços seria o de realizar contrações alternadas e recíprocas. Isto se consegue solicitando ao paciente “subir escadas com os braços”, ou flexão unilateral com um braço apoiado sobre um step.

Diga NÃO ao ato médico

Diga NÃO ao ato médico
Olá Pessoal,
Mais uma postagem sobre o Ato médico. Recebi hoje o e-mail de uma amiga que é Terapeuta Ocupacional divulgando o site http://www.atomediconao.com.br/.
Acredito que neste momento os donos do site estejam reformulando os links para enviar e-mail diretamente para os senadores, pois sempre que tento dá erro na postagem.

Enquanto isso, leia o texto abaixo e imagine o mundo após a aprovação da PL 7.703-A

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Resposta de um fisioterapeuta ao ATO MÉDICO!




"Caros senhores favoráveis ao Ato Médico,
Se o grande problema é "prescrever", por favor, preciso que me prescrevam um tratamento fisioterapêutico para um paciente de 45 anos com uma tendinopatia crônica do tendão do músculo supra-espinhoso, apresentando calcificação no tendão. Ele apresenta história ocupacional de trabalho com elevação dosmembros superiores acima do nível da cabeça (é vendedor de loja de roupas). Como é ex-jogador de voleibol, desenvolveu lesão do nervo supra-escapular, que culminou numa atrofia do músculo infra-espinhoso. Devido a distúrbios hormonais, desenvolveu osteoporose. Na avaliação, apresentou restrição damobilidade da cápsula posterior do ombro, fraqueza dos músculos rotadores internos do úmero (grau 3), além de fraqueza de serrátil anterior e trapézio fibras inferiores (graus 4 para os dois músculos).
A articulação esterno-clavicular também tem sua mobilidade diminuída.O que devo fazer, Dr.? Como posso fazer para restaurar a mobilidade da articulação? O que é mais indicado: mobilização articular ou alongamento? No caso de ser mobilização, que grau devo utilizar? No caso de ser alongamento, é preferível o alongamento ser estático ou balístico? Ou seria melhorutilizar de contração-relaxamento? Qual o tempo adequado de manutenção do alongamento? Ou será que é tudo contra inidicado, devido à osteoporose?
Com relação ao fortalecimento dos rotadores internos do úmero, qual exercício seria mais indicado para fortalecer o músculo sub-escapular, importante na estabilização dinâmica da articulação gleno-umeral? Devo usar thera-band, halteres, resistência manual ou simplesmente realizar exercícios ativos livres?Com relação ao serrátil anterior qual exercício seria mais indicado? Push-ups? Protração resistida? Exercícios ativos apenas, simulando atividades funcionais e procurando evitar movimentos escapulares anormais? Tudo isso? Nada disso? E se ele utilizar de compensações para a realização dos exercícios, como devo proceder? Com relação ao trapézio inferior, é melhor fazer o exercício contra ou a favor da gravidade? Devo ou não utilizar de movimentos ativo assistidos?Qual o melhor exercício? Existe tal exercício?
No caso da restrição da articulação esterno-clavicular, é necessário corrigir essa alteração de mobilidade? Se for, é possível corrigí-la? Como proceder. Tem contra-indicações ou precauções? Não podemos esquecer de tratar também o tecido lesado (tendão do supra-espinhoso). Ele apresenta dor moderada ao elevar o membro superior D acima de 90 graus, que diminui a praticamente zero ao abaixar o braço. É necessára analgesia? Se for, que forma TENS? Qual a modulação (frequência, comprimento de onda, duração e intensidade)? Ou será que crioterapia é melhor? Em qual forma de aplicação? Por quanto tempo? Ou será que nenhumaanalgesia é necessária?O que posso fazer para estimular o reparo do tendão? US (quantos MHz?Quantos W/cm2? por quanto tempo? Onde aplicar?), Laser (qual a intensidade? duração? tem contra-indicações?), exercícios (excêntricos, concêntricos, isométricos, resisitidos, livres? quantas séries e repetições? Qual o intervalo entre séries? Quantos RM? Devo fazer todos os dias ou não? É contra-indicado exercício?). Como posso fazer um exercício para supra-espinhoso?
Por favor, repassem essa mensagem com urgência para todos os médicos com competência para me ajudar, pois estou com o paciente afastado do trabalho por invalidez e continuo aguardando a "prescrição médica da fisioterapia", já que sem a "prescrição médica", segundo o ato médico, não posso fazer nada e nós todos os brasileiros, inclusive os médicos estamos pagando para ele não trabalhar. Não deixemos esse afastametno virar aposentadoria!Concluindo: Sim ao ato médico, desde que os médicos estudem na faculdade todo o conteúdo que outras 13 profissões da área de saúde têm em seu currículo.
Marco Tulio Saldanha dos Anjos
FisioterapeutaCREFITO-4

Cadeia cinética aberta versus cadeia cinética fechada

Cadeia cinética aberta versus cadeia cinética fechada


A postagem de hoje é sobre as cadeias cinéticas. Resolvi aprofundar um pouco a discussão sobre este tema uma vez que as informações disponíveis na internet abordam, em sua maioria, apenas a cadeia cinética fechada em lesões de joelho.
Pois bem, então vamos começar pelo princípio:





Histórico
Inicialmente é importante saber que historicamente, os princípios e conceitos da cinesiologia humana e da biomecânica do movimento evoluiram a apartir do estudo da engenharia mecânica. O conceito de cadeia cinética originou-se em 1955, quando Steindler utilizou teorias de engenharia mecânica de cinemática fechada e conceitos de ligações (links) para descrever a cinesiologia humana. De acordo com este modelo, cada um dos segmentos articulares do corpo envolvidos em um determinado movimento constitui uma ligação ao longo das cadeias cinéticas.


Assim, no caso de uma cadeia cinética fechada, podemos considerar que vários segmentos rígidos sobrepostos estão conectados em uma série de juntas móveis. Este sistema permite o movimento previsível de uma junta baseado no movimento de outras juntas. Na extremidade inferior do corpo humano, cada segmento ósseo pode ser visto como o segmento rígido. De foma similar, as articulações sinoviais talocrural, subtalar , tibiofemoral e coxo-femoral como juntas de conexão. Esta descrição é meio confusa, mas ela refere-se ao modelo utilizado em engenharia e pode ser exemplificado na imagem abaixo. - Se algum engenheiro quiser comentar, sinta-se a vontade.

Aplicando estes conceitos ao movimento humano, Steindler observou que dependendo da carga na “junta terminal”, era possível classificar as cadeias cinéticas em duas categorias distintas: A Cadeia Cinética Aberta (CCA) e a Cadeia Cinética Fechada (CCF). Ele observou que o recrutamento muscular e o movimento das articulações eram diferentes quando o pé ou a mão estavam livres e quando o pé ou a mão estavam fixados (ou ao trabalhar contra resistência considerável).


Sempre que o pé ou a mão encontram resistência ou estão fixados, como na cadeia cinética fechada, os movimentos dos segmentos mais proximais ocorrem em um padrão previsível. Se o pé ou a mão se movem livremente no espaço em uma cadeia aberta, os movimentos que ocorrem em outros segmentos da cadeia não são necessariamente previsíveis.


Tradicionalmente, os protocolos de fortalecimento em reabilitação utilizam exercícios em CCA como, por exemplo a flexão e extensão de joelho com o paciente sentado e com carga. Mas apesar da popularidade atual dos exercícios em CCF, devemos enfatizar que tantos os exercícios em CCA quanto CCF tem seu papel no processo de reabilitação.


CADEIA CINÉTICA ABERTA
Um movimento em CCA é definido como aquele que ocorre quando o segmento distal de uma extremidade move-se livremente no espaço, resultando no movimento isolado de uma articulação (ex: a perna se movimentando na fase de balanço da marcha, o ato de chutar uma bola, o aceno de mão ou o ato de levar um copo a boca para beber água ).


CADEIA CINÉTICA FECHADA
Um movimento em CCF é definido como aquele nas quais as articulações terminais encontram resistência externa considerável a qual impede ou restringe sua movimentação livre.
Exemplos de atividades de CCF dos MMSS são: o exercício de flexão de braço, a utilização dos braços para se levantar de uma cadeira, o apoio dos membros superiores durante a a marcha com muletas. Exemplos de atividades de CCF dos MMII: descer escadas, leg press e agachamentos.


EXERCÍCIOS EM CADEIA CINÉTICA ABERTA VERSUS CADEIA CINÉTICA FECHADA
Recentemente, o conceito de CCF tem recebido considerável atenção como técnica de reabilitação eficiente e útil, particularmente na reabilitação dos membros inferiores. Ambas CCA e CCF oferecem vantagens e desvantagens distintas no processo de reabilitação. A escolha em se usar uma ou outra vai depender do objetivo de tratamento.
Características dos exercícios em CCF incluem forças compressivas articulares aumentadas, aumento da congruência articular e portanto maior estabilidade, redução das forças de cisalhamento, redução das forças de aceleração, forças de resistência aumentadas, estimulação dos proprioceptores e melhoria da estabilidade dinâmica. Todas estas características estão associadas ao suporte de peso. Assim, atividades em CCF ajudam a reforçar a sincronização dos padrões de ativação muscular tanto para agonistas quanto para antagonistas, que se ativam durante estabilização e deambulação.

Entre as características dos exercícios em CCA estão: forças de aceleraçãomaiores, forças de distração e rotacionais mais intensas, forças concêntricas de aceleração e forças de desaceleração excêntricas. Estas são em geral características de atividades sem descarga de peso.
A partir de uma perspectiva biomecânica, acredita-se que exercícios em CCF sejam mais seguros e que produzam forças potencialmente menos danosas a estruturas em processo de reparo pós lesão do que os exercícios em CCA.
A coativação ou co-contração de músculos agonistas e antagonistas deve ocorrer durante os movimentos normais para gerar estabilização articular. A co-contração que ocorre durante atividades em CCF diminuem as forças de cisalhamento que agem sobre a articulação, assim protegendo os tecidos moles em processo de recuperação, os quais de outra forma poderiam ser danificados em atividades em CCA.
Também argumenta-se que atividades em CCF, particularmente nos membros Inferiores seriam mais funcionais do que as CCA pelo fato de envolverem descarga de peso.
Com exercícios em CCA, o movimento geralmente é isolado em uma única articulação. Atividades em CCA teriam como inidcação exercícios para aumentar força ou amplitude de movimento. Eles podem ser aplicados em uma única articulação manualmente, como nos exercícios de PNF ou por meio de alguma resistência externa utilizando therabands.

A preferência em realizar atividades em CCF sobre a CCA é baseada na premissa de que exercícios em cadeias cinéticas fechadas, particularmente nos membros inferiores parecem replicar tarefas funcionais melhor do que as CCA . Isto porque a CCF parece permitir toda uma cadeia muscular se exercitar ao mesmo tempo. Além disso, exercícios em CCF demonstraram melhorar a congruência articular, diminuir as forças de cisalhamento e estimular os mecanoceptores articulares utilizando carga axial e aumento de forças compressivas sobre a articulação.
Entretanto, é importante ressaltar que a vasta maioria das atividades funcionais envolve uma combinação das cadeias cinéticas abertas e fechadas, muito mais do que meramente uma ou outra. Assim, atividades funcionais são melhor vistas como parte de um continuum entre ações de cadeias abertas e fechadas que se alternam e complementam para gerar o movimento normal.

RESUMO DA ÓPERA:
As seguintes características são comuns a atividades em Cadeia Cinética Fechada:
(1) Interdependência do movimento articular (Ex: flexão de joelho depende da dorsiflexão do tornozelo).
(2) O movimento ocorre proximal e distal ao eixo da articulação de modo previsível (ex: flexão de joelho é acompanhada pela flexão, rotação interna e adução de quadril, e pela dorsiflexção de tornozelo e rotação interna da tíbia).
(3) As contrações musculares são predominantemente excêntricas, associada a estabilização dinâmica muscular sob a forma de co-contração.
(4) Presença de maiores forças de compressão articular resultando em menor cisalhamento e estabilização articular garantida pela maior congruência articular.
(5) Maior estímulo proprioceptivo devido ao maior número de mecanoceptores estimulados.
As seguintes características são comuns a atividades em Cadeia Cinética Aberta:

CERVICOBRAQUIALGIA

CERVICOBRAQUIALGIA
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Anatomia:

A coluna é formada por 33 vértebras (ossos), que são intercaladas por discos intervertebrais. Uma das funções destes discos é manter espaço entre as vértebras para a passagem dos nervos entre elas.

Os nervos que saem da coluna cervical possuem ramificações que se estendem para os ombros, cotovelos, antebraços, mãos, dedos e para a cabeça (região da nuca).


O que é a cervicobraquialgia?


A cervicobraquialgia é uma dor neurológica, causada por uma inflamação na origem ou no trajeto do nervo.

A principal causa em adultos jovens é uma herniação do disco vertebral na região cervical, que comprime a raiz nervosa.

Em idosos, a causa mais comum é a combinação de fatores: diminuição do espaço intervertebral e artrite.

Outras causas são: postura inadequada, tarefas repetitivas e sedentarismo.


Quais são os sintomas?


Dor, fraqueza e parestesia no pescoço e/ou irradiada para o membro superior. Espasmos musculares e fasciculações podem ocorrer na região inervada pela raiz nervosa comprimida.

Outros sintomas são: fraqueza, flacidez, perda dos reflexos, falta de coordenação, perda de força no punho, dificuldade de segurar objetos, de escrever e de realizar tarefas gerais
com as mãos.

Dores de cabeça na parte posterior e dores irradiadas nas costas e região escapular também podem ocorrer.


Como é feito o diagnóstico?

O médico usará a história clínica, fará exame físico e avaliará um RX. Se isso não for suficiente para determinar o diagnóstico, ele poderá pedir uma RNM ou TC.


O que pode acontecer após a cirurgia?

O paciente pode ir para casa no dia da cirurgia ou na manhã seguinte. Recomenda-se

• Manter atividade restrita pelos 2 ou 3 dias seguintes, além de conservar a perna elevada, com o pé mais alto que o joelho e este mais alto que o quadril

• Começar a dobrar o joelho o mais cedo possível

• Usar muletas até que se possa andar quase normalmente

• Fazer alongamentos leves, se houver instrução médica

• Confirmar com o médico quando reassumir totalmente as atividades normais. O tempo de recuperação depende do que foi feito no ato cirúrgico e de quanta inflamação prévia (artrite) havia no joelho

• Perguntar quais as próximas etapas e quando retornar para um check-up


Qual é o tratamento?

O tratamento depende da causa do problema, mas costuma ser de fácil resolução.
O médico poderá receitar antiinflamatório e analgésico. Além disso, ele poderá encaminhar o paciente para a fisioterapia.

O fisioterapeuta poderá fazer uso dos aparelhos, que tem função anti-inflamatória e analgésica, fazer alongamentos, exercícios para a cervical e tração cervical lenta e progressiva, que traz grande alívio aos pacientes.

PREPARAÇÃO PARA UMA PARTIDA DE GOLFE

PREPARAÇÃO PARA UMA PARTIDA DE GOLFE
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O segredo do golfe não está na força, mas sim na fluência dos movimentos, por isso, gastar 15 ou 20 minutos com aquecimento e alongamentos antes do jogo pode fazer a diferença entre um jogo abaixo da média e uma partida fantástica.

O aquecimento aumenta o fluxo sanguíneo e a temperatura dos músculos e deve ser seguido dos alongamentos, que melhoram a mobilidade e a consciência corporal e, como conseqüência, o desempenho no esporte. Essa rotina pré-jogo permite um melhor aproveitamento muscular, evita lesões e proporciona um melhor resultado.

A seguir, apresentamos uma cartilha de exercícios que devem ser realizados antes de toda partida de golfe.


Preparação Ideal Para Uma Partida de Golfe

1º Parte – Caminhada de 5 minutos.

2º Parte – Aquecimento e Alongamento.





1 – Leve as mãos acima da cabeça e as apóie no braço contrário.

Incline o tronco para um dos lados e mantenha 15 segundos.

Incline para o outro lado e mantenha mais 15 segundos.






2 – Entrelace os dedos e eleve as mãos acima da cabeça.

Force as mãos para cima e para trás.

Mantenha 15 segundos.


3 – Segure uma toalha em suas pontas e leve-a para trás de seu tronco.

Vá até onde conseguir e mantenha por 15 segundos.






4 – Leve as mãos acima da cabeça e as apóie no braço contrário.

Incline o tronco para um dos lados e mantenha 15 segundos.

Incline para o outro lado e mantenha mais 15 segundos.






5 – Mantendo a posição do exercício anterior, projete o tronco para frente e para baixo, flexionando um pouco o joelho da perna de trás.

Mantenha 15 segundos e repita o exercício com a outra perna.





6 – De costas para uma parede e os pés ligeiramente afastados dela e entre eles, rode o tronco e apóie as duas mãos na parede.

Mantenha 15 segundos e repita o exercício para o outro lado.




7 – Sentado em um colchonete, mantenha uma perna estendida e flexione e cruze a outra sobre ela.

Rode o tronco para o lado da perna flexionada e mantenha 15 segundos.

Inverta a perna e o lado da rotação do tronco.

8 – Deite no colchonete, flexione as duas
pernas, levando as até o tronco. Abrace-as por
15 segundos.



9 – Agora, traga apenas uma perna em direção
ao tronco e segure-a por 15 segundos.

Repita o exercício com a outra perna e
mantenha 15 segundos.





10 – Ainda deitado, coloque as duas mãos atrás da cabeça e flexione as pernas.

Cruze uma sobre a outra e, mantendo o tronco apoiado no solo, deixe as pernas caírem para o lado da perna que está por cima.

Com a perna que está embaixo, faça uma
pequena resistência.









11 – Em pé, faça movimentos de vai-e-vem, levando a perna para frente e para trás.

Faça 10 vezes com cada perna.




12 – Agora, faça movimentos de vai-e-vem levando as pernas de um lado para o outro.

Realize 10 repetições com cada perna.





13 – Eleve um pouco uma das pernas e, mantendo-a estendida, vire a ponta do pé para dentro e para fora.

Faça 10 vezes com cada perna.




14 – Flexione o quadril e o joelho de uma perna a 90º e faça movimentos de vai e vem, levando a perna para dentro e para fora.

Faça 10 vezes com cada perna.





15 – Encoste em uma parede e flexione o quadril e o joelho de uma das pernas a 90º.

Faça movimentos de vai-e-vem com o tornozelo, levando a ponta do pé para cima e para baixo.

Faça 10 repetições e repita o exercício com a outra perna.





16 – Fique na ponta dos pés e, depois, nos calcanhares.

Repita 10 vezes.





17 – Leve os ombros até as orelhas e relaxe, 10 vezes.

Faça 10 movimentos circulares para frente e 10 movimentos para trás.





18 – Leve o braço para trás e faça 10 movimentos de vai-e-vem somente do antebraço.

Repita a seqüência com o outro antebraço.





19 – Eleve o cotovelo até a altura do ombro e faça 10 movimentos de vai-e-vem somente com o antebraço.

Repita com o outro braço.




20 – Eleve os dois braços acima da cabeça e faça movimentos de vai-e-vem com o cotovelo, levando as mãos para trás e para cima.

Faça 10 repetições.


21 – Cruze os braços à frente do corpo.

Eleve-os começando a descruzá-los devagar;
ao chegar acima da cabeça descruze-os por completo, separando-os.

Repita 10 vezes.




22 – Leve as duas mãos a frente do tronco e
faça 10 movimentos de vai e vem com o punho, para dentro e para fora, levando as pontas dos dedos de um lado para o outro.




23 – Ainda com as mãos à frente do corpo, faça flexões e extensões de punho, apontando os dedos para cima e para baixo.

Faça 10 repetições.





24 – Una as 2 mãos, entrelaçando os dedos e faça movimentos circulares com os punhos, 10 vezes para cada lado.





25 – Leve a cabeça de um ombro até o outro por 10 vezes lentamente.




26 – Leve o queixo de encontro ao tórax e, depois, a cabeça para trás.

Não exagere no movimento para trás.

Repita 10 vezes.




27 – Gire a cabeça de um lado para o outro, deixando o queixo paralelo ao ombro.

Repita 10 vezes.




28 – Rode o tronco para um lado, flexione o outro joelho e apóie a ponta do pé no chão.

Faça 10 vezes para cada lado.



3ª Parte - Com o taco de golfe, simule algumas tacadas:

RECUPERAÇÃO ATIVA

RECUPERAÇÃO ATIVA
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Treinamento Físico: Exercícios Repetidos Com Intervalo de Repouso ou Exercícios Com Intervalos de Recuperação Ativa ?

Recuperação Ativa: O Esforço a Mais Que Faz a Diferença !

Antes de iniciar qualquer pratica esportiva, devemos ter claro que o desempenho para a atividade física depende principalmente de três fatores: O treinamento físico propriamente dito, a nutrição e o descanso ou tempo de recuperação.

Durante uma sessão de treinamento, os períodos de descanso entre as séries de cada exercício e entre os exercícios durante a sessão, são determinados pelo objetivo do treinamento e varia consideravelmente entre cada individuo. Um dos fatores determinantes, por exemplo, é a idade.


Mas qual será a melhor maneira de se recuperar para o próximo exercício ou próxima sessão de treinamento ???

Simplesmente sentar e descansar entre os exercícios? Não fazer nenhuma atividade
física entre as sessões de treinamento?

Não !

Muitos estudos têm sido realizados procurando esta resposta e a conclusão é que a recuperação ativa é a mais eficaz quando comparada a recuperação passiva.

Durante a recuperação precisamos restaurar as reservas de glicogênio e oxidar (eliminar) os metabólitos, principalmente o acido lático que atua inibindo a quebra do glicogênio e diminui a capacidade de contração muscular.


A restauração do glicogênio depende do tipo do exercício e da alimentação; já o ácido lático deve ser metabolizado. Para isto, é necessário que se aumente a oxigenação, aumentando o suprimento sanguíneo para o músculo fadigado.

A recuperação ativa visa justamente metabolizar o lactato e melhorar a performance atlética. É mais utilizado para exercícios de endurance, mas pode ser adaptado para o treino e força.

Portanto qualquer movimento que aumente a oxigenação entre as series de exercício vai ajudar nesse processo. O exercício durante a recuperação ativa deve ser de baixa intensidade (29% a 40% Vo²) como, por exemplo: pedalar, trotar no lugar, alongamento dinâmico.

Logo após o término da sessão de treinamento é aconselhável também realizar 10 a 15 min. de trote com intensidade leve (29% a 40% Vo²), já iniciando assim a metabolização do ácido lático.

RUPTURA DO TENDÃO CALCÂNEO (TENDÃO DE AQUILES)

RUPTURA DO TENDÃO CALCÂNEO (TENDÃO DE AQUILES)
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O tendão do calcâneo é o maior e mais vulnerável do corpo. Ele liga o músculo gastrocnêmico e o sóleo (músculos da panturrilha) ao calcanhar. O tecido que forma o tendão é forte, porém ele não é muito elástico.



Causas da Ruptura do Tendão Calcâneo

A exata causa é difícil de determinar, pois a ruptura pode acontecer de repente ou após o aparecimento de tendinite nesse tendão. Alguns especialistas associam a ruptura à fraqueza do músculo gastrocnêmico, pois com essa fraqueza, o músculo chega a fadiga mais rapidamente e com isso ficam encurtados, gerando mais stress no tendão causando a ruptura. Outro fator que pode contribuir para a fadiga é o "overuse".

A ruptura acontece quando a tração exercida no tendão, é maior que a sua força. Geralmente quando um o tendão sofre um alongamento, mas os músculos da panturrilha estão contraídos.







Sintomas

Os indivíduos relatam ouvir um estalo na hora da ruptura e uma sensação de sofrer um golpe direto no tendão, como uma pedrada. A dor pode não aparecer, mas o indivíduo não conseguirá ficar nas pontas dos dedos.



Qual o tratamento?

Quando a lesão é parcial o paciente poderá ou não passar por cirurgia e depois ficar imobilizado. Já a ruptura completa do tendão exige a cirurgia e também a imobilização.

Logo após a retirada do gesso, o paciente deverá ser encaminhado para a fisioterapia, para recuperar a flexibilidade da articulação e a força dos músculos que ali atuam.

QUEDA NA CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO NO SANGUE

HIPONATREMIA (QUEDA NA CONCENTRAÇÃO DE SÓDIO NO SANGUE)
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As dietas com alto índice de sal (sódio) tem sido indicadas como causadoras do aumento de fatores de risco para a saúde. Porém, os atletas, que tem atividade muito intensa e aumento da eliminação de substâncias através do suor, correm o risco de ter um índice
muito baixo de sal no sangue durante os treinos e competições. Como o sódio é eliminado pelo suor, é importante que os praticantes de atividade física mantenham o nível de sódio no sangue antes, durante e depois dessas atividades. Isso é mais perigoso ainda em
atletas de endurance.


Riscos da Hiponatremia

A concentração baixa de sódio no sangue é mais comum em atletas que fazem atividades de longa duração. Após as maratonas e competições de triatlon, é muito comum que esses atletas estejam com o nível de sódio muito abaixo do normal. A concentração de sódio deve estar dentro do limite normal pois assim a transmissão dos impulsos nervosos e o funcionamento dos músculos acontecem da maneira mais adequada, uma queda mesmo que pequena desse nível no sangue, pode causar muitas alterações nessas funções.



Causas

Como já sabemos, durante a atividade física intensa, o atleta elimina o sódio através do suor. O atleta que nesse período tenta repor as substâncias eliminadas apenas com água, vai diminuir ainda mais a concentração do sódio no sangue. Imagine um copo com água e sal, se você derrubar metade do conteúdo desse copo (como acontece no suor) e repuser apenas com água, a concentração de sal vai ser bem menor, certo? O mesmo acontece com o corpo dos atletas, causando a hiponatremia.

Alguns estudos mostram que os atletas de ultra endurece podem chegar a perder 1-2 gramas de sal por litro de suor. Se pensarmos que os atletas perdem no mínimo um litro de suor por hora, em um evento que dura 10-12 horas o atleta poderá perder muito sódio através do suor. Repor sódio é fundamental para garantir uma boa performance e a saúde.



Sintomas da Hiponatremia

Os primeiros sinais geralmente são sutis e parecem com os sinais da desidratação, como náuseas, cãimbras musculares, desorientação, fala confusa, confusão mental e atitudes inapropriadas. O que normalmente ocorre quando o atleta chega a esse ponto é beber água, o que gera mais problemas ainda. Os sinais intensos podem ser convulsões, coma ou morte.



Tratamento

Nos primeiros sinais de náusea, cãimbras e desorientação o atletra deverá beber algum líquido que contenha sódio, como bebida isotônica, ou comer comidas com sal. O ideal é que o atleta reponha o sódio durante a atividade física e não somente quando o nível
cair ao extremo. Se os sintomas chegarem ao extremo, o médico deverá ser consultado.



Prevenção


A melhor maneira de um atleta evitar esses problemas é com planejamento, existem algumas dicas:


- Use líquidos isotônicos que contenham sódio durante exercícios de longa distância ou alta intensidade.

- O atleta deve saber a quantidade de suor que elimina.

- Fazer uma programação de hidratação e nutrição durante os treinos e provas.

- Evite usar aspirina, ibuprofeno e outros anti inflamatórios não esteroidais, pois podem aumentar o risco de hiponatremia em atletas.



É importante lembrar que todos esses atletas respondem diferencialmente ao exercício, a reposição de sódio também poderá variar.

CÃIBRAS E ESPASMOS

CÃIBRAS E ESPASMOS
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O que é cãibra e espasmo?

Os espasmos e cãibras são contrações involuntárias de um músculo.

A dor causada pela cãibras ou espasmo pode ser muito intensa. O indivíduo que sofre uma cãibras grave geralmente não consegue interromper essa contração sem fazer uma massagem seguida de um alongamento para relaxar o músculo contraído.

Embora cãibras e espasmos possam ocorrer em qualquer músculo do corpo, são mais comuns nos músculos dos pés e das pernas (principalmente panturrilha, músculos posteriores e o anterior da coxa).

A intensidade e a duração da cãibras pode variar de leve a intensa, ou ser muito rápida ou durar minutos. Muitas vezes a câimbra diminui mas em seguida volta, esse processo pode se repetir várias vezes até que a câimbra passe de vez.



O que causa as cãibras?

Existem diversas causas possíveis para um episódio de câimbra, mas na maioria das vezes existe uma soma de fatores levando a uma câimbra.

• Sistema neuromuscular desregulado;
• Desidratação;
• Depleção de eletrólitos
• Mau Condicionamento físico;
• Fadiga Muscular;
• Treino de uma nova modalidade de exercício físico.

Existem ainda outros fatores que são associados às cãibras, um deles é fazer atividade física em locais extremamente quentes, isso porque o suor contém fluídos (sal, potássio, magnésio e cálcio) e quando o nível desses fluídos diminui muito, as crises de cãibras aumentam.


Como tratar as cãibras?

Elas geralmente somem sozinhas, mas existem algumas dicas que podem acelerar o processo.

• Interromper a atividade que causa cãibras;
• Suavemente alongar e massagear o músculo com câimbra;
• Manter a posição de alongamento até que a câimbra seja interrompida.







Como prevenir as cãibras?

Enquanto não houver certeza da causa da cãibras, é difícil afirmar com exatidão como prevení-la. Porém, esses conselhos são os mais conhecidos e recomendados:

• Treine regularmente e evite a fadiga muscular;
• Alongue-se sempre após o exercício;
• Faça um aquecimento antes das atividades físicas;

Mantenha a hidratação com bebidas isotônicas e nutrição adequada durante atividades físicas de maior duração.

MÉTODO RICE - DESCANSO, GELO, COMPRESSÃO E ELEVAÇÃO

MÉTODO RICE - DESCANSO, GELO, COMPRESSÃO E ELEVAÇÃO
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Quando alguém sofre alguma lesão, o fato de tomar algumas atitudes, imediatamente, pode ajudar muito no processo de recuperação. RICE, que em inglês representa as inicias de Descanso, Gelo, Compressão e Elevação deve ser sempre lembrado ao sofrer alguma lesão, pois causará alívio da dor, limitará o edema e protegerá os tecidos "machucados", o que com certeza acelerará a cicatrização do tecido.


O método RICE:

- Rest / Descanso: Se o indivíduo sofrer alguma lesão, o ideal é que ele pare e descanse. O repouso é importantíssimo nos primeiros momentos da lesão por 2 motivos: Quando o repouso acontece, ele protege o tecido lesionado e com o corpo em repouso, sobra mais energia, necessária para recuperar a lesão com mais eficácia.





- Ice / gelo: O ideal é usar uma bolsa de gelo, mas na hora da lesão qualquer coisa bem gelada pode ser útil. O frio diminui a quantidade de sangue que chega na área lesionada, com isso impede o aumento do inchaço e evita que o indivíduo sinta dor. O tempo máximo de aplicação de gelo é de 20 minutos, pois mais do que isso pode causar lesões na pele e nos tecidos mais superficiais. Hoje em dia, sabe-se que o ideal é aplicar o gelo por 8 minutos, descansar 3 e então aplicar por mais 8 minutos.


- Compression / compressão: O edema, além de causar um desconforto muito grande ao individuo, atrapalha o processo de recuperação da lesão. A compressão deve ser feita com uma faixa (que pode ser elástica) e o indivíduo não pode sentir desconforto com ela. A compressão diminui o fluxo sanguíneo no local, o que limita o edema. Já foram relatados casos de pacientes que sentiram até diminuição da dor no local. Sempre tome cuidado para evitar o garroteamento do membro como enfaixamento.

- Elevation / elevação: Quando o indivíduo eleva o local da lesão, de preferência, acima do nível do coração, menos sangue chega nesta área e com isso o edema é controlado.






Depois de 48 horas seguindo esse método, muitas lesões tem o início da recuperação, mas se após esse período não houver melhora da dor e do edema, o ideal é procurar o médico.

Assim que o processo de recuperação teve início, as massagens leves podem acelerar a formação de tecidos cicatriciais, diminuir o tempo de recuperação e reduzir as chances de lesões recorrentes.

Outra ação que poderá acelerar o processo de recuperação da lesão, é o início do alongamento leve assim que não houver mais edema. Cuidado para não exagerar, o indivíduo não pode sentir dor enquanto alonga, para evitar o risco de reiniciar a lesão.

Após a fase aguda e na ausência de edema ou ferida com sangramento, o calor pode ser usado para aumentar a circulação sanguínea no local e ajudar a cicatrização.

Protese de Joelho Duvidas Cont. 4

Página 4

77 - O que é um enxerto ósseo ?
78 - Porque às vezes precisamos de um enxerto ósseo ?
79 - Pode-se receber uma prótese quando há osteoporose ?
80 - Questão sendo reformulada
81 - Questão sendo reformulada
82 - As próteses são reembolsáveis ?
83 - Quando se tem uma prótese pode-se fazer infiltrações ?
84 - Quais são os diferentes tipos de próteses de quadril ?
85 - É necessário cortar os músculos para colocar uma prótese total de quadril ?
86 - O que é uma ossificação periprotética ?
87 - Quais os movimentos a evitar com uma prótese total de quadril ?
88 - Quais são os diferentes tipos de próteses de joelho ?
89 - Quais os movimentos a evitar com uma prótese de joelho ?
90 - Quais são os diferentes tipos de próteses de ombro ?
91 - Quais os movimentos a evitar com uma prótese de ombro ?
92 - Quais são os diferentes tipos de próteses dos dedos ?
93 - Quais os movimentos a evitar com uma prótese dos dedos ?
94 - Existem próteses para o tornozelo ?
95 - Existem próteses para o cotovelo ?
96 - Existem próteses para a coluna vertebral ?
97 - Pode-se fazer uma prótese sob medida ?
98 - Pode-se fazer uma intervenção assistida pelo computador ?
99 - Um dia, existirão próteses que não se desgastam ?
100 - No futuro existirão outros meios de reparar uma articulação desgastada ?








77 - O Que É Um Enxerto Ósseo ?

O tecido ósseo é constituído de uma teia (colágeno, proteínas, etc.) mineralizada (recoberta de cristais de cálcio), cheios de células ósseas.

O termo “enxerto” é um pouco excessivo em ortopedia, pois a ação de enxertar consiste a implantar uma teia óssea mineralizada, com ou sem células do doador (segundo o enxerto foi “limpo” ou não no quadro do protocolo de segurança).

Esta teia óssea é em seguida “recolonizada” (reabitada) pelas células ósseas do receptor, que vai muito progressivamente substituir o enxerto ósseo pelo tecido ósseo vivo.




Entende-se por enxerto ósseo uma teia óssea calcificada que é em seguida “recolonizada” (reabitada) pelo seu próprio tecido ósseo.


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78 - Porque Às Vezes Precisamos De Um Enxerto Ósseo ?


Quando uma prótese é colocada, as peças implantadas são destinadas a reproduzir os movimentos da articulação operada, tanto quanto se supõe para uma boa fixação das peças protéticas ao suporte ósseo. Ora, em certos casos, a doença inicial, ou as alterações ósseas enquadradas pelo deslocamento de uma prótese precedente alterou o suporte ósseo. É então necessário reconstituir o arcabouço ósseo através de um enxerto.

É uma condição indispensável à fixação durável da prótese implantada. Este enxerto ósseo é então progressivamente (vários anos) recolonizado (reabitado) pelas células ósseas do receptor. Nas pequenas articulações, é às vezes possível utilizar seu próprio osso (auto- enxerto). Nas reconstruções mais extensas, o enxerto é fornecido por um banco de tecido ósseo (hetero-enxerto), após uma avaliação clínica meticulosa deste procedimento.





Um enxerto ósseo é às vezes necessário para consolidar perfeitamente sua prótese dentro do seu osso. Se seu cirurgião pensa que você precisa de um enxerto ósseo, pergunte a ele em que vai consistir o enxerto, quais são as vantagens e os riscos
eventuais.


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79 - Pode-se Receber Uma Prótese Quando Há Osteoporose ?

A osteoporose é uma rarefação óssea (o osso é poroso). É uma doença do osso que não afeta a articulação. Ela é caracterizada por uma diminuição da quantidade de tecido ósseo e uma alteração da sua qualidade. Ela é responsável por fraturas.

A osteoporose é uma doença que se expande, que pode ser prevenida por uma boa qualidade de vida e que é tratável.

A colocação de uma prótese não se constitui tecnicamente num problema, mas o risco de fratura em torno da prótese é possível se você sofre desta doença.






É possível implantar uma prótese mesmo em caso de osteoporose.

Se você sofre com a osteoporose consulte um médico reumatologista. Tenha atenção com sua alimentação (rica em cálcio), tome certas precauções na vida quotidiana para prevenir as quedas (não suba em escadas, não corte árvores....), modifique o seu
ambiente se você for idoso: retire os tapetes, ilumine o corredor para evitar quedas.


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82 - As Próteses São Reembolsáveis ?

Para saber se a prótese é reembolsável, consulte seu plano de saúde.

Informe-se antes e tire suas duvidas.



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83 - Quando Se Tem Uma Prótese Pode-se Fazer Infiltrações ?

As infiltrações em contato com a prótese são desaconselhadas (risco infeccioso). As infiltrações à distância (por exemplo, uma infiltração dentro do joelho se você tem uma prótese do quadril) são autorizadas, com a ressalva de uma assepsia com desinfecção
perfeita.





As infiltrações em contato com a prótese são desaconselhadas (risco infeccioso).


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84 - Quais São Os Diferentes Tipos De Próteses De Quadril ?


As próteses do quadril podem ser totais ou parciais.



As próteses totais:

O quadril é uma articulação entre a cabeça do fêmur (osso da coxa), que é quase esférica, e uma cavidade côncava da bacia, o “acetábulo”.

Uma prótese é dita total quando os dois elementos são substituídos por peças sintéticas.

Nós substituímos às vezes a parte femoral (por um corpo terminando com uma bola) e a cavidade da bacia (por uma cúpula).

A articulação entre estas duas peças sintéticas reproduz a articulação do quadril, com um atrito.de superfície durante cada movimento.

A natureza química, do mesmo desenho de cada uma das peças, pode variar de um modelo para outro. A peça metálica femoral em aço ou em titânio pode ser “monobloco” ou comportar uma bola de natureza diferente do componente femoral (liga de metais cromo-
cobalto, de cerâmica, de alumínio, etc.), escolhida por suas propriedades (qualidade do atrito, resistência ao desgaste). O acetábulo é comumente de polietileno (plástico de alta densidade fabricado especialmente por este objetivo), em aço, ou em cerâmica.

O modo de fixação das peças dentro do osso pode variar:

- pode-se fixar a prótese com um cimento especial: cimento acrílico (polimetacrilato), com o papel de amortecedor para a repartição
pressões mecânicas; nós falamos de prótese cimentada;

- as próteses não cimentadas são consolidadas de forma biológica diretamente dentro do osso (sem interposição de cimento). A
prótese é fixada graças às propriedades de superfície das
peças, que permitem uma ligação direta entre o osso que cresce e
se liga solidamente ao seu contato.


Na fig. ao lado: Prótese total do quadril (titânio e cerâmica)



As próteses parciais:

As próteses parciais do quadril (ainda chamadas próteses cefálicas) substituem que a cabeça do fêmur, o acetábulo não é substituído Elas são comumente utilizadas após uma fratura da extremidade superior do fêmur;

- elas podem ser “monobloco”, uma bola de aço do mesmo diâmetro que a cabeça do fêmur é ligada a uma haste metálica implantada dentro do osso do fêmur,

- elas podem ser “intermediárias”, quer dizer constituídas de um corpo e de uma cabeça femoral (parecidas com as peças da prótese total), se articulando com uma cúpula esférica em aço, móvel às vezes em relação com o acetábulo (cavidade da bacia) e em relação à
cabeça femoral (jogo duplo de mobilidade).



Estas próteses parciais do quadril colocam em contato um componente em aço (a prótese) e a cartilagem articular da bacia (acetábulo). Ela promove às vezes um desgaste da cartilagem do
acetábulo (teoricamente menos importante com as próteses “intermediárias”), podendo às vezes levar às dores de marcha.

Em certos casos, é necessário propor uma nova intervenção a fim
de “totalizar” a prótese para aliviar as dores.



Na fig. ao lado: Prótese total do quadril





Existem dois tipos de próteses do quadril: as próteses totais e as próteses parciais.


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85 - É Necessário Cortar Os Músculos Para Colocar Uma Prótese Total De Quadril ?



A eficácia de uma prótese depende:

- da boa posição das peças;

- da integridade e do equilíbrio da musculatura, pois as duas peças complementares são embutidas uma dentro da outra e mantidas pelo tônus muscular.

Para colocar no lugar os elementos sintéticos de uma prótese, é necessário então “entrar” dentro da articulação do quadril. O acesso à articulação pode ser obtido seguindo diferentes “caminhos”, chamados “vias cirúrgicas”.

Algumas são necessárias secções (parciais ou completas) de certos músculos do quadril, são as vias transmusculares. Estas secções deixam inevitavelmente seqüelas definitivas pois os músculos cicatrizam mal e uma fraqueza muscular pode aumentar o risco de
“luxação” da prótese, ou deixar persistir uma marcha claudicante. As outras vias cirúrgicas são as vias trans-ósseas (secção parcial ou total da saliência óssea do fêmur chamada grande trocânter).

Para colocar uma prótese total do quadril, certos cirurgiões preferem expor a articulação sem seccionar os músculos que seguram o jogo da articulação. Eles utilizam uma via através do osso mais proximal que uma via através dos músculos, desligando uma parte
ou integralmente o trocânter, sobre o qual se ligam os principais músculos do quadril (fala- se da trocânterotomia). O trocânter assim permite uma excelente exposição da articulação, sem nenhuma secção muscular. No final da intervenção ele é colocado no lugar e fixado com a ajuda de fios metálicos. Após a intervenção, é necessário caminhar com uma ou duas muletas durante algumas semanas (conselhos precisos serão dados pelo seu cirurgião) para aliviar o apoio sobre o quadril operado e deixar o trocânter consolidar.

Um apoio muito precoce pode arrancar o trocânter mal cicatrizado (pseudo-artrose) e necessitar de uma nova operação para fixá-lo novamente.

A vantagem desta via trans óssea é o respeito integral aos músculos situados em torno da articulação (com uma taxa muito baixa de luxação), e assim com redução dos movimentos proibidos na vida quotidiana (possibilidade de se abaixar, cruzar as pernas, ter atividades esportivas variadas, etc) e a conservação de bons músculos em caso de uma retomada cirúrgica da prótese do quadril.

Outros cirurgiões preferem a via trans muscular que tem a vantagem de permitir a caminhada sem muletas rapidamente e de autorizar uma completa autonomia desde os primeiros dias. O principal inconveniente desta via cirúrgica é o risco de enfraquecer a
musculatura, de favorecer a luxação e de enfraquecer o tônus muscular em caso de nova intervenção (retomada cirúrgica).





Melhor do que seccionar os músculos, nós fizemos a escolha de uma via trans óssea com trocanterotomia.
O inconveniente desta via cirúrgica é a necessidade de esperar a cicatrização óssea completa do grande trocanter para apoiar completamente sobre o quadril operado. É o caminho da prudência ao preço de uma marcha com uma ou duas muletas durante algumas semanas.



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86 - O Que É Uma Ossificação Periprotética ?


As ossificações periprotéticas são formações ósseas que se desenvolvem em torno da prótese do quadril. Elas podem aparecer após a intervenção (elas se formam dentro das 36 horas que sucedem a intervenção), e são responsáveis de
uma rigidez da articulação.

Elas se tornaram excepcionais após a utilização (salvo
contra-indicação particular) de certos antiinflamatórios não esteroides durante alguns dias (5 a 8 dias após a operação). Outros tratamentos são atualmente estudados.


Na fig. ao lado: Prótese do quadril com ossificação






Eles se tornaram excepcionais após a utilização sistemática de certos antiinflamatórios não esteróides imediatamente após a intervenção.


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87 - Quais Os Movimentos A Evitar Com Uma Prótese Total De Quadril ?



Os movimentos exagerados e as posições forçadas ligadas a certas atividades esportivas (movimentos combinados em flexão de coxa, rotação interna, adução) devem ser evitados nos primeiros meses, pois são movimentos “luxantes”: por exemplo, o movimento do “twist”, o “calçar” por trás. Estes movimentos serão explicados pela equipe médica durante sua hospitalização.

Para se colocar os sapatos é melhor adotar a posição chamada agachada (se calçar pela frente, o joelho para fora). Se ao retornar para sua casa surgirem algumas dificuldades para secar os pés nos primeiros dias, um secador de cabelo poderá ser útil.




Segundo o tipo de prótese, a via cirúrgica e o desenrolar da intervenção, certos movimentos serão desaconselhados logo após a intervenção – pergunte precisamente ao seu cirurgião os movimentos que serão desaconselhados. É em seguida necessário
ser prudente durante as 4 a 6 primeiras semanas (evitar os movimentos extremos, as rotações). Por outro lado, se tudo vai bem, não haverá movimento formalmente proibido.


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88 - Quais São Os Diferentes Tipos De Próteses De Joelho ?


A articulação do joelho é uma “dobradiça” muito aperfeiçoada, capaz de se dobrar, de se estender e de efetuar as rotações. Trata-se de uma estrutura complexa formada de três
elementos: o fêmur (osso da coxa), a tíbia (osso da perna) e
a rótula (pequeno circulo situado antes dos dois precedentes).

As próteses do joelho apareceram mais tarde e
beneficiaram do conhecimento das próteses do quadril.

Existem varias categorias de próteses do joelho:

- As próteses totais utilizadas nos desgastes importantes.
Elas compõem:

• as próteses com dobradiças que funcionam como um
ferrolho de porta e que autorizam um movimento de
flexão-extensão;

• as próteses com escorregamento que reproduzem mais exatamente o movimento fisiológico do joelho nos três planos no espaço.

As próteses necessitam da conservação dos ligamentos para manter e fazer funcionarem juntos os componentes da
prótese;

- As próteses parciais utilizadas nos desgastes articulares localizados:

• prótese unicompartimental femoro-tibial para os desgastes entre o fêmur (osso da coxa) e a tíbia (osso da perna),

• prótese femoro-patelar para os desgastes localizados entre
a rótula (pequeno círculo situado na frente do joelho) e do fêmur.









A quase totalidade das próteses tem um componente femoral metálico associado a um componente em plástico de alta densidade (polietileno) seja tibial, seja rotuliano.







A colocação de uma prótese total do joelho necessita de um bom posicionamento dos implantes e de uma reeducação pós- operatória prolongada.
A prótese total do joelho “se esquece” menos rápido do que a prótese total do quadril: é preciso pelo menos 12 a 18 meses
para se habituar completamente.



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89 - Quais Os Movimentos A Evitar Com Uma Prótese De Joelho ?



Nenhum movimento em particular a evitar:

- todo “movimento forçado”, fazendo aparecer uma dor, deve ser evitado (ficar de joelho, por exemplo);

- uma certa atividade física, fazer esportes por lazer é possível. Contudo uma prótese de joelho não é nem concebida nem implantada para ter solicitações desportivas violentas.

Certos exercícios são propostos, pergunte ao seu cirurgião se eles são adaptados ao seu caso.



É necessário consultar seu cirurgião:

- se um movimento aparecer doloroso;

- se uma disfunção aparecer: ”bloqueio” (joelho que se trava), “ressalto” (joelho que se estala), “instabilidade” (sensação de ter
o joelho que se solta) ou “movimento anormal”;

- se o joelho inchar e tornar-se quente.




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90 - Quais São Os Diferentes Tipos De Próteses De Ombro ?


As próteses totais do ombro, propostas quando as dores são intensas e insuficientemente aliviadas pelo tratamento médico, compreendem um implante metálico dentro do braço (ele substitui a cabeça umeral que é lesada) e uma peça em polietileno, fixada sobre a omoplata (a glenóide). Eles parecem com as próteses do quadril com o corpo terminado por uma cabeça em metal (dentro do braço) articulada com uma peça em polietileno (sobre a glenóide).



Estas próteses “clássicas” necessitam que os tendões e os músculos do ombro (manguito rotador), estejam intactos (são
eles que fazem movimentar a articulação do ombro) e que a cavidade óssea, em particular a glenóide, seja suficiente para
se implantar corretamente a prótese.

Quando os tendões são rompidos (ruptura do manguito
rotador), outras próteses podem ser utilizadas em caso de
dores muito intensas do ombro: prótese “invertida”, prótese intermediária, prótese umeral simples, permitindo obter o
desaparecimento das dores e uma mobilidade satisfatória, mesmo se os músculos estão muito alterados. A mobilidade do ombro é, no entanto menor que quando o manguito está
intacto.

A indicação destas próteses depende da idade, da importância
do desgaste ósseo, do tipo de alteração dos tendões e dos
músculos do ombro.







Estas próteses, menos difundidas que as do quadril são cada vez mais confiáveis e têm bons resultados até 8 a 10 anos após sua colocação.


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91 - Quais Os Movimentos A Evitar Com Uma Prótese De Ombro ?



A reeducação de uma prótese total do ombro deve ser precoce para evitar a rigidez.

Ela pode ser realizada na piscina (hidroterapia) desde a retirada dos fios da cicatriz. Os exercícios passivos, ativos e contra resistência são progressivamente introduzidos durante as 6 primeiras semanas após a intervenção.

Os movimentos em rotação extrema, assim como dirigir um automóvel, ficam proibidos até o 45º dia. Todos os esforços de levantamento e os exercícios com os braços para o ar devem ser evitados até o terceiro mês.

As atividades quotidianas são retomadas de forma progressiva e a reeducação é seguida por uma duração de 3 a 6 meses. Passado o prazo de recuperação, o ombro pode ser utilizado normalmente sem restrição particular.




Nenhum movimento é proibido, mas é necessário evitar os movimentos exagerados e as posições forçadas (pegar peso, tração com os braços para cima, etc.).
Atenção em viagens (pegar e puxar as bagagens) !



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92 - Quais São Os Diferentes Tipos De Próteses Dos Dedos ?

A colocação protética das articulações dos dedos é a mais comum relacionada aos implantes de silastic (elastômero de silicone). As próteses em metal-plástico ou em cerâmica são, no entanto cada vez mais utilizadas. Muito utilizadas na poliartrite
reumatóide, os implantes tem um tamanho que varia segundo a articulação acometida: metacarpo-falangiano ou interfalangeana proximal (entre as precedentes e a ponta dos dedos). Seu principio não é de reproduzir a anatomia da articulação, mas de manter um espaço articular para permitir a mobilidade dos dedos em flexão-extensão, sua estabilidade é assegurada pela cicatrização dos tecidos situados em torno da prótese.

Para o polegar, a importância dos atritos mecânicos e a necessidade de conservar uma boa pinça polegar-index modificam as indicações:

- A artrose do polegar (rizartrose) dolorida responde ao tratamento médico e às infiltrações e pode ser operada em certos casos. O procedimento cirúrgico quase sempre proposto não é uma prótese, mas a retirada do osso doente (retiramos um pequeno osso:
o trapézio) e uma ligamentoplastia (nós colocamos no lugar um ligamento enrolado sobre ele mesmo). Esta cirurgia alivia rápido as dores, mas a força é recuperada mais lentamente (em média 6 meses). As próteses trapézio-metacarpianas são semelhantes àquelas utilizadas para o quadril (metal-polietileno), pois os implantes em silicone se degradam rapidamente (fenômeno de desgaste provocando uma deterioração do implante e do arcabouço ósseo);






poliartrite reumatóide / próteses nos dedos



- A artrodese (blocagem) da articulação metacarpo-falangiana é sempre preferida que a colocação de uma prótese de silicone, que nem sempre é realizável.




próteses nos dedos




Se você precisar de uma prótese de dedo, nós aconselhamos consultar um cirurgião especializado em mão, com experiência neste tipo de intervenção, pois estas próteses têm indicações muito especificas.


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93 - Quais Os Movimentos A Evitar Com Uma Prótese Dos Dedos ?


Após a intervenção, a mão é imobilizada em um aparelho sob medida (órtese de repouso), a fim de proteger as suturas cirúrgicas e de
colocar a articulação em boa posição durante a cicatrização dos
tecidos situados em torno da prótese.

A mobilização leve dos dedos é confortante.

A órtese é conservada por uma duração de 3 a 6 semanas, segundo
a articulação envolvida.

Ao termo desta imobilização, a mão é deixada livre e pode ser
utilizada sem restrição para os movimentos da vida quotidiana.

As manobras de força serão prescritas (cortar e colar) pois elas levam
a atritos mecânicos muito importantes sobre os implantes e podem deteriorar a prótese (ruptura, luxação).





Leve uma vida normal evitando os excessos e os movimentos extremos.


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94 - Existem Próteses Para O Tornozelo ?


As próteses totais do tornozelo existem.

Elas têm um desenvolvimento mais limitado que as próteses totais do quadril e do joelho pelo fato da dificuldade de obter uma fixação durável dos implantes sobre as superfícies articulares do osso da perna (tíbia) mas, sobretudo o osso do pé (o astrágalo ou talus).

Estas próteses são propostas como alternativa a artrodese (o bloqueio) da articulação.

Elas são indicadas no caso de artrose ou de poliartrite reumatóide segundo os critérios estritos levando em conta a importância da dor e da deformação do tornozelo, mas também do estado das outras articulações do pé e do joelho.



As primeiras próteses que foram desenvolvidas nos anos 80 não deram bons resultados.

As próteses atuais de 3 gerações são mais próximas do movimento natural do tornozelo.

Elas se compõem de 3 partes: um implante em metal dentro da
tíbia, um implante em metal dentro do talus e uma peça
intermediária móvel em polietileno (plástico de alta densidade) que permite os movimentos do tornozelo (flexão-extensão).

Atualmente, a fixação das peças sem cimento cirúrgico, associado aos princípios mecânicos mais próximos da fisiologia da articulação do tornozelo permite obter resultados duráveis.


Na fig. ao lado: prótese de tornozelo





As próteses totais do tornozelo existem, elas são, no entanto, menos utilizadas atualmente que as próteses do quadril e do joelho.


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95 - Existem Próteses Para O Cotovelo ?

As próteses totais do cotovelo substituem a articulação úmero –cubital (entre o osso do braço e do antebraço). As próteses com dobradiça são utilizadas, se os ligamentos situados em torno da articulação não podem ser reconstituídos. Quando eles estão
intactos, nós podemos usar as outras próteses que têm um desenho mais próximo da anatomia normal desta articulação; uma prótese de cabeça radial é às vezes requerida.

Estas próteses, propostas em caso de artrite reumatóide do cotovelo, necessitam de bons ligamentos e, sobretudo um arcabouço ósseo satisfatório para poder fixar a prótese.

Não se deve propor muito tarde.




prótese do cotovelo





A colocação destas próteses é uma intervenção delicada, não isenta de complicações, e a esperança de vida destes implantes é atualmente de 7 a 10 anos de acordo com a série.
No entanto, os progressos na sua concepção permitirão ampliar suas indicações e de propor com mais freqüência (por exemplo, para as fraturas complexas do braço nas pessoas idosas). Elas precisam de um longo período de reeducação.



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96 - Existem Próteses Para A Coluna Vertebral ?

Entre os corpos vertebrais encontramos um disco intervertebral, verdadeiramente “pneumático” que amortece os choques. Quando existe um desgaste doloroso do disco intervertebral (dores em baixo das costas muito invalidantes) e a conduta é: tratamento
médico e reeducação, certas equipes propõem próteses de disco intervertebral que dão uma pequena mobilidade entre as vértebras.

Atualmente, trata-se de uma cirurgia, que está em avaliação e que não é difundida largamente na França. Algumas equipes médicas colocam este tipo prótese no caso de protocolo de pesquisa.

Os resultados destes estudos científicos permitirão analisar a colocação destas próteses no tratamento da “dor nas costas”.




Esse tipo de prótese ainda é experimental


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97 - Pode-se Fazer Uma Prótese Sob Medida ?

É possível em certas situações fazer próteses sob medida. Alguns cirurgiões utilizam esta solução quando a anatomia foi desestruturada por uma doença da “infância” ou uma intervenção cirúrgica anterior. Eles pensam assim poder dispor de implantes perfeitamente adaptados à situação de cada paciente. É preciso, no entanto, notar que trata-se de uma
solução extremamente cara e raramente necessária.




próteses totais do quadril (cabeça em metal, cúpula em poli etileno) com seus diferentes tamanhos




Nós não pensamos que seja necessário recorrer a próteses sob medida.
As próteses que nós utilizamos são disponíveis em uma larga gama de tamanhos que nos permite responder à quase totalidade das situações.

A única indicação, em nossa opinião, das próteses sob medida estão reservadas para pessoas que têm um problema ortopédico muito particular (fora da norma) para admitir os implantes habituais. Esta situação é rara.



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98 - Pode-se Fazer Uma Intervenção Assistida Pelo Computador ?

A cirurgia assistida pelo computador está atualmente em pleno progresso.

Novas técnicas se desenvolvem regularmente. O principio consiste a reconstruir uma imagem em três dimensões do osso que vai ser operado. Esta imagem é obtida segundo diferentes métodos: scanner, imagem por ressonância magnética ou ecografia. O objetivo é
em seguida restaurar durante a intervenção, por meio de certas marcas, a imagem obtida antes da intervenção. O computador é então, mais uma ajuda para definição da tática operatória.

O interesse teórico da cirurgia assistida por computador é de realizar uma operação de forma mais precisa.




Não existe atualmente nenhum estudo demonstrando a superioridade da cirurgia assistida pelo computador comparativamente
à cirurgia convencional.

Este tipo de cirurgia está atualmente em avaliação em vários hospitais.


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99 - Um Dia, Existirão Próteses Que Não Se Desgastam ?

Atualmente, todo atrito de dois materiais um sobre o outro leva a um desgaste. Este desgaste pode ser muito pequeno: é o caso do par cerâmica sobre cerâmica (este par tem outros inconvenientes como a dificuldade de fixação das peças no osso).

Uma prótese sem atrito poderia ser vista na teoria, como, por exemplo, um campo magnético entre as duas peças articulares. Ela seria sem atrito, mas consumiria energia e precisaria de uma fonte energética (“uma pilha”) para conservar o campo magnético entre
as superfícies articulares. Trata-se de campo experimental, que atualmente, não está em vista de realização.

Hoje, nós podemos dizer que todas as próteses se desgastam, como todos os materiais submetidos a um atrito, como os pistões de um carro, do revestimento de um foguete ou das hélices de um submarino.

Este desgaste é diferente de uma pessoa para outra (e às vezes de um lado para outro em uma mesma pessoa), tem relação com intensidade de atividade mas também com a maneira de utilizar a articulação, quer dizer a maneira de caminhar, de correr ou de
levantar os braços.





Atualmente, as próteses articulares devem ser escolhidas em função de acordo com o desgaste secundário ao atrito e da boa fixação ao osso.
É necessário às vezes preferir uma prótese que tem um desgaste um pouco mais importante, mas que sabemos que a fixação irá durar muitos anos.

É preciso saber que uma prótese articular tem de toda forma uma duração limitada.

Atualmente a duração de uma boa prótese do quadril ou do joelho é de 15 a 25 anos.



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100 - No Futuro Existirão Outros Meios De Reparar Uma Articulação Desgastada ?



Depois de vários anos, os médicos testaram injetar dentro de uma articulação desgastada um produto que substituiria a cartilagem: silicone, plástico ...até agora, foi uma pesquisa.

Não parece possível, pelo menos em um futuro próximo, de prever uma reparação da articulação por uma injeção de produtos intra-articulares. Nós podemos, no entanto, esperar preservar uma articulação ligeiramente deteriorada por medicamentos,
revitalizando a cartilagem.

Uma outra solução, ainda pouco utilizada, é o enxerto de cartilagem: onde a cartilagem articular é desgastada por uma pressão muito importante ou por um afundamento do osso subjacente, nós podemos fazer um enxerto da cartilagem retirando a cartilagem boa de uma outra parte da articulação (auto-enxerto). Isto é possível quando uma alteração aparece em um adulto jovem e fica localizado na superfície articular, notadamente ao nível do joelho, mas não em caso de doença artrósica (acometimento global da articulação).






Seja otimista, a pesquisa avança e existirão no futuro outros meios de reparar uma articulação desgastada.

Protese de Joelho Duvidas Cont.3

PRÓTESES ARTICULARES
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• Página 3

51 - O que se pode fazer para não sofrer após a intervenção ?
52 - O que é a sala de recuperação pós-anestésica ?
53 - Questão sendo reformulada
54 - Quanto tempo dura a hospitalização ?
55 - Quais são as principais etapas da hospitalização ?
56 - Quanto tempo dura a intervenção ?
57 - Quem organiza a saída do hospital ?
58 - Que precauções tomar após a saída do hospital ?
59 - Quanto tempo dura a licença para o afastamento do trabalho ?
60 - Qual é o objetivo da reeducação ?
61 - Questão sendo reformulada
62 - Porque fazer a reeducação ?
63 - Se a reeducação é necessária, ela é reembolsada ?
64 - Pode-se viver normalmente com uma prótese ?
65 - Durante quanto tempo o resultado definitivo da intervenção é obtido ?
66 - Pode-se "esquecer" de uma prótese ?
67 - Pode-se viajar quando se tem uma pótese ?
68 - A prótese faz tocar o alarme durante a passagem através das portas de controle do aeroporto ?
69 - Pode-se dirigir com uma prótese ?
70 - Pode-se fazer esporte com uma prótese ?
71 - Deve-se fazer um regime alimentar em partiular visando à intervenção ou quando se tem uma prótese ?
72 - Existem às vezes dores após a colocação de uma prótese ?
73 - Deve-se rever o cirurgião quando se tem uma prótese ?
74 - Pode-se fazer um scanner ou uma ressonância magnética quando se tem uma prótese ?
75 - Pode-se fazer fisioterapia quando se tem uma prótese ?



Você pode clicar em cada pergunta acima ou "rolar" a página para ver todas






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51 - O Que Se Pode Fazer Para Não Sofrer Após A Intervenção ?



Para diminuir as dores pós-operatórias você receberá medicamentos sistematicamente eficazes agindo contra a dor (anti-álgicos): paracetamol, morfina, antiinflamatórios em perfusão (via intravenosa) e por via oral.

Uma técnica que necessita de sua participação poderá ser proposta em certos casos. Trata-se de uma Analgesia Controlada pelo Paciente (PCA). A PCA utiliza um aparelho que seu médico programa para trazer o máximo de conforto para você.

O aparelho é composto de uma seringa ou de um reservatório que contém um medicamento para sedar a dor (mais comum a morfina) e de um dispositivo eletrônico ou mecânico que você irá comandar por um botão. Apertando o botão como a enfermeira irá
ensiná-lo, você mesmo aliviará a sua dor administrando sua dose de medicamento anti-dor.

A bomba é regulada pelo médico, para evitar as superdosagens, e sua dor é aliviada com toda segurança. A PCA é dotada de várias seguranças: se uma pane ocorrer, um alarme assinalará imediatamente para a sua enfermeira. Se você está hospitalizado, durante 48 horas, uma observação regular permite adaptar os tratamentos ao necessário. O enfermeiro e o anestesista avaliarão suas dores com protocolos especiais, para adequar o tratamento. Os medicamentos serão dados por cada equipe.

Em certos casos, o anestesista associará uma analgesia loco-regional em torno dos nervos periféricos.

Todos estes tratamentos anti-álgicos são muito eficazes e a reeducação destinada à recuperação da mobilidade pode ser iniciada precocemente.

Em caso de cirurgia ambulatorial, um tratamento anti-dor específico será prescrito para o seu retorno ao domicilio.





Evite tomar seus próprios medicamentos para a dor (anti-álgicos): a associação com os tratamentos prescritos pode ser perigosa. No entanto, fale sobre sua dor desde o seu aparecimento a fim de permitir um tratamento precoce e enérgico.
Existe sempre uma solução que permite atenuar esta dor. A enfermeira e o médico anestesista estão lá para ajudá-lo.



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52 - O Que É A Sala De Recuperação Pós-anestésica ?

A anestesia, qualquer que seja, é feita em uma sala equipada de um material adequado, adaptado ao seu caso e verificado antes de cada utilização.

No final da intervenção você será conduzido a uma sala pós-anestésica para ser observado de forma contínua antes de ir para seu quarto. Você será observado por um profissional enfermeiro qualificado sobre a responsabilidade de um médico. Este tempo consagrado a sua observação após a intervenção tem como objetivo controlar os efeitos residuais dos medicamentos anestésicos e sua eliminação e de verificar, levando em conta seu estado de saúde, suas complicações eventuais ligadas à intervenção ou à anestesia. Esta observação contínua pós-intervenção garante a melhor segurança possível após a anestesia e a
intervenção.

Quando o médico anestesista observa que você está completamente acordado, você será acompanhado em seu quarto. Uma prescrição é transmitida à enfermeira a fim de seguir os tratamentos indispensáveis e de acalmar as dores pós-operatórias.




Pense em prevenir seus parentes para que eles não se inquietem. Você estará por um bom tempo ausente de seu quarto; em média 4 a 5 horas para colocação da prótese de quadril (tempo da preparação, da anestesia, da intervenção e da observação).


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53 - Questão Sendo Reformulada

A equipe editorial do site da Clínica Deckers está trabalhando na reformulação desta questão. Em breve ela estará no ar normalmente.

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54 - Quanto Tempo Dura A Hospitalização ?

A duração média de hospitalização é de 7 dias: bem menos para uma prótese de dedo, às vezes, mais, se você é muito idoso, se você vive sozinho, em caso de complicação ou se você está cansado.

Mas cada caso tem um tempo particular e depende de suas condições (sua idade, seu estado de saúde, suas doenças associadas, etc.), do tipo de intervenção (a colocação de uma prótese de dedo necessita quase sempre de uma hospitalização bem mais curta do que de uma prótese do quadril), do desenrolar da intervenção e de sua seqüência (dor, autonomia, complicações eventuais, etc.), de seu círculo familiar, de seu modo de vida e de sua habitação, da necessidade ou não de partir em um centro especializado para sua reeducação.






Cada caso é próprio, e nós aconselhamos que você fale com seu cirurgião para planificar precisamente seu dia de entrada e
prever seu dia de saída. Mas será necessário em seguida confirmar com a equipe que lhe acompanha, pois sua saída pode ser
mais cedo.


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55 - Quais São As Principais Etapas Da Hospitalização ?



Antes da intervenção:

A entrada no hospital se faz, em geral, na véspera da intervenção (às vezes na manhã mesmo). Desde sua chegada, você será recebido pela equipe paramédica que irá prepará-lo (limpeza, depilação da zona a ser operada, banho) fará os exames de sangue e
às vezes, as radiografias suplementares.

Na maior parte do tempo, você será examinado e interrogado uma última vez pelo cirurgião que irá operá-lo. Em certos serviços hospitalares, você será convidado a participar de uma reunião com o “staff” (este “staff” reúne a equipe médica cirúrgica, para verificar que seu dossiê está em ordem). É necessário ir vestido com pijama para ser examinado uma última vez. Enfim, o anestesista irá visitá-lo para a prescrição da noite e do dia seguinte. Na noite da intervenção, tome o sonífero prescrito pelo anestesista. Você deverá estar em jejum (não comer e nem beber nada) durante as seis horas que precedem a hora prevista da anestesia: é a regra do “nada após a meia-noite”. Você poderá tomar seus medicamentos habituais no momento prescrito, talvez, somente um gole de água. Você não deve consumir álcool nem fumar durante as doze horas precedentes a anestesia.

Não utilize batom, nem esmaltes. Evite as lentes de contato. Não utilize bijuterias, nem objetos de valor. Você receberá em certos casos uma injeção sobre a pele de um anticoagulante (Heparina de Baixo Peso Molecular: HBPM) para fluidificar o sangue e evitar
o risco de flebite.

Na manhã da intervenção, você será preparado (ducha, sabão, xampu), irão pedir para retirar as lentes de contato e o aparelho dentário móvel, depois uma “pré-medicação” (prescrição médica de um tranqüilizante para relaxar) será administrada.

Um enfermeiro irá buscá-lo (você estará vestido somente com um “um roupão”) e irá levá-lo à sala de indução onde você será preparado para a anestesia. Todos os membros da equipe do bloco operatório utilizam um gorro, uma máscara, um macacão do bloco
operatório e são então dificilmente reconhecidos, não se inquiete, os médicos que se ocuparam de você estarão presentes. Todas estas precauções são feitas para lutar contra as infecções micro-bacterianas (cf. questão 25). Enfim, talvez você sinta frio (sala
operatória equipada com fluxo laminar).

Em seguida, após a indução anestésica você será operado e a prótese será implantada. No final da intervenção, você não terá, em geral, um gesso mas um curativo.



Após a intervenção:

Após a intervenção, você será observado várias horas na sala de recuperação pós- anestésica. Você será aquecido e às vezes transfundido, serão administrados antibióticos, medicamentos eficazes contra a dor, às vezes antiinflamatórios, ou outros tratamentos necessários ao seu caso. Você será reconduzido ao seu quarto assim que o anestesista achar que seu estado de saúde permite.

As 48 primeiras horas são sempre desconfortáveis principalmente para a cirurgia do quadril, do joelho e do tornozelo: você está acamado, cansado, você não poderá ir ao toalete e você será obrigado a utilizar a bacia, se você foi operado do quadril ou do joelho.
Você ficará no soro (gota a gota), dreno de aspiração (pequenos tubos que aspiram o sangue e evacuam dentro do recipiente próprio para evitar a constituição do hematoma).

Em certos casos, você terá sensações desagradáveis: febre, insônia, falta de apetite, falta da sensação do gosto da comida, constipação intestinal devido a estar acamado e a dependência para evacuar sobre um coletor, às vezes um incômodo para urinar, a voz é rouca ou a garganta sensível ligado a entubação, uma passagem de ar, uma apreensão ou baixa auto-estima. Todas estas situações desagradáveis são habituais e sempre passageiras, fale ao médico que o acompanha, não faça nada por conta própria, se
persistir ele irá prescrever medicamentos adequados.

Você irá recomeçar a reeducação fisioterápica. O fisioterapeuta irá mostrar os movimentos proibidos, as posições a evitar para não luxar a prótese.

Se você foi operado do quadril, do joelho ou do tornozelo, você poderá se sentar no bordo da cama e se for possível o fisioterapeuta irá instalá-lo na cadeira.

Para os dedos, o cotovelo ou o ombro, o levantar é precoce. Você será guiado para começar a reeducação, movimentando primeiro as partes do corpo são e após, o membro operado. Você começará por um trabalho passivo com ajuda do fisioterapeuta e às vezes
usando uma aparelhagem adaptada (em particular para os joelhos e os dedos) depois iniciará um trabalho ativo com a ajuda do fisioterapeuta respeitando os conselhos do cirurgião.

Para os quadris, os tornozelos e os joelhos, você começará a aprendizagem das muletas para caminhar a partir do terceiro dia. Pouco a pouco, você irá progredir fazendo regularmente os exercícios aprendidos.

Durante sua hospitalização, exames complementares serão realizados (exames de sangue, radiografias), para verificar se tudo vai bem, o curativo será trocado. A articulação operada poderá ficar um pouco edemaciada e dolorida (os medicamentos contra a dor e o gelo aliviarão com eficácia).

A alta hospitalar será, às vezes, um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde conforme a situação.




Todas estas informações são dadas a tíitulo informativo, elas podem variar segundo a intervenção e as rotinas da equipe
cirúrgica.


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56 - Quanto Tempo Dura A Intervenção ?

A resposta mais lógica é: “o tempo que for necessário”. O tempo da intervenção depende de numerosos fatores.

Assim por exemplo, a colocação de uma prótese total do quadril de primeira intenção, em uma pessoa que não tem grande deformação, necessita em média de 4 a 5 horas: 1 hora e meia para o ato cirúrgico mesmo; é preciso acrescentar o tempo necessário para efetuar a anestesia, a instalação sobre a mesa operatória, a desinfecção cutânea, o acordar (em sala
de observação pós-intervenção) Você estará então ausente do seu quarto pelo menos por 4 a 5 horas.

Esta intervenção pode ser muito mais longa quando já existiu uma cirurgia prévia no quadril, em caso de obesidade e claro em caso de troca da prótese.

Os métodos de anestesia modernos são adaptados de acordo com a duração da intervenção, às vezes, muito longos.






"O tempo que for necessário".

É, com efeito, difícil de responder precisamente a esta questão, tudo depende do tipo de intervenção, do seu estado de saúde e de dificuldades encontradas durante a intervenção.

Nós aconselhamos perguntar ao seu cirurgião, o tempo médio previsto no seu caso


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57 - Quem Organiza A Saída Do Hospital ?


Sua alta será organizada pelo seu cirurgião.

A organização prática da alta é feita pela equipe paramédica (a secretária e a enfermeira) que organizarão o meio de transporte adequado (táxi, ambulância, carro particular...).

A saída é feita com uma pessoa da família ou próxima, ou com a ambulância. Você terá uma prescrição para ser seguida após sua alta: tratamento local, curativo, retirada dos pontos, tratamento anticoagulante, medicamentos para aliviar a dor, pedido de uma enfermeira a domicilio, etc. e a prescrição feita pelo seu médico.




Tudo será organizado em colaboração com seu cirurgião e seus parentes. Você efetuará (você mesmo ou seu parente próximo) os últimos procedimentos administrativos (saída do hospital, pagamento do telefone, do acesso à televisão, etc.).
As fichas devem ser encaminhadas ao plano de saúde. Guarde uma cópia (utilize-a em caso de perda ou roubo).



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58 - Que Precauções Tomar Após A Saída Do Hospital ?


Após a colocação de uma prótese (qualquer que seja ela):

- a recuperação deve ser calma e harmoniosa a fim de retomar tranqüilamente uma vida normal sem excessos.

- descanse até a consulta com seu cirurgião;

- nós aconselhamos o prosseguimento do tratamento antálgico por alguns dias, e eventualmente o "gelo" no membro operado e sua elevação, para diminuir o edema reacional;

- é necessário cuidar da sua cicatriz, de deixá-la limpa e seca (não lavar na ducha antes da completa cicatrização). Os fios são retirados normalmente mais ou menos no 15° dia, pela enfermeira;

- os movimentos exagerados e as posições forçadas ligadas a certas atividades quotidianas ou esportivas, devem ser evitados nos primeiros meses, pois são movimentos com perigo de luxação. Estes gestos serão explicados pela equipe do hospital (médicos,
fisioterapeutas, enfermeiros.);

- a reeducação deve ser leve, não dolorosa e progressiva, sem forçar e adaptada à prescrição do cirurgião;

- para as próteses do membro inferior (quadril, joelho, tornozelo) é normal caminhar com uma ou duas muletas durante vários dias; para as próteses do membro superior (ombro, cotovelo, mão-punho),a articulação é comumente imobilizada entre as sessões de
reeducação;

- a retomada da atividade sexual, recomeça quando você se sentir pronto, evitando as posições acrobáticas;

As outras precauções são muito variadas em função do tipo de prótese. Por exemplo, se você tiver uma prótese do quadril:

- após sua saída do hospital, as meias elásticas devem ser colocadas nas duas pernas, dia e noite, desde a primeira consulta com o cirurgião para evitar as tromboses venosas (cf. questão 35) que poderão surgir pelo fato da imobilização do lado operado;

- no caso de retorno ao domicilio: é preferível organizar seu habitat. Assim, é melhor evitar as escadas, às vezes perigosas com as muletas, então durma no primeiro andar, se seu quarto fica no 2° andar, coloque um adaptador de vaso sanitário, barras de apoio no banheiro e um tapete antiderrapante e uma cadeira de ducha com ponteira antiderrapante (as duchas são desaconselhadas no inicio), andar com boas pantufas ou sapatos antiderrapantes, enfim, preferir cadeiras altas e com braços;

- se você for a um centro de reabilitação, todas as precauções deverão ser mantidas;

- é sempre necessário continuar o tratamento anti-coagulante durante algumas semanas: picadas (injeções subcutâneas todos os dias de uma heparina de baixo peso molecular) ou de anti-coagulante por via oral (anti-vitamina K). Para monitorar estes tratamentos, exames de sangue são necessários: para as heparinas, é necessário observar as plaquetas 2 vezes por semana (elas devem ficar acima de 150 000/mm3) e para as AVK, é necessário observar o INR (International Normal Ratio) que deve se situar entre 2 e 3 (acima de 5, existe um risco de sangramento e abaixo de 2, é ineficaz) ou um Tempo de Quick (TP) próximo de 30%; o resultado deve ser mostrado ao seu médico.





Algumas precauções foram necessárias antes da intervenção, algumas precauções são necessárias após a intervenção. Elas existem em função do tipo de prótese, da via cirúrgica e do seu estado de saúde.
Nós propomos que você faça todas as perguntas ao seu cirurgião para conhecer as precauções que são: duração dos medicamentos analgésicos, “gelo” na articulação operada, data da retirada dos pontos, possibilidade de tomar uma ducha, duração do tratamento anticoagulante, da utilização de muletas, de meia elástica, duração da reeducação, possibilidade de retomar uma vida sexual normal, exames de sangue necessários.



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59 - Quanto Tempo Dura A Licença Para O Afastamento Do Trabalho ?



Tudo depende da sua idade, do seu trabalho (trabalho de força, trabalho manual), do trajeto a efetuar para trabalhar, do seu passado, do seu estado geral, do tipo de prótese implantada, da técnica...

Ele é geralmente de 3 meses; às vezes um pouco mais curto para as próteses do membro superior (ombro, cotovelo, dedos, etc.), em caso de atividades profissionais pouco físicas, às vezes mais longa, se você é trabalhador manual ou de força, ou quando os trajetos para chegar ao local de trabalho são longos.




O afastamento de trabalho é de mais ou menos 3 meses, mas cada caso é analizado em particular. Fale logo com seu médico
para antecipar, organizar e prevenir seu chefe.

Quando você for hospitalizado, envie um papel da hospitalização, dentro de 48h ao seu chefe e ao plano de saúde (isso equivale a uma licença de afastamento de trabalho).




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60 - Qual é o objetivo da reeducação ?



No ideal, a reeducação engloba o ato operatório:

Antes da intervenção, o fisioterapeuta se esforçará, apesar de sua dor, para manter um bom tônus muscular e as amplitudes articulares satisfatórias; esta preparação muscular a cirurgia favorece o resultado funcional da intervenção.

Desde o dia seguinte da intervenção, quando for possível, a fisioterapia é iniciada a fim de levar, o mais rápido possível, a sua autonomia. As diferentes fases da reeducação são bem conhecidas;

- contrações musculares;

- conhecimento dos movimentos proibidos, treinamento higiênico (como se virar na cama, se levantar, colocar a bacia, fazer sua toalete, etc.);

- mobilizações passivas e depois ativas com ajuda do fisioterapeuta (mobilizações manuais ou feitas por um aparelho);

- trabalho ativo para as diferentes próteses a fim de permitir encontrar o mais rápido possível uma boa função da articulação (mobilidade e estabilidade), marcha, para o quadril;

- treinamento por exercícios simples e adaptados ao seu caso, fazê-los todos os dias;

- conselhos com auxílio técnico para uma autonomia suficiente e preservar sua nova articulação (preensão de objetos, para pegar os objetos jogados ao solo, adaptador de vaso sanitário, barras de apoio na ducha e nos toaletes).

Após a hospitalização, a reeducação pode ser realizada em clinica de reeducação ou a domicilio; para melhorar sua mobilidade.

A reeducação é muito variável: ela depende de você (idade, necessidade, capacidades, dinamismo, doenças associadas) do tipo de prótese e da via cirúrgica, de como foi feita a cirurgia, do pós-operatório, enfim de seu modo de vida e do seu círculo familiar.

Alguns cirurgiões consideram que uma pessoa dinâmica e com um círculo familiar próximo podem ir diretamente para casa sem fisioterapia. Outros prescrevem mais tarde sessões de hidroterapia (após cicatrização completa), para obter o mais rápido a mobilidade e uma musculatura satisfatória. Em todos os casos, o trabalho de reeducação com peso ou com halteres deve ser imperativamente avaliado (ou evitado) pois ele pode provocar dores e contraturas.




A fisioterapia é sempre benéfica, mas ela não é sempre indispensável.
A reeducação é fundamental para as próteses de joelho e de ombro. A marcha é melhor para a reeducação nas próteses do quadril.

Siga os conselhos do seu cirurgião e marque uma consulta com um fisioterapeuta especializado, conheça bem o tipo de cirurgia, principalmente se você for diretamente para sua casa após a intervenção.



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61 - Questão Sendo Reformulada

A equipe editorial do site da Clínica Deckers está trabalhando na reformulação desta questão. Em breve ela estará no ar normalmente.



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62 - Porque Fazer A Reeducação ?

A finalidade da cirurgia protética é o retorno da função quase “normal”. Para que a função seja normal, após a colocação da prótese, é necessário que não só a articulação artificial reproduza uma articulação natural normal, mas também que os ligamentos, os tendões, e os músculos sejam integrados. Os tendões retraídos limitam os movimentos. Os músculos enfraquecidos comprometem a estabilidade articular.

As dores e a limitação da atividade antes da intervenção conduziram a uma degradação de todas estas estruturas. Logo após a intervenção, a articulação é menos estável, os movimentos são reduzidos e os músculos estão incapazes de responder às ordens do cérebro e a cicatriz é dolorosa.

- a articulação é temporariamente menos estável, é necessário então evitar movimentos e atitudes que favorecem as luxações;

- os músculos estão doloridos, é necessário, então, aumentar suas inibições, reaprender a contraí-los de forma harmoniosa. Porque eles estão enfraquecidos, e é necessário iniciar seu fortalecimento muscular desde que o cirurgião o autorize;

- os movimentos são limitados, é necessário então progressivamente trabalhar a mobilidade, o objetivo é de recuperar pelo menos as amplitudes necessárias para realizar os atos da vida quotidiana (por exemplo, uma flexão de quadril suficiente para poder se
sentar, uma flexão suficiente do cotovelo para poder levar a mão até a boca, etc.).

O fisioterapeuta intervém principalmente nos dias que se seguem à intervenção para iniciar o retorno da atividade física a despeito da apreensão e das dores pós-operatórias.

Você mesmo mobiliza ou utiliza um aparelho chamado motor articular, que realiza os movimentos da articulação operada (neste caso o fisioterapeuta regula a máquina de forma a definir os movimentos repetidos impostos à articulação). Ele faz inibições
musculares por diferentes técnicas de reeducação e, desde que seu estado autorize, pode-se recomeçar o fortalecimento muscular propriamente dito.

Nas semanas que seguem a intervenção, a retomada de uma atividade física normal associada à prática de alguns exercícios específicos ensinadas pelo fisioterapeuta permitem recuperar a mobilidade, estabilidade e força. Quando a evolução não é tão
rápida como esperado ou quando a situação clinica é mais complexa, um tratamento fisioterápico mais prolongado, eventualmente em centro de reeducação, é então necessário, podendo ser realizado em piscina (hidroterapia) logo que a cicatriz operatória
estiver cicatrizada.




A articulação muda, mas os músculos e seus tendões ficaram enfraquecidos pela doença e rígidos pela intervenção.

A fisioterapia acompanha a cirurgia. Ela intervém antes da cirurgia para preparar a intervenção e após a cirurgia, a fim de atingir o mais rápido e principal objetivo da colocação de uma prótese: reencontrar uma função adequada e uma vida mais normal
possível.

O objetivo da reeducação é então de permitir ao membro operado de restabelecer a boa função (mobilidade, estabilidade).


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63 - Se a Reeducação É Necessária, Ela É Reembolsada ?


A reeducação é realizada por um fisioterapeuta no hospital, na clínica ou em um centro de reeducação. No entanto, é necessário verificar o número de sessões que serão autorizadas e a porcentagem do valor do reembolso.




A reeducação é normalmente reembolsada em grande parte ou totalmente.

É necessário se informar do seu plano de saúde e verificar o número de sessões que serão autorizadas.




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64 - Pode-se Viver Normalmente Com Uma Prótese ?

A resposta para esta pergunta é mista: sim e não.

Sim, é possível viver praticamente normalmente com uma prótese se você tiver atividades quotidianas habituais e atividades esportivas razoáveis, pois a maioria das próteses resulta numa articulação indolor, numa boa mobilidade e, no geral, numa função próxima da normal. No entanto, existem limitações: nos movimentos de grandes amplitudes sobre certas articulações (quadril, ombro) há risco de luxar a prótese e uma atividade física intensa será responsável pelo desgaste mais rápido da prótese. No mais, certas próteses são provavelmente mais frágeis (notadamente estas do cotovelo e dos dedos) e necessitam das atividades físicas mais moderadas (evitar pegar peso, atividade esportiva adaptada, etc.).

Mas nós aconselhamos certas precauções:

- cuide regularmente de seu estado buco-dentário e faça o tratamento se necessário com um antibiótico adequado. O tratamento com pedicura deve ser pouco agressivo e efetuado por um profissional.

- evite as injeções intramusculares ou subcutâneas em contato com a prótese (risco de abscesso);

- consulte rapidamente seu médico em caso de infecção (angina, bronquite, infecção urinaria, sinusite, etc.), para um exame e uma eventual prescrição de antibióticos;

- consulte rapidamente seu cirurgião se a cicatriz está quente, vermelha, dolorosa e se há algum escoamento pela cicatriz, se você tiver febre e dores na articulação operada. Não realizar nenhum tratamento antibiótico por si mesmo (sem um exame.para identificar o
germe que está dentro da articulação operada). Este exame é delicado e nós aconselhamos que seja feito em um serviço de cirurgia especializado com uma equipe competente. Um tratamento antibiótico prescrito sem identificação conhecida do micróbio,
leva ao risco de induzir dificuldades terapêuticas consideráveis, caso o micróbio não possa ser identificado;

- enfim, se você partir em viagem para um país distante, onde o sistema de saúde é rudimentar, consulte seu médico um mês antes para verificar se tudo vai bem e pense em seguro saúde de viagens.




Nós podemos viver “normalmente” quando se usa uma prótese, se temos um controle de vida rigoroso.


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65 - Durante Quanto Tempo O Resultado Definitivo Da Intervenção É Obtido ?


Após a intervenção, o beneficio sobre a dor é muito precoce: no dia seguinte ou um dia após a intervenção, você não sentirá mais as dores. No entanto, existe um desconforto ligado à intervenção por si só, que vai durar algumas semanas, o tempo da cicatrização.

É necessário de 3 a 6 meses para obter um resultado definitivo.

Temos o exemplo da prótese de quadril: a retomada dos movimentos vai progressivamente se desenvolver no decorrer de 2 meses após a intervenção.

Os músculos precisam de várias semanas para encontrar sua força e para dar, ao nível do membro inferior, uma marcha sólida e regular. Na prática, em 2 meses e ½ a 3 meses após a intervenção, você irá adquirir a maioria dos benefícios que pode trazer a prótese: a mobilidade, a firmeza durante a marcha, a possibilidade de caminhar por tempo longo. É em geral o período de retomada do trabalho. Mas pequenos inconvenientes vão persistir ainda durante alguns meses: dificuldade de partida após a posição sentada ou dores no inicio de um movimento, após imobilização prolongada, cansaço muscular, câimbras noturnas... Na pratica é necessário em média 6 meses, às vezes 12 meses, para se obter um resultado satisfatório após uma intervenção sobre o membro inferior.

Para as próteses do membro superior (ombro, cotovelo, dedos), a obtenção do resultado é mais rápida, em média três a quatro meses.

O aspecto definitivo da cicatriz é obtido após 12 meses. O resultado final depende da qualidade da pele e em certos casos, ela pode ser um pouco danificada ou mesmo inflamada. Em caso de cicatriz não estética, um conselho específico de um médico dermatologista é sempre importante (prescrição de cremes ou tratamento local adaptado).





É necessário insistir no fato que não se trata de uma intervenção “mágica”: é preciso um certo tempo (diferente segundo cada pessoa) para tirar todo o benefício da intervenção.
O mais importante da recuperação após uma prótese articular é a retomada harmoniosa da atividade como a da amplitude dos movimentos, do trabalho muscular ou da preparação para os membros inferiores. A retomada deve ser progressiva e assim tudo
se passará mais facilmente.



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66 - Pode-se "Esquecer" De Uma Prótese ?



O "esquecer" de uma prótese é o verdadeiro objetivo procurado.

Ele depende da função articular que a prótese fornece e também de sua opinião a respeito.

Para "esquecer", é necessário uma articulação indolor permitindo os movimentos usuais com uma boa força (de marcha ou de preensão). É necessário, a mais, admitir que não é um “corpo estranho” mas uma parte de si. Nós podemos, guardadas as devidas
proporções, fazer uma comparação com uma aparelhagem dentária (implante) que sentimos dentro da boca durante 8 a 15 dias e depois “esquecemos” completamente.

Ela é o mesmo que uma prótese articular, se ela dá o resultado previsto.

Dependendo da articulação, as próteses são esquecidas com mais facilidade.

Nós podemos dizer que o quadril, a prótese se “esquece” 8 sobre 10 em 1 ano em média, o joelho são 5 sobre 10 e ela é “esquecida” em 1 ano a 18 meses.

Em outros casos persiste a impressão de se sentir a prótese, o que é sempre bem tolerado. Mesmo neste caso, o resultado funcional é satisfatório.

No membro superior (ombro, cotovelo, mão), não se “sente” mais sua prótese, mas pode haver incômodo pelo déficit funcional que persiste.




Não se deve perguntar se você se "sente" ou não sua prótese, mas se assegurar, desde os primeiros dias, de apreciar os movimentos possíveis, comparando aos que você poderia efetuar antes da operação.


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67 - Pode-se Viajar Quando Se Tem Uma Prótese ?

Na maioria dos casos, não se têm precauções particulares para viajar, com exceção de um seguro que inclua a repatriação sanitária. Nós aconselhamos levar todos os papéis do seu relatório cirúrgico.

No caso de vigilância frente às infecções, peça ao seu médico um conselho: ele poderá, por exemplo, prescrever um antibiótico para tratar o mais cedo possível uma angina, uma infecção intestinal, uma infecção urinária...




Não existe uma precaução particular para viajar: um bom seguro (para a repatriação sanitária em caso de problema) é útil.


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68 - A Prótese Faz Tocar O Alarme Durante A Passagem Através Das Portas De Controle Do Aeroporto ?

As portas de detecção (aeroportos em particular) podem descobrir o aço da prótese.

Previna este caso levando um atestado do seu cirurgião, um laudo operatório ou um certificado médico para justificar, frente às autoridades, o uso de um material metálico, durante a passagem nas portas dos aeroportos.

É o mesmo procedimento para as pessoas que devem ir para um asilo ou certos prédios públicos (ministérios).




Se você pegar o avião, pense em pedir um atestado ao seu cirurgião.


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69 - Pode-se Dirigir Com Uma Prótese ?

Qualquer que seja o tipo de prótese nos parece necessário esperar o 3° mês após a intervenção para dirigir novamente um carro. Por três razões:

- a primeira é que, durante a entrada ou a saída de dentro do carro, você corre o risco de realizar os movimentos que poderiam favorecer ao aparecimento de dores ou de uma luxação da prótese;

- a segunda é que as dores, a falta de força e de sensações, fazem que, esta tarefa possa ser perigosa nos três primeiros meses, não há razão para dirigir precocemente;

- em fim, em caso de acidente, você poderá ter problemas com o seguro;

Se você possui uma prótese do quadril ou do joelho, no inicio de um mês, é possível viajar em um carro como passageiro, tomando cuidado quando entrar e sair do carro a fim de evitar os movimentos com risco de “luxar” a prótese.

A partir daí, não há nenhuma contra-indicação para se dirigir um carro.




Seja paciente: Aguarde 2 a 3 meses antes de dirigir.


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70 - Pode-se Fazer Esporte Com Uma Prótese ?



Nada é formalmente proibido. Tudo depende da sua idade, do seu estado de saúde, da articulação operada, do esporte praticado, do ritmo de treinamento que você gostaria de seguir.

Normalmente, uma pessoa que beneficiou da colocação de uma prótese se sente capaz de retomar suas atividades esportivas de imediato. Ela pode correr, andar de bicicleta, de esqui, nadar, com a condição de ter praticado essas atividades antes que as dores
articulares o impeçam. Mas parece evidente que as próteses articulares muito solicitadas durarão menos tempo (aumento do desgaste das superfícies de contato das próteses).

Não é aconselhável fazer atividades que submetam a prótese a riscos muito importantes como o esqui alpino ou os esportes com impactos importantes, brutais, repetidos, diretos ou indiretos (judô, caratê, corrida, futebol, basquete, etc.) ou que expõe os traumatismos (judô, salto em altura, etc.), esqueça o levantar de pesos. Atividades como a natação, a caminhada, o golfe, o ciclismo, (esportes com impactos pouco importantes) são aconselhados, mas com cuidado.



Nós não desejamos e não podemos proibir os prazeres da vida tornados possíveis com a prótese; ao contrário, nós encorajamos ter uma atividade esportiva adaptada e regular, mas nós aconselhamos a ponderar e seguir os conselhos do seu cirurgião.


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71 - Deve-se Fazer Um Regime Alimentar Em Partiular Visando À Intervenção Ou Quando Se Tem Uma Prótese ?

Antes da intervenção não existe um regime particular, exceto um regime de emagrecimento se você tem um sobrepeso (nós aconselhamos que você faça uma consulta com o seu nutricionista ou seu medico endocrinologista, para ajudar e observar). É necessário privilegiar os alimentos ricos em ferro (carne vermelha, feijão, barras alimentares enriquecidas em ferro, etc.) para lutar contra a carência ligada à perda de sangue ou em caso de autotransfusão; não consumir muito os excitantes (café, chá ou álcool).

Na véspera da intervenção, é aconselhável comer comidas leves e de beber muita água, e a partir da meia noite, não fumar e ficar em jejum: é a regra do “nada após a meia noite” (cf. questão 55). As regras atuais de jejum podem ser modificadas por seu médico
anestesista.

Durante a hospitalização, você não terá fome (às vezes não sentirá o gosto de certos alimentos): isto é habitual e passageiro. Após, não existe regime alimentar particular a seguir. O anestesista poderá, em certos casos aconselhá-lo e continuar com as barras
energéticas de cereais enriquecidas em ferro durante algumas semanas, se você tiver ainda a anemia.

À distância da intervenção, é necessário observar seu peso, pois a obesidade é a inimiga das próteses de quadril, joelho e tornozelo.




Nada de regime em particular para a intervenção. Quando se tem uma prótese, um regime alimentar variado e equilibrado, associado a uma atividade física regular, é aconselhado.


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72 - Existem Às Vezes Dores Após A Colocação De Uma Prótese ?



Sim, infelizmente, certas pessoas podem continuar a sofrer e, mesmo com a prótese no lugar adequado, não existe explicação mecânica para as dores e tudo está correto nas radiografias.

A prótese é uma substituição da articulação destruída, no entanto, em torno da prótese, ou seja, na cápsula, os tendões, os ligamentos e os músculos não foram substituídos. É então possível ficar com algumas dores após a substituição protética diante dos tendões das bolsas sinoviais ou dos músculos (tendinite, bursite, contraturas musculares) estas dores são sempre moderadas. Se elas são importantes ou invalidantes, é preciso rever seu cirurgião.

Pode tratar-se de dores irradiadas de outra origem: por exemplo, dores na coluna vertebral, ciática...Podem persistir algumas dores devidas à cicatriz que desaparecerão ou diminuirão de intensidade. Apesar de tudo, em casos raros, nenhuma causa evidente é
obtida e o cirurgião não encontra explicação precisa para o incômodo sentido. A observação regular da prótese pelo cirurgião é então necessária.




Em geral, as dores da articulação operada diminuem e desaparecem espontaneamente após alguns meses. No entanto, certas pessoas podem ficar com dores diante da prótese.
Estas dores devem ser leves e passageiras. Se elas persistirem ou se agravarem, é preciso rever seu cirurgião.



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73 - Deve-se Rever O Cirurgião Quando Se Tem Uma Prótese ?


Uma observação clinica e radiológica da prótese, um exame precoce das complicações eventuais e a medida do grau de desgaste todos os anos ou a cada 2 anos são fundamentais a fim de evitar a demora do diagnóstico das eventuais complicações.




Uma avaliação regular pelo seu cirurgião, mesmo se tudo vai bem, é necessário, todos os anos ou a cada 2 anos.
Faça uma revisão periódica como um "controle técnico" periódico igual ao do seu veículo !



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74 - Pode-se Fazer Um Scanner Ou Uma Ressonância Magnética Quando Se Tem Uma Prótese ?



A presença de uma prótese articular não impede de realizar uma tomodensitometria (scanner) ou um IRM (Imagem por ressonância magnética). Estes exames não são perigosos para a prótese. O scanner é uma imagem por raios X o que é semelhante a uma
radiografia normal. A IRM é uma imagem feita a partir de um campo magnético que não pode mobilizar um grande corpo estranho metálico fixado ao osso (como uma prótese).

O problema real é na interpretação do exame: ele pode ser difícil, pois a presença de elemento metálico dentro da articulação cria artefatos, quer dizer distorce a imagem obtida.

Notamos que certas peças metálicas ditas “magnéticas”, como o titânio, não criam essas anomalias.

O progresso da radiologia tanto em scanner como na IRM, permitem apagar em parte estes artefatos (“embasamento”) separando o osso das partes metálicas. Nós podemos então ter uma imagem compreensível. Nós utilizamos às vezes o scanner para, por exemplo, verificar o bom posicionamento dos elementos protéticos ou IRM para procurar, por exemplo, a presença de um hematoma em torno da prótese.

Não é recomendável fazer estes exames de IRM com o paciente anestesiado pela possibilidade de aquecimento deste material durante o exame, o que não seria detectado ou sentido pelo paciente estando ele anestesiado.




Nós podemos, sem risco, realizar em caso de necessidade, um scanner ou um IRM, quando se tem uma prótese articular.


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75 - Pode-se Fazer Fisioterapia Quando Se Tem Uma Prótese ?



A fisioterapia reagrupa na França o conjunto dos tratamentos utilizando os agentes físicos naturais originados da energia, tanto as correntes elétricas (eletroterapia), as ondas mecânicas (notadamente os ultra-sons) e as ondas eletromagnéticas.

Os principais agentes utilizados no tratamento das afecções dolorosas crônicas das articulações dos ossos e dos músculos são:

- a aplicação de correntes elétricas de baixa freqüência para acalmar as dores (eletro estimulação antálgica), ou para trabalhar os músculos (eletro estimulação motora);

- a aplicação de uma corrente elétrica para fazer penetrar os medicamentos localmente em uma zona doente: são as ionizações;

- os ultra-sons, ondas mecânicas que liberam calor atravessando os tecidos (sobretudo os tendões e os ligamentos) e efetuando uma “micro massagem”;

- as ondas eletromagnéticas que aliviam as dores seja aquecendo os tecidos atravessados (por exemplo, as ondas infravermelhas) seja por efeitos magnéticos sem aquecimento dos tecidos (campos magnéticos pulsados notadamente).

Esquematicamente, não se deve aplicar nem as correntes elétricas, nem os ultra-sons nem as ondas eletromagnéticas diante de uma prótese, pois existe o risco de aquecimento ou de deterioração dos metais da prótese. No entanto, estes diferentes tratamentos não são contra-indicados para tratar uma afecção situada à distância da prótese.

Assim, por exemplo, se você beneficia da colocação de uma prótese total do joelho, não é proibido fazer ionizações ou ultra-sons em um ombro dolorido, ou mesmo fortalecer os músculos da coxa pela eletro estimulação motora (a corrente elétrica deve ser aplicada
sobre a coxa acima da prótese do joelho).. No entanto, se você tiver dores residuais do joelho operado, a utilização destes diferentes tratamentos locais pode ser prescrita.




Não se deve utilizar a fisioterapia para tratar as dores que surgem devido a uma prótese articular, quando se trata de dores tendinosas ou ligamentares