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Araraquara, São Paulo, Brazil
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista. Especialização em Quiropraxia pela ANAFIQ- Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia. Pós Graduação em Fisioterapia Ortopédica e Desportiva pela Universidade Cidade de São Paulo- UNICID Coordenador do Grupo de Estudos em Postura de Araraquara. –GEP Membro da Associação Nacional de Fisioterapia em Quiropraxia- ANAFIQ/ Membro da Associação Brasileira de Fisioterapia Manipulativa- ABRAFIM/ Membro da Associação Brasileira de Pesquisa em Podoposturologia –ABPQ PODO/ Formação em RPG, SGA, Estabilização Segmentar Lombar e Cervical, Pilates, Podoposturologia, Quiropraxia,Reabilitação Funcional, Kinesyo Tape ,Dry Needling,Mobilização Neurodinâmica, Técnica de Flexão-Distração para Hérnias Lombares e Cervicais. Formação no Método Glide de Terapia Manual. Atualização nas Disfunções de Ombro, Quadril , Joelho e Coluna ( HÉRNIAS DISCAIS LOMBARES E CERVICAIS). ÁREA DE ATUAÇÃO: Diagnóstico cinético-funcional e reabilitação das disfunções musculoesqueléticas decorrentes das desordens da coluna vertebral. AGENDAMENTO DE CONSULTAS PELO TELEFONE 16 3472-2592

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Flexibilidade de Quadril e Lombar em atletas de Jiu Jitsu

Flexibilidade tóraco-lombar e de quadril em atletas de jiu-jitsu

*Graduado em Educação Física pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), pós-graduando em Ciências do Treinamento de Alto Nível (UFRRJ),faixa preta 1º Dan de Jiu-jitsu.** Graduado em Educação Física pela UFRRJ,pós-graduando em Ciências do Treinamento de Alto Nível (UFRRJ).*** Mestre em Educação Física, Professor do Departamento de Educação Física e Desportos da UFRRJ, Coordenador da pós-graduação emCiências do Treinamento de Alto Nível (UFRRJ).
Israel Souza* isra_sza@ibest.com.br Vladimir Schuindt da Silva** vladimirschuindt@bol.com.brJosé Camilo Camões***(Brasil)



Resumo O Jiu-jitsu é um luta cujo objetivo é forçar a desistência do adversário e para tal se utiliza de arremessos, imobilizações, desequilíbrios, estrangulamentos e chaves aplicadas às articulações do corpo. Um dos princípios do jiu-jitsu é utilizar golpes que constituem alavancas mecânicas e nesse sentido possibilitam que um indivíduo com menor força muscular consiga vencer um adversário mais forte, porém com menor habilidade nas execuções das técnicas. Assim, o presente estudo tem por objetivo avaliar a flexibilidade tóraco-lombar e de quadril em atletas de Jiu-jitsu, procurando compreender o comportamento desta qualidade física nos atletas em questão e contribuir, então, para um melhor desenvolvimento da modalidade e dar subsídios aos preparadores físicos para a elaboração do programa de treinamento dos atletas. A flexibilidade pode ser conceituada como uma qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão. Assim a flexibilidade é importante para o atleta melhorar a qualidade do movimento, para realizar habilidades atléticas com grandes amplitudes de movimento e reduzir os riscos de lesões músculo-articulares. Participaram do presente estudo 46 atletas de Jiu-jitsu da região do Grande Rio - RJ, contactados na academia onde praticavam a modalidade, com idade variando de 16 a 39 anos (média de 19 anos), com tempo médio de prática da modalidade de 2,17 anos. Para mensuração da flexibilidade tóraco-lombar e quadril utilizou-se o método linear com o teste de sentar e alcançar. Os dados obtidos foram tratados no pacote estatístico SPSS 10.0 e BioEstat 3.0, utilizando-se a Correlação linear de Pearson entre o tempo de prática e a flexibilidade (r = 0,393 ; p = 0,008) e do Teste t de Student entre atletas iniciantes e avançados (t = -3,504 ; p = 0,001). Os resultados permitem concluir que a prática do Jiu-jitsu propicia o aumento da flexibilidade tóraco-lombar e quadril, mostrando que este pode ser um importante componente no desenvolvimento e na performance de atletas de jiu-jitsu. Sugere-se, entretanto, que novas pesquisas sejam realizadas visando estabelecer a relação entre a flexibilidade e o desempenho competitivo no Jiu-jitsu e, ainda, a determinação de um nível ótimo de flexibilidade que propicie a melhora da performance do atleta. Unitermos: Flexibilidade. Jiu-jitsu. Avaliação física. Rendimento. Abstract The Brazilian Jiujitsu is a fight whose objective is to force the opponent's cessation and for such it is used of throws, immobilizations, unbalances, strangulations and applied keys to the articulations of the body. One of the principle of the Brazilian Jiujitsu is to use blows that constitute mechanical levers and in that sense they make possible that an individual with smaller muscular force gets to win a stronger opponent, however with smaller ability in the executions of the techniques. This papper has for objective to evaluate the trunk-lumbar and hip flexibility in athletes of Brazilian Jiujitsu, trying to understand the behavior of this physical quality in the athletes in subject and to contribute, then, for a better development of the modality and to give subsidies to the physical coaches for the elaboration of the program of the athletes' training. The flexibility can be considered as a responsible physical quality for the voluntary execution of a movement of maximum angular width, for an articulation or group of articulations, inside of the morphologic limits, without the risk of provoking lesion. Like this the flexibility is important for the athlete to improve the quality of the movement, to accomplish athletic abilities with great movement widths and to reduce the risks of lesions you muscle-articulate. Participated in the present study 46 athletes of Brazilian Jiujitsu of the area of Great Rio - RJ, contacted in the academy where they practiced the modality, with age varying from 16 to 39 years (19 year-old average), with mean time of practice of the 2,17 year-old modality. For mensuration of the trunk-lumbar and hip flexibility was used the lineal method with the test of sit and reach. The obtained data were treated in the statistical package SPSS 10.0 and BioEstat 3.0, being used the lineal Correlation of Pearson between the time of practice and the flexibility (r = 0,393; p = 0,008) and of the Test t of Student among athletes beginners and advanced (t = -3,504; p = 0,001). The results allow to conclude that the practice of the Brazilian Jiujitsu propitiates the increase of the trunk-lumbar and hip flexibility, showing that this can be an important component in the development and in the Brazilian Jiujitsu athletes' performance. It suggests her, however, that new researches are accomplished seeking to establish the relationship between the flexibility and the competitive acting in the Jiujitsu and, still, the determination of a great level of flexibility that propitiates the improvement of the athlete's performance. Keywords: Flexibility. Brazilian Jiu-jitsu. Physical Evaluation. Performance. Resumo apresentado em forma de pôster no 19º Congresso Internacional de Educação Física - FIEP/2004 - Foz do Iguaçu/PR.

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 82 - Marzo de 2005
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1. Introdução
A exata origem do Jiu-jitsu é duvidosa, no entanto a sistematização do mesmo se deve aos japoneses. Vale ressaltar que no Brasil o Jiu-jitsu adquiriu características peculiares que o diferenciam dos estilos praticados em outros países, sendo, portanto adequado chamá-lo de Jiu-jitsu brasileiro. O seu objetivo é forçar a desistência do adversário e para tal se utiliza de arremessos, imobilizações, desequilíbrios, estrangulamentos e chaves aplicadas às articulações do corpo. Um dos princípios do jiu-jitsu é utilizar golpes que constituem alavancas mecânicas e nesse sentido possibilitam que um indivíduo com menor força muscular consiga vencer um adversário mais forte, porém com menor habilidade nas execuções das técnicas (FRANCHINI, TAKITO, PEREIRA, 2003). Nas competições esportivas os atletas são divididos de acordo com a graduação, a idade e a massa corporal.
Nos últimos anos a literatura científica a respeito do Jiu-jitsu cresceu consideravelmente, procurando descrever as características antropométricas, fisiológicas e psicológicas dos atletas da modalidade, porém estamos longe de alcançar o corpo teórico-científico adquirido por outras modalidades de luta como o Judô e o Wrestling (estilo Greco-romano e Livre).
Assim, o presente estudo tem por objetivo avaliar a flexibilidade tóraco-lombar e de quadril em atletas de Jiu-jitsu, procurando compreender o comportamento desta qualidade física nos atletas em questão e contribuir, então, para um melhor desenvolvimento da modalidade e dar subsídios aos preparadores físicos para a elaboração do programa de treinamento dos atletas.
Diversos têm sido os autores que tentam definir o conceito de flexibilidade; WEINECK (1991) denomina flexibilidade como mobilidade, e conceitua essa capacidade física como a característica do esportista conseguir executar movimentos com grande amplitude oscilatória sozinho ou sob a influência de forças externas, em uma ou mais articulações. A flexibilidade pode ser definida como uma qualidade motriz que depende da elasticidade muscular e da mobilidade articular, expressa pela máxima amplitude de movimentos necessária para a perfeita execução de qualquer atividade física eletiva, sem que ocorram lesões anátomo-patológicas (ARAÚJO, apud FARINATTI, 2000).
Para SCHMID & ALEJO (2002) a flexibilidade significa ter um bom alcance de movimento em determinada articulação. Adicionalmente, considera-se o componente da coordenação como sendo muito importante para essa capacidade (WEINECK, 1991).
No entanto, o conceito de flexibilidade admitido como satisfatório pelos autores pode ser obtido em DANTAS (1995) que a conceitua como uma qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão.
Para WERLANG (1997) a flexibilidade é uma qualidade física integrante da aptidão física para a saúde e para o auto-rendimento, sendo importante tanto para o atleta como para o sedentário. Podemos considerar também, que alongamento é o tipo de trabalho que visa manter os níveis de flexibilidade adquiridos e flexionamento o tipo de trabalho que visa aumentar os níveis de flexibilidade do indivíduo (DANTAS, 1995).
HARRIS citado por ARAUJO (2000) comenta que a flexibilidade tende a ser específica para um certo movimento e uma dada articulação. Deste modo o indivíduo pode ter uma excelente flexibilidade numa certa articulação e, ao mesmo tempo, ser bastante limitado numa outra articulação.
FOX, BOWERS & FOSS (1991) apresentam como limites estruturais para a flexibilidade (componentes da flexibilidade): o osso; músculo; ligamentos e outras estruturas ligadas à cápsula articular; tendões e outros tecidos conjuntivos; e a pele. Os mesmos autores, baseados nos dados de JOHNS & WRIGHT (1962), colocam a importância relativa dos tecidos moles com relação à limitação da flexibilidade. Embora esses dados tenham sido obtidos de articulações de punho de gatos, são aplicáveis a seres humanos.

Já os fatores influenciadores da flexibilidade são citados por DANTAS (1998) e podem ser agrupados como no quadro abaixo:

Segundo RODRIGUES & CARNAVAL (1985) os objetivos do treinamento da flexibilidade são: melhorar a elasticidade muscular; aumentar a mobilidade articular; melhorar o transporte de energia; aumentar a capacidade mecânica do músculo; permitir um aproveitamento mais econômico da energia mecânica; evitar lesões musculares; reduzir o choque de impacto nos esportes de contato e nas quedas; aumentar a amplitude dos movimentos inerentes à atividade; promover o relaxamento muscular; oferecer a possibilidade e capacidade ao atleta de aperfeiçoar com maior rapidez técnica.
Assim a flexibilidade é importante para o atleta melhorar a qualidade do movimento, para realizar habilidades atléticas com grandes amplitudes de movimento e reduzir os riscos de lesões músculo-articulares (ACHOUR Jr., 1996). Embora a prevenção de lesões seja um ponto controverso, principalmente no que se refere a flexibilidade-estabilidade, a recomendação é que a flexibilidade deve ser treinada sempre conjuntamente com a força.
HOLLMANN & HETTINGER (1989) afirmam que os atletas apresentam maiores níveis de flexibilidade, pois desempenham movimentos também acima da média. Porém, dados recentes de ARAÚJO, PEREIRA & FARINATI (1998) apontam para o fato de que a grande maioria dos atletas de alto nível possui uma flexibilidade global apenas mediana. Tal fato deve-se a especificidade de cada esporte, onde a exigência é de um movimento específico e, portanto, altos níveis de flexibilidade são exigidos em articulações específicas.
O processo de elevação da flexibilidade é gradual, necessita de várias semanas de treinamento, devendo ser utilizado desde o início da preparação (WEINECK, 2000). O treinamento da flexibilidade deve ser constante, pois um período de inatividade fará com que a capacidade de alongamento volte aos valores iniciais (BARBANTI, 1996).
Existem diversos métodos para o trabalho de flexibilidade tais como: Método Ativo ou Flexibilidade Dinâmica - realizado através da execução de exercícios dinâmicos, aproveitando a inércia do segmento corporal em movimento para forçar amplitudes maiores que as normais; Método Passivo ou Flexibilidade Estática - utiliza-se de posturas estáticas, permanecendo por determinado tempo em posição fixa objetiva aumentar a amplitude articular; Método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) - Este método utiliza-se da influência recíproca entre o fuso muscular e o órgão neurotendíneo de um músculo e com os do músculo antagonista para obter maiores amplitudes de movimento.
Assim, DANTAS (2003) estrutura os métodos para o trabalho de flexibilidade a serem utilizados num treinamento a longo prazo da seguinte forma:

Deve-se de antemão, analisar quais os movimentos a serem enfatizados no treinamento, além de que mensurações periódicas devem ser realizadas para verificar o progresso do treinamento. Outra consideração a fazer é que existe um nível ótimo de flexibilidade para cada articulação em cada esporte, logo um nível exagerado (demasiadamente alta ou baixa) de flexibilidade pode propiciar lesões por falta de estabilidade ou por resistência ao movimento.
Desta forma fica evidente a relevância do presente estudo ao abordar o tema da flexibilidade em atletas de Jiu-jitsu. A flexibilidade tóraco-lombar e de quadril foi escolhida por ser esta uma das qualidades extremamente exigidas aos atletas de Jiu-jitsu quando na luta de solo, principalmente no trabalho de "guarda".
2. Materiais e métodos
Participaram voluntariamente do presente estudo 46 atletas de Jiu-jitsu do sexo masculino, da região do Grande Rio - RJ, contactados na academia onde praticavam a modalidade, com idade variando de 16 a 39 anos (média de 19 anos), com tempo médio de prática da modalidade de 2,17 anos.
A amostra era constituída de atletas iniciantes a experientes, tendo alguns deles títulos importantes (campeões estaduais, brasileiros e internacionais).
Para mensuração da flexibilidade tóraco-lombar e quadril utilizou-se o método linear com o teste de sentar-e-alcançar, proposto originalmente por WELLS & DILLON, (1952). Neste caso utilizamos a padronização proposta por CARNAVAL (1998) e por ARAUJO (2000), onde se utiliza o banco de Wells e o indivíduo é posicionado sentado com as pernas completamente estendidas e os pés descalços ligeiramente afastados e completamente apoiados contra o banco. Pede-se, então, ao indivíduo para realizar quatro tentativas de flexão do tronco, mantendo os joelhos, cotovelos e punhos em extensão. Na quarta tentativa, o indivíduo deverá manter, por alguns instantes, a posição máxima alcançada com a ponta dos seus quirodáctilos, para que possa ser feita a leitura na régua. Considera-se como zero o ponto de contato dos pés com o anteparo, sendo então possível obter valores negativos e positivos, quando, respectivamente, as pontas dos dedos não chegam a alcançar ou ultrapassam o anteparo. A medida é anotada em centímetros.
Embora diversas críticas tenham sido feitas ao teste de sentar e alcançar, principalmente por medir um conjunto de articulações e não uma única articulação, entendemos que o movimento realizado no teste é satisfatório para a análise da flexibilidade, onde são analisados a flexibilidade de quadril (que pode ser limitada pela musculatura isquiotibial) e tóraco-lombar (limitada pela musculatura dorsal). Atenta-se para uma possível influência no resultado, a flexibilidade ombro. Vale ressaltar que este tem sido o principal meio pelo qual a flexibilidade vem sendo analisada em atletas de Judô (FRANCHINI, 2001).
Os dados obtidos foram analisados com o pacote estatístico SPSS 10.0 e no BioEstat 3.0.
3. Resultados e discussão
Primeiramente foi realizada a análise descritiva da amostra, sendo os resultados apresentados na tabela abaixo:

Em seguida aplicou-se o teste normalidade Shapiro-Wilk aos dados obtidos da mensuração da flexibilidade no banco de Wells. O resultado permite-nos afirmar que os dados estão distribuídos de tal forma que não diferem da Distribuição Normal (W = 0,9383, p = 0,2005). Tal fato possibilita a utilização de teste de hipótese (Teste t de Student). Posteriormente foi utilizado o teste de Correlação Linear de Pearson para avaliar a associação entre o tempo de prática e a flexibilidade mensurada pelo teste de sentar e alcançar. Os resultados podem ser observados na tabela abaixo:

Os resultados revelam uma forte associação entre o tempo de prática e a flexibilidade tóraco-lombar e de quadril, sugerindo que esta flexibilidade aumente sob a influência do treinamento. Para confirmar tal tendência realizamos o Teste t de Student para amostras independentes entre atletas classificados como iniciantes e avançados. Tal classificação foi realizada utilizando-se a mediana do tempo de prática, assim os atletas situados abaixo da mediana foram classificados como iniciantes e aqueles acima da mediana como avançados. Os resultados estão apresentados na tabela seguinte:

O resultado confirma a expectativa, assim os atletas mais experientes, isto é, com maior tempo de prática, possuem uma maior flexibilidade. Então o tempo de prática influencia na aquisição da flexibilidade tóraco-lombar e de quadril mensurada pelo teste de sentar e alcançar.
Complementarmente, calculou-se a média e o desvio padrão (9,44 + 6,15) e os percentis obtidos pelos atletas classificados como experientes:

Os valores obtidos são similares aos encontrados em judocas belgas de alto nível com menos de 71Kg, em judocas japoneses universitários e em judocas da seleção Brasileira de Judô de 1996 (FRANCHINI, 2001).
4. Conclusão
Os resultados permitem concluir que a prática do Jiu-jitsu propicia o aumento da flexibilidade tóraco-lombar e quadril, mostrando que este pode ser um importante componente no desenvolvimento e na performance de atletas de jiu-jitsu.
Tal conclusão coaduna com SILVA et al (2004) que numa investigação com 28 atletas chegou a conclusões semelhantes, isto é, a existência de uma correlação entre o tempo de prática e a flexibilidade mensurada no banco de Wells, e que o tempo de prática influencia beneficamente a aquisição da flexibilidade tóraco-lombar e quadril.
FRANCHINI (2001) cita um trabalho desenvolvido por VIANA et al. (1984) onde a flexibilidade tronco/quadril era influenciada pela prática do Judô. Infere, também, que a avaliação da flexibilidade a partir do teste de sentar e alcançar é importante para atletas de Judô, uma vez que a flexibilidade de quadril é solicitada em alguns golpes.
No Jiu-jitsu a articulação tóraco-lombar e a de quadril também são constantemente solicitadas, principalmente no trabalho de "solo" e especialmente no trabalho de "guarda" o que nos leva a ressaltar a importância dessa avaliação no desenvolvimento do trabalho de preparação física do atleta, bem como o trabalho da mesma no período de treinamento.
Sugere-se, entretanto, que novas pesquisas sejam realizadas visando estabelecer a relação entre a flexibilidade e o desempenho competitivo no Jiu-jitsu e, ainda, a determinação de um nível ótimo de flexibilidade que propicie a melhora da performance do atleta. Bem como a avaliação da flexibilidade de outras articulações ou conjunto de articulações
Referências bibliográficas
ACHOUR Jr., A. Bases para exercícios de alongamento; Relacionado com a saúde e no desempenho atlético. Londrina: Midiograf, 1996.
ARAÚJO C.G.S, PEREIRA M.I.R., FARINATTI P.T.V. Body flexibility profile from childhood to seniority - data from 1874 male and female subjects. Medicine Science of Sports and Exercises; 30(5 suppl): S115. 1998
ARAUJO, C.G.S. Correlação entre diferentes métodos lineares e adimensionais de avaliação da mobilidade articular. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Brasília v.8 n. 2 p. 25-32, mar 2000.
BARBANTI, V. J. Treinamento físico: bases científicas. 3. ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996.
CARNAVAL, P. E. Medidas e Avaliação em Ciências do Esporte. 3 ed. Sprint, Rio de Janeiro, 1998.
DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 4 ed. Rio de Janeiro: Shape, 1998.
DANTAS, E. H. M. Flexibilidade, alongamento e flexionamento. 3a ed. Rio de Janeiro: Shape, 1995.
DANTAS, E. H. M. A Flexibilidade no Treinamento do Atleta de Alto rendimento. Opinião de Especialistas. Site: http://www.personaltraining.com.br/flexibilidade.html. Acessado em mar/2003.
FARINATTI, P. T. V. Flexibilidade e esporte: uma revisão de literatura. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 85-96, jan./jun. 2000
FOX, E.L.; BOWERS, R. W. & FOSS, M. L. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos. Guanabara Koogan, 4 ed. Rio de Janeiro, 1991.
FRANCHINI, E. Judô: Desempenho Competitivo. Manole, Barueri, 2001.
FRANCHINI, E.; TAKITO, M. Y.; PEREIRA, J. N. C. Freqüência cardíaca e força de preensão manual durante a luta de jiu-jitsu. Revista Digital EFDEPORTES, Buenos Aires - Año 9 - n. 65 - Out/2003
HOLLMANN, W. & HETTINGER, T. Medicina do Esporte. São Paulo, Manole. 1989
JOHNS, R. & WRIGHT, V. Relative Importance of various tissues in joint stiffness. Journal of Applied Physiology. n. 17, p. 824-828, 1962.
RODRIGUES, C. C. & CARNAVAL, P. E. Musculação: Teoria e Prática. Sprint, Rio de Janeiro, 1983.
SILVA, V. S.; SOUZA, I.; SOUZA, I.; CAMÕES, J. C. Influência da prática do jiu-jitsu na flexibilidade tóraco-lombar e quadril. Fiep Bulletin. Foz do Iguaçu: v.74, p.119 - 119, 2004.
SCHMID, S. & ALEJO, B. Complete Conditions for Soccer. Champaign: Human Kinetics, 2002.
WEINECK, J. Futebol Total: o treinamento físico no futebol. Guarulhos: Phorte, 2000.
WEINECK, J. Biologia do Esporte. São Paulo: Manole, 1991.
WERLANG, C. (1997) Flexibilidade e sua Relação com o Exercício Físico IN: SILVA, O.J. Exercícios em Situações Especiais I. Florianópolis, Ed. UFSC. p 51-66.
Outro artigos e

Torções de joelho no Jiu Jitsu


O objetivo principal desta matéria é o esclarecimento sobre as lesões que os atletas de jiu-jitsu podem sofrer, sempre com dicas práticas de como se cuidar e de como tratar adequadamente uma lesão, lembrando SEMPRE que todo tratamento deve ser realizado por um médico e um fisioterapeuta especializados. Falaremos a respeito das lesões de joelho, que são muito freqüentes no atleta de luta, iniciando pela lesão do ligamento cruzado anterior.O ligamento cruzado anterior do joelho é o chamado ligamento do atleta, pois a sua lesão completa praticamente inviabiliza a prática esportiva competitiva. Ele é o principal estabilizador do joelho, e sua lesão ocorre geralmente após uma forte torção do joelho. No jiu-jitsu isto pode ocorrer quando você sofre um chute lateral no joelho enquanto o mesmo está apoiado no chão e discretamente fletido.Nesta situação, o ligamento cruzado anterior é submetido a um forte estresse (e em menor grau o ligamento colateral medial e o menisco medial), rompendo se o limite funcional do ligamento for ultrapassado.Outra forma de se lesar o ligamento é após uma torção, que pode ocorrer em uma queda após algum golpe, estando o corpo apoiado somente em uma perna.O sinal mais evidente de uma lesão do ligamento cruzado anterior é um inchaço no joelho que ocorre logo em seguida da torção (até 1 hora depois). Este inchaço pode ser em decorrência de um sangramento na articulação, que quando presente indica que o ligamento rompeu em cerca de 80% das vezes.Para se diagnosticar corretamente a lesão um exame clínico deve ser realizado - em mais de 90% das vezes o exame com um médico especialista já é suficiente para diagnosticar a lesão. Costumamos solicitar radiografias (para ver se ocorreram ou não fraturas, principalmente em atletas juvenis e competitivos que estão com muita dor) e a ressonância magnética, que é o melhor exame para avaliar a lesão e observar se ocorreram ou não outras lesões (como lesões de menisco e cartilagem, que serão temas das nossas próximas edições).O tratamento das lesões completas do ligamento cruzado anterior em esportistas competitivos é cirúrgico, e devemos de rotina substituir o ligamento lesado por um outro, a partir de tendões do próprio paciente (esta cirurgia é chamada de reconstrução ligamentar). Atualmente a cirurgia pode ser feita por via artroscópica, com pequenas incisões, o que facilita em muito a reabilitação.A fisioterapia é outra regra para os atletas submetidos a cirurgias de reconstrução ligamentar do joelho. Quanto mais específico for o tratamento fisioterápico, melhor será o estado do joelho quando o atleta voltar a lutar.E para aqueles que querem prevenir as lesões de joelho valem aqui algumas dicas:1. Procure realizar de rotina aquecimento antes e dos treinos e lutas2. Evite as sobrecargas de lutas (muitas lutas seguidas), pois hoje se sabe por trabalhos científicos publicados que a fraqueza muscular que pode advir do excesso de lutas é um fator que predispõe torções de joelho.3. Faça um bom trabalho de fortalecimento muscular dos membros inferiores - este é um dos melhores fatores para que o seu joelho fique forte e evite as torções.4. Treine algum tipo de atividade esportiva, que não seja a luta em sí, que contenha deslocamentos do corpo com mudança de direção - se você jogar futebol ou basquete, por exemplo, ou treinar alguns movimentos destes esportes rotineiramente, vai melhorando a parte proprioceptiva do joelho.5. Procure um médico especializado em traumatologia esportiva para uma avaliação detalhada sempre que você tiver dores freqüentes ou sinais de falseio (joelho bambo) após uma torção de joelho.

Luxação de ombro em Lutadores de Judô e Jiu Jitsu

Atendemos muitos lutadores com queixa de dor, falseio, diminuição da amplitude de movimento e lesões musculares no cotovelo e várias patologias em outras articulações como a luxação do ombro, SLAP, lesões meniscais e de ligamentos do joelho.Nesse espaço iremos abordar essas lesões de forma que o atleta possa evitá-las ou reconhecê-las.Estamos disponibilizando um ambulatório que visará o atendimento principalmente na área de membro superior em atletas junto à Escola Paulista de Medicina. Esse ambulatório visa o tratamento e educação mais especificamente das lesões do cotovelo do atleta, já que essa articulação está vulnerável no “arm-lock” e nas americanas.Muitos lutadores apresentam dor , falseio e diminuição da capacidade de flexão do cotovelo, mas esses déficits freqüentemente são deixados de lado por não serem, em geral, incapacitantes às atividades atléticas.Alguns lutadores de Judô e de Jiu-Jitsu que atendemos não conseguiam mais aplicar o ippon-seoi-nague por esse déficit e tiveram que ser submetidos a artroscopia do cotovelo para retornarem às suas atividades no nível competitivo. Essa diminuição da amplitude de movimento e dor podem ser causados pela chave que hiperextende o cotovelo(o “arm-lock”ou “Juji-gatami”). Esse movimento feito de forma violenta ou sua repetição contínua pode causar uma cicatrização da cápsula dentro da articulação do cotovelo e lesão com cicatrização muscular na porção anterior do cotovelo. Essa é aquela dor que você sente após levar uma chave dessas. Quando levamos uma chave em hiperextensão e há dor é aconselhável o uso de gelo por cerca de 15 minutos 4 vezes ao dia, ou a critério médico, e um antiinflamatório não hormonal, preferencialmente a base de indometacina ( nos pacientes que não tiverem úlcera ou hipersensibilidade a essa medicação). Se for muito dolorosa a lesão além dessas duas medidas deve ser imobilizado o cotovelo com uma órtese ou gesso.Em uma pesquisa realizada por nós em atletas graduados, constatamos que aproximadamente a metade tinha deficiência na flexão em um dos cotovelos associada a chaves de braço.Tente perceber essa lesão em você no espelho de casa.Existe um sinal doloroso característico dessa lesão com a flexão forçada do cotovelo.Se for incapacitante pode ser necessária artroscopia para limpeza das cicatrizações internas do cotovelo decorrentes do “arm-lock”. Se não for incapacitante pode-se prevenir sua progressão com as medidas citadas acima.

lesão tipoSLAP do ombro no lutador de jiu Jitsu

Lesão tipo SLAP do Ombro
A lesão tipo SLAP é comum em atletas e subdiagnosticada. Essa lesão muitas vezes é representada por aquela dor crônica no ombro que não melhora com fisioterapia e que aparece apenas em algumas posições específicas. Um exemplo é quando fazemos pulley ou o supino, principalmente o inclinado. A dor não é incapacitante, a não ser em atletas arremessadores. Em lutadores pode causar aquela dor constante no ombro durante a luta ou nos exercícios específicos já citados. A causa dessa dor é o arrancamento de parte da origem da cabeça longa do músculo bíceps (que tem seu início no ombro).Muitas vezes esse arrancamento ocorre com lesão parcial do tendão do bíceps, o que piora os sintomas de dor .Essa lesão é de difícil diagnóstico e por muitos anos passou despercebida pois em geral não aparece em exames de ultrassom ou ressonância magnética. O resultado desses exames é pobre podendo ter como resultado derrame, inflamação ou até normalidade. A artroressonância é o exame de escolha, é uma ressonância magnética com contraste injetado no ombro, nesse exame é possível fazer o diagnóstico preciso na maior parte das vezes.O uso de remédios pode aliviar a dor, e infelizmente a fisioterapia não apresenta bons resultados.Nossa única proposta para essa patologia é a cirurgia que reinsere por artroscopia a porção arrancada no osso, reestabelecendo a anatomia normal.As técnicas cirúrgicas variam de acordo com a gravidade do caso e o período de reabilitação também.A reabilitação deve ser acompanhada por um fisioterapeuta acostumado a lidar com as patologias do membro superior e pelo ortopedista responsável pela cirurgia.Se respeitadas as orientações quanto à reabilitação o resultado é excelente com o retorno às atividades em nível competitivo.
Dr. José Carlos Garcia JrMédico assistente da Escola Paulista de MedicinaUniversidade Federal de São Paulo

Lesão no menisco no lutador de jiu jitsu

As lesões do lutador
Lesão do Menisco
Entre as lesões do lutador uma das mais freqüentes é a do menisco.Essa pequena porção do corpo causa muita dor para os esportistas desde esquiadores, jogadores de futebol até os lutadores.O menisco é uma estrutura que fica entre o fêmur (na coxa) e a tíbia (na perna) e serve de coxim entre esses dois ossos. Funciona como amortecedor entre esses ossos suportando todo o peso do corpo e ainda ajuda a manter a estabilidade do joelho. Quando há alguma torção do joelho ocorre uma sobrecarga no menisco e é nesse momento que ele costuma romper.Agudamente o atleta pode ter uma dor leve ou de grande intensidade que não melhora após passada a fase inflamatória inicial.A dor do menisco em geral depende de movimento e piora se o paciente agacha-se. Algumas vezes pode causar até o travamento do joelho.No Jiu-Jitsu em especial observo as lesões da porção lateral do menisco ao contrário do futebol que em geral causa lesão do menisco medial.O tratamento da lesão aguda deve contar com imobilização e retirada da carga sobre o membro de acordo com o caso, gelo ao menos 3 vezes ao dia de 10 a 15 minutos e antiinflamatórios podem ser usados nos primeiros dias para a diminuição do inchaço e melhora das dores.Se a dor persistir deve-se avaliar melhor a lesão e essa possivelmente deverá ser operada.Quanto a cirurgia, o ideal é que seja feita por artroscopia, ou seja com o uso de uma microcâmera. Antigamente o menisco inteiro era retirado, na década de 90 era retirada apenas a parte lesada e hoje em boa parte dos casos está sendo feita a sutura (costura) do menisco.No pós operatório o paciente pode retornar às atividades de acordo com a avaliação de seu médico.
Dr. José Carlos Garcia JrMédico assistente da Escola Paulista de MedicinaUniversidade Federal de São Paulo

Possiveis lesões decorrentes da pratica do Jiu Jitsu

Possíveis lesões decorrentes da aplicaçãodas técnicas do jiu-jitsu desportivo

*Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP**Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP. (Brasil)
Bernardo Neme Ide* bernardo_311@hotmail.com Daniel Alves Padilha** daniel.padilha@merconet.com.br



Resumo O objetivo do trabalho consistiu em denominar e caracterizar as possíveis lesões decorrentes da aplicação das técnicas do Jiu-jitsu desportivo, para proporcionar uma comunicação efetiva e com uma terminologia padronizada entre professores, técnicos, atletas, fisioterapeutas e membros da equipe médica. Definimos os objetivos das técnicas de luta, entre elas as projeções, imobilizações, pinçamentos, chaves, torções e estrangulamentos, além das capacidades e habilidades motoras envolvidas na performance competitiva. Constatamos nesse trabalho que o Jiu-jitsu desportivo constitui uma modalidade que pode ser altamente lesiva aos seus praticantes, tornando o acompanhamento e orientação por parte dos profissionais de educação física, fisioterapia e medicina, essenciais na prevenção e possíveis primeiros socorros em casos de acidentes nas aulas, sessões de treinamento, e competições de alto nível. Unitermos: Jiu-jitsu. Técnicas. Lesões. Primeiros socorros. Terminologia padronizada.

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 83 - Abril de 2005
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O Jiu-jitsu é considerada atualmente uma das artes marciais mais antigas e completas da atualidade. Sua origem, apesar de contraditória, é atribuída à China, depois Índia e Japão. No Brasil seu desenvolvimento foi tão aprimorado por seus praticantes e especialmente pelos integrantes da família "Gracie", que passou a ser considerada e denominada como uma nova arte marcial, o "Brazilian" ou "Gracie Jiu-jitsu".
Traduzindo do idioma japonês, o termo significa "arte ou técnica suave" (Jiu = Suave; Jitsu = Arte ou técnica). A razão do significado do termo fundamenta-se em sua filosofia, que prega o predomínio de suas técnicas de luta sobre a imposição da "força bruta", pois prioriza o uso de princípios biomecânicos que visam otimizar a força muscular do praticante, anular a do oponente, e/ou até mesmo utilizar as valências físicas deste contra ele próprio.
Princípios como o momento, resultante vetorial e distribuição de massa, são usados nos golpes de forma a imobilizar, derrubar, neutralizar ataques, pressionar ou até mesmo estrangular, hiperextender e torcer as articulações dos adversários.
Devido às características das ações motoras no Jiu-Jitsu desportivo, e pelo fato de constituir um esporte de contato, observamos que os praticantes podem estar constantemente sujeitos as lesões decorrentes dos golpes, como também dos deslocamentos corporais dos atletas. Lesões essas que podem muitas vezes afastar os praticantes dos treinamentos e das competições, por períodos de tempo indeterminados.
PLATONOV, 2004 afirma que muitos esportistas excepcionais estão obrigados a depender mais atenção e tempo na cura das enfermidades e dos traumatismos que na própria atividade de treinamento e competição. Vários deles têm suportado gravíssimas cirurgias e gasto tempo e forças na posterior reabilitação e recuperação do nível de treinamento.
Entretanto, existe uma característica particular das modalidades desportivas de luta em comparação as demais modalidades no que se diz respeito ao risco e ocorrência de traumatismos. Podemos considerar que o risco na prática dessas modalidades pode ser muito maior quando comparado a outras, pois o objetivo principal de suas técnicas é fundamentalmente vencer o oponente colocando-o em risco de lesões (obrigando o mesmo a desistir do combate), ou então fora de ação levado-o à inconsciência (situação de nocaute).
Dessa forma, o conhecimento de uma terminologia padronizada entre professores, técnicos, atletas e membros da equipe médica proporcionam uma comunicação efetiva possibilitando descrever com maior precisão o diagnóstico do atleta em casos de eventuais acidentes nos treinamentos e/ou competições.
STARKEY, 2001, afirma que é imperativa a comunicação efetiva entre os membros da equipe médica. Essa comunicação depende do uso de terminologia padronizada e cada membro da equipe deve ser capaz de descrever com precisão o estado do atleta e os achados no exame.
Caracterização da modalidade, técnicas e possíveis lesões
As lutas desportivas pertencem ao grupo das modalidades com condições variáveis de competição e que exigem resistência específica. Sendo que o traço característico do nível desportivo nessas modalidades é a existência de um conjunto amplo de movimentos motores complexos caracterizados pelo nível de desenvolvimento da capacidade de aplicar esforços explosivos, possuindo uma certa variedade de adaptação às condições variáveis de competição. Ao mesmo tempo, é apropriado um alto nível de desenvolvimento da capacidade de resistir à fadiga sem a diminuição da eficácia das ações técnicas e táticas e dos métodos. (VERKHOSHANSKY, 2000).
A performance geral envolve capacidades e habilidades físicas como a velocidade, força explosiva, resistência de força, reatividade neuromuscular, coordenações grossa e fina, força máxima e equilíbrio. Sendo que todas elas atuam de maneiras conjuntas e influenciadas diretamente pelo estado emocional e preparação psicológica do atleta. Os componentes técnico e tático também representam fatores essenciais e determinantes na performance final. Nessas modalidades, o resultado competitivo nunca pode ser atribuído a performance de uma variável apenas, mas sim ao conjunto de todas desenvolvendo-se em harmonia. (IDE, 2004).
O Jiu-jitsu desportivo abrange uma gama de seis técnicas permitidas em competições. São elas:
Projeções.
Imobilizações.
Pinçamentos.
Chaves.
Torções.
Estrangulamentos.
Todas são fundamentadas em princípios biomecânicos e podem causar sérios traumas aos adversários quando aplicadas com toda sua magnitude. Somente as imobilizações constituem um grupo que não têm como objetivo levar situações de perigo ao adversário e nem provocar lesões, e que devido a esse fato, não identificamos possíveis traumatismos decorrentes des suas aplicações. O objetivo das imobilizações é impedir os movimentos mais ofensivos do oponente, segurando-o em situações de submissão.
Antes de descrevermos os traumas associados às técnicas do Jiu-jitsu desportivo, temos que relatar um tipo de lesão bastante comum também à prática da luta livre e judô. Ela não está associada a nenhuma técnica em particular, mas sim as próprias características de constante contato corporal das modalidades. WOJTYS apud SAFRAN, 2002 a denomina como hematoma auricular. O autor afirma que quase 40% dos lutadores comunicam ter algum tipo de deformidade auricular permanente. Nesse caso de traumatismo auricular, o sangue acumula-se entre o pericôndrio e a cartilagem. Nova cartilagem se forma a partir do firme envoltório pericondrial, levando à deformidade da aurícula (a chamada "orelha de couve flor").
A seguir apresentaremos os possíveis traumas que podem ser associadas à aplicação das mais comuns, e também mais utilizadas técnicas do Jiu-jitsu desportivo.
Projeções
A projeções visam desequilibrar e derrubar o adversário projetando-o em direção ao solo, para que a partir desse momento o combate desenvolva-se no chão.
ITAGAKI, 2004 relatou em seu estudo uma lesão aos rins associados à aplicação de técnicas de projeção em treinamentos. O paciente apresentava após a queda, um ponto doloroso no lado esquerdo do tronco e urina com coloração avermelhada, indicando uma possível lesão ao rim devido ao amortecimento mal realizado e o violento impacto com o chão.
FRANÇA, 2001, afirmou que as projeções podem ocasionar fraturas no processo odontóide, divididas em 3 tipos:
Tipo 1: fratura do ápice do processo odontóide. Tipo 2: fratura através do corpo do processo odontóide. Tipo 3: fratura da base do processo odontóide.
Possíveis lesões relacionadas às técnicas de projeções associadas a múltiplas estruturas musculares e articulares:
Estiramentos de primeiro a terceiro grau.
Entorse de primeiro a terceiro grau.
Subluxação articular.
Luxação articular.
Sinovite.
Defeitos osteocondrais (DOCS).
Fraturas.
Fraturas articulares.
Pinçamentos
Os pinçamentos são ataques que objetivam pressionar estruturas musculares e centros nervosos dos adversários. Num primeiro momento provocam extrema dor e fazem com que o adversário recue de seus ataques. Os mais comuns e utilizados são os que pressionam a tíbia do atacante contra os músculos bíceps braquial e tríceps sural do oponente (chamados de "chave de bíceps" e "chave de panturrilha").
As lesões a essas estruturas dependem da magnitude da força aplicada pelo praticante e podem constituir estiramentos de primeiro a terceiro grau.
Chaves
Ataques a estruturas articulares que visam suas imobilizações e extensões além das respectivas amplitudes de movimento. As chaves mais utilizadas são as que hiperextendem as articulações do cotovelo e do joelho, conhecidas como "Arm lock" e "Leg lock".
GARCIA, 2004, afirma que o "Arm-lock" pode levar a uma diminuição da amplitude de movimento e dor, pois o movimento feito de forma violenta, ou com repetição contínua, pode causar uma cicatrização da cápsula dentro da articulação do cotovelo, e lesão com cicatrização muscular na sua porção anterior.
De maneira geral as duas técnicas podem ocasionar traumas do tipo:
Estiramentos de primeiro a terceiro grau.
Entorse de primeiro a terceiro grau.
Subluxação articular
Luxação articular
Fraturas articulares
Defeitos osteocondrais (DOCS)
Torções
As torções também constituem ataques a estruturas articulares, mas que visam submetê-las a amplitudes de movimento além das suportadas pelas mesmas. As principais técnicas são as que atacam as articulações do ombro ("Americanas" e "Omoplatas"), do tornozelo ("Americana de pé" e "Chave de pé reta"), e a porção cervical da coluna vertebral ("Cervical"). Todas podem ocasionar traumas do tipo:
Estiramentos de primeiro a terceiro grau.
Entorse de primeiro a terceiro grau.
Subluxação articular
Luxação articular
Fraturas articulares
Defeitos osteocondrais (DOCS)
Tetraplegia (somente para "Cervical").
As lesões cervicais também podem causar danos neurológicos, viscerais e de grandes vasos. Danos neurológicos podem ser identificados e terem sido causados por secção, contusão, compressão e isquemia medular. A fratura de C1 ("de Jefferson") é uma fratura estável que ocorre com o impacto do anel de C1 contra os côndilos occipitais. Pode ocorrer por uma sobrecarga axial no topo da cabeça. (FRANÇA, 2001).
Estrangulamentos
Visam interromper o fluxo de ar para os pulmões e/ou sanguíneo para o cérebro. Apresentam um tipo de lesão ao lutador que não são encontradas em nenhuma outra manifestação desportiva. Eles proporcionam traumas que são unicamente conseqüentes das técnicas das lutas e artes marciais.
Por definição, estrangulamento é a asfixia mecânica onde ocorre uma constrição do pescoço, causando embaraço à livre entrada de ar no aparelho respiratório feito por meio de um laço acionado pela força muscular da própria vítima, ou de um estranho, (FRANÇA, 2001). No caso do Jiu-jitsu desportivo o laço pode ser feito com auxílio do Kimono (roupa apropriada para a prática)
Possíveis lesões (FRANÇA, 2001):
Morte - pelo impedimento da penetração do ar nas vias aéreas; por morte circulatória devido à compressão dos grandes vasos do pescoço que conduzem para o cérebro; por morte nervosa do mecanismo reflexo (inibição vagal).
Equimoses de pequenas dimensões na face, nas conjuntivas, pescoço e face anterior do tórax.
Infiltração hemorrágica em tela subcutânea e musculatura subjacente ao sulco.
Rupturas musculares.
Fraturas e luxações das vértebras cervicais.
Conclusões
Constatamos nesse trabalho que o Jiu-jitsu desportivo constitui uma modalidade que pode ser considerada como altamente lesiva aos seus praticantes, devido ao grande número de possíveis lesões decorrentes da aplicação plena de suas técnicas.
Um dos objetivos desse estudo é conscientizar técnicos e professores da periculosidade que os treinamentos podem representar, se realizados de maneira relapsa ou então mal programados. O acompanhamento e orientação por parte dos profissionais de educação física, fisioterapia e medicina, na prevenção, e possíveis primeiros socorros na ocorrência desses traumas, torna-se um ato essencial e imprescindível tanto nas aulas, sessões de treinamento, e também nas competições de alto nível.
Referências bibliográficas
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ITAGAKI M. W.; KNIGHT, N. B. Kidney Trauma in Martial Arts A Case Report of Kidney Contusion in Ju-jitsu. The American Journal of Sports Medicine, Vol. 32, No. 2, 2004.
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VERKHOSHANSKI, Y. V. Treinamento desportivo - teoria e metodologia. Porto Alegre ARTMED, 2001.

Lesões no Tenis de mesa

Tênis de Mesa
O Esporte no Brasil
No Brasil, os iniciantes da prática do esporte eram turistas ingleses, que mais ou menos em 1905, começaram a implantá-lo no país.

Pode-se fixar o ano de 1912 como início das atividades organizadas do Tênis de Mesa no Brasil, pois até então este era praticado somente em casas particulares e em clubes. Nesse ano, foi disputado o primeiro campeonato por equipes na cidade de São Paulo, consagrando-se vencedor o Vitória Ideal Clube.

Em 1942, foi aprovada a tradução das regras e assinou-se os convênios que levaram à oficialização do Tênis de Mesa pela CBD (Confederação Brasileira de Desporto). O Brasil participou do 3º Campeonato Sul-Americano em 1947 e, a partir de então, a participação do Tênis de Mesa Brasileiro nos Mundiais foi intensificando o intercâmbio internacional, tão indispensável para o progresso do esporte.

Atualmente, através da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), o esporte está organizado em todos os estados do Brasil, que congregam mais de 20.000 atletas. O atleta de maior destaque do Brasil no momento é Hugo Hoyama, que possui 10 medalhas, sendo 7 de ouro na história dos Jogos Pan-Americanos.

A CBTM está ampliando o número de cursos e competições em todo o território nacional, e introduzindo os mesmos sistemas de disputas usados em todo o mundo. Tudo isso acompanhado de uma importante e pioneira pesquisa na área de informatização de eventos, além de uma vantajosa aproximação com a rede CENESP do Ministério do Esporte e Turismo. Convênios estão sendo estabelecidos para aliar a parte científica à técnica, único caminho para o pleno desenvolvimento do potencial de nossos inúmeros talentos.

Um dos objetivos da CBTM, para divulgar e massificar o Tênis de Mesa por todo o Brasil, é instalar mesas de concreto em praças públicas que propiciarão a organização de maratonas populares; além da introdução do esporte nas escolas de primeiro e segundo graus, assim como a expansão do esporte nos currículos das Escolas de Educação Física das grandes universidades.

A CBTM possui filmoteca e biblioteca especializada e encontra-se em plena campanha para atingir a casa dos cinqüenta mil filiados, ao mesmo tempo em que se esforça para colocar o Tênis de Mesa nas empresas. (2)


Regras do jogo
Tênis de Mesa e Pingue-Pongue têm regras semelhantes, sendo que o primeiro constitui-se em algo organizado e mais competitivo, enquanto o segundo é o esporte mais descontraído. É a brincadeira, é o lazer. (3)
A PARTIDA

1 - Constitui-se de sets de 11 (onze) pontos. Pode ser jogada em qualquer número de sets ímpares (um, três, cinco, sete, nove...). No caso de empate em 10 pontos, o vencedor será o que fizer 2 pontos consecutivos primeiro.2 - O atleta que atua o 1º set num lado é obrigado a atuar no lado contrário no set seguinte.3 - Na partida quando houver “negra” (1 a 1), (2 a 2) ou (3 a 3) , os atletas devem mudar de lado logo que o atleta consiga 05 pontos.
O SAQUE

1 - A bola deve ser lançada para cima (16cm no mínimo), da palma da mão livre na vertical e, na descida, deve ser batida de forma que ela toque primeiro no campo do sacador, passe sobre a rede sem tocá-la e toque no campo do recebedor.2 - O saque deve ser dado atrás da linha de fundo ou numa extensão imaginária desta.3 - Cada atleta tem direito a 2 (dois) saques, mudando sempre quando a soma dos pontos seja 2 (dois) ou seus múltiplos. Ex.: 2 a 2 = 4 = 6 a 6 = 12 4 - Com o placar 10-10, a seqüência de sacar e receber deve ser a mesma, mas cada atleta deve produzir somente um saque até o final do jogo.5 - O direito de sacar ou receber primeiro ou escolher o lado deve ser decidido por sorteio (ficha de duas cores), sendo que o atleta que começou a sacar no 1º set começará recebendo no 2º set e assim sucessivamente.6 - O sacador deverá sacar de forma que o adversário possa ver a bola desde que a bola sai da mão até ser batida com raquete.
UMA OBSTRUÇÃO (NÃO VALE PONTO)

A partida deve ser interrompida quando:1 - O saque “queimar” a rede.2 - O adversário não estiver preparado para receber o saque (e desde que não tenha tentado rebater a bola).3 - Houver um erro na ordem do saque, recebimento ou lado.4 - As condições de jogo forem perturbadas (barulho, etc).
UM PONTO

A não ser que a partida sofra obstrução (não vale ponto), um atleta perde um ponto quando:1 - Errar o saque.2 - Errar a resposta.3 - Tocar na bola duas vezes consecutivas.4 - A bola tocar em seu campo duas vezes consecutivas.5 - Bater com o lado de madeira da raquete.6 - Movimentar a mesa de jogo.7 - Ele ou a raquete tocar a rede ou seus suportes.8 - Sua mão livre (que não está segurando a raquete) tocar a superfície da mesa durante a seqüência.
CORREÇÃO DA ORDEM DE SACAR, RECEBER OU LADO

Se um atleta der um ou mais saques além dos dois de direito, a ordem será restabelecida assim que for notado, tendo o adversário que completar o múltiplo de dois.
Se no último set possível, os atletas não trocarem de lado quando deveriam fazê-lo, deve trocar, imediatamente, assim que se perceba o erro. A contagem será aquela mesma de quando a seqüência foi interrompida.Em hipótese alguma haverá volta de pontos. Todos os pontos contados antes da descoberta do erro deverão ser confirmados.

JOGOS DE DUPLAS

Valem as mesmas regras, sendo que:1 - O saque tem que ser feito do lado direito do sacador para o lado direito do recebedor.2 - Cada atleta só pode bater uma só vez na bola.3 - A ordem do saque é estabelecida no início do jogo e a seqüência será natural:Atleta A saca para o XAtleta X saca para o BAtleta B saca para o YAtleta Y saca para o A que, saca para o X e assim, sucessivamente, cada atleta vai dando 2 saques.No empate 10-10, cada um só dá 1 saque por vez.4 - Se a bola do saque tocar a rede (queimar), e cair no lado esquerdo do recebedor - além da linha central - o sacador deverá perder o ponto.
Para saber as “Leis do Tênis de Mesa” veja livro de regras 2002- capítulo II em www.fptm.com.br (criar link) ; ou Regras Gerais do tênis de mesa no site: www.cbtm.org.br (criar link)
Para saber as regulamentações para competições internacionais veja livro de regras 2002 – capítulo III em: www.fptm.com.br



Equipamentos e Acessórios
A MESA
Têm 2,74m de comprimento e 1,525mm de largura e 76cm de altura. Pode ser feita de qualquer material, na cor escura e fosca, produzindo um pique uniforme de bola padrão oficial (aprovada pela ITTF); tendo uma linha branca de 2cm de largura em toda a sua volta. Para os jogos de duplas, ela é dividida em duas partes iguais por uma linha branca de 3mm de largura, no sentido do comprimento.



A REDE
A rede estende-se por 15,25cm além das bordas laterais da mesa e tem 15,25cm de altura, devendo ser de cor escura e devem possuir as suas parte superior branca e as malhas maiores do que 7,5mm quadrados até no máximo 12mm quadrados.


A BOLA
Deve ser feita de celulóide ou plástico similar, nas cores branca ou laranja e fosca, pesar 2,7g e ter diâmetro de 40mm.



A RAQUETE
1 - A raquete pode ser de qualquer tamanho, forma ou peso e constituída de madeira natural em 85% do material.2 - O lado usado para bater na bola deve ser coberto com borracha com pinos para fora tendo uma espessura máxima de 2mm, ou por uma borracha “sanduíche” com pinos para fora ou para dentro, tendo uma espessura máxima de 4mm.3 - O lado não usado para bater na bola deve ser manchado de cor diferente da borracha e só deve ser vermelho vivo ou preto.4 - A raquete tem que ter duas cores diferentes, para ser usada, e essas cores só podem ser, preto e vermelho vivo.5 - Não é permitido jogar com o lado de madeira.


VESTIMENTA
Camisa, shorts e saias podem ser de qualquer cor ou cores exceto que, quando uma bola branca está em uso somente gola e as mangas da camisa podem ser brancas, e, quando uma bola laranja está em uso, somente àquelas partes podem ser de cor laranja. (3)



Fundamentos
Antes de abordamos os fundamentos propriamente ditos, descreveremos os estilos de empunhadura e tipos de efeito:

ESTILOS DE EMPUNHADURA

Clássico: empunhadura em que a raquete fica entre o polegar e o indicador e os outros dedos envolvem o punho da raquete, como se fosse um cumprimento, por isso, também é conhecido como “shake-hand”.


Lado direito da empunhadura




Lado esquerdo da empunhadura



Caneteiro: neste estilo, a raquete pode ser empunhada de duas maneiras a “japonesa” onde os dedos se encontram abertos sobre a superfície não revestida da raquete, e a “chinesa” onde os dedos se encontram encolhidos. em ambas a raquete é segura como se fosse uma caneta, por isso, também é conhecido como “pen holder”.



Empunhadura japonesa


Empunhadura chinesa


Lado direito da empunhadura



Lado esquerdo da empunhadura



Classineta: adaptação da tradicional empunhadura caneta. assim como os classistas, os classinetas, também utilizam as costas da raquete.


Lado direito da empunhadura



Lado esquerdo da empunhadura




(Cordialmente cedido pela CBTM)

TIPOS DE EFEITO:

Além dos tipos de empunhadura da raquete, o jogador pode rebater a bola de diferentes formas, imprimindo “rotações” ou efeitos em diferentes sentidos. Sendo estes classificados em 3 tipos principais, que podem ser combinados entre si:
Efeito lateral (sidespin) - tipos de efeito resultantes do atrito da superfície da borracha com a bola, sendo que a raquete deve viajar do lado direito para o esquerdo ou do lado esquerdo para o direito do sacador, raspando a bola na parte lateral.

Efeito para cima (topspin): um tipo de efeito na bola (ação de raspar na bola de cima para baixo) resultado do atrito da superfície da borracha com a bola, sendo que a raquete viaja paralelamente ou mesmo verticalmente à mesa em direção ao lado do oponente.

Efeito para baixo (backspin): um tipo de rotação na bola (ação de raspar na bola de cima para baixo) onde a tendência da trajetória da bola quando tocar a raquete do oponente é a de não superar a rede.

FUNDAMENTOS DO TÊNIS DE MESA

Para melhor compreensão dos fundamentos do tênis de mesa, é necessário o entendimento de alguns termos ilustrados a seguir:



Saque: Primeiro golpe no inicio de um ponto onde o atleta sacador golpeará a bola em direção ao campo do oponente, mas antes fazendo com ela toque o seu próprio campo.

Existem diversos tipos de saque com diversos tipos de efeito.

Recepção: Retorno do serviço à mesa do oponente, geralmente usado taticamente e evitar um ataque.



Forehand: Um golpe feito ao lado ou na frente do corpo com a palma da mão da raquete de frente para o oponente. Trata-se de um movimento com amplitude mediana e leve curvatura.

(vídeos 01) (vídeo 02) (vídeo 03)
Backhand ou shoto: Um golpe realizado em frente ao corpo, tanto para caneteiros como para classistas, onde a raquete e as costas da mão ficam de frente para o oponente. É um movimento de pequena amplitude e curvatura, com ênfase no controle durante uma disputa.(figura 25b) (foto 034 e 035) (vídeos 04) (vídeo 05)

Backhand do Classista

(figura 25c)
Backhand do Caneteiro


Drive: Golpe ofensivo usado para a disputa ou finalização do ponto, onde a bola é golpeada com a raquete em um ângulo fechado, executado mais próximo ou mais afastado da mesa, de forma a exercer grande quantidade de efeito e dar velocidade à bola. É diferenciado em drive de efeito ou de velocidade. (vídeo 06) (vídeo 07) (vídeo 08)



Bloqueio: Golpe defensivo executado contra bolas de ataque, onde a raquete está disposta em ângulo tal que a bola retorne à mesa do oponente. É um movimento de pequena amplitude e curvatura.(vídeo 09)


Chop: Golpe defensivo à base de efeito para baixo executado estando o jogador mais afastado ou mais próximo da mesa de jogo.(vídeo 10) (vídeo 11)


Cozinhada (Cavada / slice): Golpe defensivo à base de efeito para baixo executado perto da mesa para responder golpes à base de efeito para baixo. É um movimento rápido e com pequena amplitude.(vídeo 11 - treino de drive / drop (cavada))



Cortada (Smash): Um golpe ofensivo, com muita velocidade, usado para golpear bolas altas com o objetivo de finalizar a disputa pelo ponto. É um movimento de grande amplitude e pequena curvatura.


Lob: Golpe defensivo usado contra bolas com muita velocidade (cortada por exemplo) onde a bola é retornada na mesa do oponente com ou sem efeito em uma trajetória muito alta, causando um grau elevado de dificuldade para ser golpeada novamente.

Flick ou “Harau”: Golpe ofensivo executado rapidamente próximo à rede (“dentro” da mesa) e por isso requer uso particular de punho (desvio radial e flexão). Trata-se de um movimento de pequena amplitude e pouca curvatura.


(Cordialmente cedido pela CBTM)






Biomecânica
Para o melhor entendimento da biomecânica de cada fundamento descrito a seguir, adotamos como referência indivíduos destros. No caso dos canhotos, ocorrerá a inversão dos lados, ou seja, onde é descrito “direito ou direita” deverá entender-se “esquerdo ou esquerda”.

Posição de Base
A posição de base no tênis de mesa é:

- pé esquerdo levemente à frente;- afastamento dos pés de aproximadamente uma medida e meia da largura do ombro;- peso do corpo apoiado na ponta dos pés;- joelhos levemente flexionados;- leve inclinação do tronco á frente;- ombros relaxados; e- cotovelos levemente flexionados.






Batida de Forehand
Posição Inicial
posição do corpo no canto direito da mesa, paralelo à linha de fundo dessa;pé esquerdo levemente à frente;afastamento dos pés de aproximadamente uma medida e meia da largura do ombro;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;leve inclinação do tronco á frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.
Preparação/ Backswingpeso do corpo apoiado no pé direito;rotação do tronco para o lado direito; enão deve haver extensão do cotovelo.
Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)contato com a bola em seu ponto mais alto;transferência do peso do corpo para o pé esquerdo;rotação do tronco para o lado esquerdo; eaumentar a flexão do cotovelo do lado que está com a raquete, realizando adução do braço, finalizando o movimento com a raquete próxima a cabeça.

Figuras da Seqüência dos Movimentos
1. Posição de base (Ready Position)

2. Inicio da preparação (Beginning of Backswing)

3. Fim da preparação (End of Backswing)

4. Início da finalização (Beginning of Forward Swing)

5. Contato com a bola (Contact with the Ball)

6. Término da finalização (End of Forward Swing)

7. Retorno à posição e base (Return to Ready Position)








Batida de Backhand ou Shoto
Posição Inicial
posição do corpo no canto esquerdo da mesa, paralelo á linha de fundo dessa;pé esquerdo levemente à frente;afastamento dos pés de aproximadamente uma medida e meia da largura do ombro;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;leve inclinação do tronco á frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados
Preparação/ Backswingnão há transferência do peso do corpo neste movimento;leve rotação do tronco para o lado esquerdo; eleve flexão do punho no momento em que a bola está vindo.
Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)contato com a bola na sua ascendente ou no seu ponto mais alto;leve rotação do tronco para o lado direito; efinalização do movimento de forma rápida, levando a raquete para o lado direito e levemente para cima, por meio da flexão do ombro, extensão do cotovelo e rotação do braço para o lado direito, de forma que a bola faça uma curva para cima.

Figuras da Seqüência dos Movimentos

1. Posição de base (Ready Position)
2. Inicio da preparação (Beginning of Backswing)3. Término da preparação (End of Backswing)4. Contato com a bola (Contact with the Ball)5. Término da finalização (End of Forward Swing)6. Retorno à posição e base (Return to Ready Position)

Batida de Backhand (Estilo Caneta)
Posição Inicial
posição do corpo no canto esquerdo da mesa, paralelo á linha de fundo dessa;pé esquerdo levemente à frente;afastamento dos pés de aproximadamente uma medida e meia da largura do ombro;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;leve inclinação do tronco á frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados
Preparação/ Backswingnão há transferência do peso do corpo neste movimento;leve rotação do tronco para o lado direito; epuxar a raquete para trás no momento em que a bola está vindo, por meio de flexão do cotovelo e extensão do ombro (posição da raquete próxima a horizontal).
Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)contato com a bola na sua ascendente ou no seu ponto mais alto;rotação do tronco para o lado esquerdo;finalização do movimento de forma rápida, levando a raquete para frente por meio da flexão do ombro; eleve extensão do cotovelo com leve supinação do punho para fechar o ângulo da raquete com a bola.



Smash
Posição Inicial
posição do corpo varia com a localização e a altura da bola;pé esquerdo à frente;afastamento dos pés maior do que no movimento de batida de forehand;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;leve inclinação do tronco à frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.
Preparação/ Backswingpeso do corpo apoiado no pé direito;rotação do tronco para o lado direito;extensão do cotovelo e ombro; eraquete deve estar aproximadamente na mesma altura da bola.
Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)contato com a bola em seu ponto mais alto;transferência do peso do corpo para o pé esquerdo;rápida rotação do tronco para o lado esquerdo, levando o corpo para frente;flexão rápida do cotovelo e elevação do braço do lado que está com a raquete; efinalização do movimento com a raquete na altura do ombro esquerdo.

Figuras da Seqüência dos Movimentos

1. Posição de base (Ready Position)

2. Início da preparação (Start of Backswing)

3. Meio da preparação (Middle of Backswing)

4. Meio da preparação - pingo da bola Middle of Backswing - Bounce of Ball

5. Término da preparação (End of Backswing)

6. Contato com a bola (Contact with the Ball)

7. Meio da finalização (Middle of Follow Through)

8. Término da finalização (End of Follow Through)

9. Inicio do retorno à posição de base (Start of Return to Ready Position)

10. Retorno à posição de base (Return to Ready Position)




Bloqueio (forehand)
Posição Inicial
posição do corpo no canto direito da mesa, paralelo à linha de fundo dessa;pé esquerdo levemente à frente;afastamento dos pés de aproximadamente uma medida e meia da largura do ombro;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;leve inclinação do tronco á frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.
Preparação/ Backswingpeso do corpo apoiado no pé esquerdo;rotação do tronco para o lado direito menor do que no movimento de batida de forehand;leve rotação do ombro para o lado direito;puxar a raquete levemente para trás na altura da bola quando essa estiver na sua ascendente; esutil extensão de punho.
Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)contato com a bola na sua ascendente;transferência do peso do corpo para o pé direito;leve rotação do tronco para o lado esquerdo;não se deve utilizar muita força;levar levemente a raquete para frente, diminuindo o ângulo da raquete em relação á mesa por meio de uma sutil flexão de punho; e“amortecer” a bola na borracha.

Figuras da Seqüência dos Movimentos

1. Posição de base (Ready Position)

2. Meio da preparação (Beginning of Backswing)

3. Término da preparação (End of Backswing)

4. Contato com a bola (Contact with the Ball)

5. Término da finalização (End of Forward Swing)

6. Inicio do retorno à posição de base (Start of Return to Ready Position)

7. Retorno à posição de base (Return to Ready Position)




Bloqueio (backhand)
Posição Inicial
posição do corpo no canto esquerdo da mesa, paralelo à linha de fundo dessa;pé esquerdo levemente à frente;afastamento dos pés de aproximadamente uma medida e meia da largura do ombro;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;leve inclinação do tronco á frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.
Preparação/ Backswingnão há transferência de peso do corpo neste movimento;sutil rotação do tronco para o lado direito;levar a raquete na altura da bola; esutil flexão de punho.
Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)contato com a bola na sua ascendente ou em seu ponto mais alto;não se deve utilizar muita força;sutil rotação do tronco para o lado esquerdo;levar levemente a raquete para frente, diminuindo o ângulo da raquete em relação á mesa por meio de uma sutil extensão de punho;sutil extensão do cotovelo e flexão do ombro; e“amortecer” a bola na borracha.

Figuras da Seqüência dos Movimentos

1. Posição de base (Ready Position)


2. Meio da preparação (Beginning of Backswing)

3. Término da preparação (End of Backswing)

4. Início da finalização (Beginning of Forward Swing)

5. Contato com a bola (Contact with the Ball)

6. Término da finalização (End of Forward Swing)

7. Inicio do retorno à posição de base (Start of Return to Ready Position)

8. Retorno à posição de base (Return to Ready Position)



Tênis de Mesa
Drive de Velocidade (forehand)
Posição Inicial
posição do corpo no canto direito da mesa, paralelo à linha de fundo dessa;pé esquerdo um pouco mais à frente que no movimento de batida de forehand;afastamento dos pés ligeiramente maior que no movimento de batida de forehand;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;leve inclinação do tronco á frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.
Preparação/ Backswingpeso do corpo apoiado no pé direito;rotação do tronco para o lado direito;extensão do cotovelo e abdução horizontal do ombro do lado que está com a raquete (abrir);maior flexão do joelho direito para que o centro de gravidade do corpo ficar mais baixo do que no movimento de batida de forehand; eraquete na mesma altura da bola.
Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)contato com a bola na sua ascendente ou em seu ponto mais alto;transferência do peso do corpo para o pé esquerdo;rotação do tronco para o lado esquerdo com adução horizontal do ombro (fechar);flexão do cotovelo de forma rápida; efinalização do movimento com a raquete próxima à cabeça.

Figuras da Seqüência dos Movimentos

1. Posição de base (Ready Position)

2. Meio da preparação (Middle of Backswing)

3. Término da preparação (End of Backswing)

4. Contato com a bola (Contact with the Ball)

5. Meio da finalização (Middle of Follow Through)

6. Término da finalização (End of Follow Through)

7. Retorno à posição de base (Return to Ready Position)









Drive de Velocidade (backhand)
Posição Inicial
posição do corpo no canto esquerdo da mesa, paralelo à linha de fundo dessa;pé direito levemente à frente;afastamento dos pés ligeiramente maior que no movimento de backhand - shoto;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;leve inclinação do tronco á frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.
Preparação/ Backswingpeso do corpo apoiado no pé esquerdo;rotação do tronco para o lado esquerdo, com flexão do cotovelo e flexão do punho, levando a raquete na altura da bola;o centro de gravidade do corpo deve estar mais baixo que no movimento de backhand ou shoto;o ponto de apoio da alavanca é o cotovelo; portanto, a posição desse deve permanecer com menor movimentação possível durante a execução do drive; eombro acompanha a rotação do tronco.
Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)contato com a bola na sua ascendente ou em seu ponto mais alto;transferência do peso do corpo para o pé direito;rotação do tronco e do braço para o lado direito de forma rápida; eextensão do cotovelo, deslocando-o de sua posição inicial o mínimo possível e extensão do punho (ambos direcionados para frente).

Figuras da Seqüência dos Movimentos

1. Posição de base (Ready Position)

2. Meio da preparação (Middle of Backswing)

3. Término da preparação (End of Backswing)

4. Início da finalização (Beginning of Forward Swing)

5. Contato com a bola (Contact with the Ball)

6. Meio da finalização (Middle of Follow Through)

7. Término da finalização (End of Follow Through)

8. Início do retorno á posição de base (Start of Return to Ready Position)

9. Retorno à posição de base (Return to Ready Position)



Drive de Efeito (forehand)
Posição Inicial
posição do corpo no canto direito da mesa, paralelo à linha de fundo dessa;pé esquerdo um pouco mais à frente que no movimento de batida de forehand;afastamento dos pés ligeiramente maior que no movimento de batida de forehand;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;leve inclinação do tronco á frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.
Preparação/ Backswingpeso do corpo apoiado no pé direito;rotação do tronco para o lado direito;extensão do ombro e cotovelo do lado que está com a raquete;maior flexão do joelho direito para que o centro de gravidade do corpo ficar mais baixo do que no movimento de drive de velocidade; ealtura da raquete abaixo da bola.
Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)contato com a bola em seu ponto mais alto ou no início de sua descendente;transferência do peso do corpo para o pé esquerdo;rotação do tronco para o lado esquerdo com leve flexão do ombro;flexão do cotovelo de forma rápida; efinalização do movimento com a raquete próxima à cabeça.

Figuras da Seqüência dos Movimentos

1. Posição de base (Ready Position)

2. Meio da preparação (Middle of Backswing)

3. Término da preparação (End of Backswing)

4. Contato com a bola (Contact with the Ball)

5. Meio da finalização (Middle of Follow Through)

6. Término da finalização (End of Follow Through)

7. Meio da recuperação à posição de base (Middle of Recovery to Ready Position)

8. Retorno à posição de base (Return to Ready Position)


Drive de Efeito (backhand)
Posição Inicial
posição do corpo no canto esquerdo da mesa, paralelo à linha de fundo dessa;pé direito levemente à frente;afastamento dos pés ligeiramente maior que no movimento de backhand ou shoto;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;leve inclinação do tronco á frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.
Preparação/ Backswingpeso do corpo apoiado no pé esquerdo;rotação do tronco para o lado esquerdo, com flexão do cotovelo e flexão do punho, partindo de uma posição abaixo da altura da bola;o centro de gravidade do corpo deve estar mais baixo que no movimento de backhand ou shoto;o ponto de apoio da alavanca é o cotovelo; portanto, a posição desse deve permanecer com menor movimentação possível durante a execução do drive; eombro acompanha a rotação do tronco.
Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)contato com a bola em seu ponto mais alto ou no inicio de sua descendente;transferência do peso do corpo para o pé direito;rotação do tronco e do braço para o lado direito de forma rápida; eextensão do cotovelo, deslocando-o de sua posição inicial o mínimo possível e extensão do punho (ambos direcionados para frente).

Figuras da Seqüência dos Movimentos

1. Posição de base (Ready Position)

2. Meio da preparação (Middle of Backswing)

3. Término da preparação (End of Backswing)

4. Contato com a bola (Contact with the Ball)

5. Meio da finalização (Middle of Follow Through)

6. Término da finalização (End of Follow Through)

7. Meio da recuperação à posição de base (Middle of Recovery to Ready Position)

8. Retorno à posição de base (Return to Ready Position)



Flick ou Harau
FLICK OU “HARAU” (FOREHAND)

Posição Inicial
varia de acordo com a localização da bola;afastamento dos pés de aproximadamente uma medida e meia da largura do ombro;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;tronco inclinado para frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.

Preparação/ Backswing
caso a bola venha da direita, levar o pé direito à frente, caso a bola venha na esquerda, levar o pé esquerdo á frente;transferir o peso do corpo para a perna que vai à frente;rotação do braço para o lado direito com extensão do punho; elevar a raquete levemente abaixo da altura da bola.

Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)
contato com a bola em seu ponto mais alto;manter o peso do corpo na mesma perna;realizar o movimento com alta velocidade de execução, com rotação do braço para o lado esquerdo, leve flexão do cotovelo e flexão do punho; elevar a raquete levemente abaixo da altura da bola.

FLICK OU “HARAU” (BACKHAND)

Posição Inicial
varia de acordo com a localização da bola;afastamento dos pés de aproximadamente uma medida e meia da largura do ombro;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;tronco inclinado para frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.

Preparação/ Backswing
caso a bola venha da direita, levar o pé direito à frente, caso a bola venha na esquerda, levar o pé esquerdo á frente;transferir o peso do corpo para a perna que vai à frente;rotação do braço para o lado esquerdo com flexão do punho; elevar a raquete levemente abaixo da altura da bola.

Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)
contato com a bola em seu ponto mais alto;manter o peso do corpo na mesma perna;realizar o movimento com alta velocidade de execução, com rotação do braço para o lado direito, leve extensão do cotovelo e extensão do punho; elevar a raquete para frente e ligeiramente para cima.

Slice ou Cozinhada
SLICE OU “COZINHADA” (FOREHAND)

Posição Inicial
varia de acordo com a localização da bola;afastamento dos pés de aproximadamente uma medida e meia da largura do ombro;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;tronco inclinado para frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.

Preparação/ Backswing
caso a bola venha da direita, levar o pé direito à frente, caso a bola venha na esquerda, levar o pé esquerdo á frente;transferir o peso do corpo para a perna que vai à frente;rotação do braço para o lado direito;levar a palma da mão voltada para cima; eo ângulo da raquete não pode ser muito grande nem muito pequeno em relação à mesa.

Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)
contato com a bola na sua ascendente ou em seu ponto mais alto;extensão do cotovelo até o ponto de contato com a bola, levando a raquete para frente e para baixo; e“raspar” a bola para imprimir efeito.

Figuras da Seqüência dos Movimentos

1a. Posição de base (Ready Position)

2a. Inicio da prepoaração (Beginning of Backswing)

3a. Término da preparação (End of Backswing)

4a. Contato com a bola (Contact with the Ball)

5a. Término da finalização (End of Follow Through)

6a. Retorno à posição de base (Return to Ready Position)



SLICE OU “COZINHADA” (BACKHAND)

Posição Inicial
varia de acordo com a localização da bola;afastamento dos pés de aproximadamente uma medida e meia da largura do ombro;peso do corpo apoiado na ponta dos pés;joelhos levemente flexionados;tronco inclinado para frente;ombros relaxados; ecotovelos levemente flexionados.

Preparação/ Backswing
caso a bola venha da direita, levar o pé direito à frente, caso a bola venha na esquerda, levar o pé esquerdo á frente;transferir o peso do corpo para a perna que vai à frente;rotação do braço para o lado esquerdo;levar a palma da mão voltada para baixo; eo ângulo da raquete não pode ser muito grande nem muito pequeno em relação à mesa.

Finalização/ Forwardswing (o contato com a bola deve ser realizado nesta fase)
contato com a bola na sua ascendente ou em seu ponto mais alto;extensão do cotovelo até o ponto de contato com a bola, levando a raquete para frente e para baixo; e“raspar” a bola para imprimir efeito.

Figuras da Seqüência dos Movimentos

1b. Posição de base (Ready Position)

2b. Inicio da prepoaração (Beginning of Backswing)

3b. Término da preparação (End of Backswing)

4b. Contato com a bola (Contact with the Ball)

5b. Término da finalização (End of Follow Through)

6b. Retorno à posição de base (Return to Ready Position)





Lesões no Tênis de Mesa
As lesões no tênis de mesa constituem um desafio para seus tratamentos precisos, devido à diversidade de fatores predisponentes e causais. É um esporte compatível com todas as faixas etárias (maior atividade entre 16 e 30 anos), sendo uma atividade de baixo impacto. E desta forma as lesões estão relacionadas com as desordens biomecânicas derivadas da complexidade de movimentos realizados. Foi observado um aumento na incidência de fasceíte plantar em jogadores com mais de 16 anos de prática, que está relacionado com aspectos degenerativos dos músculos esqueléticos, uso inadequado de calçados, superfícies de jogo inadequadas entre outras causas de lesões. Além disso, foi observada uma alta tendência a cronificação das lesões. Fatores importantes da etiologia das lesões do tênis de mesa são: a preparação física incompleta antes da atividade esportiva e a atividade excessiva. (SOTO M. appud International Scientific Congress Applied to Table Tennis 17 December, 2003, Santiago - Chile 2003).
Petri et al. em 2002 avaliaram retrospectivamente 116 atletas, objetivando correlacionar as lesões musculo-esqueléticas com a carga e o tipo de treino. Os autores concluíram que:
- O tênis de mesa, assim como os outros esportes com raquete, apresentam baixa incidência de lesões. - A afecção mais freqüente é a tendinite, principalmente no joelho e punho.- Os segmentos anatômicos mais acometidos foram o tornozelo, o joelho e o punho, respectivamente.- As dores que não afastavam os atletas da atividade esportiva foram mais encontradas no joelho e ombro. - Não houve diferença estatisticamente significante entre idade, sexo, cor, estilo de jogo, empunhadura da raquete com a presença de dor ou lesão. - Quanto maior o tempo de prática esportiva e o número de horas de treino por semana, maior a freqüência de lesões.

Em todos os casos, a ausência ou uma inadequada recuperação permite que a fadiga se desenvolva ao longo prazo e isso pode levar a uma síndrome do sobre treino, que constitui um estado patológico real.(KAHN appud International Scientific Congress Applied to Table Tennis 17 December, 2003, Santiago - Chile, 2003). Neste sentido, encontra-se na literatura vários relatos de casos de fraturas por stress de ulna durante períodos de competições em atletas de tênis de mesa.(PETSCHNIG R. et al, 1997; DUFEK, P. et al, 1999; NELSON & ANCIERO, 2002).

Outra moléstia que pode afetar a mesa-tenista (desta vez somente no sexo feminino) é a tríade do atleta que se forma pela combinação de três condições: anorexia, amenorréia e osteoporose. Alguns dos sinais e sintomas desta desordem são: perda de peso, menstruação ausente ou irregular, fadiga e redução na capacidade de concentração, fraturas por stress e lesões musculares. Ainda mais neste esporte, em que o movimento é uma parte crucial da prática e, por esta razão, demandar um peso apropriado. Aliado a altos níveis de stress pode facilitar o desenvolvimento da anorexia em garotas, principalmente naquelas em que a personalidade não estão firmadas. (SOTO J., 2003 appud International Scientific Congress Applied to Table Tennis 17 December, 2003, Santiago - Chile).

Embora não descritas em literatura, as lombalgias mecano-posturais aguda e crônica são bastante freqüentes entre os jogadores, que podem ser explicadas pelo número excessivo de rotações lombares necessárias nos diversos fundamentos, descritos no item biomecânica do esporte. Outra possível causa é a flexão de tronco durante todo o período de treinamento e jogos, sendo componente da posição de base do esporte.

Como eu trato
A fasceite plantar foi escolhida nesta seção devido ao aumento observado na sua incidência em jogadores com mais de 16 anos de prática, que está relacionado com aspectos degenerativos dos músculos esqueléticos, uso inadequado de calçados, superfícies de jogo inadequadas entre outras causas de lesões (SOTO M. appud International Scientific Congress Applied to Table Tennis 17 December, 2003, Santiago - Chile 2003).

FASCEÍTE PLANTAR

Descrição

Fasceíte plantar é um problema comum na população adulta e ocorre em uma larga escala de idade, sendo vista em indivíduos sedentários e atletas. Embora a causa precisa permaneça desconhecida, a teoria mais comum é de microtraumas repetitivos e inflamação crônica da fáscia plantar (DIGIOVANNI ET AL., 2003).

A fáscia plantar é uma densa tira de tecido conjuntivo fibroso com origem no tubérculo medial do calcâneo e que se dirige anteriormente para se inserir nas articulações metatarsofalangeanas, formando o arco longitudinal medial do pé. (figura XX) (figura YY) (foto 038 e 039) Tem funções-chave durante a corrida e a marcha (ROXAS, 2005). Sua função é promover suporte estático do arco longitudinal e absorção do choque dinâmico (YOUNG ET AL, 2001). Então, as cargas esqueléticas que agem pra aplainar o arco, são equilibradas não só pelos ossos e articulações, mas também pelas forças de tensão que são desenvolvidas na fáscia plantar e ligamentos (GEFEN, 2002).

Logo após o contato inicial do calcanhar na primeira metade da fase de apoio do ciclo da marcha, a tíbia roda internamente e o pé prona, permitindo o aplainamento do pé. Isso alonga a fáscia plantar. O aplainamento do arco permite ao pé acomodar irregularidades na superfície da marcha e também absorver choques (SINGH ET AL, 1997)(ROXAS, 2005).

A tensão desenvolve-se na fáscia plantar tanto durante a extensão dos dedos como durante a depressão do arco longitudinal, sendo resultado do apoio do peso. Quando este está principalmente sobre o calcanhar, como na simples posição em pé, a tensão exercida sobre a fáscia é insignificante. Todavia, quando o peso é transferido para o arco do pé (cabeça dos metatarsos), a tensão fascial aumenta (posição de base do mesa-tenista). A lordose lombar, um distúrbio em que aumenta a inclinação da pelve para frente produz um ângulo desfavorável para o toque do pé quando uma força considerável é exercida sobre seu arco, também pode contribuir para esse problema. (HUNTER & PRENTICE, 2003).

Etiologia e Patofisiologia

A fasceíte plantar é acelerada ou agravada pela falta de flexibilidade. A retração (tensão) do tendão calcâneo, por exemplo, limita a dorsiflexão do tornozelo e resulta em maior estresse sobre a fáscia plantar. Além da força e da flexibilidade, outros fatores estão associados a fasceíte plantar, incluindo supertreinamento, calçados impróprios ou excessivamente desgastados, discrepâncias no comprimento das extremidades inferiores, fadiga, inextensibilidade fascial, excessiva torção tibial lateral, excessiva anteversão femural e mecânica precária dos movimentos. A pronação subtalar excessiva constitui um bom exemplo de padrão patológico contribuinte da fasceíte plantar, uma vez que a eversão acarreta em alongamento da fáscia plantar e aumenta o estresse tecidual (WHITING & ZERNICKE, 2001)(ROXAS, 2005). Aumentos súbitos das atividades que envolvem descargas de peso, particularmente aquelas envolvendo corrida, podem causar micro-lesões na fáscia plantar numa taxa que excede sua capacidade de recuperação (ROXAS, 2005). Por isso, pessoas com ocupações que exigem descarga de peso prolongada por longos períodos de tempo tem sido consideradas predisponentes a fasceíte plantar devido a repetitiva carga tênsil colocada sobre a fáscia.

Foi assinalado que uma menor amplitude de movimento ativa e passiva na primeira articulação metatarsofalangeana (MTF) correlaciona-se com o início da fasceíte plantar. O movimento inadequado ou incorreto da MTF pode alterar o “efeito de guindaste” da fáscia e reduzir a estabilidade inerente do pé quando o calcanhar se afasta do solo. (MULLIGAN, 2005)

Sinais e Sintomas

A apresentação clássica da fasceíte plantar é uma dor de inicio insidioso na sola do pé na região inferior do calcâneo (figura WW) (foto 040). Os pacientes relatam piores dores particularmente com as forças de sustentação do peso ao dar os primeiros passos pela manhã. O fenômeno do “rastejamento fisiológico”, no qual os tecidos se contraem durante o período da noite sem sustentação do peso corporal, e a seguir são distendidos vigorosamente com a sustentação do peso no período da manhã, pode explicar essa queixa comum. Depois dos primeiros passos e ao longo do dia, esta dor diminui, mas retorna se for submetido a atividades de descargas de peso intensas ou prolongadas (MULLIGAN, 2005) (ROXAS, 2005). Nos casos mais severos, a dor se apresenta pior ao fim do dia (YOUNG, 2001). Relatos iniciais de dor no calcâneo podem ser difusos ou migratórios; entretanto, com o tempo isso usualmente foca-se ao redor da área do tubérculo medial do calcâneo. Geralmente, a dor é mais significante quando atividades de descarga de peso estão envolvidas, e podem às vezes estar relacionada ao aumento do volume ou intensidade da atividade física previamente ao inicio dos sintomas (ROXAS, 2005). Como o grande artelho é uma estrutura inelástica, sua dorsiflexão ativa ou passiva costuma desencadear sintomas. Esses sinais e sintomas podem simular outras patologias, porém devem diferenciados da irritação do nervo plantar medial, da síndrome do túnel do tarso e da bursite infracalcaneana (MULLIGAN, 2005).

Diagnóstico

O diagnóstico da fasceíte plantar é baseado principalmente na história clínica e no exame físico (YOUNG ET AL, 2001). Acomete principalmente de forma unilateral, mas cerca de 30% dos casos apresenta-se bilateralmente. Doenças bilaterais em pacientes jovens podem indicar Síndrome de Reiter. Os pacientes devem ser questionados sobre outras características de artrites soronegativas. Exames de imagem são raramente indicados na avaliação e tratamento inicial, mas podem ser úteis em certos casos para excluir outras causas de dores calcaneanas. Radiografias simples podem excluir possíveis fraturas por estresse e podem detectar uma espondiloartropatia subjacente (ROXAS, 2005). Uma radiografia lateral simples do calcâneo é usualmente realizada para excluir fraturas por estresse, erosões devido a bursites ou raras causas ósseas de dor inferior no calcâneo (SINGH ET AL, 1997) (figura ZZ) (foto 041). Escanometria óssea e ressonância magnética podem ser úteis, mas não são rotineiramente usadas. Ultrassonografia é outra ferramenta útil para o diagnóstico da fasceíte plantar (ROXAS 2005).

Prognóstico

Em geral, a fasceíte plantar é uma condição autolimitante. Entretanto, o tempo de resolução típico pode chegar a 18 meses ou mais, muitas vezes frustrando tanto o paciente quanto o fisioterapeuta. Muitos estudiosos concordam que o reconhecimento e tratamento precoce da fasceíte plantar levam a um tratamento mais curto e maior probabilidade de sucesso com as terapias conservadoras. (YOUNG, 2001) (ROXAS 2005). Das muitas opções de tratamentos possíveis para a patologia, um dos mais efetivos é também o mais fundamental: repouso e o afastamento relativo das atividades agravantes promovem alivio significante. Repouso foi citado por 25% dos pacientes com fasceíte plantar em um estudo como sendo o tratamento com melhores resultados (YOUNG, 2001) (ROXAS 2005).

Plano de tratamento típico

Em geral, deve-se começar corrigindo os erros de treinamento. Isso usualmente requer repouso relativo, uso de gelo após as atividades e uma avaliação dos calçados e atividades dos pacientes. Depois, tenta-se corrigir os fatores biomecânicos com um programa de alongamento e fortalecimento. Se o paciente, ainda assim, não obtiver melhora, considera-se a possibilidade do uso de “night splints” e órteses. Finalmente, todas as outras possibilidades de tratamento são consideradas. Medicamentos antiinflamatórios não esteroidais são considerados ao longo do tratamento, embora seja explicado ao paciente que este recurso é utilizado primariamente para o controle da dor e não para o tratamento do problema subjacente (YOUNG, 2001).
Como eu trato?

Como se trata de uma afecção crônica, a sugestão de tratamento a seguir não foi dividida em fases, sendo que de acordo com o bom senso do fisioterapeuta e da melhora da sintomatologia do atleta, aconselha-se descontinuar o uso do ultra-som e da massagem transversa profunda e iniciar o retorno gradual ao esporte. Este deverá acontecer na ausência de sintomas e após os testes funcionais direcionados ao esporte.

SUGESTÃO DE TRATAMENTO (3x/ semana):

- Ultra-som contínuo: 1,0 W/cm2;- Melhorar mobilidade de retropé, antepé e primeira articulação metatarsofalangeana MTF;- Alongamentos: fáscia plantar, sóleo, gastrocnêmio e IQT;- Massagem de liberação e mobilização de tecidos moles: massagem transversa profunda;- Fortalecimento dos músculos intrínsecos do pé.
Iniciar o retorno gradual ao esporte de acordo com a melhora sintomatológica do atleta.

ORIENTAÇÕES:

- Evitar ou minimizar a intensidade, duração e freqüência das atividades que causam irritação;- Usar calçados apropriados que forneçam estabilidade ao retropé e mobilidade ao antepé;- - Alongamentos matinais diários;- Avaliação semanal da dor (matinal e geral).

Lesões no Tênis

Tênis
História do Tênis no Brasil
Em nosso país o tênis foi introduzido por desportistas ingleses, que começaram a praticá-lo em Niterói antes mesmo do futebol começar a ser jogado no país. A partir daí foram se projetando bons valores, como Herbert Filgueiras, Ricardo Pernambuco, Manuel Fernandez e Alcides Procópio.

Com a criação da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e a vinda dos maiores tenistas do mundo, além da excursão de brasileiros aos países praticantes, acentuou-se aqui a prática do esporte, surgindo valores de categoria internacional, como Ronald Barnes, Carlos Fernandez, Edson Mandarino, Ivo Ribeiro, Thomas Koch, Mary Habicht e Maria Ester Bueno (Nascimento, 1976).


Regras do Tênis
Desporto que se pratica a dois ou a quatro, consiste em fazer passar acima de uma rede, batendo com uma raquete uma bola (de borracha recoberta de feltro), ultrapassando os limites traçado no terreno.

O Jogo
É disputado por dois jogadores ou por duas duplas. As partidas são em melhor de cinco ou três sets, dependendo do regulamento do torneio.

A Quadra
Mede 23,77m de comprimento por 8,23m de largura. É dividida por uma rede, feita de nylon, com 91,4cm de altura.



Os Pontos
São contados da seguinte forma; 15, 30, 40 e game. A cada vitória no primeiro e no segundo ponto vale 15. No terceiro, dez. Vencendo o quarto, o tenista ganha o game, desde que não haja empate no terceiro ponto.

A contagem no set: O jogador que primeiro conquistar seis games vence um set, mas é preciso manter uma vantagem de dois games sobre o adversário. Em caso de empate, é jogado um tie-breake.

Tie-breake: A contagem é feita em sequência. Ganha quem fizer sete pontos primeiro. Se houver empate em seis a seis, a disputa vai a oito, em sete a sete vai a nove e, assim sucessivamente.

Informações sobre calendários, acesse www.cbtenis.com.br/calendarios

Fundamentos do Tênis
Saque

O jogo começa com um saque, que também é chamado de serviço. O jogo prossegue até que um dos tenistas não consiga rebater a bola ou erre na devolução. Didaticamente o saque é dividido em 6 fases: (Vídeo 001) e (Vídeo 002)

I – Preparação,II Pré-Armação,III Armação Tardia,IV Aceleração,V Pré-Complemento eVI Complemento Tardio.

Mais informações ver o item Biomecânica do Tênis (colocar um link com o botão biomecânica no tênis)

Backhand (ou Esquerda)
É o golpe executado com as costas da mão apontadas para a rede. Também é dividido didaticamente em: (Vídeo 003) e (Vídeo 004)

I Preparação,II Contato,III Pré-Complemento eIV Complemento Tardio

Mais informações ver o item Biomecânica do Tênis (colocar um link com o botão biomecânica no tênis)

Forehand (ou Direita)

É o golpe executado com a palma da mão apontada para a rede, e é dividido em: (Vídeo 005) e (Vídeo 006)

I Preparação,II Contato,III Pré-Complemento eIV Complemento Tardio
Mais informações ver o item Biomecânica do Tênis (colocar um link com o botão biomecânica no tênis)

LobGolpe alto aplicado para encobrir o adversário que está próximo à rede

SliceEfeito que corta a bola de cima para baixo. Com esse efeito, a bola tende a quicar mais rente ao solo, o que dificulta a devolução do adversário (Vídeo 007)

Smash O smash equivale à cortada do vôlei. Ele é usado para definir o ponto. Geralmente o golpe é executado perto da rede

VoleioRebatida efetuada antes que a bola toque a quadra.
Equipamentos do Tênis
A raquete (Mattos, 2000)

Mede até 81cm de comprimento, incluindo o cabo, e 31,75 cm de largura. O aro não pode exceder 39,37cm de comprimento e 29,21cm de largura.
Antigamente as raquetes eram de madeira que as tornavam pesadas, mas com a evolução tecnológica, as raquetes também evoluíram e hoje são construídas de material tipo grafite, kevlar, titânio, carbono e suas combinações, tornando dessa forma a raquete mais leve e mais durável.



Equilíbrio da Raquete

Peso na cabeça: a maioria das raquetes modernas são muito leves do que elas foram alguns anos atrás. Muitos desses modelos tem mais peso próximo a cabeça da raquete. O ponto de balanço é maior do que 345 mm do cabo.

Equilibrada: A raquete mais pesada é normalmente usada por jogadores com um longo movimento. Um balanço próximo do ponto médio do comprimento da raquete é preferido por este tipo de jogador. O ponto de balanço é menor do que 345 mm do cabo.

Peso no cabo: Este tipo de raquete é menos popular. Isto porque raquetes modernas são leves. A combinação da raquete leve e equilíbrio leve não é popular.

Para maiores informações sobre equipamento acesse www.raquetes.com.br ou www.racquetsresearch.com

A bola (Mattos, 2000)
Branca ou amarela, tem superfície uniforme e diâmetro de 6,35cm a 6,67cm. Seu peso varia de 56,7g a 58,5g.

Os Tipos de Pisos (Mattos, 2000)
Saibro: quadra de terra (pó de telha). É o tipo de piso em Roland Garros

Hard court: base de asfalto recoberta com resina. Usada no US Open

Grama: as quadras de Wimbledon são de grama

Carpete: piso semelhante à grama, muito veloz. Usada no inverno europeu.
Biomecânica do Tênis
Morris et al (1989), estudaram a atividade muscular sobre o cotovelo durante golpes de tênis em nove tenistas de nível profissional e colegial utilizando eletromiografia e fotografia de alta velocidade. Oito músculos foram avaliados no saque, forehand e backhand (golpes de base). O saque foi dividido em 6 fases e a base foi dividido em 4 fases.

Os golpes de base mostraram baixa atividade em todos os músculos durante a fase de preparação. Durante a fase de aceleração, ambos backhand e forehand mostraram um aumento de atividade em todos os músculos. Ambos os golpes mostraram atividade dos extensores e em adição o forehand mostrou alta atividade no braquial e bíceps. Na fase do complemento, houve uma diminuição generalizada da atividade de todos os músculos.

O saque mostrou baixa atividade em todos os músculos na fase de preparação. Na fase de armação aumentou a atividade dos extensores do punho, com atividade marcada na armação tardia. O pronador redondo e o tríceps mostrou aumento da atividade na fase de aceleração. A fase de complemento mostrou baixa atividade muscular exceto para o bíceps, o qual aumentou na fase de complemento tardio.

Backhand (ou Esquerda)

O movimento de Esquerda (Backhand) é dividido em 4 fases:

Fase I – Preparação
A preparação da raquete inicia com o primeiro movimento da preparação e termina com o primeiro movimento para frente da raquete. (Vídeo 008)


Fase II – Aceleração
A aceleração inicia com o movimento da raquete para frente e termina com o contato da bola. (Vídeo 009)

Fase III – Pré-Complemento
O complemento inicia com o contato da bola. O pré complemento corresponde aos primeiros 25% da fase de complemento. (Vídeo 010)


Fase IV – Complemento Tardio
Corresponde aos últimos 75% da fase de complemento. Termina com a finalização do golpe.(Vídeo 011)


Backhand
Atividade Eletromiográfica(MMT)
Preparação
Aceleração
Pré Complemento
Complemento tardio
BAIXA(< 25%)
Todos os músculos
FCR
BícepsTríceps
Todos os múculos
MODERADA(25~40%)
-
BraquialPronadorBícepsTríceps
EcrlEdcBraquialFCRPronador
-
ALTA(> 40%)
-
ECRLECRBEDC
ECRB
-
Onde: MMT- teste muscular manual, ECRL – extensor radial longo do carpo, ECRB- extensor radial curto do carpo, EDC – extensor comum dos dedos, FCR –flexor radial do carpo
Fonte: Morris et al - Electromyographic analysis of elbow function in tennis players. Am J Sports Méd. 17(2): 241-247, 1989.

Forehand (ou Direita)

O movimento de Direita (Forehand) é dividido em 4 fases semelhantes ao movimento da esquerda:

Fase I – Preparação
A preparação da raquete inicia com o primeiro movimento da preparação e termina com o primeiro movimento para frente da raquete. (Vídeo 012)


Fase II – Aceleração
A aceleração inicia com o movimento da raquete para frente e termina com o contato da bola. (Vídeo 013)

Fase III – Pré-Complemento
O complemento inicia com o contato da bola. O pré complemento corresponde aos primeiros 25% da fase de complemento.


Fase IV – Complemento Tardio
Corresponde aos últimos 75% da fase de complemento. Termina com a finalização do golpe. (Vídeo 014)


Forehand
Atividade Eletromiográfica(MMT)
Preparação
Aceleração
Pré complemento
Complemento tardio
BAIXA(< 25%)
Todos os outros músculos
Pronador
ECRLPronadorTrícepsBraquial
Todos os outros músculos
MODERADA(25~40%)
ECRL
TrícepsFCR
EDCFCR
ECRLECRB
ALTA(> 40%)
-
BícepsECRLECRBEDCBraquial
BícepsECRB
-
Onde: MMT- teste muscular manual, ECRL – extensor radial longo do carpo, ECRB - extensor radial curto do carpo, EDC – extensor comum dos dedos, FCR – flexor radial do carpo
Fonte: Morris et al - Electromyographic analysis of elbow function in tennis players. Am J Sports Méd. 17(2): 241-247, 1989.

Saque

O movimento do saque é dividido dentro das seguintes fases (6):

Fase I – PreparaçãoInicia com o primeiro movimento da raquete e termina até que a bola seja liberada da mão contralateral (toss). (Vídeo 015)


Fases II e III – Pré-Armação e Armação Tardia
A armação é iniciada com a liberação da bola e continua para o ponto máximo da rotação externa no ombro dominante. A fase II é a pré armação, os primeiros 75% da fase; a fase III armação tardia, os últimos 25% da fase. (Vídeo 016)


Fase IV – Aceleração
A aceleração inicia com o movimento para frente do braço e continua até o contato com a bola.(Vídeo 017)


Fases V e VI – Pré-Complemento e Complemento Tardio
O complemento inicia com o contato da bola e continua até a finalização do golpe. A fase V é o pré complemento, os primeiros 25% da fase e a fase VI é o complemento tardio, os últimos 75% da fase.(Vídeo 018)


SAQUE
Atividade Eletro-miográfica(MMT)
Preparação
Pré armação
Armação tradia
Aceleração
Pré complemento
Comple-mento tardio
BAIXA(< 25%)
Todos os músculos
Todos os outros músculos
BraquialPronadorBícepsFCR
BraquialBíceps
Todos os músculos
Todos os outros músculos
MODERADA(25~40%)
-
ECRBEDC
Tríceps
ECRLEDC
-
Bíceps
ALTA(> 40%)
-
-
ECRBEDCECRL
ECRBFCRTrícepsPronador
-
-
Onde: MMT- teste muscular manual, ECRL – extensor radial longo do carpo, ECRB - extensor radial curto do carpo, EDC – extensor comum dos dedos, FCR – flexor radial do carpo
Fonte: Morris et al - Electromyographic analysis of elbow function in tennis players. Am J Sports Méd. 17(2): 241-247, 1989.



Principais Lesões no Tênis
O tênis é um jogo em transição de um esporte que requer coordenação, agilidade e habilidade específica para o tênis e que também demanda potência e condicionamento físico. Entretanto, esta evolução não tem alterado a epidemiologia das lesões no tênis. A maioria são torções ou lesão por sobrecarga repetitiva.

Lesões traumáticas agudas que são relativamente incomuns incluem: estiramento dos adutores, reto femural, isquitibiais, entorse de tornozelo e ocasionalmente lesão meniscal. Tennis Leg é uma ruptura parcial da cabeça medial do gastrocnêmio durante uma arrancada da perna afetada, enquanto que Tennis Toe é um hematoma subungueal causado pela compressão dos dedos dentro do tênis e ocorre mais comumente em quadras duras. A “canelite” e a síndrome do estresse tibial medial pode ocorrer em tenistas que mudam seus hábitos de treinos. Os tenistas podem reclamar também de fasceíte plantar, calos e bolhas (mãos e pés). Bolhas são mais comuns durante os tempos quentes e úmidos, com calçado novo, ou deslizamento do pé no calçado em superfícies de alta fricção (quadra dura).

O Tenis Elbow (epicondilite lateral - cotovelo de tenista) tem sido relatado tendo como fatores de risco como: mecanismo do golpe, idade, freqüência de jogo e vibração da raquete. A epicondilite lateral geralmente ocorre em praticantes recreacionais entre 30 a 50 anos de idade (três a quatro vezes por semana) ou inexperientes que não tenham boa técnica, particularmente o backhand e inadequado condicionamento. Raquetes pesadas, rígidas, com tensões altas na corda e empunhadura de tamanho incorreto são também fatores que contribuem para a lesão.

A epicondilite medial é menos comum do que a epicondilite lateral, mas pode ser visto em jogadores que tentam bater na bola com excessivo “top spin” (efeito) no forehand ou máxima pronação no saque.

A fratura por estresse na ulna tem sido reportado por tenistas que usam o backhand com duas mãos.

Problemas no ombro são comuns em jogadores mais velhos e em tenistas de elite. A maioria dos problemas do ombro são similares a esses de outros atletas de arremesso: pinçamento e instabilidade. Tem sido encontrado em ombro dominante de tenistas de elite aumentada flexibilidade na rotação externa e diminuída flexibilidade na rotação interna.

Lesões no punho em tenistas podem ocorrer de trauma direto ou mais comumente por sobreuso. A síndrome De Quervain, tendinite do extensor radial curto e longo do carpo e do flexor ulnar do carpo, podem resultar de estiramento excessivo dos músculos durante o saque, excessiva contração excêntrica dos músculos que estabilizam o punho nos golpes que não atingem o centro da raquete ou técnica inadequada. Lesão da fibrocartilagem triangular pode ocorrer em tenistas com dor no punho no lado ulnar.

O golpe mais associado com lesões no tênis é o saque, geralmente também considerado o mais importante golpe no jogo. Este é o mais agressivo dos golpes e requere movimento intergrado das pernas, tronco e braços para minimizar riscos de lesões e maximizar performance. As forças de reação do solo são transmitidas para a coluna pelos joelhos e quadris, forçando a lordose e rotação externa do ombro. Músculos como o reto abdominal, oblíquos internos e oblíquos externos flexionam e rodam a coluna no saque. A fáscia toracolombar age como ponto de origem para múltiplos músculos paravertebrais que contraem excentricamente para desacelerar a flexão da coluna. Como resultado disso temos: estiramento do reto abdominal, músculo paravertebrais e lesão miofascial toracolombar. A força de rotação axial e flexão lateral também pode produzir hérnia discal. A espondilólise ocorre ocasionalmente em tenistas, presumidamente devido a hiperextensão repetitiva. A disfunção da articulação sacroilíaca é relativamente comum em tenistas, sendo o mecanismo mais comum o salto durante o saque, saltar sobre um membro pode induzir a uma translação pélvica e uma flexão/rotação da coluna em uma rotação interna do fêmur. Fratura por estresse da articulação sacroilíaca também tem sido reportado nesses atletas.

Acima de 40% dos tenistas profissionais, desistem de um torneio por ano devido a dor lombar.
FUNDAMENTOS COM MOVIMENTOS ERRADOS QUE LEVAM A SOBRECARGAS LESIVAS

No Saque:

Bola atrás (Vídeo 019)
Empunhadura errada (Vídeo 020)
Preparação com giro (Vídeo 021)


No Forehand:

Atrasado (Vídeo 022) e (Vídeo 023)
Curto (Vídeo 024)
Empurrado (Vídeo 025)


No Backhand:

Pernas abertas de frente (Vídeo 026)
Cotovelo a frente (Vídeo 027)
Com extensão de punho (Vídeo 028)


Como eu trato
Tennis Elbow

Geralmente o paciente nos procura após 3 meses do início dos sintomas, se auto tratando com medidas analgésicas como gelo e massagens com pomadas a base de cânfora.

Protocolo

1ª semanaCrioterapia; Tens / corrente interferencial;US (fonoforese com dexametasona 0,4%);Manipulação articular de cotovelo (maitland);Mobilização passiva de cotovelo e punho.
Laser

2ª e 3ª semanaUS (fonoforese com dexametasona 0,4%);Manipulação articular de cotovelo;Exercícios isométricos de punho, cotovelo e cintura escapular (elástico e/ou halteres)LaserPropriocepção

4ª a 6ª semanaManipulação articular;Exercícios isotônicos de punho, cotovelo e cintura escapular (simulando gesto esportivo);Propriocepção;Retorno gradual ao esporte (treino com raquetes de badmington e peteca, evoluindo com raquete de tênis e bola de espuma, posteriormente com bola de tênis de criança (murcha).